O Falcao também renovou o contrato, e no entanto...
quarta-feira, 31 de julho de 2013
SMS do Dia
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Descer à terra !
No jogo de ontem, o FCP não apresentou a segurança da época passada, nem um futebol mais atraente. Poder-se-á dizer que a equipa estava cansada ou reconhecer que o adversário jogou muito fechado, mas de forma muito organizada, conseguindo, mesmo, nomeadamente no segundo tempo, criar uma série de jogadas perigosas, no contra golpe. No presente, como no passado, jogar contra equipas que jogam fechadas, que dão a bola e apostam no erro do adversário é muito mais fácil que ter de assumir o jogo, chamar a si todas as despesas para ganhar e correr todos os riscos para tal. Diga-se, porém, que o Celta de Vigo foi uma equipa de tracção atrás, mas nunca foi uma equipa que fez antijogo. Sincronizou muitos bem os movimentos e as suas linhas seguiram muito rapidamente as nossas incursões ofensivas e hesitações defensivas, aproveitando bem algum desnorte e desconcentração do FCP para sair em contra-ataque. Para além disso, parecia conhecer bem o FCP e como combater a nossa superioridade. Nós ignoramos o adversário e minimizámos a sua valia, pelo menos aparentemente.
Confesso que fiquei desiludido e encontrei alguma falta de disciplina na equipa, que desaguou naquele inconveniente sururu final. Mas, não foi só disciplinar. A equipa esteve alheada, sem ideias, com pouca intensidade, submetendo-se ao cerco do adversário sem munições, disponibilidade física e capacidade técnico-táctica. Demasiado conformismo para meu gosto. Traduziria essa impressão na tirada do nosso treinador quando referenciou que o mais importante era ganhar. Seria? Porquê?
Martinez, Lucho e Helton foram excepções. Descemos à terra, espero que a equipa também.
domingo, 28 de julho de 2013
Caro sócio…
Caro sócio (1),
«Já parou para fazer as contas?
Não se assuste. A matemática que lhe propomos é simples e o resultado nem se discute. Nas linhas que se seguem, sugerimos-lhe um exercício de subtracção de custos e soma de vantagens, do qual só você sai a ganhar.
Na verdade, o cálculo é extremamente fácil. Comece por somar o valor de cada um dos bilhetes que adquiriu na primeira volta para assistir aos jogos no Estádio do Dragão. Feito? Agora compare o produto da adição com o preço de um Dragon Seat 2.ª Volta, que pode adquirir a partir de 35 (*) ou 55 euros. Esclarecedor, não é?
E as vantagens do Dragon Seat 2.ª Volta não se esgotam no factor económico, surgindo ainda associadas à comodidade de uma única transacção e ao direito a um lugar exclusivo, só seu. Mais: o FC Porto proporciona-lhe a possibilidade de liquidar o valor total em três prestações (**).
O Dragon Seat 2.ª Volta, válido para os oito jogos da Liga por disputar no Dragão, pode ser adquirido na Loja do Associado do estádio, nas Lojas Azuis ou em www.fcporto.pt.
Vai ficar aí parado, a fazer a prova dos nove?
(*) Valor para Sócios Menores ou categoria Reformado.
(**) Para valores superiores a 70 euros e sujeito a aprovação da Cetelem.»
----------
Como penso que acontece com a generalidade dos sócios portistas, recebo, com alguma regularidade, e-mails enviados por diversos serviços do FC Porto (Porto Comercial, Direção de Particulares, Dragon Tour, …).
O texto anterior corresponde a um desses e-mails, enviado em 29 de Dezembro de 2011.
Evidentemente, é importante o clube ter um website, bem como, marcar uma forte presença nas redes sociais (por exemplo, Facebook), mas o correio eletrónico não pode ser desprezado. Além de ser um meio de comunicação directo com os sócios e de permitir alguma interacção, continua a haver pessoas, como eu, que acedem ao e-mail com muito mais regularidade do que às redes sociais.
E, apesar de não serem personalizados, receber um e-mail do nosso clube é algo que cai bem.
(1) Lembrei-me deste assunto ao ver uma publicidade recente do Automóvel Clube de Portugal, em que é dito que “O ACP orgulha-se de não ter clientes mas sim sócios, o que faz toda a diferença”.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Acabar com as condutas manhosas
«Em 35 anos, esta é a quinta vez que inicio funções na redação do Record. Em 1978, com Monteiro Poças, fui estagiário. Em 1986, com Rui Cartaxana, desenvolvi o primeiro espaço regular sobre futebol internacional. Em 1994, com João Marcelino, regressei para participar na grande transformação em jornal diário e integrei as direções até 2003, também com José Manuel Delgado. Em 2004, com Alexandre Pais, iniciei um ciclo como colunista que durou até há poucas semanas.»
João Querido Manha
in Record, 19-07-2013
O diretor do Record deixou de ser Alexandre Pais (um assumido adepto do Belenenses com uma certa simpatia pelo slb) e o lugar passou a ser ocupado por um homem da casa, que também era cronista do Correio da Manhã e comentador da CM TV.
Acho bem. Detesto fingimentos e, com “talibans encarnados”, como são os casos de Octávio Ribeiro e João Querido Manha, na direção do Correio da Manhã e Record respectivamente, a estratégia e politica comunicacional do grupo Cofina fica muito mais clara.
Esta clarificação no Record, junta-se à transferência do ano nos media portugueses, anunciada há umas semanas atrás: Hélder Conduto, coordenador do Desporto da RTP, vai sair da estação pública para passar a chefiar a redação da benfica TV.
É sempre positivo quando as pessoas deixam de ter vergonha e assumem aquilo que realmente são. Desse modo, pelo menos evitam ser criticadas por condutas manhosas…
Neste período das trevas, em que grande parte da comunicação social portuguesa (lisboeta!) é “comandada no terreno” por fundamentalistas encarnados (José Manuel Delgado, Octávio Ribeiro, João Querido Manha, ...), com uma visão do futebol português toldada pelo ódio ao FC Porto, é reconfortante constatar que o Porto Canal é um projeto diferente, que caminha em sentido contrário, numa lógica de abrangência e que desperta simpatias em pessoas e zonas do país onde isso parecia pouco provável.
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quinta-feira, 25 de julho de 2013
Danilo frenético na noite dos "golões"
Num jogo que acaba com quatro golos sem resposta,
poucas dúvidas restam sobre a supremacia e justiça do vencedor. Em contraste
com a insegurança que se viu na Venezuela, o FC Porto manietou do princípio ao
fim o Millionarios, vincando de forma ainda mais robusta a sua marca por terras
Colombianas. Danilo partiu a loiça com um hat-trick de nota máxima. Jackson
picou o ponto com um golaço, numa equipa totalmente remodelada em relação ao
último encontro.
Tal como o previsto, Paulo Fonseca voltou a baralhar e a dar.
Uma nova equipa, mas com o mesmo sistema. Apenas Alex Sandro resistiu à
titularidade num onze que se apresentava qualitativamente mais forte, tal como
o adversário. Verdade no primeiro caso. Não tanto no segundo. O conjunto da
Colombia nunca foi capaz perturbar a acção portista e nem a nossa equipa
precisou de muito esforço para controlar a partida. Sempre em ritmo pausado a
bola circulou até que as ocasiões de golo surgissem naturalmente.
Foi com essa premissa que os azuis e brancos chegaram à
vantagem por volta dos 30 minutos. Uma excelente arrancada em diagonal de
Danilo que viu caminho aberto até à baliza adversária. Era o início de uma
noite de sonho do lateral brasileiro. Até aí o Porto controlava essencialmente
em posse de bola. Castro e Josué entendiam-se relativamente bem sem terem
grandes dificuldades para gerir o miolo. A retaguarda parecia mais segura, mas
nunca foi posta à prova, verdadeiramente. Licá foi esforçado no apoio a Alex
Sandro, mas pouco eficaz na construção.
No recomeço da 2ª parte Kelvin esteve perto marcar num bom
trabalho individual. O “miúdo” interagiu bem com Danilo e tentou por diversas
vezes flectir para o interior à procura de rupturas na defesa contrária. A
equipa mantinha a mesma estrutura com que começara o encontro e Danilo também
continuava de pé quente. Os dois golos de livre superiormente convertidos pelo
nosso lateral garantem-lhe, para já, a liberdade de tomar a iniciativa neste
tipo de lances.
A vantagem de 3 golos e a superioridade numérica em campo no
número de jogadores cavou um fosso qualitativo ainda maior entre as duas
equipas. Aproveitou Paulo Fonseca para descansar Alex Sandro, assim como dar
minutos a Herrera, Reyes e Ricardo. Tudo era simples e parecia fácil. Menos os
golos. Esses, todos eles eram de coeficiente de execução elevado. E para não destoar
com a amostra, Jackson resolveu elevar a fasquia de Danilo com uma chapelada
monumental.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
O ponta-de-lança alternativo a Jackson
O FC Porto terminou a época 2012/13 dispondo de um ponta-de-lança que, logo no seu primeiro ano na Europa, foi o melhor marcador do campeonato português.
Jackson Martinez já mostrou o que vale, dá garantias e, se tudo correr normalmente, será titular indiscutível durante a esmagadora maioria dos jogos da época 2013/14.
Mas, se Jackson tiver alguma lesão, um abaixamento de forma, ou precisar de ser poupado, quais eram (são) as alternativas?
