sábado, 15 de março de 2008
Justiça colorida (II)
«Teresa Morais, procuradora adjunta do DIAP/Porto, disse ontem que pediu o levantamento do segredo de justiça num inquérito da Procuradoria-Geral da República onde se investiga a sua eventual parcialidade num processo envolvendo Carolina Salgado. A magistrada confirmou que enviou o requerimento na terça-feira.
Teresa Morais foi visada por causa da acusação que deduziu contra Carolina Salgado no final de 2007, por tentativa de agressão ao médico Fernando Póvoas e de crimes de incêndio em escritórios do advogado Lourenço Pinto e de Pinto da Costa.»
PUBLICO, 09/03/2008
Terei percebido bem?
A Procuradoria-Geral da República, liderada por Pinto Monteiro, abriu um inquérito a uma procuradora adjunta do DIAP/Porto, por esta ter deduzido uma acusação contra Carolina Salgado? É isso?
Se assim foi, quero dizer que não posso estar mais de acordo.
Para começar, basta olhar para ela e ouvir a forma “ternurenta e melosa” como fala do seu passado com o Jorge Nuno, para se perceber que Carolina Salgado é uma pessoa séria, altamente credível e, sem sombra de dúvidas, absolutamente inocente de qualquer crime que mentes maldosas lhe queiram imputar.
Por exemplo, é verdadeiramente escandaloso que, em Janeiro passado, o Ministério Público de Gaia tenha acusado Carolina Salgado pelo crime de furto qualificado de vários bens pertencentes a Pinto da Costa, no valor aproximado de 280 mil euros, e tenha decidido levá-la a julgamento, incorrendo a pobrezinha numa pena de 2 a 8 anos de prisão.
Que culpa é que ela tem de se ter afeiçoado de tal maneira a alguns objectos que, quando acabou a relação com Pinto da Costa, não se conseguiu separar de 12 garrafas de vinho de 1937 (no valor de 7500 euros), de um armário com 50 peças de louça chinesa (70 mil euros), armários, arcas, uma colecção de livros, um quadro de Noronha da Costa, além de electrodomésticos e estatuetas (105 mil euros), vários relógios, alguns de colecção, no valor de 30.500 euros, 50 canetas de tinta permanente em ouro, avaliadas em 50 mil euros, serviços de louça, fatos, gravatas e sobretudos de marca, num total de 10 mil euros?
Qualquer psiquiatra dirá em tribunal que o amor transtorna as pessoas e é perfeitamente normal que, para compensar o terrível choque emocional que sofreu aquando da ruptura com Pinto da Costa, Carolina tenha sentido necessidade da companhia de alguns bens materiais...
Aliás, a prova de que Carolina Salgado é, por definição, inocente de todas as acusações que lhe queiram fazer, é o chamado caso Bexiga, em que Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado, liderada por Maria José Morgado, decidiu arquivar o processo por falta de provas.
Falta de provas?
Sim, porque isto da própria Carolina ter confessado ser co-autora do crime por, alegadamente, ter contactado as pessoas que deveriam concretizar a agressão ao vereador da Câmara de Gondomar, não era para levar a sério. A não ser, suspeita-se, se fosse suficiente para incriminar os outros co-arguidos (leia-se, Pinto da Costa).
Portanto, percebo muito bem que se investigue a procuradora adjunta do DIAP/Porto. Em primeiro lugar porque pertence ao DIAP do... Porto!; depois, porque teve a veleidade, para não dizer desfaçatez, de deduzir uma acusação contra a escritora Carolina Salgado (foi assim que a própria se apresentou, na 5ª feira passada, no tribunal de Gondomar).
Há que investigar bem, porque eu tenho quase a certeza que esta procuradora adjunta do DIAP/Porto conhece uma pessoa que é prima de um senhor que, às 3ªs feiras, costuma conversar num café do Porto com um individuo que recebeu um convite do FC Porto para ir a Sevilha assistir à final da Taça UEFA...
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2 comentários:
Carolina salgado é uma testemunha protegida e essencial no processo AD, contra PdC. O sucesso no processo é muito importante para o MP, para o PGR e MJM. O “sucesso”, neste caso, exige “sangue”, e, sendo assim, Carolina Salgado tem que parecer uma testemunha credível. De certeza que tem sido preparada ao milímetro, para desempenhar o seu papel com eficácia.
Vamos ver se Carolina Salgado é artista suficiente e se foi competentemente preparada ao pormenor ; vamos ver até que ponto os Tribunais estão “subordinados” ao poder do PGR e se o contraditório vai ser capaz de provar que a acusação vai nua, mais despida ainda que a Carolina da gravura.
Não sendo advogado nem nada que se pareça, parece-me o MP / MJM cometeram um verdadeiro "harakiri" no caso Bexiga. Se a credibilidade da Carolina já era um ponto a explorar, com essa decisão do MP tornou-se óbvio que existe ali um ponto fraco, e que explorado até ao tutano fragiliza toda a acusação. Para a defesa de PdC acho que não podia ter existido melhor decisão.
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