“São duas lesões que nada têm em comum [Falcao lesionou-se em Paços de Ferreira, em meados de Dezembro, regressou em Janeiro frente à Naval e voltou a lesionar-se]. Amanhã [terça-feira] teremos um treino decisivo, mas o Falcao provavelmente estará disponível. E isso faz toda a diferença. Uma coisa é tê-lo na frente e tudo aquilo que ele proporciona com a sua qualidade individual, outra é ter a alternativa do Hulk ao centro.”
André Villas-Boas
Apesar dos elogios de circunstância ao Walter, que são compreensivos, é notório que o “bigorna” ainda não serve para os jogos a sério (em Barcelos voltou a demonstrar todas as sua limitações em termos de reacção, movimentação e rapidez de execução). Daí, que AVB venha recorrendo à alternativa do Hulk ao centro, mesmo que se depreenda das suas palavras de hoje não ser essa a solução que mais lhe agrada.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
O professor mestre e o aprendiz
As opiniões que se seguem são de um leigo de preparação física, recuperação física e coisas que tais, são opiniões de quem meramente vê futebol e gosta de ver futebol e que acha que há caminhos melhores que outros. (isto dito assim na 3ª pessoa até parece o Jardel a falar :-D)
Todos os anos todos os treinadores, falam em respeito pelo adversário e coisas que tal, mas há jogos em que não há volta a dar-lhe, há que gerir o plantel. E gerir o plantel tem dois objectivos: fazer descansar alguns jogadores e dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados.
Há aqueles com o professor mestre que acham que dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados é pô-los todos juntinhos a jogarem contra os Torreenses destas taças e mandá-los para o banco ou bancada no jogo seguinte, até à próxima eliminatória onde vão voltar a jogar todos juntinhos no mesmo 4-3-3 nem que o Guarín tenha de ser extremo direito.
O resultado desta visão, é que os jogadores sabem que são 2ªs escolhas, sabem que voltam à bancada, os jogos são pobres, ninguém se destaca, e assim o treinador está salvaguardado com o seu 11 habitual que joga no seu habitual 4-3-3, tem sempre a desculpa: deu-lhes uma oportunidade contra o Torreense e não a aproveitaram. Não largas vezes nos últimos anos ouvimos esta "desculpa".
Mas também há aqueles - mesmo que sejam aprendizes - que acham que dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados é manter uma base em qualquer jogo e em qualquer competição, e fazer 3-4 alterações. São menos a terem uma oportunidade, mas têm uma verdadeira oportunidade - no sentido de que jogam com os habituais titulares, entram numa equipa que tem rotinas - mas que também as molda para tirar o melhor partido dos jogadores, e se derem sinais positivos a seguir têm oportunidades nos jogos verdadeiramente importantes. Faz-se um gestão jogando, responsabilizando, mantendo um plantel envolvido e pronto a entrar em acção, nem que seja 20 minutos para mostrar a ambição e não dar sinais de conformismo.
Pegando, por exemplo, no James. Se hoje é uma alternativa credível, sê-lo-ia se nos jogos, em que teve as tais oportunidades, tivesse ao seu lado Mariano, Walter, Rúben, Souza, Ukra, Castro, ...? Eu sinceramente duvido.
Obviamente que nem tudo são rosas e às vezes podem surgir grandes contratempos, como a lesão do Rafa.
Eu como adepto, prefiro mil vezes que os nossos treinadores corram estes riscos, mas que tenham um plantel - no verdadeiro sentido da palavra - pronto a responder, do que não correr estes riscos e ver sempre os mesmos 11 a jogar, estejam ou não em forma. Sinceramente não acho que seja por acaso que o Mourinho, que pensa da mesma forma que o aprendiz - ou o contrário, tenha chegado onde chegou, mas que tenha sobretudo os jogadores sempre do seu lado.
Todos os anos todos os treinadores, falam em respeito pelo adversário e coisas que tal, mas há jogos em que não há volta a dar-lhe, há que gerir o plantel. E gerir o plantel tem dois objectivos: fazer descansar alguns jogadores e dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados.
Há aqueles com o professor mestre que acham que dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados é pô-los todos juntinhos a jogarem contra os Torreenses destas taças e mandá-los para o banco ou bancada no jogo seguinte, até à próxima eliminatória onde vão voltar a jogar todos juntinhos no mesmo 4-3-3 nem que o Guarín tenha de ser extremo direito.
