terça-feira, 8 de março de 2011

Catch me if you can



Salvo qualquer hecatombe, este será o ano do "Vim para o Porto para ser campeão", à imagem e semelhança do "Assinei em 5 minutos", de há duas épocas atrás.

O fulgor não é o mesmo do primeiro terço da temporada, mas a vontade ainda lá está, como se viu em Olhão e mesmo em alguns momentos contra o Guimarães.
A vitória neste campeonato será inteiramente merecida. Mais: será mesmo o título mais brilhante dos últimos largos anos. Ao contrário dos anos do "tetra", desta vez a concorrência directa estava realmente forte e nunca deu tréguas.

Há contudo matéria para reflectir.
Por exemplo: chegará o nosso actual momento para irmos muito longe na Liga Europa, prova em que somos dos principais favoritos dos apostadores? As três derrotas caseiras, não na Liga mas ainda assim na presente temporada, deram sinais claros de que é preciso mais e melhor. Principalmente nos grandes jogos.

A questão que constantemente devemos colocar é: como podemos melhorar ainda mais? Mesmo que as coisas, na sua globalidade, até nem pareçam mal.

Ora, parece ser no "miolo" o local onde poderemos ainda crescer, recorrendo apenas a recursos já existentes.

Após alguns sinais prometedores, no início da era-Villas Boas, parece que Fernando já se resignou e, tal como nos tempos do professor, praticamente só defende.
Já Belluschi continua o mesmo de sempre: alheado do jogo por minutos a fio, de tempos em tempos, lá saca ele de algo de especial. E a esperança do adepto continua a mesma: que o argentino diminua esses momentos em que parece a "leste" da acção e aumente bastante os tais momentos mágicos.

E chegamos, então, ao elemento menos debatido do trio: João Moutinho.
Sendo certo que, qualquer jogador que venha de um rival lisboeta, goza de uma tal lua-de-mel com os adeptos que qualquer avaliação, com algum distanciamento, se torna rapidamente num exercício complicado.

Cristían Rodriguez foi também um caso semelhante de amor à primeira vista com os sócios, ele que finalmente facturou, no passado Sábado, após um longuíssimo jejum.
Muitos elogios e pouquíssimas críticas, foram assim os seus primeiros tempos pelo Dragão.
Ele que, agora, passou longas temporadas como um elemento secundário do plantel. O mesmo "Cebola" que chegou a ser uma das nossas principais estrelas.
Sim, muitas-lesões-muitas. Mas não só. Também alguma indisciplina e peso a mais.




Com nada isto, seguramente, se irá deparar Moutinho. Será uma história diferente, todos o esperamos.
Convém, porém, fazer um esforço para sermos justos na sua avaliação, deixando o coração de lado.

O ex-capitão do scp garante, de facto, uma circulação de bola muito superior a de um Raul Meireles, por exemplo. Com ele, felizmente, terminaram as célebres "transições rápidas" que, por terem funcionado bem numa ou outra ocasião, é um modelo de jogo que não se coaduna com a grandeza do nosso clube.

Moutinho consegue que a bola não ande no meio-campo apenas de (breve) passagem e, de pé-para-pé, o centro do terreno é novamente um lugar para se pensar o jogo e para lhe dar a melhor sequência.

O senão do único português do nosso meio-campo, continua contudo a ser o mesmo dos tempos de Alvalade: jogando numa equipa de forte pendor ofensivo e com tantos bons executantes a seu lado, onde param os golos e as assistências?
Bom jogo de pés é útil e muito importante no nosso actual jogo colectivo, mas para darmos uma maior dimensão ao nosso futebol (uma dimensão que evite, por exemplo, tão amargos minutos de sofrimento frente a um Sevilha) é preciso algo mais.

Obviamente que não se lhe pedem golos e assistências numa dimensão semelhante à dos médios do Barcelona. Todavia, algo próximo do rendimento (quando frequentemente utilizado, note-se) de um...Rúben Micael, já não seria mau.
Mas, esperem lá, não temos nós precisamente o madeirense à disposição?
Talvez tenha chegado o tempo de lhe devolver a titularidade.

Rúben Micael, porventura, garantirá uma menor circulação de bola, mas alguém duvidará que ficaremos a ganhar em coisas tão concretas como golos e assistências?
Até para se evitar cansaços desnecessários àquele que, um dia, veio de Lisboa para ser campeão.

25 comentários:

João Machado disse...

Não concordo, nem discordo...

