Neto, Devesa – Nascido em 30 de Abril de 1967, José Maria Pinheiro Devesa Neto, mais conhecido por Devesa Neto é um ex-árbitro auxiliar, já retirado, que chegou a internacional em 1997.
Ao longo dos últimos anos, a importância dos árbitros auxiliares (antigos fiscais-de-linha) tem vindo a aumentar e um dos que assumiu maior protagonismo foi precisamente Devesa Neto, o qual, durante muitos anos, formou equipa com Paulo Paraty (o árbitro preferido de Luís Filipe Vieira, conforme ficou claro das escutas existentes no processo 'Apito Dourado').
Como árbitro auxiliar, muitas das suas actuações suscitaram polémica por, aparentemente, serem influenciadas pela sua preferência clubistica. Aparentemente?
Vejamos o teor de uma das escutas do processo ‘Apito Dourado’, referente a uma conversa entre João Rodrigues e Pinto de Sousa, a propósito deste último se queixar que Luís Filipe Vieira estava zangado:
João Rodrigues: “Nomeie o Devesa Neto que o acalma logo”.
Fantástico o efeito que as nomeações de Devesa Neto tinham nos dirigentes benfiquistas. Porque seria?
Talvez por isso, Luís Guilherme o tenha nomeado para o famoso Estoril-Benfica no Algarve, da época 2004/05, em que auxiliou o árbitro Hélio Santos...
Presumo que para falar do tempo, também parece que era habitual o senhor Devesa Neto jantar com dirigentes do Benfica. Foi o caso de um jantar em Janeiro de 2006, no restaurante ‘O Sapo’, em Penafiel, com o director-geral do Benfica, José Veiga, o qual abandonou o estágio que a equipa benfiquista estava a fazer para um jogo com o Gil Vicente para desfrutar da companhia à mesa do influente ex-árbitro assistente.
Confrontado com um comunicado que o FC Porto fez na altura, Devesa Neto reagiu assim: “Dá-me vontade de rir. Era o que me faltava não poder jantar com pessoas que conheço bem. (...) Ninguém me vai proibir de jantar com quem quer que seja. Quando me apetecer e houver disponibilidade, voltarei a sentar-me à mesma mesa com José Veiga”.
Um outro episódio ocorreu no dia 7 de Março de 2006, com Devesa Neto a ser uma das caras conhecidas entre os adeptos benfiquistas que viajaram com a equipa até Liverpool. Terá pago a viagem do seu bolso? Respondeu o próprio: “Estou com o Benfica, pois sou convidado de José Veiga. Como adepto do clube assumido, é com muito prazer que o faço”.
Ora digam lá se a amizade e a gratidão não são coisas muito bonitas...
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Dicionário do Sistema - Neto, Devesa
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O museu do FC Porto
... e pronto, com a vitória no campeonato já cá canta mais um "caneco" conquistado de forma brilhante (a que se pode eventualmente juntar mais uma Taça de Portugal). Mas... para onde vão os "canecos"?
Já lá vão quase 5 anos que o museu do FCP no antigo estádio das Antas encerrou portas, e desde então nunca mais se soube do paradeiro dos troféus nem se sabe de nenhum projecto em concreto para um novo Museu.
Este é um assunto que me entristece bastante. Se é verdade e indiscutível que o que mais interessa é o presente e o futuro, também é verdade que a pujança de um clube se mede também pela forma como tem memória e honra o seu passado e os seus.
Fui diversas vezes ao antigo museu desde criança, e não me esqueço do brilho nos olhos com que de lá saía (aliás, lembro-me ainda melhor do brilho nos olhos do meu falecido avô). O antigo museu, pelos parâmetros contemporâneos, não era exactamente uma referência na sua categoria - mas isso era extremamente secundário, já que o impacto num portista de ver taças conquistadas com muito suor por gerações de atletas do clube era inconmensurável.
É através de coisas como esta que consegue passar o sentimento portista entre gerações, é através de medidas como esta que se consegue aproximar o clube dos sócios e adeptos. Já nem me refiro a uma certa vergonha que sinto por ter amigos estrangeiros que visitaram o Dragão e ficaram parvos por não termos os troféus expostos - já visitei vários museus de grandes clubes europeus, e todos eles se orgulham de exibir a história e os troféus do clube.
Considero pois que ao nem sequer dar qualquer explicação aos sócios (e já lá vão 5 anos...) o clube está em certa medida a faltar ao respeito perante aqueles que dão razão de ser ao clube.
Diz-se por aí que a razão para ainda não termos museu é que houve um erro de planeamento no Dragão, com o espaço previsto para o Museu a revelar-se demasiado pequeno. Bem, esse cenário hipotético para mim não invalida que:
1) não se dê a explicação devida aos sócios e adeptos
2) não se dê prioridade a corrigir o problema (por exemplo: porque não prever um espaço para esse fim no novo pavilhão?)
3) não se tome uma medida provisória, com a exibição dos principais troféus e uma pequena exibição multimédia num espaço disponível no Dragão, mesmo que insuficiente para um museu "a sério" - uma medida provisória deste género custaria certamente uma pequeníssima quantia.
Concluindo, vejo neste caso um sintoma de um problema generalizado: o problema de que os interesses comerciais da SAD se sobre-impõem cada vez mais aos interesses do clube e dos sócios, com o efeito secundário de que os sócios são cada vez mais tratados como meros consumidores de um produto. É pena.
Já lá vão quase 5 anos que o museu do FCP no antigo estádio das Antas encerrou portas, e desde então nunca mais se soube do paradeiro dos troféus nem se sabe de nenhum projecto em concreto para um novo Museu.
Este é um assunto que me entristece bastante. Se é verdade e indiscutível que o que mais interessa é o presente e o futuro, também é verdade que a pujança de um clube se mede também pela forma como tem memória e honra o seu passado e os seus.
Fui diversas vezes ao antigo museu desde criança, e não me esqueço do brilho nos olhos com que de lá saía (aliás, lembro-me ainda melhor do brilho nos olhos do meu falecido avô). O antigo museu, pelos parâmetros contemporâneos, não era exactamente uma referência na sua categoria - mas isso era extremamente secundário, já que o impacto num portista de ver taças conquistadas com muito suor por gerações de atletas do clube era inconmensurável.
É através de coisas como esta que consegue passar o sentimento portista entre gerações, é através de medidas como esta que se consegue aproximar o clube dos sócios e adeptos. Já nem me refiro a uma certa vergonha que sinto por ter amigos estrangeiros que visitaram o Dragão e ficaram parvos por não termos os troféus expostos - já visitei vários museus de grandes clubes europeus, e todos eles se orgulham de exibir a história e os troféus do clube.
Considero pois que ao nem sequer dar qualquer explicação aos sócios (e já lá vão 5 anos...) o clube está em certa medida a faltar ao respeito perante aqueles que dão razão de ser ao clube.
Diz-se por aí que a razão para ainda não termos museu é que houve um erro de planeamento no Dragão, com o espaço previsto para o Museu a revelar-se demasiado pequeno. Bem, esse cenário hipotético para mim não invalida que:
1) não se dê a explicação devida aos sócios e adeptos
2) não se dê prioridade a corrigir o problema (por exemplo: porque não prever um espaço para esse fim no novo pavilhão?)
3) não se tome uma medida provisória, com a exibição dos principais troféus e uma pequena exibição multimédia num espaço disponível no Dragão, mesmo que insuficiente para um museu "a sério" - uma medida provisória deste género custaria certamente uma pequeníssima quantia.
Concluindo, vejo neste caso um sintoma de um problema generalizado: o problema de que os interesses comerciais da SAD se sobre-impõem cada vez mais aos interesses do clube e dos sócios, com o efeito secundário de que os sócios são cada vez mais tratados como meros consumidores de um produto. É pena.
terça-feira, 29 de abril de 2008
A qual destes nossos "queridos inimigos" dedica o TRI?
Os leitores do Reflexão Portista acharam que a ser dedicada a um dos nossos "queridos inimigos", este título deveria ser dedicado a Leonor Pinhão.
Das 166 participações, Leonor Pinhão foi a escolha em 26% (44) das votações, sendo seguida de perto por Luís Filipe Vieira com 21% (36) e Maria José Morgado com 20% (34). Por oposição, os menos votados foram Eugénio Queiroz e João Botelho com 1% (2) dos votos.
Veja na imagem acima como se distribuíram os votos.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Pérolas Retóricas do Zé do Boné (8)
"O Benfica não tem estofo de campeão: demonstrou-o bem aqui, pois empatou tal como poderiam ter empatado o Feirense ou o Espinho, isto é, jogando à defesa. Claro que falhou um penalty, mas penalties todos os guarda-redes defendem, mexendo-se ou não" (uma alusão ao facto de Manuel Bento, o guarda-redes do Benfica, ser "especialista" em defender penalties, mexendo-se frequentemente antes de a bola partir).
Primavera de 1978, após um Varzim-Benfica a que assistiu.
Primavera de 1978, após um Varzim-Benfica a que assistiu.
Para reflectir
O vídeo fala por si.
À Campeão: 5 golos e 23 pontos de avanço
O campo cheio e bem guarnecido até ao fim do jogo, apesar da goleada sofrida, é demonstrativo da força do VG. O jogo foi bonito porque foi competitivo, sem quezílias e com ambas as equipas à procura do melhor resultado. Não são conhecidas escaramuças depois do jogo, o que se regista.
Na 1ª parte o jogo foi de baixa intensidade com o VG com mais posse de bola e maior tendência atacante. Não entrou, praticamente, na nossa grande área e o Helton esteve sempre atento quando a bola chegou com maior perigo à baliza. O nosso meio campo não funcionou bem, e o Paulo e o Bollati não foram capazes de “sintonizar” as suas acções, particularmente ofensivas. Bollatti não é Lucho e fiquei com a ideia, pela TV, que não raras vezes o Paulo subiu mais no terreno para colmatar alguma dificuldade táctica do argentino nas transições ofensivas e nas recuperações defensivas.
Apesar disso, ainda fomos capazes de uma ou outra jogada interessante e levar algum perigo às redes do VG. Mas tínhamos reais dificuldades em circular a bola, manter o ritmo certo e passar no momento adequado. Porém, é justo dizer que essa menor fluência do FCP não foi apenas por culpa própria. O VG fez uma pressão alta que funcionou e fechou todas as linhas de passe. Acho que essa eficácia vimaranense explica de alguma forma o colapso da 2ª. Parte, que foi completamente diferente. Correram muito e o calor era intenso.
Paulo foi substituído por Kaz e o meio campo passou ter uma arrumação mais conforme as características dos jogadores. O resto veio com o primeiro golo. A ânsia do VG em chegar ao empate, acrescida de algum cansaço físico e anímico, mais o espaço que deixaram de fechar, facilitou a manobra do FCP que, em transições rápidas, abriu autênticas auto-estradas nas linhas vimaranenses. Quaresma, Mariano e Cia. desbarataram completamente as defesas do VG e impuseram o seu jogo e a sua classe de forma categórica.
Nem as substituições que JF foi introduzindo tiraram eficácia ao FCP. Farias e Adriano entraram bem e mostraram serviço. O passe de Adriano para o golo de Farias é para mais tarde recordar. Também para recordar fica a vivacidade da movimentação do FCP, como a jogada do golo de Adriano exemplifica: Fucile acompanhou a jogada, desde lá trás, em grande velocidade e posicionou-se para poder ser uma alternativa para tentar o golo.
O FCP venceu e convenceu. Serviço é serviço e um campeão tem de se comportar como tal. Individualmente os jogadores estiveram bem, embora desta vez não tivéssemos um super Lisandro. Helton, Fucile, Bruno, Mariano e Quaresma estiveram bem e surpreenderam-me as actuações de Lino e Kaz. Stepanov também teve uma exibição boa e mostrou qualidade. Insuperável no jogo aéreo tem que aprimorar as suas saídas da defesa, melhorar o passe e o tempo de o executar.