O resultado desta visão, é que os jogadores sabem que são 2ªs escolhas, sabem que voltam à bancada, os jogos são pobres, ninguém se destaca, e assim o treinador está salvaguardado com o seu 11 habitual que joga no seu habitual 4-3-3, tem sempre a desculpa: deu-lhes uma oportunidade contra o Torreense e não a aproveitaram. Não largas vezes nos últimos anos ouvimos esta "desculpa".
Mas também há aqueles - mesmo que sejam aprendizes - que acham que dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados é manter uma base em qualquer jogo e em qualquer competição, e fazer 3-4 alterações. São menos a terem uma oportunidade, mas têm uma verdadeira oportunidade - no sentido de que jogam com os habituais titulares, entram numa equipa que tem rotinas - mas que também as molda para tirar o melhor partido dos jogadores, e se derem sinais positivos a seguir têm oportunidades nos jogos verdadeiramente importantes. Faz-se um gestão jogando, responsabilizando, mantendo um plantel envolvido e pronto a entrar em acção, nem que seja 20 minutos para mostrar a ambição e não dar sinais de conformismo.
Pegando, por exemplo, no James. Se hoje é uma alternativa credível, sê-lo-ia se nos jogos, em que teve as tais oportunidades, tivesse ao seu lado Mariano, Walter, Rúben, Souza, Ukra, Castro, ...? Eu sinceramente duvido.
Obviamente que nem tudo são rosas e às vezes podem surgir grandes contratempos, como a lesão do Rafa.
Eu como adepto, prefiro mil vezes que os nossos treinadores corram estes riscos, mas que tenham um plantel - no verdadeiro sentido da palavra - pronto a responder, do que não correr estes riscos e ver sempre os mesmos 11 a jogar, estejam ou não em forma. Sinceramente não acho que seja por acaso que o Mourinho, que pensa da mesma forma que o aprendiz - ou o contrário, tenha chegado onde chegou, mas que tenha sobretudo os jogadores sempre do seu lado.
domingo, 30 de janeiro de 2011
A FPF, o Estado e a FIFA
Devo começar por dizer que não tenho posição formada na bizantina questão em torno dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol. Mas muito se tem falado das possíveis consequências para o futebol português em termos da participação dos seus clubes e selecções nas provas internacionais se esses novos estatutos não forem aprovados.
Creio que o problema da FIFA residirá na questão da arbitragem e da disciplina, que segundo os regulamentos daquela organização parece que têm de estar sob a alçada das federações e não das ligas. Mas a discussão deste aspecto tem ofuscado outro, a meu ver bem mais grave à luz daqueles regulamentos. É que a FIFA ameaça de exclusão todo e qualquer país onde as autoridades futebolísticas se submetam à interferência governamental, e é isso, na minha opinião que está a passar-se. Que a arbitragem e a disciplina estejam sob a alçada da FPF por determinação da FIFA é uma coisa; que o estejam por determinação do governo português é outra completamente diferente, tal como o são as disposições dos novos estatutos acerca da composição das assembleias eleitorais da FPF.
Ou seja, ao legislar em matéria respeitante ao modo como o futebol se organiza, o Estado Português não só age, a meu ver, inconstitucionalmente, violando o princípio da liberdade de associação, como coloca a FPF na incómoda posição de se sujeitar aos ditames do poder político. Bem sei que os estatutos não são, aparentemente, de adesão obrigatória, apenas implicando a sua não aplicação a perda do estatuto de Utilidade Pública, mas isso não deixa de ser uma forma de pressão do poder político sobre o associativismo desportivo. Aliás, o Dr. Lourenço Pinto referiu-se a isso no rescaldo da Assembleia Geral de ontem, dizendo mesmo que poderia levantar a questão na UEFA e na FIFA.
Diga-se de passagem que já a recente redução do número de equipas nos campeonatos profissionais partira de iniciativa governamental, mais uma atitude abusiva e ilegítima do poder político, independentemente de ser caricato o governo de qualquer país se preocupar com esse aspecto da organização desportiva.
Finalmente, e noutro aspecto desta questão, a composição das assembleias eleitorais da FPF, com votos para enfermeiros, médicos e ex-dirigentes, entre outros, é do mais ridículo e corporativo que imaginar se possa, ainda para mais num país onde a organização corporativa do Estado foi oficialmente abolida faz no próximo dia 25 de Abril 37 anos.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Para a próxima levem juniores
André Villas-Boas apresentou hoje em Barcelos um onze inicial que não incluía: Helton, Sapunaru, Rolando, Álvaro Pereira, Fernando, Moutinho, Belluschi, James, Varela, Hulk e Falcao.