Walter e Kléber, dois pontas-de-lança brasileiros que têm contrato com a SAD, demonstraram, de forma esplendorosa, não terem qualidade, nem estaleca, para uma equipa com a exigência e ambições do FC Porto.
Mauro Caballero parece-me promissor, mas tem 18 anos e só chegou ao Porto no início deste ano, tendo participado em apenas 13 jogos da equipa B (entre Fevereiro e Maio).
Não sei se este avançado paraguaio vai dar grande jogador mas, por aquilo que vi na época passada, para além de uma agressividade natural, já denota algumas movimentações à ponta-de-lança.
É óbvio que, para já, ainda não tem a maturidade suficiente para integrar o plantel principal mas, na época que agora começou, vai ser trabalhado por Luís Castro (que substituiu Rui Gomes como treinador da equipa B) e veremos o tipo de crescimento que irá ter.
Ou seja, independentemente do treinador, a Administração da SAD precisava de resolver uma das principais lacunas evidenciada pelo plantel da época passada: contratar um ponta-de-lança que possa ser uma alternativa minimamente credível ao Jackson.
A escolha da SAD foi Ghilas, mas será que o argelino tem o perfil certo para ser essa alternativa?
Nos poucos jogos completos (ver resumos de três minutos não dá para tirar grandes conclusões) que eu vi do Moreirense, o que vi do Ghilas foi um ponta-de-lança possante, a jogar muito distante dos companheiros de equipa, a pressionar os defesas adversários, a correr como um louco de um lado para o outro atrás de bolas em profundidade no espaço vazio. Ou seja, Ghilas tem características que lhe permitem brilhar em equipas que jogam recuadas e que têm lá na frente, distante e isolado, um ponta-de-lança que mói defesas, que batalha e pressiona os defesas contrários.
Contudo, terá características para ser ponta-de-lança numa equipa que joga sempre ao ataque, contra equipas que defendem com dois autocarros e cujo ponta-de-lança não tem espaço sequer para respirar?
Um ponta-de-lança do FC Porto tem de saber jogar de costas para a baliza, pressionado pelos defesas, segurar a bola e dar continuidade à jogada.
Tem de saber jogar em espaços reduzidos.
Tem de saber desmarcar-se dentro da área e surgir nas costas dos defesas.
E, já agora, convém que jogue bem de cabeça.
É muitíssimo prematuro tirar conclusões nesta altura da época e, ainda por cima, após dois ou três jogos particulares, mas o que vi do Ghilas nos primeiros 45 minutos do Deportivo Anzoátegui x FC Porto não me entusiasmou.
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SMS do Dia
Dois nomes a reter no panorama futebolístico mundial, em destaque nas últimas horas: Marquinhos Cambalhota, e Harramiz - nome claramente inspirado num dos personagens na famosa obra de Alecsandro Dhumas, "Os Trrês Mosqueteirros". A herança de Marlon Brandão continua bem viva...!
terça-feira, 23 de julho de 2013
A Insustentável Leveza do Sucesso (II)
Artigo anterior: A Insustentável Leveza do Sucesso (I)
No artigo anterior concluímos que o modelo de negócio da
FC Porto SAD assenta na obtenção de Proveitos com Bilheteira, TV, UEFA e
Publicidade por um lado, e Mais-valias com as vendas de passes de jogadores por
outro, numa proporção média de 70%-30%. Vimos também que o nível de
endividamento da sociedade tem sido crescente nos últimos anos e que em
2011-2012 o resultado antes da função financeira sofreu uma forte queda, o que
leva a concluir que a SAD tem de crescer, no sentido de obter mais Proveitos
(ou, em alternativa, diminuir os seus custos de operação).
Pela análise dos dados contidos nos gráficos abaixo
constata-se um decréscimo anualizado de 5,5% nas receitas de Bilheteira, de
2006 a 2012. Este terá sido o primeiro ponto onde a SAD entendeu actuar visto
ter lançado recentemente uma campanha de redução de preços para a aquisição de
lugar anual e uma nova denominação para as bancadas do Estádio (“mais
intuitiva”, recuperando os termos Superior e Arquibancada, que eram utilizados
no Estádio das Antas). Espera-se que a campanha dê os seus frutos e que as
assistências do Dragão voltem aos seus níveis iniciais.
Há um crescimento sustentado nas receitas provenientes da
cedência dos Direitos TV. Entre 2006 e 2012 estas receitas cresceram 11,3% em
termos anualizados, fruto das sucessivas renegociações com a
Olivedesportos/Sporttv. Este crescimento pode significar que o cliente se estava
a apropriar de uma parte do valor potencial desses Direitos e que o FC Porto
conseguiu equilibrar a repartição de riqueza gerada por este negócio. Pode
haver ainda margem para na próxima renegociação aumentar estas Receitas.
As Receitas obtidas a partir da participação nas Provas
UEFA são sempre uma incógnita, dependendo da performance desportiva, no entanto
a média de € 13m para o período observado equivale praticamente a passar a fase
de grupos da UCL todos os anos. Este é, aliás, o objectivo mínimo definido a
cada nova época.
A Publicidade e Sponsorização diminuiu no último ano. Resta
saber se se confirmará este ano tornando-se uma tendência (normalmente em
tempos de crise esta é uma das primeiras rubricas a sofrer cortes pelas
empresas) ou se estes proveitos regressam a níveis de 2010-11.
Em suma, das quatro rubricas de proveitos acima
referidas, é na Bilheteira, nos Direitos TV e na Publicidade que a FC Porto SAD
poderá ter ainda margem para crescer, assumindo que os valores recebidos nas
Provas UEFA dependerão dos resultados e que tal só é controlado de forma
indirecta pela gestão.
As assistências
Pela inexistência de um Estudo deste tipo aplicado ao
Estádio, utilizei dados do Plano Director do Aeroporto Sá Carneiro, elaborado
pela ANA, para quantificar o número de potenciais consumidores e utilizadores
do Estádio do Dragão. Por esse motivo, a área inicial, a preto, está
ligeiramente a Norte, ou seja, devemos pensar o mapa deslocado um pouco para
baixo.
Os dados da catchment
area são muito interessantes. Os 7 milhões de habitantes a apenas 120
minutos da cidade do Porto permitem pensar que é possível inverter a tendência
de queda das assistências do Estádio nos últimos anos. O FC Porto tem de ser
mais ambicioso; o Dragão tem de encher mais vezes; as assistências médias têm
de aumentar!
Foi lançada recentemente uma campanha de redução de
preços na venda de lugares anuais com o objectivo de “oferecer uma política de
preços mais justa, mais económica e com maior equilíbrio entre sectores”. Mais
do que nunca a gestão acreditará que consegue trazer mais adeptos ao Estádio e
esta campanha é o primeiro reflexo do reconhecimento do potencial do Dragão.
O FC Porto poderá tentar alavancar as suas Receitas
através da venda de Direitos TV para países onde os jogadores são uma
referência. Exemplo: a Colômbia, onde recentemente a comitiva do nosso Presidente
da República foi recebida pelo homólogo colombiano que ostentava um cachecol do
FC Porto (!). Poderá, por outro lado, tentar explorar o mercado asiático,
embora esta possibilidade seja, compreensivelmente, menos exequível porque o FC
Porto ainda não tem a dimensão internacional nem a projecção de um Real Madrid
ou Manchester United. E pode, também, fazer estágios ou torneios em países que
queiram promover o futebol e ver algumas estrelas internacionais em acção para,
assim, projectar o seu nome e obter um acréscimo de receita (recordo-me que a participação na Peace Cup em 2009 rendeu bom dinheiro).
A Sustentabilidade
A consultora AT Kearney elaborou um estudo sobre a
sustentabilidade das 5 principais Ligas europeias (Inglaterra, Alemanha,
França, Espanha e Itália) à luz das normais técnicas de análise económica e
financeira de empresas. As conclusões são muito interessantes: 3 dessas 5 Ligas
entrariam em bancarrota no espaço de 2 anos (excepto Alemanha e França).
Acontece que a indústria do futebol tem características muito particulares e a
sua sustentabilidade não deve ser aferida apenas através de normas de análise
económica e financeira tradicionais, mas também socioeconómicos e ambientais.
O quadro abaixo pretende relacionar performance
desportiva com performance económica e… não há qualquer correlação entre ambas.
As Ligas alemã e francesa são as que apresentam melhores indicadores económicos
mas são as Ligas inglesa e espanhola as que têm melhores performances
desportivas. Uma coisa é certa: são as Ligas com melhores indicadores, não
apenas desportivos, mas também económicos, sociais e ambientais que têm maior
probabilidade de crescer a longo prazo de forma sustentável.
Nota: inseri uma circunferência com a bandeira portuguesa
onde tudo indica estar localizado Portugal – em termos de ranking desportivo (ranking
UEFA) está entre a Itália e a França e em termos de ranking económico estará
seguramente entre zero e os valores alcançados por Espanha e Itália.
O Fair-play financeiro da UEFA
O Comité Executivo da UEFA aprovou, em Setembro de 2009,
por unanimidade, o conceito de "fair play" financeiro para o
bem-estar da modalidade. O conceito também recebeu o apoio de toda a “família
do futebol”, tendo como principais objectivos os seguintes:
- introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes de futebol;
- diminuir a pressão sobre salários e verbas de transferências e limitar o efeito inflacionário;
- encorajar os clubes a competir apenas com valores das suas receitas;
- encorajar investimentos a longo prazo no futebol juvenil e em infra-estruturas;
- proteger a viabilidade a longo prazo do futebol europeu;
- assegurar que os clubes resolvem os seus problemas financeiros a tempo e horas.