Uma palavra final para o nosso treinador JF. Acho que o facto de ter ganho o campeonato por duas vezes refinou, e de que maneira, as qualidades que moravam lá. Personalidade, confiança nas decisões, a que não são alheias o (grande) mérito que lhe é reconhecido pelos resultados que vem obtendo o FCP, por parte da direcção, dos sócios e da opinião pública . Até o seu estilo de comunicação melhorou. Os êxitos ajudam, a sorte também, mas Jesualdo é, provavelmente, o principal artífice deste Porto à campeão, em todas as estações e em todos os momentos.
domingo, 27 de abril de 2008
A ignorância
Uma das coisas que mais me irrita é falta de conhecimento que o pessoal tem das leis do futebol. Sabe-se o básico e o resto inventa-se consoante é a favor ou contra o nosso clube. Se nos adeptos comuns isto me irrita, pelo menos naqueles que têm a mania que sabem tudo sobre futebol, muito mais me irrita ouvir da boca de supostos comentadores desportivos barbaridades e ainda lhes pagarem para isso (e pior, com dinheiro meu). Vem isto a propósito, do comentário do comentador (passe a redundância) da SportTV quando o Adriano faz o 5º. Sinceramente não sei quem era o homem (tentei identificá-lo mas não consegui), mas disse mais ou menos isto: "O Adriano na altura do 1º passe está em fora de jogo posicional, e depois tira partido da posição irregular", e insistiu nisto umas duas vezes, levando o Rui Orlando a tentar clarificar o lance e a sentenciar: "Não há nenhuma irregularidade".
O golo pode ser visto aqui.
Não tiro daqui nenhuma cruzada do comentador contra o FCP, mas já não digo o mesmo contra o futebol. São comentadores destes que dão má imagem do futebol, que incendeiam os espectadores, que não formam os espectadores, que são mais cegos que um invisual. E o pior é que é tudo fruto da ignorância.
A FIFA é clara, só há fora de jogo nestes caso se o jogador que inicialmente estava em fora de jogo e é o marcador do golo, estiver à frente da linha da bola no momento do último passe. O Adriano embora estivesse em posição de fora de jogo no início da jogada, como no 1º momento não teve intervenção directa na jogada e depois, quando recebe a bola está atrás (ou em linha) com a mesma, não há lugar à marcação de fora de jogo, o golo é perfeitamente legal.
Que um comentador desportivo não saiba isto e ainda por cima desinforme os espectadores, é no mínimo sinal de incompetência. Tudo isto está documentado no site da FIFA, havendo mesmo uma animação flash a descrever este caso em particular (ver slide 22)
O golo pode ser visto aqui.
Não tiro daqui nenhuma cruzada do comentador contra o FCP, mas já não digo o mesmo contra o futebol. São comentadores destes que dão má imagem do futebol, que incendeiam os espectadores, que não formam os espectadores, que são mais cegos que um invisual. E o pior é que é tudo fruto da ignorância.
A FIFA é clara, só há fora de jogo nestes caso se o jogador que inicialmente estava em fora de jogo e é o marcador do golo, estiver à frente da linha da bola no momento do último passe. O Adriano embora estivesse em posição de fora de jogo no início da jogada, como no 1º momento não teve intervenção directa na jogada e depois, quando recebe a bola está atrás (ou em linha) com a mesma, não há lugar à marcação de fora de jogo, o golo é perfeitamente legal.
Que um comentador desportivo não saiba isto e ainda por cima desinforme os espectadores, é no mínimo sinal de incompetência. Tudo isto está documentado no site da FIFA, havendo mesmo uma animação flash a descrever este caso em particular (ver slide 22)
A injustiça do ranking da UEFA
Saiu há uma semana a "notícia" de que o FCP vai começar a época de 08/09 atrás de slb e SCP no ranking de clubes da UEFA.
Em primeiro lugar, isso é falso: o ranking da UEFA é uma média móvel, feita com base nos resultados dos clubes nas últimas 5 épocas. CINCO. Não nos resultados das últimas 4, 3, 2 ou 1 épocas (e no artigo em questão só entravam em conta com as últimas 4 épocas).
Sendo assim, no início da época 08/09 o FCP vai aparecer na 17a posição, o slb na 18a e o SCP na 20a.
Depois deste preâmbulo, o facto é que nas últimas 4 épocas o FCP fez menos pontos para o ranking do que slb e SCP (o que significa que, se hipoteticamente o FCP conquistar tantos pontos na próxima época como os rivais, irá passar para trás no ranking no Verão de 2009).
À primeira vez isto pode parecer estranho, já que é consensual que o FCP tem tido mais sucesso na Europa do que os rivais (mesmo nos últimos anos). O que é que se passa?
O que se passa é que o sistema de pontuação para o ranking beneficia desproporcionalmente as equipas que participam na taça UEFA (vs aquelas que participam na LC).
Uma vitória na 1a eliminatória da Taça UEFA conta tanto como uma vitória nos 1/8 de final (ou mesmo na Final) da LC. Os pontos de bónus por atingir as fases mais adiantadas (1/4 final, 1/2 finais e Final) é exactamente o mesmo nas duas competições.
Sendo assim não admira que o FCP tenha feito tantos pontos para o ranking quando foi campeão europeu como o SCP quando foi à final da taça UEFA (que perdeu). Aliás, na época que agora termina o SCP conquistou tantos pontos como o FCP chegando aos 1/8 final da LC.
Olhando para outros clubes, verifico que o Sevilha está no 7o lugar do ranking à custa da taça UEFA, enquanto equipas que têm feito uma boa performance na LC (como um Lyon, um Real Madrid ou um Inter) estão abaixo dessa posição.
Ao mesmo tempo verifica-se que 80% das 30 melhores equipas europeias costumam marcar presença na LC, o que demonstra até que ponto esta competição é mais difícil do que a Taça UEFA.
Concluindo, penso que o sistema de atribuição de pontos precisa de ser reformulado. A minha proposta de alteração consiste em atribuir 2x mais pontos por uma vitória (ou empate) na LC do que por uma vitória (ou empate) na Taça UEFA.
Em primeiro lugar, isso é falso: o ranking da UEFA é uma média móvel, feita com base nos resultados dos clubes nas últimas 5 épocas. CINCO. Não nos resultados das últimas 4, 3, 2 ou 1 épocas (e no artigo em questão só entravam em conta com as últimas 4 épocas).
Sendo assim, no início da época 08/09 o FCP vai aparecer na 17a posição, o slb na 18a e o SCP na 20a.
Depois deste preâmbulo, o facto é que nas últimas 4 épocas o FCP fez menos pontos para o ranking do que slb e SCP (o que significa que, se hipoteticamente o FCP conquistar tantos pontos na próxima época como os rivais, irá passar para trás no ranking no Verão de 2009).
À primeira vez isto pode parecer estranho, já que é consensual que o FCP tem tido mais sucesso na Europa do que os rivais (mesmo nos últimos anos). O que é que se passa?
O que se passa é que o sistema de pontuação para o ranking beneficia desproporcionalmente as equipas que participam na taça UEFA (vs aquelas que participam na LC).
Uma vitória na 1a eliminatória da Taça UEFA conta tanto como uma vitória nos 1/8 de final (ou mesmo na Final) da LC. Os pontos de bónus por atingir as fases mais adiantadas (1/4 final, 1/2 finais e Final) é exactamente o mesmo nas duas competições.
Sendo assim não admira que o FCP tenha feito tantos pontos para o ranking quando foi campeão europeu como o SCP quando foi à final da taça UEFA (que perdeu). Aliás, na época que agora termina o SCP conquistou tantos pontos como o FCP chegando aos 1/8 final da LC.
Olhando para outros clubes, verifico que o Sevilha está no 7o lugar do ranking à custa da taça UEFA, enquanto equipas que têm feito uma boa performance na LC (como um Lyon, um Real Madrid ou um Inter) estão abaixo dessa posição.
Ao mesmo tempo verifica-se que 80% das 30 melhores equipas europeias costumam marcar presença na LC, o que demonstra até que ponto esta competição é mais difícil do que a Taça UEFA.
Concluindo, penso que o sistema de atribuição de pontos precisa de ser reformulado. A minha proposta de alteração consiste em atribuir 2x mais pontos por uma vitória (ou empate) na LC do que por uma vitória (ou empate) na Taça UEFA.
sábado, 26 de abril de 2008
Amanhã seremos 9 milhões...
O mundo dá muitas voltas, que as vezes são tantas ao ponto de deixar alguns atónitos, devido as circunstâncias embaraçosas que a vida lhes coloca. Este deve ser o sentimento dominante que paira nas mentes dos adeptos e dirigentes das equipas da Capital cá do burgo, que para além de verem os seus respectivos clubes a penarem jornada após jornada desta sua triste figura esta temporada, vêem-se forçados a depositar esperanças no seu inimigo número um na ronda do campeonato deste fim de semana, para que este faça ao Vitória de Guimarães, o que eles não conseguem fazer, demonstrar a sua superioridade. Não é por isso novidade que ao longo desta semana, a agenda noticiosa tem recaído na equipa que Jesualdo Ferreira vai apresentar na tarde deste Domingo no estádio Afonso Henriques. Será na máxima força? Em regime de poupanças? Sem grande concentração competitiva? Das ocorrências deste jogo, penso que estão em cima da mesa dois cenários, em que qualquer semelhança com a realidade, será apenas mera coincidência;
Cenário I – O FC Porto, mesmo com algumas ausências de vulto na equipa inicial, vence o jogo. Os adeptos do Vitória entram em depressão colectiva e não acreditam num apuramento directo da sua equipa para Champions. Em seguida insurgem-se contra jogadores, técnicos e dirigentes dos Dragões, apupando e atirando pedras ao autocarro da equipa, por terem sido demasiado “profissionais” durante o jogo. O FC Porto hipoteca as esperanças de inaugurar uma casa do Clube na cidade berço nos próximos 10 anos. No dia seguinte Luís Filipe Vieira, volta a afirmar pela centésima vez esta época que há viciação de resultados e corrupção no futebol Português.
Cenário II – Jesualdo Ferreira apresenta um onze sem qualquer títular habitual, incluíndo inclusive um ou outro jogador em idade junior, (qual Liga Intercalar, qual quê). O Vitória de Guimarães empata ou vence a partida e a bomba rebenta. Filipe Soares Franco, que é abordado pelos jornalistas após o jantar, não estando portanto num estado de consciência plena, não consegue emitir uma declaração. Luis Filipe Vieira manda “chamar a policía” imediatamente. Nos dias seguintes, o Procurador Geral da República, nomeia uma equipa especial, para averiguar eventuais jogos de bastidores e tráfico de influências com vista o FC Porto facilitar a vida no jogo frente ao Vitória de Guimarães.
Independentemente daquilo que venha acontecer no estádio Afonso Henriques, há algo de extraordinário a que temos vindo a presenciar ao longo destes dias e que será extensivel no encontro em Guimarães este fim de semana; De mal amado e eleito pelos dirigentes e adeptos dos seus principais rivais como o alvo a abater, o FC Porto contará ao seu lado com cerca de 9 milhões de ferverosos adeptos, quase todos eles em desespero total, mas esperançosos numa possibilidade de escapar ao vexame que seria não conseguir sequer o apuramento para a Liga dos Campeões.
Cenário I – O FC Porto, mesmo com algumas ausências de vulto na equipa inicial, vence o jogo. Os adeptos do Vitória entram em depressão colectiva e não acreditam num apuramento directo da sua equipa para Champions. Em seguida insurgem-se contra jogadores, técnicos e dirigentes dos Dragões, apupando e atirando pedras ao autocarro da equipa, por terem sido demasiado “profissionais” durante o jogo. O FC Porto hipoteca as esperanças de inaugurar uma casa do Clube na cidade berço nos próximos 10 anos. No dia seguinte Luís Filipe Vieira, volta a afirmar pela centésima vez esta época que há viciação de resultados e corrupção no futebol Português.