Importava gerir o plantel, poupando os que nas últimas semanas têm jogado mais vezes e dando minutos aos menos utilizados. Desse ponto de vista, foi positivo ver que, por exemplo, Mariano e Cristian Rodriguez já aguentam 90 minutos (embora disputados com baixa intensidade).
Contudo, durante a 2ª parte, André Villas-Boas colocou em campo três jogadores que têm sido titulares - Rafa, Moutinho e Hulk -, correndo um risco desnecessário, sem se perceber muito bem com que objectivos. E quis o destino que precisamente um desses jogadores se lesionasse com gravidade, sendo previsível que não volte a jogar esta época.
Sem Álvaro Pereira (que já teve duas lesões graves esta época), a quatro dias do jogo contra o slb ficamos também sem o seu substituto. É para isto que serve a Taça da Liga...
Razão tinha o Jesualdo, que além de aproveitar a Taça da Liga para rodar os menos utilizados, não hesitava em recorrer a alguns juniores que treinavam com a equipa principal (caso do Sérgio Oliveira).
P.S.1 Duas fantásticas assistências do Guarín nos golos do FC Porto. Para quem acha que ele é "só" cabedal e força, não está mal...
P.S.2 Walter voltou a mostrar por que razão é que, nos jogos a sério, André Villas-Boas opta por Hulk (colocando-o a jogar na posição 9) quando não tem Falcao.
Em lados opostos da barricada
“Foi a vitória do bom senso sobre o não bom senso, venceu de modo claro e inequívoco a razão contra a emoção e a legalidade e o direito contra a ilegalidade e o abuso de direito. Ficou claramente demonstrado que havia uma intromissão abusiva do secretário de Estado no movimento associativo português”
Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto
“Que todos raciocinem sobre o que está em cima da mesa e decidam livremente. Apenas fiz o que o comité dos presidentes me pediu para fazer. Eu não tenho medo de perder, com 70 por cento eu já ganhei. Mas, o que estamos a falar aqui não é o futuro do futebol português. O meu objetivo era tentar encontrar uma plataforma de entendimento, que fizesse ajustar os estatutos. De outra forma, não consigo vislumbrar a saída da situação em que vivemos”
Fernando Gomes, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional
Nesta guerra de poder (novos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol), estes dois portistas lideraram os dois blocos que se opuseram na Assembleia Geral extraordinária de hoje. Longe vão os tempos em que ambos se sentavam no camarote presidencial do Estádio do Dragão.
Números da semana (XV)
7 assistências de Hulk para golo nos jogos do campeonato.
8 jogos em que Falcao esteve ausente esta época devido a lesões (seis destes jogos foram no mês de Janeiro).
19 golos marcados por Hulk em 18 jogos no campeonato.
29 vitórias do FC Porto em 33 jogos oficiais disputados esta época.
50 euros é o custo do bilhete mais barato do jogo Sevilha x FC Porto para os adeptos portistas.
81 golos marcados (e 16 sofridos) pelo FC Porto nos jogos oficiais desta época.
125 euros é o custo do pacote mais barato para o Sevilha x FC Porto (viagem de autocarro mais o bilhete), nos programas oficiais que o clube tem à disposição dos sócios.
23212 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Nacional (campeonato, 20ª jornada).
8 jogos em que Falcao esteve ausente esta época devido a lesões (seis destes jogos foram no mês de Janeiro).
19 golos marcados por Hulk em 18 jogos no campeonato.
29 vitórias do FC Porto em 33 jogos oficiais disputados esta época.
50 euros é o custo do bilhete mais barato do jogo Sevilha x FC Porto para os adeptos portistas.
81 golos marcados (e 16 sofridos) pelo FC Porto nos jogos oficiais desta época.
125 euros é o custo do pacote mais barato para o Sevilha x FC Porto (viagem de autocarro mais o bilhete), nos programas oficiais que o clube tem à disposição dos sócios.
23212 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Nacional (campeonato, 20ª jornada).
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
A crítica da crítica
Tenho lido os artigos e os comentários do RP e percebo a indignação (em alguns casos), mas dar atenção aos Santos, Fedorentos e demais Manhosos é uma perda de tempo. Têm uma agenda, são do SLB, falam com a linguagem mais apreciada pela tribo e alguns receberão, provavelmente, encomendas e pedidos de que tiram bom proveito: reconhecimento e mordomias.