Estes objectivos entretanto aprovados reflectem a visão
de que a UEFA tem o dever de ter em consideração o ambiente sistémico do futebol
europeu de clubes, no qual os emblemas competem e, em particular, o impacto
inflacionário alargado dos gastos dos clubes em salários e verbas de
transferências.
Em épocas recentes, muitos clubes reportaram perdas
financeiras, e, em alguns casos, maiores de ano para ano. O panorama económico
global criou difíceis condições de mercado para os clubes europeus e isto pode
ter impacto negativo na geração de receitas e cria desafios adicionais para os
clubes, no que diz respeito à disponibilidade do financiamento e para operações
do dia-a-dia. Muitos clubes sentiram problemas de liquidez, levando, por
exemplo, ao atraso no pagamento a outros clubes, empregados e autoridades sociais
e dos impostos.
Os Regulamentos de Licenciamento de Clubes e Fair Play
Financeiro da UEFA, aprovados em Maio de 2010 após um período de consultas e
actualizados em 2012, estão a ser implementados durante um período de três
anos, com os clubes que participam nas competições da UEFA a verem os seus
pagamentos (ex.: de transferências e a empregados) monitorizados desde o Verão
de 2011. A avaliação do equilíbrio cobrindo os exercícios financeiros que
terminam em 2012 e 2013 será efectuada durante a época de 2013/14.
Estas medidas podem afectar sobremaneira a actividade do
FC Porto SAD. Não serão admitidos, nas competições europeias, clubes ou
sociedades com capital próprio negativo, só para dar um exemplo.
Conclusões
A Sustentabilidade a longo prazo da FC Porto SAD estará
dependente de todos os factores mencionados anteriormente e sistematizados na
figura acima, sendo de destacar: o crescimento desejável dos proveitos, quer
obtidos a nível interno quer internacional; a diminuição da dependência dos
financiamentos para a prossecução da actividade (financiamentos bancários,
obrigacionistas ou outras formas de injecção de capital alheio); as condições
restritivas previstas nas regras do Fair-play financeiro da UEFA e o próprio
Modelo de Negócio da sociedade, com a dependência dos negócios de passes de
jogadores e as parceiras com Fundos. A Sustentabilidade do negócio dependerá em
grande medida da forma como a gestão conseguir gerir e articular todas estas
variáveis. Como portistas desejamos que o faça mantendo a performance desportiva
e melhorando a performance financeira.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Da sofreguidão à natural superioridade
Na sua incursão pela América do Sul o FC Porto manteve o
registo 100% vitorioso na sua pré-temporada ao derrotar por 4-2 o Deportivo
Anzoátegui, mas onde pela primeira vez a nossa equipa se sentiu verdadeiramente
“acossada” pela iniciativa do adversário. Ficaram a nu alguns problemas defensivos
do conjunto de Paulo Fonseca, porém houve quem tenha aproveitado para ganhar
notoriedade junto do novo técnico portista. Iturbe foi o melhor no terreno de jogo e
Defour assumiu o “patronato” do meio-campo.
As equipas europeias já lideram com destaque a Taça
Euroamericana com duas vitórias sem resposta. O triunfo portista acabou por ser
natural e tranquilo, mas em boa verdade os dragões passaram ao lado do jogo no
primeiro tempo. Nesse período a equipa revelou um grande desacerto na sua
organização defensiva e uma incapacidade quase total para construir uma jogada
com princípio, meio e fim.
No sector mais recuado Fucile foi “oferecendo” continuamente
espaço nas costas ao seu opositor e nunca revelou explosividade para carrilar o
jogo no ataque. Maicon e Mangala nem sempre conseguiram a melhor coordenação
onde o francês se mostrou esta noite mais apático do que o habitual. Fernando revelou
exagerada confiança na acuidade no seu passe que nunca foi grande coisa. Um
cocktail de falhas que resultou em perigos vários para as redes de Fabiano.
Não foi particularmente surpreendente a vantagem conseguida
na raça pelo Deportivo. A equipa azul e branca jogava em pezinhos de lã, não
era agressiva sobre o portador da bola e não se organizava agrupada no miolo do
terreno. Sobre este último aspecto refira-se a ainda curta percepção do que
Paulo Fonseca pretenderá do “seu” meio-campo. Dois médios mais recuados com
liberdade alternada entre Defour e Fernando? Um pivô encostado ao avançado? A
coabitação dos elementos mais recuados está longe de ser perfeita e Carlos
Eduardo não apresenta estofo para pegar no jogo. Isto sem anotar os imensos
espaços entre linhas que se registaram várias vezes ao longo do encontro.
Claramente o FC Porto precisava de uma nova alma para agitar
o jogo e reverter o resultado a seu favor. As entradas ao intervalo de Jackson,
Lucho e Danilo tiveram esse tónico. O efeito prático demorou 8 minutos, momento
do empate restabelecido pelo nosso avançado colombiano. Entre o infortúnio e a
já referida passividade da defesa portista levou o Deportivo novamente à
vantagem através de um ressalto de um livre. Um golo que contrariava o domínio das nossas cores que por hora imperava.
Mas não havia tempo para respirar e o dragão carregou forte
aos pés de Iturbe. O jovem argentino impunha velocidade ao lado esquerdo e
cruzava a preceito. O empate a dois golos chegava no aproveitamento de um ressalto por Mangala num
canto e a reviravolta no minuto seguinte saía da cabeça de Varela
com a assistência primorosa do já referido ala oriundo dos país das pampas.
Iturbe, sempre ele, animou o encontro até aos limites das suas forças.
domingo, 21 de julho de 2013
Atsu, um caso chocante
(O JOGO, 19-07-2013) |
«Vítor Pereira, conservador até à medula, é um notável desperdiçador de jovens talentos. Só para que ninguém beliscasse o estatuto do seu inamovível Varela, ele desperdiçou o talento de James em metade da época passada, até ao momento em que precisou dele para ganhar o campeonato; e desaproveitou, sem lhes dar qualquer hipótese séria, Djalma, Candeias, Iturbe e Kelvin - a quem apenas confiou a missão impossível, e milagrosamente cumprida, de lhe ganhar o campeonato, jogando 15 minutos contra o Braga e outros tantos contra o Benfica. O caso mais chocante, porém, foi o de Atsu, um verdadeiro diamante em estado bruto, para cuja lapidação não teve nem visão, nem talento, nem paciência. (julgo, contudo, que o FC Porto, mesmo a um ano do fim do contrato, não o deve deixar sair por menos que os 10 milhões da cláusula de rescisão. E pode ser que com um novo treinador, que perceba o que tem entre mãos, Atsu reveja a decisão de não renovar).»
O texto anterior foi retirado de uma crónica do Miguel Sousa Tavares, publicada em A Bola após o final do último campeonato e, mais do que discordar do seu conteúdo, o mínimo que me ocorre dizer é que está cheio de disparates (usar o Djalma e o Candeias para atacar o Vítor Pereira é algo do outro Mundo!). Contudo, vou focar-me no “caso mais chocante”, o caso do Atsu.
Conforme é do conhecimento dos adeptos portistas, que seguem com um mínimo de atenção a vida do clube e que não se limitam a títulos de jornais, ou a resumos televisivos de três minutos, entre Agosto e Dezembro de 2012 Atsu foi uma aposta regular de Vítor Pereira, período em que participou em 22 jogos (incluindo os seis jogos que, neste período, a equipa disputou para a Liga dos Campeões).
Chegados a finais de Dezembro, a comunicação social fazia eco de uma pré-ruptura entre o FC Porto e Atsu (ou o seu empresário).
«As negociações entre o FC Porto e Christian Atsu para a renovação do contrato do ganês terminaram sem acordo.»
in O JOGO, 29-12-2012
Após uma ausência de cerca de um mês e meio, devido à participação do Gana na Taça de África das Nações, Atsu regressou às opções de Vítor Pereira na 19ª jornada do campeonato. Daí até ao final do campeonato ainda iria ter uma lesão (entorse, no jogo do Funchal com o Marítimo) e participou em 10 jogos.
Ou seja, apesar da idade, de ser a sua primeira época na equipa principal do FC Porto (no ano anterior tinha estado emprestado ao Rio Ave), de uma ausência prolongada na CAN e de uma lesão de média gravidade, Atsu foi chamado por Vítor Pereira a participar em 32 jogos. E tudo isto num contexto de conflito latente crescente entre o jogador/empresário e o clube.
«A 14 de maio deste ano, o empresário Tony Appiah já tinha referido a Record que o Benfica estava atento à situação do extremo ganês, podendo tirar partido no futuro.»
in Record, 19-07-2013
Atsu é um caso chocante?
Chocante é haver adeptos portistas que, de posse de toda esta informação, ainda assim usam o caso do Atsu para atacar Vítor Pereira e, subliminarmente, responsabilizam o ex-treinador dos dragões pelo ganês não ter aceite renovar o contrato com o FC Porto.
«(…) pode ser que com um novo treinador, que perceba o que tem entre mãos, Atsu reveja a decisão de não renovar…»
Miguel Sousa Tavares, A Bola
“Quero pedir desculpa a toda a estrutura e a todos os adeptos. Percebi que não devia ter dito o que disse e que fui injusto com o clube que me permitiu ser o Atsu que sou hoje.”