O Moutinho tem um perfil equilibrador inacreditável. Pergunte-se a qualquer treinador e todos dirão que um jogador como Moutinho é fundamental. A forma como ocupa espaços, como se apercebe dos ritmos do jogo, como dobra companheiros antes de qualquer outro colega, como pauta as saídas, é fantástica. Além do mais, tem até à data pouquíssimas lesões.
Por outro lado, falta-lhe dimensão ofensiva. Não tem capacidade de remate, nem tão pouco grande capacidade de desequilíbrio, quer individualmente, quer pelo passe de ruptura. Acresce a esses factos o problema da estatura.

Em suma: nunca será um médio de topo como um Xavi, um Gerrard ou Lampard. Mas ninguém duvide da utilidade para uma equipa.

PS: Quanto ao Micael, dizer apenas que não garante 20% da consistência táctica do Moutinho. E os treinadores sabem bem quanto isso é importante... O Micael é substituto do Belluschi, nunca do Moutinho.

Nuno Ribeiro disse...

Parece-me um artigo típico de quem vê o futebol apenas por resultados estatísticos...

Querer analisar o Moutinho por assistências e golos é demasiado redutor, e sem sentido... Com Moutinho ganhamos pressão alta, existe muita e boa circulação, constante mobilidade , um raio de acção enorme e pulmão para os 90 min e mais se for necessário. acima de tudo os companheiros jogam mais com ele. Um pouco à imagem do Lucho que mesmo em baixo de forma tinha de lá estar porque com ele as coisas funcionam.

O Micael se for titular rebenta antes dos 60 min, tem um bom último passe mas desequilibra o FCP, raio de acção reduzido o que para o nosso modelo aberto pode ser uma fatalidade. O que precisamos ali é de um jogador que acima de tudo dê equilíbrio à máquina e o Moutinho encaixa que nem uma luva.

A apreciação ao Belluschi parece me também desajustada, tem feito uma época tremenda, admito que esteve mal no último jogo mas tem sido importantíssimo com adversários fáceis, difíceis, na neve na lama (académica), em todo o lado.

"mais e melhor nos jogos grandes???" a primeira derrota foi com o nacional que não é grande nenhum. Depois temos a derrota com o benfica aí sim estivemos mal e merecemos perder mas contra a mesma equipa tivemos 2 vitórias categóricas. o jogo com o sevilha podíamos ter goleado tantas foram as oportunidades desperdiçadas, tivemos na minha opinião uma má expulsão e só depois passamos por aflições mas repito podiamos ter matado o jogo vezes sem conta.

Em suma achei o artigo bastante fraquinho.

Unknown disse...

Acho que sera muito mais a missao do Bellu para os tais golos e assitencias do que propriamente a do Moutinho. Repara que ele joga muito proximo do Fernando e quando este sobe muitas vezes fica ele a ajudar na cobertura. Ruben a titular? Nao nesta altura, sempre que entra parece que a cabeca ta longe...

José Rodrigues disse...

"E chegamos, então, ao elemento menos debatido do trio: João Moutinho"

Não sei se é bem assim. Repare-se que ainda hoje na crónica n'A Bolha o MST dedica vários parágrafos ao Moutinho (para lhe fazer uma crítica parecida com a do Luís; mas mais bombástica e extrema, como é apanágio dele).

Pois bem, a minha perspectiva é um bocado diferente. J Moutinho é na "máquina" o elemento mais defensivo (ou menos ofensivo, se preferirem) do duo de transição do meio-campo (junto com Belluschi).

Ora isto é equivalente ao papel de R. Meireles no passado. E constato que RM marcou em média 3 golos por época em todas as competições (2 no ano passado, 4, 4 e 3 nas anteriores).

Moutinho até agora marcou um (na Taça) e 6 na época passada. Pode ser q ainda marque um ou outro nos jogos q faltam, mas mesmo q não seja o caso não vai ficar longe da marca de R. Meireles.

Neste tipo de jogador o q mais se pede é q ajude imenso nas recuperações de bola (o q Moutinho faz muito bem), q ocupe bem os espaços e q seja rápido a decidir - e bom a executar - a melhor opção de passe qdo tem a bola nos pés. Ora isto é algo q Moutinho tb faz bem.

Concluindo, pois: acho q sim, q Moutinho pode contribuir mais nos desequilíbrios ofensivos (com golos e assistências), e acho q isso virá com o tempo, mas no cômputo geral tem até agora desempenhado bastante bem o q se pede do seu papel.

José Rodrigues disse...