Cenário II – Jesualdo Ferreira apresenta um onze sem qualquer títular habitual, incluíndo inclusive um ou outro jogador em idade junior, (qual Liga Intercalar, qual quê). O Vitória de Guimarães empata ou vence a partida e a bomba rebenta. Filipe Soares Franco, que é abordado pelos jornalistas após o jantar, não estando portanto num estado de consciência plena, não consegue emitir uma declaração. Luis Filipe Vieira manda “chamar a policía” imediatamente. Nos dias seguintes, o Procurador Geral da República, nomeia uma equipa especial, para averiguar eventuais jogos de bastidores e tráfico de influências com vista o FC Porto facilitar a vida no jogo frente ao Vitória de Guimarães.
Independentemente daquilo que venha acontecer no estádio Afonso Henriques, há algo de extraordinário a que temos vindo a presenciar ao longo destes dias e que será extensivel no encontro em Guimarães este fim de semana; De mal amado e eleito pelos dirigentes e adeptos dos seus principais rivais como o alvo a abater, o FC Porto contará ao seu lado com cerca de 9 milhões de ferverosos adeptos, quase todos eles em desespero total, mas esperançosos numa possibilidade de escapar ao vexame que seria não conseguir sequer o apuramento para a Liga dos Campeões.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Os campeões não se cansam de ganhar
Já tive oportunidade de contar que em 1957/8, como num VG/FCP fomos molestados pela turba vimaranense, a ponto do meu padrinho ter que usar o guarda-chuva, que nem d’Artagnan contra as forças de Richelieu, para nos defender.
A GNR deu um jeito na segurança e a fartura dos 6-0, com que presenteámos o VG, foi festejada sem mais contratempos.
Poucos anos depois, o campeonato foi decidido na última jornada: o SCP recebeu o SLB e o FCP foi jogar com o VG. O SCP ganhou e foi campeão. O FCP perdeu. Nem por isso a rapaziada de Guimarães se dispensou, no nosso triste regresso, de animar-nos com o arremesso de tudo o que tinha à mão contra o comboio em que viajávamos. Fomos apedrejados com fúria, de tal forma, que estivemos parados na linha por largos momentos, e só depois de reposta a ordem pudemos seguir.
O VG foi a única equipa da primeira divisão que não felicitou o FCP, após a vitória em Viena para a Taça dos Campeões Europeus.
A última vez que me desloquei a Guimarães para ver um jogo de futebol, foi para Super Taça e jogámos contra a União de Leiria. Ganhámos por 1-0. Depois do jogo, encaminhámo-nos para o carro, calmamente. Passou por nós um moço cheio de pressa que nos recomendou que tirássemos os adereços que nos identificavam como portistas. Poucos minutos passaram, quando ouvimos atrás de nós gritaria, corridas, mais gritaria, bandeiras do FCP a serem roubadas e outras já a arder ; de repente – mesmo junto a nós - um ”miúdo” em corrida muito acelerada entra no carro perseguido por um grupo de “miúdos” todos vestidos de negro – como nos filmes de Clint Estwood. O carro arrancou com a potência máximo, fez uma série de gincanas para não chocar com terceiros, mas não evitou que lhe quebrassem o vidro e o perseguíssem, continuando a apedrejá-lo. Só desistiram quando o carro se afastou o suficiente para o atingir. Felizmente, não foram capazes de o parar. Lá atrás, havia mais confrontações. Ao que parece eram de uma claque qualquer do VG em acto de represália contra “desconhecidos?” do FCP.
Esta é uma face do VG. A outra é de um clube regionalista que se tem imposto por mérito próprio e que promete ser o quarto grande no futebol, ao mesmo tempo que consolida uma representação desportiva, noutras modalidades, significativa e valiosa como atestam as recentes vitórias no Basquetebol e Voleibol.
O seu actual presidente parece ser um homem de paz. Mas, nem isso impediu que pudesse ter sido inaugurada a filial do FCP em Guimarães. E isto é grave porque não respeita o direito e a liberdade de associação. As autoridades políticas e as forças de segurança vimaranenses ao acontecimento disseram nada, como se nada tivessem a ver com isso. As forças vivas e os donos de opinião também não, porventura por acharem que qualquer maldade cometida ao FCP é “merecida” e, por isso, bem vinda. Pela minha parte mais que revoltado, sinto-me enojado. Como é possível, num país de direito?
Pelo passado, pelo presente, pelo futuro, pela ética, pelo orgulho portista, espero que o FCP tudo faça para vencer o VG. Estou pouco preocupado com as pressões do SLB e do SCP que podem contar sempre com recurso às polícias, ao MP, ao CJ da Liga, à UEFA, à FIFA, à Assembleia da República, ao Parlamento Europeu, ao Conselho de Segurança da ONU e, finalmente, à NATO se houver que retaliar contra o FCP. O desespero dos nossos adversários só prova como esse estado de alma revela a tremenda fragilidade das suas equipas, e como se contradita face à arrogância e à superioridade da raça que não se cansam de vender em (quase) todas as circunstâncias, mais o SLB que o SCP.
Repito: estou-me nas tintas para os clubes da 2ª. Circular. Apesar disso, defendo a tolerância zero no jogo com o VG. A gestão do plantel deve ser feita segundo o interesse do FCP, mas o excesso de descanso convida à preguiça e multiplica os maus hábitos. Não nos poupámos com o SLB. O próximo jogo é, igualmente, para ganhar e mais nada!
Confio totalmente no JF, e tenho a certeza que se fizer alguma rotação, não vai deixar de apresentar uma equipa competitiva, capaz de se bater e ganhar ao VG. Não tenho medo de perder, se a equipa se bater à “campeão”, pelo melhor resultado. Não devemos nada a ninguém, a não ser a nós próprios. A honra não tem preço. Insisto: quero ganhar ao VG.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Uma dúvida
O comunicado de hoje de Pinto da Costa relembra-me um dúvida antiga, por que motivo nos relatórios e contas da SAD, nos cargos do Rui Alegre aparecem sempre os cargos que ele exerce em empresas fora do grupo FCP, e nos restantes administradores só são referidos os cargos dentro do grupo FCP?
FC Porto versus Benfica
O FC Porto já tinha ultrapassado o Benfica no histórico dos jogos disputados entre os dois clubes para o campeonato.
Com a vitória do último domingo, não só aumentou essa vantagem, como igualou os números globais, que abrangem todas as competições oficiais.
Assim, depois do último FC Porto x Benfica, o histórico dos jogos oficiais entre os dois clubes portugueses com melhor palmarés é o seguinte:
Leonor Pinhão e as derrotas do Benfica
Às quintas-feiras é o dia em que Leonor Pinhão, nas páginas de A BOLA, liberta a azia e frustrações acumuladas com as sucessivas vitórias e títulos conquistados pelo FC Porto. Tem sido assim semana após semana, ano após ano. Contudo, em 30/05/1997, Leonor Pinhão estava farta de Manuel Damásio e, num momento raro de lucidez, escreveu um artigo no PÚBLICO intitulado “As derrotas do Benfica”.
Sensivelmente 11 anos depois, vale a pena reler alguns extractos desse artigo:
«Há dez meses e três treinadores, começava na Suécia a época do Benfica. A imprensa desportiva noticiava a nova realidade do futebol "encarnado": Jamir era o "patrão", Bermúdez genial, Tahar intransponível, João Pinto estava melhor que nunca e os golos de Donizete nos treinos enchiam primeiras páginas. O presidente Manuel Damásio, encantado com tudo e todos, e em especial com o técnico Paulo Autuori, exultava: "Se isto fosse científico, nem era preciso haver campeonato." Mais valia... À 32ª jornada do campeonato de 1996/97, o Benfica vai a 24 pontos do FC Porto e a 11 do Sporting.
E tão "científica" foi a preparação da temporada que das provetas dos seus pensadores saíram resultados impensáveis: em 42 anos de história do Estádio da Luz, nunca o Benfica tinha sofrido uma goleada tão grande como os 5-0 com que o FC Porto conquistou a Supertaça; nunca, nos seus 93 anos de história, tinha o Benfica sido derrotado em casa pelo Salgueiros; há 36 anos que os "encarnados" não perdiam em casa com o Belenenses e perderam esta época; há 30 anos que o Benfica não sofria quatro golos na Luz para o campeonato (desde os quatro golos de Lourenço, num célebre Benfica-Sporting) e baqueou esta temporada por 4-3 frente ao Salgueiros; nunca o Benfica tinha tido três treinadores numa só época e isso aconteceu em 1996/97. (...)
E Manuel Damásio, dos três campeonatos que teve ensejo de preparar "cientificamente", viu dois deles (1994/95 e 1996/97) acabarem por ser dos piores de sempre em 93 anos de história do clube. E viu o FC Porto conquistar com brilho o "tri". (...)
As contas de uma época ainda se podem fazer de outra maneira: somando as derrotas em todos os jogos oficiais. Com a última derrota do Benfica nas Antas, a equipa de Autuori/Wilson/Manuel José passou a acumular 11 desaires (8 no campeonato, 1 na Taça das Taças, frente à Fiorentina, e 2 na Supertaça, face ao FC Porto). Pior do que isto ainda não há.»
Ora, de Damásio a Vieira (passando por Vale e Azevedo e Manuel Vilarinho), o que mudou em 11 anos?
Substituam os nomes das “fantásticas contratações” da altura (Jamir, Bermúdez, Tahar e Donizete) pelas desta época (Luis Filipe, Ed Carlos, Maxi Pereira, Fredy Adu);
substituam a frase presidencial do início de época “se isto fosse científico, nem era preciso haver campeonato” por “temos o melhor plantel dos últimos 10 anos”;
substituam a escandalosa derrota em casa com o Salgueiros (3-4) pelos (0-3) da derrota com a Académica;
substituam “Manuel Damásio, dos três campeonatos que teve ensejo de preparar” por “Luis Filipe Vieira, dos sete campeonatos que teve ensejo de preparar”.
O resto podem manter, porque o número total de derrotas em jogos oficiais é idêntico, o número de treinadores é o mesmo, a diferença pontual para o FC Porto é igual (24 pontos) e também esta época os benfiquistas viram o FC Porto conquistar com brilho o "tri".
Ah, é verdade, o discurso anti-Porto, anti-Pinto da Costa e anti-Sistema é obviamente o mesmo e, misturado com as habituais pazadas de areia, continua a servir para alimentar a comunicação social e entreter os “6 milhões”. Felizmente, digo eu...
Sensivelmente 11 anos depois, vale a pena reler alguns extractos desse artigo:
«Há dez meses e três treinadores, começava na Suécia a época do Benfica. A imprensa desportiva noticiava a nova realidade do futebol "encarnado": Jamir era o "patrão", Bermúdez genial, Tahar intransponível, João Pinto estava melhor que nunca e os golos de Donizete nos treinos enchiam primeiras páginas. O presidente Manuel Damásio, encantado com tudo e todos, e em especial com o técnico Paulo Autuori, exultava: "Se isto fosse científico, nem era preciso haver campeonato." Mais valia... À 32ª jornada do campeonato de 1996/97, o Benfica vai a 24 pontos do FC Porto e a 11 do Sporting.
E tão "científica" foi a preparação da temporada que das provetas dos seus pensadores saíram resultados impensáveis: em 42 anos de história do Estádio da Luz, nunca o Benfica tinha sofrido uma goleada tão grande como os 5-0 com que o FC Porto conquistou a Supertaça; nunca, nos seus 93 anos de história, tinha o Benfica sido derrotado em casa pelo Salgueiros; há 36 anos que os "encarnados" não perdiam em casa com o Belenenses e perderam esta época; há 30 anos que o Benfica não sofria quatro golos na Luz para o campeonato (desde os quatro golos de Lourenço, num célebre Benfica-Sporting) e baqueou esta temporada por 4-3 frente ao Salgueiros; nunca o Benfica tinha tido três treinadores numa só época e isso aconteceu em 1996/97. (...)