Nada que me possa admirar. Ficaria surpreendido se fosse diferente. Nesta altura, já não podem despir a camisola. Seria pior a emenda que o soneto. Aliás, quanto mais o FCP andar por cima, mais agressivos tenderão a ser.
Pelas nossas bandas, também ocorrem alguns excessos. Já li severas críticas de portistas, nomeadamente a Rui Moreira ou MST, só porque estes teimavam em manter-se independentes e, de vez em quando, remarem um pouco contra a maré. No início da época escrevi um artigo neste blog, de cariz pessimista, e alguns não perdoaram o meu cepticismo. Fui cilindrado.
Não creio que ao insulto se deva responder com o insulto. Quem aceita fazer ouvir-se (ou se apresenta para ser lido) publicamente, deve respeitar a audiência. A réplica que estes tipo de programas (ou escritos) proporcionam, ainda que tenha se ser contundente, deve ser feita lucidamente. Aos gritos ninguém se ouve. As permanentes insinuações e teorias da conspiração vulgarizam-se e perdem efeito. O melhor remédio é deixá-los cansar, (re)agir só em casos maiores e continuar a ganhar. E não seguir o método da chafurdagem.
Fala-se demasiado da arbitragem, que o deveria ser só por excepção. E a maior parte das vezes há alguma “batotice” na apreciação. Decidir depois do recurso a inúmeras repetições, imagens em câmara lenta, lentíssimas e paradas, de ângulo inverso, com linhas virtuais e olho de águia para encontrar a melhor filmagem para justificar o erro irreparável, é muito mais fácil para ajudar a avaliação do lance e, ainda assim, anima tanta diversidade em doutas opiniões.
Espanta-me como ex-árbitros alinham nessas apreciações casuísticas, pois a arbitragem não se deve reduzir ao que se passa dentro das grandes áreas. Reconheço, porém, que há casos especiais, como o do Paixão em Vila do Conde, que até teve alguns acertos no desacerto global. Todavia o que sobressaiu, foi a impressão que o homem apitou por impulso ou se deixou condicionar por o quer que seja. Campo Maior não beliscou, bem pelo contrário, a chegada a internacional. O erro compensa e sabemos como.
Quanto à comunicação social, pouco ou nada se pode nem deve fazer. Podemos protestar para fazer prova que não nos deixamos comer por lorpas. O direito à indignação há muito foi institucionalizado. Só que já apanhei justos e pecadores a recorrerem ao mesmo princípio. O futebol, então, é pródigo na apropriação desse direito, nomeadamente pelos donos da verdade que pululam pelo país e são vedetas na TV.
Tenho vindo a munir-me de maior paciência e evito assistir aos programas desportivos que se tornaram uma espécie de crónicas de escárnio e mal dizer, sem qualquer graça ou interesse, tudo demasiado déjà vu. O que conta e o que ganha é o que dá mais caneladas. Diga-se que quem ousar ter uma postura mais soft não será (provavelmente) tolerado pelos seus apaniguados. E, sendo assim, os programas correm sem surpresas, crispados e trazem pouco esclarecimento.
No passado fim de semana, vi a 2ª parte do jogo do VG/FCP (em basquetebol) e fiquei admirado com o relator/comentador do jogo: o professor Barroca que, em tempos, até foi treinador do FCP. O homem virou-se mesmo quando o VG mudou o sentido do jogo. O seu entusiasmo era tão sincero quanto o dos adeptos do VG; não assobiou os árbitros, mas suas críticas foram sempre contundentes quando erraram em benefício do FCP e, no fim, muito menos efusivo, reconhecia-se-lhe alguma desilusão porque o FCP acabou por ganhar, depois de recuperar de sete pontos de desvantagem. Um profissional, que não saiba controlar as emoções, os seus amores e os seus ódios de estimação, não presta um bom serviço. É o que temos e o Barroca está longe de ser intragável, como muitos outros. Sabe e gosta muito de basquete e lê, normalmente, bem os jogos. No futebol é bem pior, diga-se. Num jogo da CL que o SLB perdeu, ao comentador, antigo jogador do SLB, só lhe faltou chorar.
Tenho acompanhado as intervenções de AVB, nomeadamente na TV, e fiquei com muitas dúvidas sobre a oportunidade de algumas declarações, por considerar que estaria a dar demasiada atenção a JJ. Depois de ter lido o Querido Manha fico com muitas dúvidas acerca das minhas dúvidas.