Mais uma achega, que me esqueci de mencionar e é importante: só com um bom desempenho de Moutinho é que nos podemos dar ao luxo de ter os alas a subir bastante para apoiar o ataque (e já agora, o Fernando que sobe muito mais do q nos anos anteriores). E mais uma vez, Moutinho tem estado bem neste aspecto das compensações.

ℕℯℓsση ℳαcℎα∂σ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando B. disse...

Luis Carvalho,
Sobre o Moutinho, leia o que aqui lhe disseram nos comentários... Noutro Blog (Dragão até à Morte), recomendei hoje ao MST, que lesse uma entrevista do Xavi, ao Guardian, há cerca de 15 dias. Digo-lho a si também...

Podia também ter dado uma palavra sobre o Guarin...lembra-se quando ele entrou no jogo com Guimarães??

Pedro Malaquias disse...

Comparar o Ruben Micael com o Moutinho é a mesma coisa que comparar o Carlos Martins com o Ramires...

Sinceramente, não sou o maior fã do Moutinho, mas parece-me muito mais fácil tirar o Belluschi ou o Fernando do 11 do Porto que o Moutinho (na minha opinião, penso que só o Falcão é mais importante do que Moutinho no 11 do Porto)...

Daniel Gonçalves disse...

Não concordo com a opinião, hoje na Bola, do Miguel Sousa Tavares sobre o Moutinho, mas já concordo com a análise do Luís Carvalho sobre o jogador, garante mais circulação de bola, que é a marca característico do futebol da "laranja mecânica" que depois foi implementado no Barça pelo Cruyf e que ainda hoje é a marca do Barça de Guardiola, muita posse e circulação de bola. Aliás, na sua apresentação, André VB afirmou ter a influência do futebol da "laranja mecânica" e do Braça, daí o papel fundamental desempenhado no nosso meio-campo pelo Moutinho. O futebol já não é - e desde os anos 40 ou 50 do século passado - como o imagina Miguel ST: pegar na bola na nossa baliza e ir pelo campo fora até a baliza adversária, hoje existem defesas organizas consequentemente a necessidade de circular a bola para encontrar espaços e "pensar o jogo". Miguel Sousa Tavares tem um papel formidável a desmascarar a desonestidade intelectual dos benfiquistas mas que ninguém leve muito a sério as suas análises sobre os nossos jogadores.
Sobre o Micael concordo com o que disse o JON é o substituto do Belluschi, nunca do Moutinho, porque o melhor do Micael são os passes em profundidade e a visão de jogo, a combinação dele com o Walter no golo contra o Portimonense, no Dragão, é sinal disso.

José Correia disse...

Estou muito de acordo com a análise do JON, quer no que diz respeito às considerações que fez sobre o Moutinho, quer ao Rúben Micael, que também vejo como (boa) alternativa ao Belluschi e não do Moutinho.

José Correia disse...

parece ser no "miolo" o local onde poderemos ainda crescer, recorrendo apenas a recursos já existentes

Em jogos contra equipas mais fracas, penso que a utilização do Guarín na posição 6, em vez do Fernando, nos traria um meio-campo mais agressivo e uma capacidade de remate que não é desprezável, nomeadamente quando do outro lado estão equipas que defendem com 9 ou 10 jogadores.

Anónimo da Silva disse...

muito em desacordo. 1º penso que as linhas dedicadas ao rúben são completamente absurdas. pela época que está a fazer até podia ter 50 golos contra as equipas fracas da taça de Portugal e taça da liga. no campeonato já provou estar muito abaixo de Belluschi e Moutinho. mau na pressão, mau na intensidade e muitas vezes mau no passe. a continuar assim dou-lhe uma época até ser dispensado.

Depois a questão Belluschi. Basta o homem fazer um mau jogo com o guimarães para lhe cair tudo em cima. Belluschi é provavelmente mais importante na pressão e recuperações de bola do Porto do que Moutinho, vejam as estatísticas!
Além disso junta-lhe uma classe que Moutinho não tem. Vejam o 5-0 com os lampiões, o jogador chave chama-se Belluschi!

Compreendam que nem sempre é fácil dominar o meio-campo quando só lá temos 3 jogadores contra 4 e muitas vezes 5 do adversário. o segredo passa por usar mais vezes James ao meio e conseguir criar movimentações diferentes em Hulk e Varela tal como se vê com Messi ou Pedro no Barça. Sendo que quando os jogos apertam até Guardiola tira Villa para pôr Keita. Não é fácil dominar em 4-3-3, só Porto e Barcelona o fazem na Europa!

João Diogo Reis disse...