E Manuel Damásio, dos três campeonatos que teve ensejo de preparar "cientificamente", viu dois deles (1994/95 e 1996/97) acabarem por ser dos piores de sempre em 93 anos de história do clube. E viu o FC Porto conquistar com brilho o "tri". (...)
As contas de uma época ainda se podem fazer de outra maneira: somando as derrotas em todos os jogos oficiais. Com a última derrota do Benfica nas Antas, a equipa de Autuori/Wilson/Manuel José passou a acumular 11 desaires (8 no campeonato, 1 na Taça das Taças, frente à Fiorentina, e 2 na Supertaça, face ao FC Porto). Pior do que isto ainda não há.»
Ora, de Damásio a Vieira (passando por Vale e Azevedo e Manuel Vilarinho), o que mudou em 11 anos?
Substituam os nomes das “fantásticas contratações” da altura (Jamir, Bermúdez, Tahar e Donizete) pelas desta época (Luis Filipe, Ed Carlos, Maxi Pereira, Fredy Adu);
substituam a frase presidencial do início de época “se isto fosse científico, nem era preciso haver campeonato” por “temos o melhor plantel dos últimos 10 anos”;
substituam a escandalosa derrota em casa com o Salgueiros (3-4) pelos (0-3) da derrota com a Académica;
substituam “Manuel Damásio, dos três campeonatos que teve ensejo de preparar” por “Luis Filipe Vieira, dos sete campeonatos que teve ensejo de preparar”.
O resto podem manter, porque o número total de derrotas em jogos oficiais é idêntico, o número de treinadores é o mesmo, a diferença pontual para o FC Porto é igual (24 pontos) e também esta época os benfiquistas viram o FC Porto conquistar com brilho o "tri".
Ah, é verdade, o discurso anti-Porto, anti-Pinto da Costa e anti-Sistema é obviamente o mesmo e, misturado com as habituais pazadas de areia, continua a servir para alimentar a comunicação social e entreter os “6 milhões”. Felizmente, digo eu...
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Leonor Pinhão
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Pérolas Retóricas do Zé do Boné (7)
"Sou um homem livre e quero que os meus jogadores também o sejam!"
Ao demitir-se de treinador do Vitória de Setúbal, em Janeiro de 1974, após o presidente, António Xavier de Lima ("o pedreiro", no léxico pedrotiano) ter decidido que os jogadores só poderiam conceder entrevistas com autorização directiva. A equipa seguia em 1º lugar no campeonato.
Ao demitir-se de treinador do Vitória de Setúbal, em Janeiro de 1974, após o presidente, António Xavier de Lima ("o pedreiro", no léxico pedrotiano) ter decidido que os jogadores só poderiam conceder entrevistas com autorização directiva. A equipa seguia em 1º lugar no campeonato.
Jorge Ribeiro e Rúben Amorim: contratações cirúrgicas
Após ter passado por seis clubes (Varzim, Gil Vicente, Dínamo de Moscovo, Málaga, Desportivo das Aves e Boavista), Jorge Ribeiro (irmão mais novo de Maniche) vai regressar ao Benfica na próxima época, clube onde foi formado e de onde saiu no final de 2001/02.
Os contactos já duravam há algum tempo mas, soube-se agora, o contrato foi assinado uns dias após o último Boavista x Benfica, jogo onde o novo jogador dos encarnados falhou um penalty e teve uma exibição que toda a critica classificou como “infeliz”, muito abaixo do que vinha fazendo nas jornadas anteriores.
Outro jogador que também vai regressar a casa (saiu do Benfica quando alinhava no escalão de juvenis), qual filho pródigo, é o camisola 5 do Belenenses, Rúben Amorim.
Por acaso, o Belenenses vai à Luz na próxima jornada e, nesta altura, com apenas três pontos a separá-los na classificação, ambos os clubes estão a lutar pelo 4º lugar. É, certamente, coincidência...
De uma coisa tenho a certeza, se estes contactos e contratações já confirmadas fossem feitos pelo FC Porto, cairia o Carmo e a Trindade. Teríamos as virgens ofendidas da comunicação social lisboeta, com particular destaque para os manhosos e ratazanas, a clamarem pela ética, verdade desportiva e transparência. Sim, porque à mulher de César (se for o FC Porto) não basta ser séria, também tem de parecer.
Como, neste caso, quem está por trás disto são os senhores da “instituição”, tudo é claro, tudo é limpo, tudo é eticamente irrepreensível!
Encontros fictícios no 'Degrau Chá'
No dia 13 de Março, Carolina Salgado foi ao Tribunal de Gondomar prestar depoimento, como testemunha do Ministério Público, num julgamento em que o major Valentim Loureiro e Pinto de Sousa (ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF) são arguidos.
Tendo-se apresentado como “escritora de profissão”, Carolina Salgado afirmou ter presenciado almoços/jantares no restaurante ‘Degrau Chá’ (que pertence à família de Valentim Loureiro), entre o “Jorge Nuno”, o “Zé” [Pinto de Sousa] e o “senhor major”, nos quais eram combinados os árbitros para os jogos do Gondomar Sport Club.
“O major pedia ao Jorge Nuno para interceder junto do Zé”, afirmou Carolina.
Quando confrontada pelos advogados da defesa com datas concretas, jogos, nomes de árbitros ou frequência dos jantares, a “escritora” não soube responder, sendo frequente a resposta “não me recordo”. Mais. Carolina nunca soube precisar datas e não referiu o nome de um único árbitro, tendo chegado a citar o jogo Beira-Mar-Gondomar, quando as equipas militavam em escalões diferentes.
Estas afirmações de Carolina vieram na linha do depoimento que tinha prestado no dia 18 de Dezembro de 2007, perante o juiz de Instrução do processo Apito Dourado, Pedro Miguel Vieira, com a curiosidade de na altura se ter apresentado, não como "escritora", mas como “vendedora imobiliária desempregada”.
Perante este depoimento de Carolina Salgado, que entretanto foi veiculado na por vários órgãos de comunicação social, Valentim Loureiro reagiu em comunicado, afirmando o seguinte:
«Na última meia dúzia de anos, eu, Pinto da Costa e Pinto de Sousa nunca almoçamos ou jantamos os três. Tenho a certeza absoluta do que estou a afirmar.»
«É mentira que alguma vez, na última meia dúzia de anos, tenha almoçado, lanchado ou jantado em restaurantes ou hotéis com Carolina Salgado e com Pinto da Costa.»
«O meu relacionamento com Carolina Salgado foi exclusivamente em encontros institucionais, nas Antas, no Dragão ou em festas do FC Porto para a qual fui convidado. Ela que não tente passar a ideia de que eu e Pinto da Costa convivíamos»
Também Pinto de Sousa, o outro suposto comensal, afirmou ser completamente falso que alguma vez tenha almoçado/jantado com Pinto da Costa, Carolina Salgado e Valentim Loureiro, no ‘Degrau Chá’ ou noutro qualquer restaurante.
Ontem, foram a tribunal depor dois empregados do restaurante ‘Degrau Chá’.
Segundo a cozinheira do restaurante “nunca a vi lá, nunca a conheci. Conheço-a da televisão, não a conheço do restaurante” e acrescentou “nunca ter assistido a uma refeição com a presença simultânea, à mesma mesa, de Pinto da Costa, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro.”
O outro empregado também desmentiu categoricamente Carolina Salgado: «Nunca vi Pinto da Costa, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro simultaneamente no restaurante.»
Chegada a vez de Pinto da Costa depor (para delirio da comunicação social), como testemunha arrolada por Pinto de Sousa, afirmou: «Nunca, nem nesse restaurante [Degrau Chá] nem em nenhum e com essa senhora eu, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro nunca almoçamos ou jantamos, apenas estivemos juntos no mesmo recinto, como, por exemplo, na festa dos dragões, no casino da Póvoa. Estivemos no mesmo recinto mas nunca sequer na mesma mesa. Se nunca existiram esse jantares ou almoços ou qualquer outro encontro, tudo o que ela possa ter dito, fosse sobre apanhar o Bin Laden ou combinar árbitros, é falso.»
Pinto da Costa referiu que «há quilómetros de fitas gravadas com telefonemas e nunca o nome do Gondomar aparece referido. Aliás, nunca vi jogar esse clube e deve ser um dos poucos clubes a quem o FC Porto nunca emprestou jogadores».
Pinto da Costa acrescentou ainda que «até acho ridículo que o senhor major, que tinha uma relação privilegiada com o senhor Pinto de Sousa, precisasse de mim para interceder pela nomeação de árbitros para o Gondomar».
Perante tantas pessoas a contradizerem o depoimento da “muito credível” testemunha do Ministério Público e sem que esta tenha apresentado uma única prova, por ténue que fosse, para sustentar as suas declarações, era de supor que o caso dos encontros imediatos no ‘Degrau Chá’ tivesse o mesmo destino do caso das câmaras de filmar do parque de estacionamento da Alfândega.
Contudo, o procurador Gonçalo Silva não ficou satisfeito e solicitou ao Tribunal que fosse feita uma acareação entre Carolina Salgado e Pinto da Costa. O juiz-presidente Carneiro da Silva, apesar de admitir que, por regra, a acareação «não conduz senão à manutenção do anteriormente declarado», aceitou o pedido do Ministério Público e marcou a acareação para as 14 horas de 14 de Maio.
Enfim, será mais um capítulo desta (in)Justiça espectáculo, tão do agrado de alguns protagonistas do Ministério Público e de alguma comunicação social, com destaque para o Correio da Manhã.
(1) Fotos da 1ª página do JN de 14/03/2008 e de 23/04/2008 e do SOL de 08/09/2007
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terça-feira, 22 de abril de 2008
Paulo Assunção
Tem sido uma mini-novela a questão da renovação do Paulo Assunção, e hoje O Jogo traz mais umas achas para a fogueira:
A negociação da renovação do contrato que liga o FC Porto e Paulo Assunção começa a complicar-se e a direcção dos tricampeões nacionais começa a perder a paciência com o médio. As conversações entre as partes prolongam-se há algum tempo e começa a instalar-se entre os dirigentes portistas a sensação de que o jogador não pretende continuar no Dragão, uma desconfiança que a conversa entre o médio e Rui Costa no final do último clássico do Dragão acabou por acentuar. Paulo Assunção tem contrato com o FC Porto até 2009 e os portistas pretendem prolongá-lo até 2012, intenção que tem encravado nas exigências do jogador, consideradas pouco razoáveis pela administração da SAD. Paulo Assunção é um dos elementos nucleares da equipa de Jesualdo Ferreira, mas não é internacional e já tem 28 anos de idade.
E isto fez-me lembrar uma notícia que tem uns dias, mas que rezava assim:
A Comissão Arbitral Paritária (CAP) declarou ilegais as cláusulas de opção dos clubes sobre os jogadores, com vista à prolongação dos vínculos dos atletas, no âmbito do caso que envolve Dame Ndoye e a Académica. No entanto, mais que o caso Dame/Académica, a decisão da CAP, que faz jurisprudência, pode ter consequências sérias no panorama do futebol português, visto ser habitual os clubes colocarem essas cláusulas de opção nos contratos. Já a nível internacional, a questão deixou de levantar problemas, até porque a FIFA considerava inválidas essas mesmas cláusulas.
Ora (e se não me engano) o contrato do Paulo Assunção termina este ano - 2008, sendo o ano de 2008/20009 referido na notícia de O Jogo, um ano enquadrado numa cláusula de opção.