Atsu, 18/07/2013
sábado, 20 de julho de 2013
10 milhões por Fernando
“Fico feliz por estar neste grande clube, mas vamos ver. Depois de tudo o que vivemos e daquilo que conquistei aqui dentro, vários títulos, que foram oito, penso que a melhor altura para sair seria esta. Fala-se muito na Itália, mas vamos ver. (…) todos os jogadores sonham em jogar em grandes campeonatos.”
“Quero um campeonato mais competitivo”
(O JOGO, 18-07-2013) |
Em declarações à Antena 1, o empresário de Fernando referiu que, no início de Junho, apresentou à Administração da FCP SAD uma proposta do AS Monaco, no valor de 10 milhões de euros, a qual foi recusada.
Eu compreendo que, depois da inevitável saída de João Moutinho, a SAD queira evitar que Fernando siga o mesmo caminho, de modo a que o novo treinador não tenha de reconstruir a quase totalidade do meio-campo portista. Além disso, depois do negócio Moutinho + James, a FC Porto SAD não está, financeiramente, obrigada a vender.
Por outro lado, também percebo que a SAD entenda que 10 milhões de euros é insuficiente para um jogador da valia do Fernando, até porque, na época passada, para além dos reconhecidos méritos defensivos, Fernando denotou uma evolução significativa em termos ofensivos, quer fazendo passes verticais para as costas da defesa contrária, quer surgindo ele próprio em zonas de finalização.
(O JOGO, 09-02-2013) |
Dito isto, dizer que não se aceita negociar abaixo da cláusula de rescisão, pode ser uma boa estratégia negocial, quando o jogador está seguro, mas é um risco muito grande quando o jogador entrou no seu último ano de contrato. É que se não renovar, daqui a uns meses Fernando será um jogador livre para assinar por quem quiser, sem que a FC Porto SAD receba um cêntimo.
10 milhões por Fernando é pouco mas, ponderando todos os aspetos, penso que a FC Porto SAD deveria aceitar a proposta do AS Monaco, se é que a mesma ainda é válida.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013
O Futuro, hoje
Por André Machado
Segundo Peter Drucker, a melhor forma de prever o Futuro
será criá-lo. E, no seguimento do meu anterior artigo, faço hoje uma análise
mais directa e exaustiva, e sobretudo menos “romântica”, sobre este tema.
Será importante reforçar e reafirmar que o F.C. Porto
tem, em cada estrutura individual (em cada empresa detida, nas diversas áreas),
os meios humanos necessários para crescer e evoluir. Tem massa crítica nos seus
quadros, fundamental para avançar nas conquistas, comercialmente falando. Os
melhores profissionais do sector desportivo no panorama nacional. Precisa
apenas de maior atenção, maior liberdade, internamente, para que
individualmente as empresas do Grupo possam crescer e evoluir como o
Departamento de Futebol tem feito, e bem.
Posto isto, será importante, antes de mais, desmistificar
os proveitos operacionais e a sua proveniência, onde para alguns, será uma
surpresa que os proveitos advindos das transferências sejam, em média, apenas
de 30% do total dos proveitos da sociedade, inseridos no gráfico abaixo em
“Vendas Jogadores” (que representa as mais-valias obtidas com a transferência de jogadores):
Torna-se claro que não existe uma dependência exagerada,
embora relevante, das transferências de passes de jogadores. Torna-se
igualmente claro que os Proveitos Operacionais têm crescido, fruto de um bom
trabalho no mercado interno que a estrutura tem desenvolvido e num panorama de
crise económica. Contudo, e pensando igualmente no condicionalismo económico
nacional que muito afecta as pessoas e as empresas, sem perspectiva de
inversão, exige-se uma nova abordagem e uma nova reflexão sobre a estratégia a
seguir.
O Futuro de alguns é já o Presente de outros tantos. O
que poderá ser o Futuro do F.C. Porto é já o Presente de clubes como o Bayern
de Munique, considerada a marca mais valiosa em 2013, pela Brand Finance,
ultrapassando os hegemónicos Manchester United, Barcelona e Real Madrid. Com
receitas comerciais isoladas, superiores a 200 M€, o clube assegura 40 M€ pela
Deutsch Telekom (main sponsor da camisola) e 34 M€ pela Adidas (marca dos
equipamentos desportivos), estando a marca avaliada globalmente em 860 M€. De
salientar que, e em jeito de curiosidade, dois dos actuais parceiros do clube
são igualmente accionistas. Simplesmente curioso para não dizer… meramente
oportuno.
A base deste sucesso poderá, per si, chamar-se Alemanha.
Um País com cerca de 80 Milhões de habitantes e com uma das economias mais
fortes do Mundo. A Alemanha é a maior economia da Europa, a terceira maior
quando considerado o PIB nominal e a quinta maior quando é considerada a
Paridade do Poder de Compra. Mas não só. Um dos sucessos prende-se com
remunerações comerciais com ligação directa à performance desportiva, onde os
êxitos e as conquistas representam um encaixe adicional, pago pelas marcas,
mediante o sucesso desportivo interno e externo da equipa. Outro dos factores
prende-se com o facto das transmissões televisivas serem em canal aberto, onde
a exposição das marcas se torna mais apetecível, e com maior penetração global.
E mesmo sendo uma sociedade forte, economicamente falando, o season ticket mais
barato custa apenas 123€, em linha com os valores mais baixos praticados pelonosso clube.
Em suma, o segredo está na captação de uma audiência
global, desfocando em parte os esforços no mercado interno – tendo sido este o
apontamento estratégico previsto pelo Bayern de Munique – na captação de
receitas extra-desportivas para o futuro. A ida de Pepe Guardiola para ocampeonato alemão é um claro “piscar de olhos” aos investidores comerciais dofutebol espanhol e mundial.
Outra questão que se coloca prende-se com a venda de
camisolas, que num fenómeno mais do que natural, assume valores
multidimensionais aquando das vitórias europeias, como o caso do Borussia deDortmund esta época. O clube alemão, que não se encontra entre a elite natural
(ver imagem descrita acima) foi uma agradável surpresa para a marca desportiva
PUMA, que com vendas que ultrapassaram as 300 mil unidades, viu os êxitos
desportivos do clube remunerar indirectamente a insígnia, colocando-a a
rivalizar com a Adidas e a Nike, os principais players da actualidade. Estas,
com o domínio global do mercado, fazem com que outras empresas interessadas
neste negócio façam incisivas investidas, para penetrar no mercado, remunerandoem alta os clubes, e dispostas a quase tudo:
Resumindo, o segredo concentra-se precisamente aqui:
Shirt Main Sponsor & Kit Supplier.
Estes patrocínios, correlacionados com os êxitos
desportivos projectam as marcas além-fronteiras com uma visibilidade difícil de
igualar, captando-as e atraindo-as por isto mesmo. O futebol, hoje, é também
isto.
O F.C. Porto, com um número estimado de 1,3 M de adeptos
em Portugal (dados 2010), não possui uma realidade envolvente muito diferente,
ajustada à nossa escala. Na Alemanha não há um fã de futebol que fique
indiferente ao Bayern de Munique. A equipa bávara desperta amor ou ódio por
todo o país. O sucesso é uma das explicações para essa rivalidade. O mesmo
acontece em Portugal, o mesmo acontece com o F.C. Porto.
“O Bayern diferencia-se dos seus adversários alemães por
pensar nacional e internacionalmente, enquanto os outros grandes clubes alemães
mantêm-se ainda fortemente voltados para a sua região”, segundo o consultor
Peter Rohlmann, um dos maiores investigadores europeus nesta área.
Será precisamente esta a diferenciação fundamental para o
F.C. Porto, num Futuro que poderá ter começado… quem sabe… hoje.
Nota: O Reflexão Portista agradece a André Machado a elaboração deste artigo.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
O “milagre das audiências” da benfica TV
«Duas semanas depois de se ter tornado um canal pago, a Benfica TV registou um total de 32 mil subscritores. A estimativa do clube é de que este número se aproxime dos 40 mil até ao final de Julho. O primeiro balanço, a que o Diário Económico teve acesso, é feito numa altura em que o canal já está disponível nos principais operadores de televisão paga: Zon, Meo e Cabovisão.»
«No passado sábado [13 de julho], Benfica e FC Porto realizaram os primeiros jogos de preparação para a temporada 2013/14, ambos na Suíça. As águias defrontaram o Étoile Carouge e o duelo foi transmitido pela Benfica TV. No mesmo horário, a Sport TV 1 transmitiu o encontro entre Marselha e dragões. Tanto Benfica como FC Porto conseguiram chegar à vitória, mas em termos televisivos alcançaram um empate técnico, de acordo com a medição da CAEM (GfK). As duas estações por cabo conquistaram a mesma audiência, prendendo aos ecrãs igual número de espectadores (cerca de 60 mil). Enquanto a Benfica TV registou 0,6% de audiência e 1,5% de share, a Sport TV 1 ficou-se também com uma audiência de 0,6% e 1,8% de share.»
in Record, 17-07-2013
É do conhecimento público os problemas existentes com o sistema de medição de audiências da GfK, os quais motivaram uma forte contestação da RTP e, inclusivamente, levaram a TVI e a RTP a abandonarem o sistema da GfK e a voltarem ao da Marktest. Ou seja, dois dos três principais operadores televisivos não dão grande credibilidade ao sistema de medições da GfK.