Constato que a vantagem de AVB decorre do facto de tomar a iniciativa, comandar o jogo e aos outros de reagirem (de forma grosseira e pouco inteligente), para logo a seguir os desarmar, recolocando na ordem do dia a competição e a qualidade do FCP, sem escamotear que este SLB é o melhor da década.
As palavras são como as cerejas e já me estendi. Palavras, palavras, futebol à parte. A saga continua, para a semana. Força Porto.
Nada que me possa admirar. Ficaria surpreendido se fosse diferente. Nesta altura, já não podem despir a camisola. Seria pior a emenda que o soneto. Aliás, quanto mais o FCP andar por cima, mais agressivos tenderão a ser.
Pelas nossas bandas, também ocorrem alguns excessos. Já li severas críticas de portistas, nomeadamente a Rui Moreira ou MST, só porque estes teimavam em manter-se independentes e, de vez em quando, remarem um pouco contra a maré. No início da época escrevi um artigo neste blog, de cariz pessimista, e alguns não perdoaram o meu cepticismo. Fui cilindrado.
Não creio que ao insulto se deva responder com o insulto. Quem aceita fazer ouvir-se (ou se apresenta para ser lido) publicamente, deve respeitar a audiência. A réplica que estes tipo de programas (ou escritos) proporcionam, ainda que tenha se ser contundente, deve ser feita lucidamente. Aos gritos ninguém se ouve. As permanentes insinuações e teorias da conspiração vulgarizam-se e perdem efeito. O melhor remédio é deixá-los cansar, (re)agir só em casos maiores e continuar a ganhar. E não seguir o método da chafurdagem.
Fala-se demasiado da arbitragem, que o deveria ser só por excepção. E a maior parte das vezes há alguma “batotice” na apreciação. Decidir depois do recurso a inúmeras repetições, imagens em câmara lenta, lentíssimas e paradas, de ângulo inverso, com linhas virtuais e olho de águia para encontrar a melhor filmagem para justificar o erro irreparável, é muito mais fácil para ajudar a avaliação do lance e, ainda assim, anima tanta diversidade em doutas opiniões.
Espanta-me como ex-árbitros alinham nessas apreciações casuísticas, pois a arbitragem não se deve reduzir ao que se passa dentro das grandes áreas. Reconheço, porém, que há casos especiais, como o do Paixão em Vila do Conde, que até teve alguns acertos no desacerto global. Todavia o que sobressaiu, foi a impressão que o homem apitou por impulso ou se deixou condicionar por o quer que seja. Campo Maior não beliscou, bem pelo contrário, a chegada a internacional. O erro compensa e sabemos como.
Quanto à comunicação social, pouco ou nada se pode nem deve fazer. Podemos protestar para fazer prova que não nos deixamos comer por lorpas. O direito à indignação há muito foi institucionalizado. Só que já apanhei justos e pecadores a recorrerem ao mesmo princípio. O futebol, então, é pródigo na apropriação desse direito, nomeadamente pelos donos da verdade que pululam pelo país e são vedetas na TV.
Tenho vindo a munir-me de maior paciência e evito assistir aos programas desportivos que se tornaram uma espécie de crónicas de escárnio e mal dizer, sem qualquer graça ou interesse, tudo demasiado déjà vu. O que conta e o que ganha é o que dá mais caneladas. Diga-se que quem ousar ter uma postura mais soft não será (provavelmente) tolerado pelos seus apaniguados. E, sendo assim, os programas correm sem surpresas, crispados e trazem pouco esclarecimento.
No passado fim de semana, vi a 2ª parte do jogo do VG/FCP (em basquetebol) e fiquei admirado com o relator/comentador do jogo: o professor Barroca que, em tempos, até foi treinador do FCP. O homem virou-se mesmo quando o VG mudou o sentido do jogo. O seu entusiasmo era tão sincero quanto o dos adeptos do VG; não assobiou os árbitros, mas suas críticas foram sempre contundentes quando erraram em benefício do FCP e, no fim, muito menos efusivo, reconhecia-se-lhe alguma desilusão porque o FCP acabou por ganhar, depois de recuperar de sete pontos de desvantagem. Um profissional, que não saiba controlar as emoções, os seus amores e os seus ódios de estimação, não presta um bom serviço. É o que temos e o Barroca está longe de ser intragável, como muitos outros. Sabe e gosta muito de basquete e lê, normalmente, bem os jogos. No futebol é bem pior, diga-se. Num jogo da CL que o SLB perdeu, ao comentador, antigo jogador do SLB, só lhe faltou chorar.