Quer isto dizer que o Paulo Assunção pode invocar esta decisão da CAP e sair este ano do FCP a custo zero. Se esta já era uma desconfiança que tinha há uns tempos, esta notícia d'O Jogo a mim deixa-me poucas dúvidas sobre o caso que vai animar o Verão.
A negociação da renovação do contrato que liga o FC Porto e Paulo Assunção começa a complicar-se e a direcção dos tricampeões nacionais começa a perder a paciência com o médio. As conversações entre as partes prolongam-se há algum tempo e começa a instalar-se entre os dirigentes portistas a sensação de que o jogador não pretende continuar no Dragão, uma desconfiança que a conversa entre o médio e Rui Costa no final do último clássico do Dragão acabou por acentuar. Paulo Assunção tem contrato com o FC Porto até 2009 e os portistas pretendem prolongá-lo até 2012, intenção que tem encravado nas exigências do jogador, consideradas pouco razoáveis pela administração da SAD. Paulo Assunção é um dos elementos nucleares da equipa de Jesualdo Ferreira, mas não é internacional e já tem 28 anos de idade.
E isto fez-me lembrar uma notícia que tem uns dias, mas que rezava assim:
A Comissão Arbitral Paritária (CAP) declarou ilegais as cláusulas de opção dos clubes sobre os jogadores, com vista à prolongação dos vínculos dos atletas, no âmbito do caso que envolve Dame Ndoye e a Académica. No entanto, mais que o caso Dame/Académica, a decisão da CAP, que faz jurisprudência, pode ter consequências sérias no panorama do futebol português, visto ser habitual os clubes colocarem essas cláusulas de opção nos contratos. Já a nível internacional, a questão deixou de levantar problemas, até porque a FIFA considerava inválidas essas mesmas cláusulas.
Ora (e se não me engano) o contrato do Paulo Assunção termina este ano - 2008, sendo o ano de 2008/20009 referido na notícia de O Jogo, um ano enquadrado numa cláusula de opção.
Quer isto dizer que o Paulo Assunção pode invocar esta decisão da CAP e sair este ano do FCP a custo zero. Se esta já era uma desconfiança que tinha há uns tempos, esta notícia d'O Jogo a mim deixa-me poucas dúvidas sobre o caso que vai animar o Verão.
Mais um a despertar interesse...
Enquanto nós por cá tudo na mesma, que é como quem diz, fala-se de viciação de resultados, apitos para todos os gostos em mais uma maratona jornalística , com toda a pompa e circunstância, diante a porta do Tribunal de Gondomar e, toda suspeição costumeira em redor do FC Porto. Lá por fora preferem dar destaque aqueles que realmente fazem deste Porto a melhor equipa do futebol Português. Agora até é um jogador que nem sequer é dos mais mediáticos do plantel a despertar o eventual interesse de uma equipa estrangeira, neste caso o Raúl Meireles para o Atlético de Madrid. Parece que afinal, segundo a imprensa internacional, o verdadeiro “Sistema” do FC Porto é ter no seu plantel grandes jogadores.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
A Farsa (2º Acto)
Eis que surge (novamente) em cena o desabrido mas moralista Luís Filipe Vieira.
Depois da equipa empatar a zero no Bessa cai o pano e à saída, diante de um grupo de jornalistas de microfone estendido, o burgesso abre a boca e dá largas à sua primária imbecilidade. Entre outras coisas ditas, interrompidas pelo hábito ridículo de entremear o dislate com “hã” ou “hum”, afirmou que “era importante que a Judiciária começasse a entrar definitivamente no futebol porque o que se está a passar em alguns campos começa a ser muito grave para não dizer que os resultados estão a ser viciados jogo a jogo”.
“Muito grave” e “resultados viciados” foram as palavras utilizadas e que, passadas duas semanas, não suscitaram qualquer reacção à Polícia Judiciária nem aos habitualmente solícitos procuradores do Ministério Público da equipa de Maria José Morgado. Lá está, não deve ser considerado por estas instituições como uma “testemunha credível”, a mesma classificação que o tribunal dera à alternadeira.
Na AG da Liga da semana passada destinada a aprovar as alterações ao regulamento da Taça da Liga para a próxima época, o burgesso prometeu apresentar, hoje, denúncias à Comissão Disciplinar da Liga de Clubes sobre pressões à Comissão de Arbitragem do organismo, com “testemunhas” e “provas dos factos”. Estamos todos à espera, ansiosos, por mais um dossier misterioso, com os mesmos ingredientes e os mesmos cozinheiros: Vieira, Pinhão, Saldanha e Morgado. Só falta a alternadeira.
É verdade que nos últimos anos se têm passado coisas muito estranhas, principalmente no ambiente que rodeia os jogos do Benfica. E quando Vieira diz que há “resultados viciados”, ele lá sabe do que fala. Querem um exemplo de algo “muito estranho”? Aqui vai: na época não muito longínqua de 2005/06, assistimos a algo invulgar no futebol. O árbitro que estava nomeado para apitar o Rio Ave x Benfica, partida da 27ª jornada importante para a continuidade dos vermelhos na corrida ao 1º lugar, lesionou-se a 2 dias do jogo. Lesionou-se? Sim, ao que consta os árbitros ainda não fazem treinos de contacto físico intenso, mas este comunicou à Liga que se tinha lesionado e que não poderia estar presente no jogo e a Liga, na sexta-feira que o antecedeu, decidiu então nomear… Paulo Paraty. How convenient. A história do jogo é, de resto, conhecida. Há uma grande penalidade cometida por Nuno Gomes sobre Bruno Mendes que não é assinalada. Até aos instantes finais o jogo estava empatado a zero até que Danielson centrou para Evandro marcar o golo do Rio Ave, um golo limpo, que foi escandalosamente anulado por Paraty por, supostamente, a bola ter sido centrada para lá da linha de fundo. Nos minutos seguintes o Benfica marcou por Mantorras, de pé em riste sobre o guarda-redes do Rio Ave, mas dessa vez já valeu. Vitória por 1-0.
Para já não falar de muitos outros factos interessantes como o EstorilGate, ou a falsa declaração de inexistência de dívidas do slb ao Estado por parte de um chefe de repartição, ou os recorrentes casos de doping em que o lobo ainda faz o papel de cordeiro ou ainda, e por que não, as escutas com Vieira a escolher um árbitro no âmbito do Apito Dourado que são consideradas irrelevantes vá lá saber-se porquê.
Seria muito útil saber por que razão o presidente do slb diz saber da existência de resultados viciados e não é chamado à PJ ou ao Ministério Público. Num país onde a Justiça está fortemente instrumentalizada, é isto que acontece. As instituições continuam a permitir que aquele (seja quem for) que esteja na presidência do slb faça e diga o que lhe apetece, sem que por isso seja responsabilizado. Já foi assim com Vale e Azevedo e agora é assim com Vieira. A Farsa continua…
Depois da equipa empatar a zero no Bessa cai o pano e à saída, diante de um grupo de jornalistas de microfone estendido, o burgesso abre a boca e dá largas à sua primária imbecilidade. Entre outras coisas ditas, interrompidas pelo hábito ridículo de entremear o dislate com “hã” ou “hum”, afirmou que “era importante que a Judiciária começasse a entrar definitivamente no futebol porque o que se está a passar em alguns campos começa a ser muito grave para não dizer que os resultados estão a ser viciados jogo a jogo”.
“Muito grave” e “resultados viciados” foram as palavras utilizadas e que, passadas duas semanas, não suscitaram qualquer reacção à Polícia Judiciária nem aos habitualmente solícitos procuradores do Ministério Público da equipa de Maria José Morgado. Lá está, não deve ser considerado por estas instituições como uma “testemunha credível”, a mesma classificação que o tribunal dera à alternadeira.
Na AG da Liga da semana passada destinada a aprovar as alterações ao regulamento da Taça da Liga para a próxima época, o burgesso prometeu apresentar, hoje, denúncias à Comissão Disciplinar da Liga de Clubes sobre pressões à Comissão de Arbitragem do organismo, com “testemunhas” e “provas dos factos”. Estamos todos à espera, ansiosos, por mais um dossier misterioso, com os mesmos ingredientes e os mesmos cozinheiros: Vieira, Pinhão, Saldanha e Morgado. Só falta a alternadeira.
É verdade que nos últimos anos se têm passado coisas muito estranhas, principalmente no ambiente que rodeia os jogos do Benfica. E quando Vieira diz que há “resultados viciados”, ele lá sabe do que fala. Querem um exemplo de algo “muito estranho”? Aqui vai: na época não muito longínqua de 2005/06, assistimos a algo invulgar no futebol. O árbitro que estava nomeado para apitar o Rio Ave x Benfica, partida da 27ª jornada importante para a continuidade dos vermelhos na corrida ao 1º lugar, lesionou-se a 2 dias do jogo. Lesionou-se? Sim, ao que consta os árbitros ainda não fazem treinos de contacto físico intenso, mas este comunicou à Liga que se tinha lesionado e que não poderia estar presente no jogo e a Liga, na sexta-feira que o antecedeu, decidiu então nomear… Paulo Paraty. How convenient. A história do jogo é, de resto, conhecida. Há uma grande penalidade cometida por Nuno Gomes sobre Bruno Mendes que não é assinalada. Até aos instantes finais o jogo estava empatado a zero até que Danielson centrou para Evandro marcar o golo do Rio Ave, um golo limpo, que foi escandalosamente anulado por Paraty por, supostamente, a bola ter sido centrada para lá da linha de fundo. Nos minutos seguintes o Benfica marcou por Mantorras, de pé em riste sobre o guarda-redes do Rio Ave, mas dessa vez já valeu. Vitória por 1-0.
Para já não falar de muitos outros factos interessantes como o EstorilGate, ou a falsa declaração de inexistência de dívidas do slb ao Estado por parte de um chefe de repartição, ou os recorrentes casos de doping em que o lobo ainda faz o papel de cordeiro ou ainda, e por que não, as escutas com Vieira a escolher um árbitro no âmbito do Apito Dourado que são consideradas irrelevantes vá lá saber-se porquê.
Seria muito útil saber por que razão o presidente do slb diz saber da existência de resultados viciados e não é chamado à PJ ou ao Ministério Público. Num país onde a Justiça está fortemente instrumentalizada, é isto que acontece. As instituições continuam a permitir que aquele (seja quem for) que esteja na presidência do slb faça e diga o que lhe apetece, sem que por isso seja responsabilizado. Já foi assim com Vale e Azevedo e agora é assim com Vieira. A Farsa continua…
Hoje A BOLA vendeu pouco
Lisandro é inegociável
"O Lisandro tem contrato connosco e está feliz aqui. Não chegou qualquer oferta mas mesmo que chegue não será encarada. Irá pelo mesmo caminho. Há jogadores que para nós são inegociáveis e o Lisandro é um"
Pinto da Costa, 21/04/2008
Pérolas Retóricas do Zé do Boné (6)
"As gentes do Porto são ordeiras porque, se não fossem, há muitos anos teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros que têm decidido da perda de muitos campeonatos e Taças de Portugal."
Na sua campanha contra os poderes "fácticos", finais dos anos '70
Na sua campanha contra os poderes "fácticos", finais dos anos '70
Chamem a Polícia!
No final do jogo, antes mesmo do burgesso se precipitar novamente aos microfones da comunicação social, em jeito de pedido desesperado, a clamar pela intervenção da PJ e do Ministério Público, o speaker do Dragão brindou aquela enorme plateia com o “Chamem a Polícia!”, o célebre tema dos “Trabalhadores do Comércio”.
O F.C. Porto ganhou com toda a justiça num jogo que controlou o adversário com a organização e a frieza táctica que tem caracterizado esta equipa. Vimos um FC Porto descontraído, a trocar muito bem a bola, que até se chegou a divertir com os olés que se ouviram desde o início do jogo. Depois conseguiu marcar no primeiro remate à baliza, num grande lance de Lisandro, que demonstrou toda a sua flexibilidade para marcar com qualquer dos pés. O visitante estava rendido à superioridade portista e o melhor que conseguiu foram uns pífios ataques, sempre iniciados pelo maestro (da orquestra do garrafão) e sem resultados práticos.