E, pelos vistos, têm razões para isso. De facto, há coisas que são surpreendentes, senão vejamos: no dia 13 de Julho, de acordo com o sistema de medição da GfK, a audiência do Étoile Carouge x slb foi de 0,6% (cerca de 60 mil pessoas); contudo, de acordo com a informação recolhida pelo Diário Económico, três dias depois, no dia 16 de Julho, o número de subscritores da benfica TV era de apenas 32 mil clientes.
Num canal que é pago (a benfica TV passou a ser paga a partir de 1 de Julho), haver um programa cuja audiência é o dobro do número de subscritores desse canal é algo surpreendente.
Sim, eu sei que estamos em Portugal e que se trata do clube do regime, mas penso que não será blasfémia designarmos este facto, possivelmente inédito a nível mundial, como o “milagre das audiências” da benfica TV…
quarta-feira, 17 de julho de 2013
SMS do Dia
Há quem use como desculpa o facto de o Бehфицa ter jogado algumas horas antes, mas verdade é que mesmo quando não joga, o alinhamento das notícias sobre o futebol, continua a ser Бehфицa, SCP e só depois, o (tri) campeão em título. Que o Бehфицa, crónico campeão da pré-época, venha em primeiro, já dou de barato - não é à toa que lhe chamam o Clube do Regime - mas o SCP antes do Porto?
O Profissionalismo é conceito estranho, mas e a Vergonha?
O Profissionalismo é conceito estranho, mas e a Vergonha?
O meu onze ideal
Numa entrevista recente ao diário desportivo madrileno MARCA, Pinto da Costa elegeu o seu onze ideal, com a condição de não incluir futebolistas atuais.
O meu onze ideal (também em 4-3-3) é parecido com o de Pinto da Costa, mas com três diferenças, uma em cada sector:
Guarda-redes: Vítor Baía (Portugal)
Defesa direito: João Pinto (Portugal)
Defesa central: Fernando Couto (Portugal)
Defesa central: Pepe (Brasil/Portugal)
Defesa esquerdo: Branco (Brasil)
Médio defensivo: André (Portugal)
Médio ofensivo: Deco (Brasil/Portugal)
Médio ofensivo: António Oliveira (Portugal)
Avançado/Ala direito: Madjer (Argélia)
Avançado/Ala esquerdo: Futre (Portugal)
Ponta-de-lança: Falcao (Colômbia)
Breve explicação em relação aos excluídos: Para além de não incluir no meu onze ideal jogadores que não vi jogar (por exemplo, os célebres Pinga e Hernâni), custa-me deixar de fora jogadores como Mlynarzyck, Aloísio, Ricardo Carvalho, Moutinho, Lucho, Cubillas, Fernando Gomes e Jardel, entre outros, mas só podem ser 11.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Overbooking de médios, um problema?
Começa finalmente a fechar-se o plantel para a próxima época (e relativamente cedo aliás).
As vendas madrugadoras de Moutinho e James permitiram fechar o capitulo de saídas sonantes salvo novidade de última hora. Um preço desorbitado, uma necessidade estridente de cash, uma birra descomunal, no futebol nada é certo e até 31 de Agosto tudo é possível. Mas vamos considerar o plantel tal como está como 95% fechado. As únicas saídas - de nomes de peso - que podemos equacionar são de Mangala, Fernando e Jackson. Só o primeiro já tem substituto no plantel assegurado (Reyes) pelo que os outros dois forçariam a uma viagem ao mercado.
O grande problema este ano parece ser, não a escassez das épocas de VP, mas sim a abundância. De médios principalmente. Temos agora mesmo mais jogadores para as três posições medulares do que é possível de gerir num plantel com os minutos que vai ter este FC Porto 2013/14.
Vejamos. O clube tem assegurado 41 jogos esta época.
São 30 de liga, 1 de Supertaça, 3 de Taça da Liga, 1 de Taça de Portugal e 6 de Champions League.
É bastante previsível que se efectuem alguns mais, mas nunca mais do que (6 Taça, 2 Taça Liga, 2/7 Champions) doze em média (e já seria uma época brutal). São portanto, 53 jogos que nos esperam.
Agora ponhamos em campo a análise de quantos jogadores precisamos para afrontar essa quantidade de jogos. A experiência e os treinadores de elite habituaram-nos a um conceito de dois jogadores por posição com um joker por zona do terreno de jogo como número ideal para gerir o plantel. Isto não é Inglaterra, Espanha ou Itália (com os seus 50 jogos mínimos ao ano, até 70 de máximo) e a exigência física da maioria dos jogos em casa será bastante reduzida (temos a bola, temos o campo do adversário para nós e o desgaste, tantas vezes, é mais mental do que físico) pelo que é justo pensar que dois jogadores chegam e sobram. Cada um teria então entre 20 a 25 jogos completos por ano, algo perfeitamente lógico para um futebolista de elite. São 1800 a 2250 minutos nas pernas.
Coloquemos em campo a possibilidade de uma lesão grave ao ano por zona do terreno de jogo para justificar um joker extra e juntemos à receita a táctica base do FCP, o 4-3-3, e chegamos à conclusão que Paulo Fonseca precisa de oito defesas, sete médios e sete avançados. Com os três guarda-redes da praxe, aí temos os 25, o máximo que exige a UEFA para a Champions League (com a célebre regra dos 4+4, formados localmente e formados no país, que tantas dificuldades temos tido em cumprir nos últimos anos por motivos óbvios e que este ano parece não ser, finalmente, um problema)!
Ora, passeando zona por zona, é fácil ver que há um overbooking de centrais (Mangala, Otamendi, Maicon, Reyes e Ba) e um deficit de laterais (Danilo, Alex, Fucile? - pessoalmente duvido do seu valor para sobreviver ao balneário e aos adeptos, mas é uma opinião muito pessoal). É provável que tanto Mangala como Maicon façam um saltinho de vez em quando nas laterais mas isso não justifica o 5º central a mais. Sobra um.
Passamos para o ataque. Aí, o técnico vai poder finalmente poder presumir de começar o ano com dois pontas-de-lança, se Jackson não sair ou se, saindo, venha uma alternativa. Obrigado SAD por teres demorado tão poucas épocas a perceber o importante que é ter gente que faça golos. A isso devemos juntar 3 extremos e futebolista polivalente que tanto possa jogar na ala como no meio-campo ou no ataque. O 1º era o caso de James, o 2º o de Hulk. Não está nem um nem outro mas há variáveis.
Ghilas e Jackson são os avançados, Varela, Ricardo e Licá (opção polivalência com ataque) os extremos. Sobra uma quarta vaga que pode ser considerada para Quintero ou Ismailov (opção polivalência com o meio campo) ou Kelvin e Iturbe, jogadores que não têm maturidade para jogar no meio, não são extremos puros nem avançados. Sete nomes para quatro vagas. Sobram três. E vão quatro.
Portanto, é no meio que está a questão.
Voltamos ao raciocínio dos minutos nas pernas. Seis jogadores, três titulares e os seus respectivos suplentes, mais o tal joker (que podia/devia, ser alguém da formação que salte entre a A e a B para crescer, como Tozé, mas isso sou eu a sonhar alto). Partindo do onze da época passada, ficaríamos com Fernando+Lucho+Defour. Como alternativas lógicas, Castro (por já estar no plantel), Herrera (porque custou muito dinheiro) e Josué (porque o mister o conhece bem). São os seis que precisamos. Mais o joker que podia ser o Tozé mas que dificilmente o será. Esse é o posto que disputam actualmente o Carlos Eduardo e o Tiago Rodrigues. Mas também o Quintero, o Izmailov, o Kelvin e o Iturbe (lembrem-se que só um cabe nos quatro dos extremos).
Ou seja, há um overbooking de seis jogadores no meio-campo. É muito jogador. Demasiado.
Um problema para o treinador, que não terá tempo para dar minutos a todos de forma a manter o balneário contente. Um problema para os jogadores, que terão pouca margem de manobra e, no caso dos mais jovens, saberão que um erro lhes pode custar todo o ano. Um problema para a introdução de futebolistas da B como o Tozé porque nas suas demarcações há demasiada concorrência. E um problema para a SAD que se moveu no mercado para contratar a 5 desses médios e que agora não tem espaço para os por.
Não sei porque alguém se lembrou este ano de apostar tão forte nos médio-centros a ponto de perder a conta às posições disponíveis. Nenhum deles é alternativa a Fernando, pelo que a sua venda não entra nessas contas. Lucho, é certo, já não tem pernas, mas tem estatuto e está dentro da equação do tal joker. E que fazemos então com o resto?
Ainda vimos poucos minutos de pré-época para fazer um raciocinio claro de quem está melhor ou pior. Gostei muito do que vi no Josué e no Tiago Rodrigues, mas oferecem coisas diferentes. O Carlos Eduardo não veio para ser já dispensado e o Herrero e o Quintero custaram demasiado dinheiro para sequer equacionar dar-lhes guia de marcha. O Kelvin capitalizou o apoio emocional com os golos nos minutos decisivos e há seguramente ainda os que pensam que Iturbe pode vir a ser um bom jogador. I(s)zmailov é uma incógnita mas quem o quer? O Defour já reclamou várias vezes a titularidade e muitos minutos e Castro faz falta, nem que seja por causa das limitações da UEFA. Estou a falar de um cenário sem Bruma e Bernard, para colocar mais achas na fogueira, apesar de reconhecer que as alas estão verdes (Ricardo, Licá, Quintero) ou gastas (Varela) e que um nome de certo fulgor e experiência ali não fazia nada mal.
