in JN, 05/06/2008
Desde Dezembro de 2004, que o FC Porto tem uma equipa de juristas a trabalhar nos diversos processos decorrentes do ‘Apito Dourado’, e que envolvem a FCP SAD e o seu presidente.
Três anos e meio depois, a ideia que passa para o exterior é que essa equipa tem vindo a ser reforçada com especialistas externos, aos quais são solicitados diversos pareceres sobre aspectos específicos do Direito.
Agora, que o caso chegou à UEFA, temos também juristas na Suiça, que foram contratados para apoiar gabinete jurídico do FC Porto nesta dura batalha pelo direito de permanência na Liga dos Campeões (que, recorde-se, foi conquistado dentro de campo com inquestionável mérito).
A batalha jurídica promete ser longa, podendo durar meses na Justiça desportiva, e anos na Justiça civil. Contudo, a esperança de todos os portistas é que mesmo perdendo algumas batalhas, no final o FC Porto acabe por ganhar esta guerra.

Pelo caminho haverá “baixas” e custos.
Nesta altura fala-se muito dos custos que terá para a FCP SAD o afastamento da Liga dos Campeões 2008/09. Os números mais credíveis variam entre os 13 e os 18 milhões de euros. É muita massa!
Contudo, há outros custos de que não se tem falado nomeadamente, quanto já custou (e ainda irá custar) à FCP SAD a “equipa de luxo” que foi contratada para apoiar gabinete jurídico do FC Porto em todas estas frentes de batalha.
Por exemplo, quanto é que a FCP SAD já gastou nos pareceres jurídicos que solicitou, por causa de todos os processos que decorrem do 'Apito Dourado'?
Quanto é que vão custar os advogados suíços?
Quanto é que a FCP SAD já pagou à sociedade de advogados ‘Gil Moreira dos Santos, Caldeira, Cernadas & Associados’?

Analisando as contas referentes ao terceiro trimestre da época 2007/08, a única coisa que é possível concluir é que os custos com Fornecimentos e Serviços Externos aumentaram 32% e são, actualmente, 7 milhões de euros por ano mais altos do que há dois anos (aumento de 60%).

Do lado de quem contrata o serviço, como administrador da FCP SAD responsável pelo pelouro jurídico, e do lado de quem é contratado, como sócio da GMSCC & Associados.
2 comentários:
Eu baixaria o limite inferior do intervalo a considerar para os prejuízos por não ir à Liga dos Campeões em 2008/09 para 6 a 7 Milhões de euros, valor que recebemos há 2 épocas quando não passámos a fase de grupos. Há sempre essa possibilidade a considerar.
Por outro lado concordo que no R&C deste ano deveria estar destacado o valor gasto com as equipas jurídicas. Para isso o documento com as contas deveria conter o "breakdown" dos Fornecimentos e Serviços Externos e assim saberíamos quanto é que foi gasto na rubrica "Honorários". Duvido que a sad o faça.
Sim, essa relação " contratante-contratado" deveria ser bem esclarecida mas também não acredito que a SAD o faça.
Por tudo o que tenho lido,infelizmente também não acredito que seja no Comité de Apelo da UEFA que o FCP ganhe o recurso, restando-nos apenas a hipótese do TAS.
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