Na segunda metade o FC Porto regressou com vontade de matar o jogo com o 2º golo, adiado por várias oportunidades perdidas, mas que acabou por chegar aos 80 minutos com mais um grande golo de Lisandro, que aproveitou um pequeno espaço à entrada da área para atirar certeiro. O argentino é o cada vez mais distanciado líder dos marcadores com 24 golos, em 27 jogos.
Há que dizer que a substituição de Tarik por Mariano surtiu efeito. O FC Porto cresceu, dominou por completo o meio campo e ganhou mais rapidez nas transições. A equipa adversária mostrou nessa altura todas as suas debilidades e o ambiente festivo voltou às bancadas do Dragão.
Resta agora ao clube lisboeta que as forças da autoridade ouçam o seu apelo desesperado e prendam alguém, porque existe certamente um culpado para este estado de coisas. Agora que vão para Lisboa com dois secos no bucho e se puderem que parem em Leiria e sigam com o Sporting para então, juntos, curtirem as mágoas.
Restam apenas 3 jogos para cumprir calendário e Jesualdo deve aproveitar para dar alguns minutos aos jogadores menos utilizados.
O F.C. Porto ganhou com toda a justiça num jogo que controlou o adversário com a organização e a frieza táctica que tem caracterizado esta equipa. Vimos um FC Porto descontraído, a trocar muito bem a bola, que até se chegou a divertir com os olés que se ouviram desde o início do jogo. Depois conseguiu marcar no primeiro remate à baliza, num grande lance de Lisandro, que demonstrou toda a sua flexibilidade para marcar com qualquer dos pés. O visitante estava rendido à superioridade portista e o melhor que conseguiu foram uns pífios ataques, sempre iniciados pelo maestro (da orquestra do garrafão) e sem resultados práticos.
Na segunda metade o FC Porto regressou com vontade de matar o jogo com o 2º golo, adiado por várias oportunidades perdidas, mas que acabou por chegar aos 80 minutos com mais um grande golo de Lisandro, que aproveitou um pequeno espaço à entrada da área para atirar certeiro. O argentino é o cada vez mais distanciado líder dos marcadores com 24 golos, em 27 jogos.
Há que dizer que a substituição de Tarik por Mariano surtiu efeito. O FC Porto cresceu, dominou por completo o meio campo e ganhou mais rapidez nas transições. A equipa adversária mostrou nessa altura todas as suas debilidades e o ambiente festivo voltou às bancadas do Dragão.
Resta agora ao clube lisboeta que as forças da autoridade ouçam o seu apelo desesperado e prendam alguém, porque existe certamente um culpado para este estado de coisas. Agora que vão para Lisboa com dois secos no bucho e se puderem que parem em Leiria e sigam com o Sporting para então, juntos, curtirem as mágoas.
Restam apenas 3 jogos para cumprir calendário e Jesualdo deve aproveitar para dar alguns minutos aos jogadores menos utilizados.
sábado, 19 de abril de 2008
FCP/SLB: Fragmentos
Os jogos entre o FCP e o SLB foram quase sempre muito intensos, mesmo no período em que o SLB tinha uma equipa muito superior à nossa, mas não só: o SLB tinha uma organização muito superior, comandava as instituições que lideravam o futebol (os bastidores, também) e os seus jogadores (nomeadamente o capitão: Coluna) tinham uma clara ascendência sobre os árbitros.
Mas, houve jogos que recordo e que por razões diferentes guardei na memória. As emoções sentidas foram tão fortes que nem os mais recentes sucessos as retiraram do cantinho que lhes destinei nesta caixa de memórias, já um pouco enferrujada.
1. Não tenho certa a época. Mas, lembro-me bem que saí do jogo pior que estragado. Sei que o SLB veio jogar às Antas, já campeão e nas vésperas de um importante jogo para a Taça dos Campeões. Apresentou a sua equipa de reservas, na totalidade. Deu-nos um baile de bola e ganhou três a zero; creio que foi a primeira mão de um jogo para a Taça de Portugal. Que frustração (quase vergonha) senti nesse dia!
2. (1959/60) Perdíamos por 2-0, a poucos minutos do fim. Fizemos 2x1, já sobre o fecho do encontro. O tempo esgueirava-se rapidamente. Tudo se passou em poucos segundos. A bola foi ao centro e o SLB perdeu-a quase de imediato, tendo sobrado para Luís Roberto que dominou o esférico, rodou, olhou para a baliza, enquadrou-se com ela e chutou de imediato, com violência, quase do meio campo. Saiu um (meio) chapéu de aba muito larga : a bola ultrapassou o guarda redes do SLB, deu na trave e entrou. Foi o 2-2. Logo a seguir acabou o jogo, a bola nem foi ao centro. Foi um delírio. Valeu como uma vitória.
3. (1962/3) Num campeonato em que o FCP vinha tendo uma prestação muito interessante e se situava no primeiro lugar do campeonato, ocorreu nas primeiras jornadas da 2ª. Volta, o FCP/SLB. O árbitro escolhido foi o Sr. Reinaldo Silva. O jogo corria algo lento e muito equilibrado. Um passe para a área do FCP, Torres e Rolando disputaram a bola: Torres caiu e o árbitro marcou gp contra o FCP. Uma apitadela estridente que baixou a moral das nossas tropas. Não tivemos força de reacção e perdemos. O SLB controlou o resto do jogo que Reinaldo Silva comandou sempre, com a sabedoria e a imparcialidade próprias dos árbitros da época.
4. (1968/9) Num Domingo de chuva e com o terreno pesado, o nosso treinador resolveu colocar no lugar de avançado centro um jogador angolano que prometia muito, mas nunca confirmou o potencial que realmente tinha. Era rápido, possante e rematava bem. Marcou a mais de trinta metros o golo do FCP, que deu a vitória por 1-0. Um golo fantástico e muito raro no futebol português. Provavelmente, o seu único momento de glória. Seu nome : Naftal. Mais um que não foi capaz de atravessar, com êxito, os sinuosos caminhos da fama. Perdi-lhe o rasto, completamente.
5. (1970/71) Era habitual no passado, algumas marcas fazerem publicidade através da instalação sonora do Estádio das Antas. Era a Belarte a entidade a quem o FCP “vendia” o tempo e o espaço publicitário. Um dos patrocínios (nos jogos mais importantes) consistia na oferta de produtos variados, conforme os jogadores marcassem um, dois, três, ou mais golos. Todos nos rimos quando o speaker habitual informou que qualquer jogador do FCP que marcasse mais de 3 golos, nesse jogo com o SLB, receberia um carro duma marca que não recordo. O FCP fez um grande jogo, nesse dia. Lemos fez uma exibição fantástica e marcou os 4 golos. Ganhou o carro, mas não ganhou uma carreira. Lemos era um jogador baixo, forte e possante. Prometia muito, fez alguns bons jogos, mas acabou precocemente. Foi pena!
Entre 1952 e 1974 - retirados da colectânea de autoria de Alfredo Barbosa que saiu com o Comércio do Porto - foram estes os resultados entre FCP/SLB : 1952/3 : 2-1 ; 1953/4 : 5-3 ; 1954/5 : 3-0 ; 1955/6 : 3-0 ; 1956/7 : 3-0 ; 1957/8 : 1-0 ; 1958/9 : 0-0 ; 1959/60 : 2-2 ; 1960/1 : 3-2 ; 1961/2 : 2-1 ; 1962/3 : 1-2 ; 1963/4 : 1-1 ; 1964/5 : 1-0 ; 1965/6 : 2-0 ; 1966/7 : 1-1 ; 1967/8 : 1-1 ; 1968/9 : 1-0 ; 1969/70 : 1-2 ; 1970/1 : 4-0 ; 1971/2 : 1-3 ; 1972/3 : 2-2 ; 1973/4 : 2-1 .
Resumo : 13 V ; 6 E e 3 D, entre a inauguração do Estádio e o 25 de Abril. Nem no período em que o SLB dominava o panorama do futebol no país, o FCP deixava de mostrar os seus pergaminhos. Era uma questão de honra, que ainda se mantém. Em casa, mandamos nós.
No Domingo joga-se mais um FCP/SLB. Uma rivalidade de sempre, que a relação de amizade com Fernando Martins esbateu, quando este foi presidente do SLB. De resto, é um jogo de emoções que os portistas assumem como uma questão de honra. Apesar de já sermos campeões, este ano não vai ser excepção. Pelo contrário, contornos especiais rodeiam o jogo, em função da intromissão e influência do SLB no Apito Dourado, no Apito Final e depois dos dramáticos SOS endereçados ao MP e à PJ para lhes salvarem a época. Muitos querem que este jogo seja uma espécie de ajuste de contas. Eu também, mas apenas no plano desportivo. Espero ganhar, jogar bem, não quero pensar em perder e muito menos que haja violência, seja qual for o resultado. Campeões, nós somos campeões e gostaria que nos comportássemos com tal, dentro e fora do campo.
(1) Fotos do árbitro Reinaldo Silva e dos jogadores Rolando e Lemos
Pérolas Retóricas do Zé do Boné (5)
"Pinto de Magalhães é presidente do FC Porto mas isso não o impediu de levar alguns jogadores de basquetebol do clube para a equipa do seu banco, o BPM".
Prosseguindo as suas críticas a Afonso Pinto de Magalhães, quando ao serviço do V. Setúbal.
Prosseguindo as suas críticas a Afonso Pinto de Magalhães, quando ao serviço do V. Setúbal.
O clube das Forças Armadas?
«Essas altas funções [presidência do Sporting] têm sido exercidas por vigorosas personalidades clubistas com destacadíssimas posições no meio social português.»
in website ‘Centenário do Sporting’
Ainda a propósito da discussão havida no último ‘Trio de Ataque’, sobre qual era o clube do Regime durante o Estado novo, há um aspecto que me chamou à atenção: o número de altas patentes militares que foram presidentes do Sporting.
O Comandante Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte, foi presidente do clube de Alvalade durante 12 anos, em dois períodos distintos (1928-29 / 1932-42). Mais tarde, nos anos 60, sucederam-se na presidência dos “leões” mais três militares de alta patente:
- O Comodoro Joel Azevedo da Silva Pascoal (1962-1963);
- O Brigadeiro Horácio de Sá Viana Rebelo (1963-1964), que uns anos mais tarde haveria de fazer parte do governo de Marcello Caetano, como ministro da defesa nacional e exército;
- O General Martiniano Piçarra Homem de Figueiredo (1964-1965).
No último programa do ‘Trio de Ataque’, Rui Oliveira e Costa afirmou que Casal-Ribeiro não marcava golos. Pois, mas ter gente bem colocada às vezes é muito útil. Por exemplo, com o início da guerra colonial, todos os homens (com idade para isso), incluindo os jogadores de futebol, tiveram de cumprir serviço militar. Contudo, os critérios de colocação de jogadores nas unidades militares não parece terem sido muito claros. Recordemos três casos de jogadores portistas:
Lemos, que se tinha destacado como goleador nos juniores portistas, e que na época de 1970/71, com apenas 21 anos, marcou 6 golos ao Benfica nos dois jogos do campeonato (2-2 e 4-0) foi mobilizado e cumpriu o serviço militar na Guiné-Bissau entre 1973-74, em condições particularmente difíceis, conforme testemunho de um seu camarada de armas. Apenas regressou ao FC Porto em Setembro de 1974, mas nunca mais foi o mesmo.