Pessoalmente este overbooking é um problema sério mas que tem solução.
Pode passar por empréstimos, vendas, despromoções temporais à equipa B e até uma mudança de desenho táctico (o Guardiola nunca se queixou de ter médios a mais, mas ele tinha o Messi). Eu tenho as minhas escolhas pessoais, como qualquer outro, e seguramente vai ser dificil eleger. Vejo uma margem de progressão tremenda no Tiago Rodrigues mas mais know-how no Josué. O Herrera tem um potencial tremendo mas para o Defour, não jogar o que quer, pode ser um problema. O Lucho não tem pulmão, mas é um líder e gosta de estar em campo nos momentos importante. E há que pensar no potencial tremendo de Quintero, que tanto pode explodir na ala em diagonal como partir do centro, como organizador. E quem não gostaria de ver no plantel ao Castro e Tozé, miudos da casa (que dariam as vagas importantes na lista da UEFA para ter direito aos 25 jogadores formados em casa, com o Ba)?
A minha eleição, com estes nomes, e no dia de hoje seria esta:
Meio-campo
Fernando-Castro
Herrera-Defour
Lucho-Tiago R.
Joker: Tozé
Ataque
Quintero-Ricardo
Varela-Licá (ou um novo jogador)
Jackson-Ghilas
Joker: Kelvin
Izmailov, Iturbe, Maicon - venda
Carlos Eduardo - empréstimo
Josué - Incógnita
O Paulo Fonseca parece ter outra ideia.
O Josué tem sido dos jogadores mais utilizados (como seria de esperar) e o mesmo passa com o Izmailov e o Iturbe, o que não são boas notícias para o Ricardo e o Tiago Rodrigues (que considero como contratações excelentes que não deviam ser emprestados). O Carlos Eduardo tem sido relegado para um segundo plano, mais cinzento que os colegas. E a utilização pontual de um modelo mais próximo do 4-2-3-1, com Quintero atrás do ponta-de-lança, escudado por dois médios mais recuados, abre uma vaga na ala e reforça o conceito de overbooking no meio-campo.
As vendas madrugadoras de Moutinho e James permitiram fechar o capitulo de saídas sonantes salvo novidade de última hora. Um preço desorbitado, uma necessidade estridente de cash, uma birra descomunal, no futebol nada é certo e até 31 de Agosto tudo é possível. Mas vamos considerar o plantel tal como está como 95% fechado. As únicas saídas - de nomes de peso - que podemos equacionar são de Mangala, Fernando e Jackson. Só o primeiro já tem substituto no plantel assegurado (Reyes) pelo que os outros dois forçariam a uma viagem ao mercado.
O grande problema este ano parece ser, não a escassez das épocas de VP, mas sim a abundância. De médios principalmente. Temos agora mesmo mais jogadores para as três posições medulares do que é possível de gerir num plantel com os minutos que vai ter este FC Porto 2013/14.
Vejamos. O clube tem assegurado 41 jogos esta época.
São 30 de liga, 1 de Supertaça, 3 de Taça da Liga, 1 de Taça de Portugal e 6 de Champions League.
É bastante previsível que se efectuem alguns mais, mas nunca mais do que (6 Taça, 2 Taça Liga, 2/7 Champions) doze em média (e já seria uma época brutal). São portanto, 53 jogos que nos esperam.
Agora ponhamos em campo a análise de quantos jogadores precisamos para afrontar essa quantidade de jogos. A experiência e os treinadores de elite habituaram-nos a um conceito de dois jogadores por posição com um joker por zona do terreno de jogo como número ideal para gerir o plantel. Isto não é Inglaterra, Espanha ou Itália (com os seus 50 jogos mínimos ao ano, até 70 de máximo) e a exigência física da maioria dos jogos em casa será bastante reduzida (temos a bola, temos o campo do adversário para nós e o desgaste, tantas vezes, é mais mental do que físico) pelo que é justo pensar que dois jogadores chegam e sobram. Cada um teria então entre 20 a 25 jogos completos por ano, algo perfeitamente lógico para um futebolista de elite. São 1800 a 2250 minutos nas pernas.
Coloquemos em campo a possibilidade de uma lesão grave ao ano por zona do terreno de jogo para justificar um joker extra e juntemos à receita a táctica base do FCP, o 4-3-3, e chegamos à conclusão que Paulo Fonseca precisa de oito defesas, sete médios e sete avançados. Com os três guarda-redes da praxe, aí temos os 25, o máximo que exige a UEFA para a Champions League (com a célebre regra dos 4+4, formados localmente e formados no país, que tantas dificuldades temos tido em cumprir nos últimos anos por motivos óbvios e que este ano parece não ser, finalmente, um problema)!
Ora, passeando zona por zona, é fácil ver que há um overbooking de centrais (Mangala, Otamendi, Maicon, Reyes e Ba) e um deficit de laterais (Danilo, Alex, Fucile? - pessoalmente duvido do seu valor para sobreviver ao balneário e aos adeptos, mas é uma opinião muito pessoal). É provável que tanto Mangala como Maicon façam um saltinho de vez em quando nas laterais mas isso não justifica o 5º central a mais. Sobra um.
Passamos para o ataque. Aí, o técnico vai poder finalmente poder presumir de começar o ano com dois pontas-de-lança, se Jackson não sair ou se, saindo, venha uma alternativa. Obrigado SAD por teres demorado tão poucas épocas a perceber o importante que é ter gente que faça golos. A isso devemos juntar 3 extremos e futebolista polivalente que tanto possa jogar na ala como no meio-campo ou no ataque. O 1º era o caso de James, o 2º o de Hulk. Não está nem um nem outro mas há variáveis.
Ghilas e Jackson são os avançados, Varela, Ricardo e Licá (opção polivalência com ataque) os extremos. Sobra uma quarta vaga que pode ser considerada para Quintero ou Ismailov (opção polivalência com o meio campo) ou Kelvin e Iturbe, jogadores que não têm maturidade para jogar no meio, não são extremos puros nem avançados. Sete nomes para quatro vagas. Sobram três. E vão quatro.
Portanto, é no meio que está a questão.
Voltamos ao raciocínio dos minutos nas pernas. Seis jogadores, três titulares e os seus respectivos suplentes, mais o tal joker (que podia/devia, ser alguém da formação que salte entre a A e a B para crescer, como Tozé, mas isso sou eu a sonhar alto). Partindo do onze da época passada, ficaríamos com Fernando+Lucho+Defour. Como alternativas lógicas, Castro (por já estar no plantel), Herrera (porque custou muito dinheiro) e Josué (porque o mister o conhece bem). São os seis que precisamos. Mais o joker que podia ser o Tozé mas que dificilmente o será. Esse é o posto que disputam actualmente o Carlos Eduardo e o Tiago Rodrigues. Mas também o Quintero, o Izmailov, o Kelvin e o Iturbe (lembrem-se que só um cabe nos quatro dos extremos).
Ou seja, há um overbooking de seis jogadores no meio-campo. É muito jogador. Demasiado.
Um problema para o treinador, que não terá tempo para dar minutos a todos de forma a manter o balneário contente. Um problema para os jogadores, que terão pouca margem de manobra e, no caso dos mais jovens, saberão que um erro lhes pode custar todo o ano. Um problema para a introdução de futebolistas da B como o Tozé porque nas suas demarcações há demasiada concorrência. E um problema para a SAD que se moveu no mercado para contratar a 5 desses médios e que agora não tem espaço para os por.
Não sei porque alguém se lembrou este ano de apostar tão forte nos médio-centros a ponto de perder a conta às posições disponíveis. Nenhum deles é alternativa a Fernando, pelo que a sua venda não entra nessas contas. Lucho, é certo, já não tem pernas, mas tem estatuto e está dentro da equação do tal joker. E que fazemos então com o resto?
Ainda vimos poucos minutos de pré-época para fazer um raciocinio claro de quem está melhor ou pior. Gostei muito do que vi no Josué e no Tiago Rodrigues, mas oferecem coisas diferentes. O Carlos Eduardo não veio para ser já dispensado e o Herrero e o Quintero custaram demasiado dinheiro para sequer equacionar dar-lhes guia de marcha. O Kelvin capitalizou o apoio emocional com os golos nos minutos decisivos e há seguramente ainda os que pensam que Iturbe pode vir a ser um bom jogador. I(s)zmailov é uma incógnita mas quem o quer? O Defour já reclamou várias vezes a titularidade e muitos minutos e Castro faz falta, nem que seja por causa das limitações da UEFA. Estou a falar de um cenário sem Bruma e Bernard, para colocar mais achas na fogueira, apesar de reconhecer que as alas estão verdes (Ricardo, Licá, Quintero) ou gastas (Varela) e que um nome de certo fulgor e experiência ali não fazia nada mal.
Pessoalmente este overbooking é um problema sério mas que tem solução.