Respondendo à pergunta (Como podemos melhorar ainda mais?):
Acima de tudo, não meter o Sereno.
Depois, não meter o Maicon.
E depois, não meter o João Moutinho nem o Belluschi.

Estes dois não sabem rematar, não sabem passar, não são rápidos ou fortes ou resistentes, são baixos portanto não podem ajudar nas bolas paradas defensivas e ofensivas… enfim, não andam lá a fazer nada!

Com o Guarín e o Rúben Micael no meio-campo, em vez desses dois, o FC Porto jogaria muito melhor. É que quem destrói 80% do jogo do FCP são aqueles dois, não são os adversários.


A concorrência esteve forte” também é questionável… quantas vezes é que o Benfica já perdeu este ano? 10! E ainda não devem ter acabado as derrotas, ao contrário do que pensava o alucinado do António Pedro Vasconcelos que dizia que o Benfica ia ganhar os jogos todos até ao final da época.

Anónimo da Silva disse...

João Reis, por amor de Deus não te chegou a época passada com guarín quase sempre a titualar em vez do Belluschi para perceber que o argentino é fundamental?
pensava que o futebol do barça já tinha permitido perceber que jogadores baixinhos e franzinos podem ser os melhores do mundo, mas pelos vistos ainda há gente desatenta.

um pequeno pormenor, na época passada em todas as derrotas da 1ª volta houve um ponto em comum: Belluschi não foi titular!

RCBC disse...

"As três derrotas caseiras, não na Liga mas ainda assim na presente temporada, deram sinais claros de que é preciso mais e melhor. Principalmente nos grandes jogos."

Uma derrota fruto do acaso com o Nacional para a Taça Liga, que permitiu à equipa nao ter mais 2 jogos para cansar os jogadores nesta importantissima competiçao que bem se podia chamar "taça lucilio batista"...

Outra derrota na LE, em que criámos pelo menos 15 ocasioes de golo e acabamos por nos apurar para os oitavos-final...

E outra derrota essa sim justa frente ao nosso querido inimigo em pleno Dragao... ma derrota que ainda pode ser rectificada, mas é difcil... Mas se formos serios, teremos também de admitir que a derrota conteceu fruto de brincadeiras de Aicon/Helton/Fernando, tres horriveis exibiçoes naquele jogo...

Mesmo com 20 vitorias em 22 jogos na liga, mesmo depois de ultrapassarmos o Sevilha e de termos nova dificil eliminatoria frente ao CSKA e de ainda termos hipoteses na taça de portugal, claro que há muita matéria para refelctir...

Nuno Ribeiro disse...

Caro João Diogo Reis...

Fala da falta de físico do belluschi e moutinho e contrapõe com o com aquele jogador possante que é o micael??? Se o fernando aguiar ainda jogar podiamos ir contrar. Tenhamos bom senso no que escrevemos...

E como disse e bem o DC, olhe para o barcelona...

meirelesportuense disse...

O Moutinho é um jogador que equilibra a equipa, recorda-me muito o André...Belluschi é mais ofensivo, mas também menos colectivo porque nunca foi treinado para isso antes de vir para o Porto...Moutinho é consistência, Belluschi é criatividade...Micael pode ser uma combinação dos dois caracteres...

DA disse...

Subscrevo o que escreveu o Nuno Ribeiro. O Belluschi tem sido dos melhores.

E o Guárin está aí pronto para a titularidade

João Diogo Reis disse...

DC,

O Belluschi foi titular em 21 dos 30 jogos da época passada, entre os quais os dois empates com o Paços de Ferreira, um empate com o Belenenses, e um empate com o Olhanense. O FC Porto perdeu 8 pontos nestes jogos. O FC Porto perdeu o campeonato por 8 pontos.
O Belluschi jogou um total de 1872 minutos e marcou 3 golos.

O Guarín foi titular em apenas 9 jogos na época passada. Jogou um total de 891 minutos e marcou 4 golos.

Esta época o Guarín foi titular em apenas 6 jogos. Jogou um total de 710 minutos e marcou 2 golos.
O Belluschi foi titular em 20 jogos, incluindo os dois empates com o Vitória Guimarães e Sporting. Jogou um total de 1655 minutos e marcou 2 golos.

O Belluschi, com mais do dobro do tempo de jogo, faz menos que o Guarín.
Espero que o Villas-Boas se aperceba disto e corrija a situação… antes tarde que nunca!


Os baixinhos do FCP têm mais alguma coisa em comum com os do Barça, além da altura?!
Pois, se calhar convém!