Chico Gordo, que fez parte de uma grande equipa de juniores do FC Porto (que incluía o Lemos, o Vítor Silva, o Luís Pinto, o Aníbal na baliza entre outros) estreou-se na equipa principal do FC Porto na época 1968/69 (4 jogos a titular, 8 a suplente e 1 golo) e na época seguinte disputou 15 jogos (2 golos). Viria a ser mobilizado para Angola tendo ajudado o FC Moxico a ser campeão em 1972/73, destronando o Benfica do Huambo que tinha sido campeão na época anterior.
Seninho chegou ao FC Porto com 20 anos, na época de 1969/70. Natural de Sá da Bandeira, foi mobilizado em 1972 e teve de cumprir o seu serviço militar em Angola, tendo jogado no FC Moxico entre 1972-74. Voltaria ao FC Porto em 1974/75 e viria a ser um jogador decisivo no fim do jejum portista em 1977/78 (para a história ficou a sua exibição em Manchester, que lhe abriu as portas do Cosmos de Nova Iorque).
Se jogadores do FC Porto, como Lemos, Chico Gordo e Seninho, e também de outros clubes tiveram de cumprir o serviço militar numa das ex-colónias, com o argumento de que, como de lá eram naturais, tinham de "defender a sua terra", porque razão isso não se aplicou a todos?
O caso mais mediático foi o do Eusébio, que foi colocado a uns milhares de quilómetros da sua terra natal – Moçambique – , mais propriamente em... Lisboa!
Aliás, era normal grande parte dos jogadores serem colocados em Lisboa, os do Benfica, os do Sporting e os do... FC Porto. Foi o caso do portista Serafim, que jogou com Eusébio na selecção militar (Serafim que mais tarde haveria de ser transferido para o Benfica por 2.500 contos e, depois de duas ou três épocas no SLB, foi para a Académica).
Talvez os senhores Rui Oliveira e Costa e António Pedro Vasconcelos saibam e, num futuro programa, queiram explicar os critérios “transparentes” subjacentes à mobilização e colocação de jogadores de futebol durante os 13 anos que durou a guerra colonial.
Até lá, continuará a discussão sobre qual dos dois, Benfica ou Sporting, foi mais "acarinhado" pelos interesses e homens do Regime...
(1) Foto do Presidente da República, Almirante Américo Tomás, a condecorar os futebolistas do Sporting, que venceram a Taça das Taças em 1964 (única competição europeia ganha pelo clube de Alvalade)
(2) Plantel do FC Moxico (que incluía Chico Gordo e Seninho), campeões de Angola na época de 1972/73
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Casal Ribeiro, um homem do Regime
No último ‘Trio de Ataque’, quando se falava do que era o futebol português nas décadas anteriores ao 25 de Abril de 1974, António-Pedro Vasconcelos referiu que o clube do Regime tinha sido o Sporting e não o seu Benfica, dando como exemplos o nome de dois antigos presidentes leoninos na década de 50: Góis Mota e Casal-Ribeiro.
Se Góis Mota foi recentemente recordado, a propósito do triste episódio em que entrou de pistola em punho no balneário de um árbitro, quem foi Francisco Casal Ribeiro?
Casal-Ribeiro sucedeu a Góis Mota na presidência do Sporting. Sendo Administrador da CIDLA, foi também vereador da câmara municipal de Lisboa, deputado salazarista e a voz dos chamados ultras durante o marcelismo (ver ‘Políticos Portugueses da Ditadura Nacional e do Estado Novo (1926-1974)’, de José Adelino Maltez).
E o que era a CIDLA?
A SACOR – Sociedade Anónima Concessionária da Refinação de Petróleos foi criada em 1936 e quatro anos depois, em 1940, foi constituída a CIDLA – Combustíveis Industriais e Domésticos, com 51% de capitais da SACOR, destinada à venda e distribuição de GPL. A CIDLA manteve-se sozinha no mercado até 1960. Em 1958 desenvolveu-se o mercado de gases de petróleo liquefeitos, tendo a CIDLA lançado o Gazcidla (butano) e propacidla (propano). Em 15 de Abril de 1975, foram nacionalizadas a Sacor, Sonap, Petrosul e Cidla e em 1976 nasceu a Petrogal, resultante da fusão destas sociedades petrolíferas.
Qual a importância da CIDLA na teia de interesses e influências em que Casal-Ribeiro se movia?
O testemunho de Cecília Supico Pinto, sobre o Movimento Nacional Feminino, não deixa dúvidas: «Aqui, na rectaguarda, tínhamos uma secção de empregos, dirigida pela minha irmã, Teresa Lopes Alves, sobretudo para os militares que regressavam do Ultramar. Arranjámos n empregos, desde pilotos para a TAP até pessoas para a CIDLA, através do Francisco Casal-Ribeiro.»
A posição de Casal-Ribeiro como administrador da CIDLA não servia apenas para estreitar ligações com pessoas e grupos do Regime, era também usada como agência de empregos para atletas do Sporting. O exemplo de Armando Aldegalega é elucidativo, conforme refere o próprio site ‘Centenário do Sporting’:
«Armando Aldegalega tornou-se particularmente famoso pela sua longevidade, sempre com a camisola do Sporting vestida. (...) O desporto proporcionou-lhe a obtenção das antigas terceira e quarta classes (sem quais não podia começar a competir) e um emprego, na Cidla (actual Galp).»
As ligações de Francisco Casal Ribeiro ao Regime, e particularmente aos movimentos mais radicais, duraram até à revolução de 1974. Veja-se o que refere o blog ‘Legião Patriótica’ sobre os anos anteriores ao 25 de Abril de 1974:
«O Movimento Vanguardista (MV) foi talvez o mais importante grupo fascista ante-25 de Abril. Embora a sua existência não ultrapassasse 1971, o MV, desenvolveu uma cerrada e feroz oposição a Caetano e à sua política. (...) Até 1974, nenhum outro grupo fascista seria criado. Os quadros dos grupos anteriormente referidos agrupar-se-iam na Liga dos Antigos Graduados da Mocidade Portuguesa, dirigida por Luís de Avillez e Elmano Alves, e na Força Automóvel de Choque (dependente da Legião) comandada pelo então deputado “ultra” Francisco do Casal Ribeiro.»
Francisco Casal Ribeiro foi preso na Cidla, no dia 8 de Maio de 1974, e libertado da prisão da Trafaria em 17 de Agosto de 1974.
Perante tudo isto, não surpreende que Rui Oliveira e Costa praticamente não tenha reagido, quando António-Pedro Vasconcelos acusou o Sporting de ter sido o clube do Regime. Há alturas em que o silêncio é de ouro.
Se Góis Mota foi recentemente recordado, a propósito do triste episódio em que entrou de pistola em punho no balneário de um árbitro, quem foi Francisco Casal Ribeiro?
Casal-Ribeiro sucedeu a Góis Mota na presidência do Sporting. Sendo Administrador da CIDLA, foi também vereador da câmara municipal de Lisboa, deputado salazarista e a voz dos chamados ultras durante o marcelismo (ver ‘Políticos Portugueses da Ditadura Nacional e do Estado Novo (1926-1974)’, de José Adelino Maltez).
E o que era a CIDLA?
A SACOR – Sociedade Anónima Concessionária da Refinação de Petróleos foi criada em 1936 e quatro anos depois, em 1940, foi constituída a CIDLA – Combustíveis Industriais e Domésticos, com 51% de capitais da SACOR, destinada à venda e distribuição de GPL. A CIDLA manteve-se sozinha no mercado até 1960. Em 1958 desenvolveu-se o mercado de gases de petróleo liquefeitos, tendo a CIDLA lançado o Gazcidla (butano) e propacidla (propano). Em 15 de Abril de 1975, foram nacionalizadas a Sacor, Sonap, Petrosul e Cidla e em 1976 nasceu a Petrogal, resultante da fusão destas sociedades petrolíferas.
Qual a importância da CIDLA na teia de interesses e influências em que Casal-Ribeiro se movia?
O testemunho de Cecília Supico Pinto, sobre o Movimento Nacional Feminino, não deixa dúvidas: «Aqui, na rectaguarda, tínhamos uma secção de empregos, dirigida pela minha irmã, Teresa Lopes Alves, sobretudo para os militares que regressavam do Ultramar. Arranjámos n empregos, desde pilotos para a TAP até pessoas para a CIDLA, através do Francisco Casal-Ribeiro.»
A posição de Casal-Ribeiro como administrador da CIDLA não servia apenas para estreitar ligações com pessoas e grupos do Regime, era também usada como agência de empregos para atletas do Sporting. O exemplo de Armando Aldegalega é elucidativo, conforme refere o próprio site ‘Centenário do Sporting’:
«Armando Aldegalega tornou-se particularmente famoso pela sua longevidade, sempre com a camisola do Sporting vestida. (...) O desporto proporcionou-lhe a obtenção das antigas terceira e quarta classes (sem quais não podia começar a competir) e um emprego, na Cidla (actual Galp).»
As ligações de Francisco Casal Ribeiro ao Regime, e particularmente aos movimentos mais radicais, duraram até à revolução de 1974. Veja-se o que refere o blog ‘Legião Patriótica’ sobre os anos anteriores ao 25 de Abril de 1974:
«O Movimento Vanguardista (MV) foi talvez o mais importante grupo fascista ante-25 de Abril. Embora a sua existência não ultrapassasse 1971, o MV, desenvolveu uma cerrada e feroz oposição a Caetano e à sua política. (...) Até 1974, nenhum outro grupo fascista seria criado. Os quadros dos grupos anteriormente referidos agrupar-se-iam na Liga dos Antigos Graduados da Mocidade Portuguesa, dirigida por Luís de Avillez e Elmano Alves, e na Força Automóvel de Choque (dependente da Legião) comandada pelo então deputado “ultra” Francisco do Casal Ribeiro.»
Francisco Casal Ribeiro foi preso na Cidla, no dia 8 de Maio de 1974, e libertado da prisão da Trafaria em 17 de Agosto de 1974.
Perante tudo isto, não surpreende que Rui Oliveira e Costa praticamente não tenha reagido, quando António-Pedro Vasconcelos acusou o Sporting de ter sido o clube do Regime. Há alturas em que o silêncio é de ouro.
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quinta-feira, 17 de abril de 2008
Pérolas Retóricas do Zé do Boné (4)
"Do SINBOL [Sindicato Democrático dos Treinadores de Futebol] fazem parte grandes nomes de treinadores portugueses, como Fernando Vaz, Juca e Manuel Oliveira. Do outro sindicato [de tendência comunista] fazem também parte alguns nomes conhecidos, embora de menor reputação. Quanto ao Mário Wilson, esse não pertence a nenhum dos dois sindicatos: queda-se naquela atitude de "nem carne, nem peixe" a que alguns costumam chamar de "bom-senso". Se todos fossem como ele, Moçambique [terra natal de Wilson], ainda não era independente."
Em entrevista a "A Bola", finais dos anos '70
Em entrevista a "A Bola", finais dos anos '70
Análise do plantel 2007/2008: Laterais
O plantel do FCP da época 2007/2008 conta com os laterais Bosingwa, Fucile, Cech e Lino. Até ao dia da publicação deste artigo, este quatro jogadores tinham participado no seguinte número de jogos:
A lateral esquerda do FC Porto tem sido uma das posições mais carenciadas dos últimos anos, tendo sido ocupada por "contentores" de jogadores sem que nenhum se tenha conseguido afirmar definitivamente. Na época passada Fucile surgiu como uma aposta frequente, tendo revelado segurança e capacidade para ocupar este lugar. Na presente temporada foi perseguido por algumas lesões e dificuldades físicas que fizeram com que Cech se revelasse uma segunda opção de qualidade.
Bosingwa confirmou ser um dos melhores laterais direitos do mundo, apesar de ter sofrido algumas lesões musculares que obrigaram Fucile a trocar de lado e a entrada de Cech.