Pode passar por empréstimos, vendas, despromoções temporais à equipa B e até uma mudança de desenho táctico (o Guardiola nunca se queixou de ter médios a mais, mas ele tinha o Messi). Eu tenho as minhas escolhas pessoais, como qualquer outro, e seguramente vai ser dificil eleger. Vejo uma margem de progressão tremenda no Tiago Rodrigues mas mais know-how no Josué. O Herrera tem um potencial tremendo mas para o Defour, não jogar o que quer, pode ser um problema. O Lucho não tem pulmão, mas é um líder e gosta de estar em campo nos momentos importante. E há que pensar no potencial tremendo de Quintero, que tanto pode explodir na ala em diagonal como partir do centro, como organizador. E quem não gostaria de ver no plantel ao Castro e Tozé, miudos da casa (que dariam as vagas importantes na lista da UEFA para ter direito aos 25 jogadores formados em casa, com o Ba)?
A minha eleição, com estes nomes, e no dia de hoje seria esta:
Meio-campo
Fernando-Castro
Herrera-Defour
Lucho-Tiago R.
Joker: Tozé
Ataque
Quintero-Ricardo
Varela-Licá (ou um novo jogador)
Jackson-Ghilas
Joker: Kelvin
Izmailov, Iturbe, Maicon - venda
Carlos Eduardo - empréstimo
Josué - Incógnita
O Paulo Fonseca parece ter outra ideia.
O Josué tem sido dos jogadores mais utilizados (como seria de esperar) e o mesmo passa com o Izmailov e o Iturbe, o que não são boas notícias para o Ricardo e o Tiago Rodrigues (que considero como contratações excelentes que não deviam ser emprestados). O Carlos Eduardo tem sido relegado para um segundo plano, mais cinzento que os colegas. E a utilização pontual de um modelo mais próximo do 4-2-3-1, com Quintero atrás do ponta-de-lança, escudado por dois médios mais recuados, abre uma vaga na ala e reforça o conceito de overbooking no meio-campo.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Sinergias na comunicação do FC Porto
O também internacional A colombiano já falou pela primeira vez como atleta azul e branco, em declarações ao Porto Canal e www.fcporto.pt (...)
As declarações completas de Quintero, em exclusivo televisão, podem ser vistas no Porto Canal, às 20h20 deste sábado.»
in www.fcporto.pt, 13-07-2013
Na minha opinião, a comunicação do FC Porto está no caminho certo e, em termos de conteúdos, a melhorar substancialmente.
Neste caso, da contratação do Quintero, destaco dois aspectos que me parecem importantes:
i) a exclusividade em declarações ou entrevistas de jogadores, treinadores e dirigentes, remetendo os portistas para o canal televisivo do clube e obrigando os restantes meios de comunicação a fazer referência ao mesmo;
ii) as sinergias entre diferentes plataformas e meios de comunicação azuis e brancos - site oficial, facebook oficial, Porto Canal, revista Dragões.
Etiquetas:
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Porto Canal,
site oficial
domingo, 14 de julho de 2013
Iturbe, ficar ou sair?
(O JOGO, 21-06-2013) |
«(...) o momento da noite foi assinado por Iturbe, autor de um golo capaz de levantar qualquer estádio e que promete correr o mundo. A uns bons 35 metros da baliza, o extremo argentino puxou o pé esquerdo bem atrás e colocou a bola no ângulo superior esquerdo, sem hipóteses para o desamparado guarda-redes gaulês (76). Para ver e rever.»
in www.fcporto.pt
(O JOGO, 14-07-2013) |
Mas, afinal, Iturbe quer ficar ou voltar ao River Plate?
sábado, 13 de julho de 2013
Quintero, o último?
Aí está ele.
5 milhões, 50%.
Gostaria de acreditar que, depois de pagar mais de 10 milhões por jogadores como Danilo e Alex Sandro, o FC Porto só não é hoje detentor dos 50% restantes porque, pura e simplesmente, o Pescara não os quis vender (algo que é habitual em Itália). Porque, caso contrário, corremos o risco de voltar a perder dinheiro quando este excelente jogador saía, daqui a dois ou três anos, pelo óbvio valor da sua cláusula de rescisão (ou quem sabe ainda mais).
Creio que com esta contratação o plantel está 99,9% fechado.
Não vejo espaço (nem dinheiro) para atacar um jogador do perfil do Bernard e só se houver um golpe de asa no caso Bruma é que encontro justificação para encontrar espaço num plantel que já de por si está repleto de opções para quase todas as posições, descontando de principio que Quintero vem para a mesma posição de James Rodriguez, apesar de se mover também no posto de Lucho.
É uma grande adição ao plantel, uma excelente descoberta da equipa de olheiros da SAD por um jogador que ninguém conhecia de lado nenhum, por um valor interessante e uma opção mais para Paulo Fonseca montar o seu projecto. Se lhe faltam jogadores com mais experiência nas pernas em relação ao ano passado é inegável que PF tem muito mais alternativas (e com tempo de as trabalhar no estágio, o que sempre é importante) do que tinha o anterior treinador. Seguramente vai encontrar a fórmula correcta para repetir a nossa história de sucessos recentes.
5 milhões, 50%.
Gostaria de acreditar que, depois de pagar mais de 10 milhões por jogadores como Danilo e Alex Sandro, o FC Porto só não é hoje detentor dos 50% restantes porque, pura e simplesmente, o Pescara não os quis vender (algo que é habitual em Itália). Porque, caso contrário, corremos o risco de voltar a perder dinheiro quando este excelente jogador saía, daqui a dois ou três anos, pelo óbvio valor da sua cláusula de rescisão (ou quem sabe ainda mais).
Creio que com esta contratação o plantel está 99,9% fechado.
Não vejo espaço (nem dinheiro) para atacar um jogador do perfil do Bernard e só se houver um golpe de asa no caso Bruma é que encontro justificação para encontrar espaço num plantel que já de por si está repleto de opções para quase todas as posições, descontando de principio que Quintero vem para a mesma posição de James Rodriguez, apesar de se mover também no posto de Lucho.
É uma grande adição ao plantel, uma excelente descoberta da equipa de olheiros da SAD por um jogador que ninguém conhecia de lado nenhum, por um valor interessante e uma opção mais para Paulo Fonseca montar o seu projecto. Se lhe faltam jogadores com mais experiência nas pernas em relação ao ano passado é inegável que PF tem muito mais alternativas (e com tempo de as trabalhar no estágio, o que sempre é importante) do que tinha o anterior treinador. Seguramente vai encontrar a fórmula correcta para repetir a nossa história de sucessos recentes.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
senhor Bruno, dá licença?
(O JOGO, 12-07-2013) |
Alguém me explica o que é que o FC Porto fez de ilícito, ou incorrecto, na contratação de Ghilas?
Por acaso, o FC Porto é parte integrante dos acordos verbais, ou escritos (pelos vistos mal feitos), entre o Moreirense e o sporting?
Que eu saiba, o FC Porto negociou com quem tinha de negociar – o clube que era detentor do passe (Moreirense) –, o qual não colocou qualquer objeção e, em paralelo, chegou a acordo com o jogador.
Às tantas, será que o FC Porto também tinha de pedir licença ao senhor Bruno? Por alma de quem?...
"Boa língua" espanhola
(jornal MARCA, Julho 2013) |
No mesmo órgão de comunicação social, português ou estrangeiro, pode haver jornalistas e artigos de "má língua" e de "boa língua".
O jornal MARCA, o maior diário desportivo espanhol e um dos principais jornais desportivos europeus, é um bom exemplo disso mesmo.
Etiquetas:
comunicação social,
imprensa estrangeira,
marca,
Pinto da Costa
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Má lingua colombiana
O que se diz na Colômbia.
Num programa de tertúlia futebolística na rádio Antena 2 da Colômbia, o debate entre alguns jornalistas desportivos centrou-se na situação financeira do FC Porto e na sua relação com os seus futebolistas colombianos. É dito abertamente que o FCP deve três meses de salários ao Jackson, motivo principal para não se ter formalizado uma renovação (que, imagino, deve ser para baixar a cláusula porque quem chegou há um ano não precisa de renovar a não ser que lhe tenha sido prometido), que essa situação tem travado as negociações com Quintero e, sobretudo, reforça-se a crítica ao FCP como um clube que vive de "terceiras partes".
A certa altura da conversa, um dos jornalistas em debate, explica que a nossa situação financeira se deve à ausência de entrada nos cofres de capitais das vendas espantosas realizadas porque o dinheiro é utilizado para pagar comissões e dívidas antigas (imagino que se esteja a referir o passivo, que não tem baixado, longe disso).
O agente do Jackson já veio desmentir os salários em atraso, mencionando problemas de agenda do Antero para começar a tratar da renovação. No entanto, é curioso saber que num país com o qual temos trabalhado bastante nos últimos anos (e onde parece que queremos continuar a trabalhar, daí o interesse em Quintero) exista esta impressão sobre o clube. Não sei quem são os jornalistas mas a emissora em causa, a RCN, é a mais importante do país e uma das mais ouvidas da América do Sul pelo que não é um espaço propriamente interessante para suportar publicidade negativa. Afinal, no espaço geográfico onde mais trabalhamos, que se passa essa mensagem é um aviso a navegantes que podem passar a olhar para o clube com outros olhos.
Resta saber se estas declarações foram feitas com um interesse particular por alguma parte envolvente em negócios com o clube, se existe algo de verdade nas acusações ou se se trata da mais pura especulação, tão habitual neste tipo de tertúlias. No entanto, tendo em consideração a gravidade do que é dito, o clube não devia ficar calado e torna-se forçoso redobrar esforços no sentido de estar atento a tudo o que se possa dizer sobre a nossa imagem como instituição numa zona onde temos sempre interesses de presente e futuro.
