segunda-feira, 10 de março de 2008

Sem revolta, mas com competência



Depois da infeliz derrota frente ao Shalke, Jesualdo tinha pedido aos seus jogadores uma “revolta”, no sentido positivo, no jogo da noite passada frente a Académica. Esse sentimento não foi muito perceptível ao longo da partida, mercê de algum desgaste fisico e emocional que a eliminação da champions provocou no plantel Portista.


Ainda assim, a equipa não perdeu a sua matriz principal, a competência. Como já vimos tantas vezes acontecer ao longo desta temporada, mesmo que se tenha estado longe de uma exibição fulgurante, cumpriu-se os “serviços minimos”, que é a vitória e, diga-se em acrescento, que está neste factor o grande fosso cavado entre o primeiro e segundo classificado do campeonato.


O jogo teve quase sempre o mesmo sentido, a baliza de Pedro Roma, mas curiosamente o FC Porto raramente conseguiu acercar-se da mesma, só em alguns lançes esporádicos ou em curtas iniciativas individuais. Foi apesar de tudo num dos poucos lançes colectivos bem ensaiados da 1ª parte, em que Lisandro fez balançar as redes pela 1º vez, mas mais uma vez neste campeonato, uma equipa de arbitragem seguiu a maxima de que em caso de duvida marca-se falta (neste caso fora de jogo) contra o Porto. Não foi no entanto preciso esperar muito para a bola voltar entrar na baliza de Pedro Roma. Um remate quase inofensivo e a figura de Quaresma, que teve o contributo precioso do guarda redes da Briosa.


Em desvantagem a Académica pouco fez para mudar o rumo dos acontecimentos, aliás permitiu que o FC Porto geri-se o jogo da forma que mais lhe interessava, num ritmo lento e sem grandes sobressaltos. As substituições ao longo do 2º tempo agitaram pouco a partida e, só mesmo 2 foras de jogo escandalosamente mal sacados a Quaresma e Lisandro e expulsão de Mariano causaram alguma sensação. Destaque para os ultimos 5 minutos do encontro onde o FC Porto esteve perto de marcar por duas ocasiões, numa delas Pedro Roma redimiu-se do erro no golo de Quaresma, ao sacudir um cabeçeamento de Lisandro. Sempre ele, pois claro.

3 comentários:

José Correia disse...

Com apenas 24 pontos em disputa, o SLB não somará mais do que 64 pontos e o Sporting não ultrapassará os 58 pontos.
Assim sendo, prevejo que 60 pontos sejam suficientes para alcançar o título, o que, a confirmar-se, significa que bastam ao FC Porto mais duas vitórias.

Nicolau d'Almeida disse...

O Porto não fez um grande jogo pelo cansaço físico e emocional a que esteve sujeito Quarta-Feira passada. Era expectável que assim acontecesse. Agora, é "bola para a frente" e lutar pelos objectivos que ainda faltam alcançar esta temporada.

Cumprimentos.

Mário Faria disse...

Foi um jogo de baixa intensidade, que controlámos sempre.
Faltou um pouco mais de explosão, um pouco mais de Lisandro, um pouco mais de tempo para Farías e um pouco menos a Quaresma.
Estivemos bem no mais fácil : defender e ocupar bem os espaços, e menos bem no mais difícil : atacar bem, criar movimentos de ruptura e ser mais certeiros no último passe.
Ponto mais positivo : a equipa não perdeu a segurança e conseguiu a vitória que era o mais importante, depois da 4º. feira, do nosso descontentamento.