Apesar de esta minha opinião poder gerar alguma controvérsia, acho que o “Zé Bo” é “apenas” um bom defesa… Nada extraordinário. Creio que é fraco na marcação e recorre demasiadas vezes à jogada individual em situações que deixa a retaguarda desprotegida. Então porque é que o Bosingwa é um dos melhores laterais do mundo (como referi acima)? Porque tem uma capacidade física excepcional que lhe permite compensar essas lacunas. É rápido nas recuperações, e não permite que os adversários consigam escapar em velocidade. Mesmo quando ultrapassado tecnicamente, o normal é ver Bosingwa recuperar a bola recorrendo à sua enorme capacidade física.
No ataque é capaz de destruir a defesa adversária, passando facilmente por qualquer adversário que o tente parar, recorrendo à velocidade.
Mais do que um óptimo futebolista, José Bosingwa é um atleta fenomenal.
Jorge Fucile conquistou os adeptos e o treinador em grande parte devido à raça e à entrega do seu futebol. É um jogador tecnicamente evoluído, que não desiste de um lance, compensando com isso algumas falhas defensivas, principalmente no “um-para-um” quando o adversário surge em velocidade. Estando em boa forma, consegue disfarçar bem essas lacunas. No ataque é bom a transportar a bola no pé, usando o pé direito para cruzar (se estiver do lado direito) ou para descair para o centro e rematar (se estiver a atacar do lado canhoto). Sabe combinar com o interior e o extremo para ganhar posição e criar desequilíbrios através da superioridade numérica.
Marek Cech é um lateral esquerdo razoável que tem como principal vantagem no actual plantel portista ser uma das poucas apostas regulares que joga com o pé esquerdo. Sabe integrar bem o ataque, sendo por isso utilizado algumas vezes como médio interior esquerdo ou extremo. É o lateral do FC Porto com mais assistências para golo (3). Apesar de parecer ser o jogador mais fraco das três habituais soluções de Jesualdo Ferreira, tem demonstrado qualidades para ser
Lino não parece ter convencido os adeptos nem o treinador. As poucas oportunidades que teve não permitem fazer uma avaliação pormenorizada, mas pareceu ser sempre um jogador trapalhão (talvez por querer “mostrar serviço”) e frágil defensivamente. Bom na marcação de bolas paradas, não parece ter qualidades que lhe permitam permanecer no plantel do FC Porto na próxima época.
O FC Porto tem neste momento 2 jogadores com qualidade suficiente para serem titulares, Bosingwa e Fucile. Por azar, são ambos laterais direitos, o que faz com que a lateral esquerda seja notoriamente mais fraca. Marek Cech é um bom lateral esquerdo, com capacidade para ser um suplente de qualidade, mas que não parece ser suficiente para ser titular.
Deste modo parece ser importante a contratação de um lateral esquerdo para ser titular, regressando Fucile à luta pela posição na lateral direita. No caso do Bosingwa sair do plantel durante a próxima época de transferências, é importante a contratação de um lateral direito (para titular ou suplente) de qualidade, apesar de reconhecer a Fucile competência para ser titular.
| CP | LC | TP | TL | ST | LI |
Bosingwa | 21 | 07 | 02 | 00 | 01 | 00 |
Fucile | 18 | 07 | 01 | 01 | 01 | 00 |
Cech | 16 | 05 | 00 | 01 | 01 | 00 |
Lino | 03 | 00 | 01 | 01 | 00 | 07 |
A lateral esquerda do FC Porto tem sido uma das posições mais carenciadas dos últimos anos, tendo sido ocupada por "contentores" de jogadores sem que nenhum se tenha conseguido afirmar definitivamente. Na época passada Fucile surgiu como uma aposta frequente, tendo revelado segurança e capacidade para ocupar este lugar. Na presente temporada foi perseguido por algumas lesões e dificuldades físicas que fizeram com que Cech se revelasse uma segunda opção de qualidade.
Bosingwa confirmou ser um dos melhores laterais direitos do mundo, apesar de ter sofrido algumas lesões musculares que obrigaram Fucile a trocar de lado e a entrada de Cech.
Apesar de esta minha opinião poder gerar alguma controvérsia, acho que o “Zé Bo” é “apenas” um bom defesa… Nada extraordinário. Creio que é fraco na marcação e recorre demasiadas vezes à jogada individual em situações que deixa a retaguarda desprotegida. Então porque é que o Bosingwa é um dos melhores laterais do mundo (como referi acima)? Porque tem uma capacidade física excepcional que lhe permite compensar essas lacunas. É rápido nas recuperações, e não permite que os adversários consigam escapar em velocidade. Mesmo quando ultrapassado tecnicamente, o normal é ver Bosingwa recuperar a bola recorrendo à sua enorme capacidade física.
No ataque é capaz de destruir a defesa adversária, passando facilmente por qualquer adversário que o tente parar, recorrendo à velocidade.
Mais do que um óptimo futebolista, José Bosingwa é um atleta fenomenal.
Jorge Fucile conquistou os adeptos e o treinador em grande parte devido à raça e à entrega do seu futebol. É um jogador tecnicamente evoluído, que não desiste de um lance, compensando com isso algumas falhas defensivas, principalmente no “um-para-um” quando o adversário surge em velocidade. Estando em boa forma, consegue disfarçar bem essas lacunas. No ataque é bom a transportar a bola no pé, usando o pé direito para cruzar (se estiver do lado direito) ou para descair para o centro e rematar (se estiver a atacar do lado canhoto). Sabe combinar com o interior e o extremo para ganhar posição e criar desequilíbrios através da superioridade numérica.
Marek Cech é um lateral esquerdo razoável que tem como principal vantagem no actual plantel portista ser uma das poucas apostas regulares que joga com o pé esquerdo. Sabe integrar bem o ataque, sendo por isso utilizado algumas vezes como médio interior esquerdo ou extremo. É o lateral do FC Porto com mais assistências para golo (3). Apesar de parecer ser o jogador mais fraco das três habituais soluções de Jesualdo Ferreira, tem demonstrado qualidades para ser
Lino não parece ter convencido os adeptos nem o treinador. As poucas oportunidades que teve não permitem fazer uma avaliação pormenorizada, mas pareceu ser sempre um jogador trapalhão (talvez por querer “mostrar serviço”) e frágil defensivamente. Bom na marcação de bolas paradas, não parece ter qualidades que lhe permitam permanecer no plantel do FC Porto na próxima época.
O FC Porto tem neste momento 2 jogadores com qualidade suficiente para serem titulares, Bosingwa e Fucile. Por azar, são ambos laterais direitos, o que faz com que a lateral esquerda seja notoriamente mais fraca. Marek Cech é um bom lateral esquerdo, com capacidade para ser um suplente de qualidade, mas que não parece ser suficiente para ser titular.
Deste modo parece ser importante a contratação de um lateral esquerdo para ser titular, regressando Fucile à luta pela posição na lateral direita. No caso do Bosingwa sair do plantel durante a próxima época de transferências, é importante a contratação de um lateral direito (para titular ou suplente) de qualidade, apesar de reconhecer a Fucile competência para ser titular.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Há coisas que não se esquecem
Porque há roubos que não tiveram direito a apitos especiais, sempre que o Bruno Ladrão se atravessar no caminho do tricampeão, não deixarei passar a efeméride sem o devido refrescar de memória:
Lotação esgotada
Ele há coisas do Diabo. Então não é que a quatro dias do Clássico FC Porto - Benfica, apenas os sócios do FC Porto esgotaram a lotação do estádio do Dragão? Para um Clube que é considerado lá para as bandas da ex-Capital do Império de "regional" e "sem expressão" no panorama Nacional a nível de adeptos, não está nada mal, não Senhor...
Pérolas Retóricas do Zé do Boné (3)
"Pinto de Magalhães roeu a corda, mas eu sou de Lamego, sou de antes quebrar que torcer!"
No auge da crise que levaria à sua saída do clube em 1969.
No auge da crise que levaria à sua saída do clube em 1969.
Missão no Sado - Parte II
Provavelmente desde que se tomou conhecimento das duas partidas das meias-finais da Taça de Portugal, foram-se criando grandes expectativas para ambos os encontros; Um por opor os rivais da 2ª circular, outro por colocar frente a frente o Tricampeão Nacional, com o vencedor da Taça da Liga, conotado igualmente como uma das equipas com maior qualidade de jogo do campeonato.
Quem assistiu aqueles primeiros 15 minutos da partida do Bonfim, estava bem longe de imaginar como esta se resolveria tão facilmente. Um Vitória afoito, em procura do erro do adversário, sempre comandado pela batuta de Pitbull e acarinhado pelo seu publico, fez exponenciar as ilusões que os homens do Sado vinham alimentando. Nada mais falso. Desde o quarto hora em diante, o FC Porto tratou de pôr a ordem das coisas, fazer o enquadramento correcto das luas e seus astros, sem precisar de impôr uma alta rotação, apenas dispôr há flor da relva a sua serena competência, com que tambem conseguiu fazer-se campeão a cinco jornadas do fim.
Não deixa de ser irónica a forma como o FC Porto acaba por conseguir os dois primeiros golos, fruto de outros tantos erros do adversário, (Jorginho no auto-golo, frango de Eduardo) quando os Dragões foram capazes de criar uma mão cheia de situações em flagrante delito, mas sem consumação do acto, mostrando uma diversidade de combições de belo efeito, com o Vitória mostrando-se impotente para contrariar tal dominío e superioridade.
Não foi por isso surpresa que a meia hora do fim do encontro, o FC Porto já vencia por um robusto TRI, precisamente arrematado por quem mais fez por ele, Lucho Gonzalez e, com a elegância que se lhe reconhece. O Argentino atravessa de facto um grande momento, debita futebol como poucos, respira energia a rodos, emana uma ambição contagiante e, está para este Porto, como o Sol para a Terra. É a razão de todas as coisas.
No dia em que o aparelho cardiaco do Presidente Portista foi “posto causa” por alguma imprensa, a equipa que por si é dirigida, tratou de lhe demonstrar em campo que, do que dela depende, pode estar descansado e, acima de tudo esperançado em conseguir mais algumas coisas bonitas esta temporada. Que seja já no proximo Domingo, no estádio do Dragão...
Quem assistiu aqueles primeiros 15 minutos da partida do Bonfim, estava bem longe de imaginar como esta se resolveria tão facilmente. Um Vitória afoito, em procura do erro do adversário, sempre comandado pela batuta de Pitbull e acarinhado pelo seu publico, fez exponenciar as ilusões que os homens do Sado vinham alimentando. Nada mais falso. Desde o quarto hora em diante, o FC Porto tratou de pôr a ordem das coisas, fazer o enquadramento correcto das luas e seus astros, sem precisar de impôr uma alta rotação, apenas dispôr há flor da relva a sua serena competência, com que tambem conseguiu fazer-se campeão a cinco jornadas do fim.
Não deixa de ser irónica a forma como o FC Porto acaba por conseguir os dois primeiros golos, fruto de outros tantos erros do adversário, (Jorginho no auto-golo, frango de Eduardo) quando os Dragões foram capazes de criar uma mão cheia de situações em flagrante delito, mas sem consumação do acto, mostrando uma diversidade de combições de belo efeito, com o Vitória mostrando-se impotente para contrariar tal dominío e superioridade.
Não foi por isso surpresa que a meia hora do fim do encontro, o FC Porto já vencia por um robusto TRI, precisamente arrematado por quem mais fez por ele, Lucho Gonzalez e, com a elegância que se lhe reconhece. O Argentino atravessa de facto um grande momento, debita futebol como poucos, respira energia a rodos, emana uma ambição contagiante e, está para este Porto, como o Sol para a Terra. É a razão de todas as coisas.
No dia em que o aparelho cardiaco do Presidente Portista foi “posto causa” por alguma imprensa, a equipa que por si é dirigida, tratou de lhe demonstrar em campo que, do que dela depende, pode estar descansado e, acima de tudo esperançado em conseguir mais algumas coisas bonitas esta temporada. Que seja já no proximo Domingo, no estádio do Dragão...
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