Num programa de tertúlia futebolística na rádio Antena 2 da Colômbia, o debate entre alguns jornalistas desportivos centrou-se na situação financeira do FC Porto e na sua relação com os seus futebolistas colombianos. É dito abertamente que o FCP deve três meses de salários ao Jackson, motivo principal para não se ter formalizado uma renovação (que, imagino, deve ser para baixar a cláusula porque quem chegou há um ano não precisa de renovar a não ser que lhe tenha sido prometido), que essa situação tem travado as negociações com Quintero e, sobretudo, reforça-se a crítica ao FCP como um clube que vive de "terceiras partes".
A certa altura da conversa, um dos jornalistas em debate, explica que a nossa situação financeira se deve à ausência de entrada nos cofres de capitais das vendas espantosas realizadas porque o dinheiro é utilizado para pagar comissões e dívidas antigas (imagino que se esteja a referir o passivo, que não tem baixado, longe disso).
O agente do Jackson já veio desmentir os salários em atraso, mencionando problemas de agenda do Antero para começar a tratar da renovação. No entanto, é curioso saber que num país com o qual temos trabalhado bastante nos últimos anos (e onde parece que queremos continuar a trabalhar, daí o interesse em Quintero) exista esta impressão sobre o clube. Não sei quem são os jornalistas mas a emissora em causa, a RCN, é a mais importante do país e uma das mais ouvidas da América do Sul pelo que não é um espaço propriamente interessante para suportar publicidade negativa. Afinal, no espaço geográfico onde mais trabalhamos, que se passa essa mensagem é um aviso a navegantes que podem passar a olhar para o clube com outros olhos.
Resta saber se estas declarações foram feitas com um interesse particular por alguma parte envolvente em negócios com o clube, se existe algo de verdade nas acusações ou se se trata da mais pura especulação, tão habitual neste tipo de tertúlias. No entanto, tendo em consideração a gravidade do que é dito, o clube não devia ficar calado e torna-se forçoso redobrar esforços no sentido de estar atento a tudo o que se possa dizer sobre a nossa imagem como instituição numa zona onde temos sempre interesses de presente e futuro.
O rapto da macaca
A propósito da notícia avançada sobre a eventual tentativa de rapto do Bruma pelos membros da Juve Leo (também já li nalgum sitio que podiam ser SD´s...chama-se contra-informação) vale a pena lembrar que apesar de alguns jornalistas tratarem estes casos como se tivesse descoberto um novo planeta, raptos no futebol é coisa que sempre houve. A ETA raptou Quini, então avançado do Barça, para impedir que os catalães ganhassem a liga que seria da Real Sociedad. O caso de Eusébio e do "rapto" do Benfica, rumo a praias algarvias, já fez correr rios e rios de tinta. Mas poucos se lembram do rapto mais sui generis da história do futebol. O rapto da macaca!
Conta a lenda que nos anos 40, as regulares visitas do Sporting dos Cinco Violinos ao Porto acabavam quase inevitavelmente em vitória por causa de uma macaca da sorte. Os leões estagiavam regularmente em Oliveira de Azeméis, antes dos jogos, e aí tinham uma macaca que era acarinhada pelos jogadores, passeada com a comitiva, enfim, uma espécie de amuleto habitual de superstições tão comuns àquela época. A lenda ultrapassou o espaço de concentração dos leões e chegou aos ouvidos da directiva do FCP, agora liderada por Sebastião Ferreira Mendes.
Desejoso de ferir o Sporting onde mais lhe podia doer, acabando com esse mito da invencibilidade, o dirigente azul e branco fez-se com a macaca e levou-a para o lar do jogador do FCP, então uma quinta em Fonte Vinha, onde passou a ser amuleto sim, mas dos dragões.
Foi dito e feito. Quando o Sporting soube do rapto da macaca (que mais tarde foi paga pelo clube ao seu dono verdadeiro, que não era o clube lisboeta) os jogadores reagiram mal, queixaram-se amargamente aos directivos e no jogo seguinte perderam no estádio do Lima. E continuaram a empatar e a perder.
De tal forma era o trauma da macaca, que os jogadores do FC Porto muitas vezes se metiam com os rivais em campo, contando-lhes como ia a macaca e como se lhes tinha afeiçoado a eles. O Sporting até deixou de estagiar no mesmo sítio, mudou-se para Santa Maria da Feira.
A história só podia acabar de uma forma.
A 4 de Outubro de 1959, no estádio das Antas, o Sporting lá conseguiu voltar a ganhar no Porto. Foi uma vitória bastante celebrada (1-4) e que aconteceu, pasme-se, no dia em que pela manhã, morria a macaca do qual nunca se soube o nome. Com ela acabou a maldição e durante os anos seguintes os resultados do FCP vs SCP continuaram a ser uma loteria sem assombração à vista.
Conta a lenda que nos anos 40, as regulares visitas do Sporting dos Cinco Violinos ao Porto acabavam quase inevitavelmente em vitória por causa de uma macaca da sorte. Os leões estagiavam regularmente em Oliveira de Azeméis, antes dos jogos, e aí tinham uma macaca que era acarinhada pelos jogadores, passeada com a comitiva, enfim, uma espécie de amuleto habitual de superstições tão comuns àquela época. A lenda ultrapassou o espaço de concentração dos leões e chegou aos ouvidos da directiva do FCP, agora liderada por Sebastião Ferreira Mendes.
Desejoso de ferir o Sporting onde mais lhe podia doer, acabando com esse mito da invencibilidade, o dirigente azul e branco fez-se com a macaca e levou-a para o lar do jogador do FCP, então uma quinta em Fonte Vinha, onde passou a ser amuleto sim, mas dos dragões.
Foi dito e feito. Quando o Sporting soube do rapto da macaca (que mais tarde foi paga pelo clube ao seu dono verdadeiro, que não era o clube lisboeta) os jogadores reagiram mal, queixaram-se amargamente aos directivos e no jogo seguinte perderam no estádio do Lima. E continuaram a empatar e a perder.
De tal forma era o trauma da macaca, que os jogadores do FC Porto muitas vezes se metiam com os rivais em campo, contando-lhes como ia a macaca e como se lhes tinha afeiçoado a eles. O Sporting até deixou de estagiar no mesmo sítio, mudou-se para Santa Maria da Feira.
A história só podia acabar de uma forma.
A 4 de Outubro de 1959, no estádio das Antas, o Sporting lá conseguiu voltar a ganhar no Porto. Foi uma vitória bastante celebrada (1-4) e que aconteceu, pasme-se, no dia em que pela manhã, morria a macaca do qual nunca se soube o nome. Com ela acabou a maldição e durante os anos seguintes os resultados do FCP vs SCP continuaram a ser uma loteria sem assombração à vista.
Bom ensaio na goleada !
Foi um jogo interessante e com boas indicações, quer colecitva quer individualmente, para início de época. Na primeira parte a equipa foi formada por: Danilo, Maicon, Ab, Alex, Lucho, Josué, Castro, Varela, Ghilas e Licá. Do primeiro tempo, realço o empenhamento e a pressão alta que Lucho comandou a preceito. O meio campo demorou um pouco a carburar e a encontrar espaços para criar perigo e chegar ao golo. A posse foi em alguns momentos atabalhoada e o passe nem sempre saiu com qualidade. Neste período, houve mais transpiração que imaginação, mas arrecadámos três golos (Varela, Ghilas e Castro) em função desse trabalho de sapa que abriu brechas na reforçada defesa do MVVM. Individualmente, destaco Alex Sandro que encheu o campo e o que mais me agradou de todos os que actuaram. Ghilas é um avançado que gosta de jogar no “espaço”. Talvez, por isso, tenha demorado um pouco a encaixar no esquema mais tradicional e de referência que é exigido a um avançado que joga no esquema habitual do 4X3X3. Subiu de rendimento, lutou, conseguiu fugir ás marcações, marcou um golo e assistiu Castro para o terceiro. Castro e Varela exibiram-se bem, Lucho comandou.
No segundo tempo, a equipa foi constituída por: Fucile, Otamendi, Mangala, Alex, Eduardo, Fernando, Defour, Kelvin, Martinez e Izmailov. A equipa movimentou-se melhor, a bola circulou de forma fluida e aconteceram mais jogadas interessantes e oportunidades de golo. Alex saiu, Kelvin funcionou como falso lateral esquerdo, enquanto Iturbe ocupava a ala direita. Após a saída de Eduardo, por incapacidade física,entrou Tiago que teve pormenores interessantes. A equipa passou a jogar com três defesas, e um duplo pivot (Defour e Fernando) o que não os limitou a pisar terrenos bem dentro do meio campo adversário. Foi mais animado este segundo tempo o que não admira, dada a maior qualidade e experiência dos jogadores que intervieram nesse período. O flanco direito foi menos utilizado e o jogo passou muito por Izmailov que teve muita bola, pois é um jogador muito inteligente tacticamente, quando para aí está virado. Os golos foram marcados por Martinez, Iturbe (gp )e Izmailov. Fucile confirmou algumas debilidades e Iturbe esteve tristonho.
Concluindo : foi um bom jogo para início de época e fico aguardar com expectativa os jogos que se seguem. Gostei de ver aquele ensaio com Kelvin a (falso) defesa esquerdo, o que promete alguma ousadia para vencer as equipas que jogam todos ao ataque fechadinhos lá atrás. Fabiano e Cadú foram os guarda redes utilizados.
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