Nuno Ribeiro,
O Rúben Micael não é alto, forte ou resistente, nem sequer é rápido, mas remata e passa bem melhor que eles. Por exemplo, na Liga Europa, somando a época passada que fez pelo Nacional com esta que fez pelo FC Porto, já tem sete golos (nove se contarmos os dois ao Zenit na pré-eliminatória). Com o apoio do Fernando e do Guarín, ele seria a melhor solução para municiar os três da frente.

joao abel calais disse...

Caríssimos
...li,com inusitado interesse e prazer,todo este "proseado" sobre as virtudes-futebolísticas do nosso meio campo...Gostei do que li,mas fiquei na mesma que ...antes.Quero dizer com isto, que tenho saudades do Lucho e do ...Cubillas e já agora do ...MADJER!Assunto sério que é isto do futebol,"proponho" a alternância do Belluschi com o Ruben Micael, do Guarin com o Moutinho, e ...nada de Sereno e Mariano!(À Atenção do AVB,claro...).Entretanto,

devemos manter o sorriso,a calma,e -sobretudo- muita tusa p´ra ganharmos o que falta... e mantermos a concorrência longe do bi (há 27! Anos!).
Parafraseando o n/ (saudoso) capitão João Pinto :"comigo ou sem migo o Porto será campeão"- com Mou(tinho) ou sem Mou- o seremos também.
Saudações Portistas(quase campeãs)
João Carreira

Unknown disse...

Em relação ao Moutinho, no comentário do MST, a única coisa obvia é que o MST de futebol não percebe ponta. Ele que se dedique à escrita de novelas e contos, e ature a Maitê Proença.

Revejo na dupla Moutinho-Belluschi o potencial de uma outra dupla famosa, o Xavi-Iniesta. Se há uns meses atrás era unanime que o Belluschi devia ser vendido/emprestado, desde o comando de AVB a sua prestação evoluiu imenso, sendo hoje um indiscutível, tal como Moutinho, no plantel.

João disse...

"Quando frequentemente utilizado" como na época passada em que fez 3 bons primeiros jogos e um resto de época sofrível, para ser simpático?

Estamos a falar do mesmo Ruben Micael?

É que até se pode inventar muita coisa para tentar comparar jogadores qualitativamente a anos-luz, mas essa.. o Ruben Micael quanto mais utilizado na época passada, pior jogou.

Anónimo da Silva disse...

essa estatística vale muito pouco. O Porto perdeu na luz, funchal e braga e nos 3 jogos mal conseguiu fazer um ataque decente. aliás só criou perigo no final desses jogos.
nesses 3 jogos foi unânime que o problema foi um meio campo completamente apagado, sem rasgo.
os empates com paços ou olhanense já vêm numa fase em que a própria equipa deixou de acreditar e pelo menos nesses jogos viu-se muito e bom futebol de ataque contrastando com a defesa.

Guarín marca mais golos porque tem melhor remate, Belluschi cria ou ajuda a criar muitos mais!

Se fosse pelos golos então moutinho e fernando nunca mais jogavam no Porto e jogadores como Capucho tinham sido afastados.

David Duarte disse...

Bom texto do Luis Carvalho. Para o João Moutinho a ida para o FC Porto foi essencial. Comparo um pouco a sua situação com aquela vivida pelo João V. Pinto : um jogador carregando às costas uma equipa cuja qualidade era bastante inferior à sua e que por este motivo mesmo corria o risco de trava-lo na sua evolução.

O João Moutinho é sem duvida mais jogador hoje do que foi no Sporting. Ou melhor, consegue exprimir melhor as suas qualidades.

Não concordo com o ponto negativo apresentado sobre o Moutinho pois é preciso conhecer as caracteristicas do jogador e pedir-lhe que faça um trabalho em correspondência com essas caracteristicas. O Moutinho poderia eventualmente ocupar-se mais das assistências e dos golos. Mas seja no FC Porto seja na selecção ele é mais eficaz colectivamente no controlo posicional do meio-campo. Ele equilibra muito bem o meio-campo seja em fase ofensiva seja em fase defensiva. Pedir-lhe para marcar golos ou fazer assistências afectaria necessariamente este seu papel.

Sinceramente, entre o Moutinho e o Rubem Micael existe muita diferença, não apenas nos papéis que podem ter como igualmente na qualidade dos jogadores. Com Ruben Micael e sem Moutinho o meio-campo do FC Porto seria muito mais permeavel.

Paulo Marques disse...

Finalmente concordo com o David Duarte...
Não é por jogarem os dois no meio campo que comparar o Micael com o Moutinho deixa de ser um disparate.