Tenho acompanhado as intervenções de AVB, nomeadamente na TV, e fiquei com muitas dúvidas sobre a oportunidade de algumas declarações, por considerar que estaria a dar demasiada atenção a JJ. Depois de ter lido o Querido Manha fico com muitas dúvidas acerca das minhas dúvidas.
Constato que a vantagem de AVB decorre do facto de tomar a iniciativa, comandar o jogo e aos outros de reagirem (de forma grosseira e pouco inteligente), para logo a seguir os desarmar, recolocando na ordem do dia a competição e a qualidade do FCP, sem escamotear que este SLB é o melhor da década.
As palavras são como as cerejas e já me estendi. Palavras, palavras, futebol à parte. A saga continua, para a semana. Força Porto.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
É muita fruta...
No último 'Trio de Ataque', a reboque do penalty que João Ferreira assinalou (e bem!) no Beira Mar x FC Porto, António-Pedro Vasconcelos trazia uma cábula acerca dos penalties a favor dos azuis-e-brancos tendo, inclusivamente, sido esse o tema do deu 'Fundo'. O objectivo do representante do slb foi óbvio: pressionar os árbitros, claro, salientando que os dragões já tinham marcado seis golos no campeonato através de grandes penalidades. "É muita fruta", afirmou o cineasta indignado.
Ora, se seis golos de penalty em 18 jornadas "é muita fruta", que dizer dos três que o mesmíssimo João Ferreira assinalou a favor do slb num só jogo?
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Penalties
Ao ritmo de Hulk
O FC Porto defrontou hoje a única equipa que até agora o conseguiu vencer esta época, o Nacional da Madeira. Temíamos o implacável atacante Anselmo. E se ele viesse mais uma vez ao Dragão marcar golos? Ele que esteve para sair por empréstimo para o Leixões mas depois de marcar duas vezes ao FC Porto foi resgatado(!) e hoje foi titular. Frente ao slb, na Luz, falhou todas as oportunidades flagrantes de que dispôs. Adiante.
Logo aos 4 minutos Hulk inaugurou o marcador (de cabeça!) e lançou o FC Porto para um jogo mais tranquilo. No entanto a primeira parte foi fértil em passes errados e insegurança na nossa defesa que já não se entende. Os nossos adversários já perceberam que se pressionarem à saída da nossa grande área nos criam muitas dificuldades e evitam que a equipa saia a jogar como está rotinada. Depois, na fase seguinte de construção, o nosso meio campo não parece estar a funcionar como convém, com Belluschi a atravessar uma fase menos conseguida e mesmo Fernando e Moutinho abaixo daquilo que normalmente fazem.
Aos 34 minutos, contudo, o Incrível arranca em contra-ataque pela esquerda e fuzila Bracalli para o 2-0. Quando a equipa parece adormecida e insegura o Incrível aparece, repentino, e resolve os jogos. É, neste momento, o jogador mais valioso do plantel e um dos melhores avançados do Mundo. Nunca se cansa, joga sempre 90 minutos, raramente se lesiona. Não admira que o slb tenha apostado tudo na época passada para o afastar do campo. Ainda antes do intervalo o nosso super-herói assistiu James de calcanhar para o melhor golo da noite. O miúdo teve toda a calma e picou a bola por cima do guarda-redes do Nacional.
Com os 2 golos de hoje Hulk soma 19 na Liga igualando o argentino Messi do Barcelona!
Na segunda parte o FC Porto jogou melhor mas não marcou. Os passes começaram a sair bem e pudemos assistir a boas trocas de bola no ataque. Hulk atirou à trave, de cabeça, Maicon falhou na cara do guarda-redes e Rodriguez marcou um golo que foi anulado por suposta falta atacante. E já chega. Por agora assista às ajudas descaradas ao slb, num campo de futebol perto de si!
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
A isenção da RTP (IV)
A RTP perdeu a vergonha (a pouca que ainda lhe restava) e tornou-se no veículo oficial de informação da máquina de propaganda benfiquista. Ontem transmitiu em directo e por várias horas a "Gala Eusébio" e substituiu-se, assim, à BenficaTV mas em canal aberto e subsidiada por todos os contribuintes. Foi ver os jurássicos e os saudosos do Regime a dar vivas ao glorioso-dos-anos-sessenta-e-um-sessenta-e-dois.
Isto sim é serviço público de televisão.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A "explicação" de Vítor Pereira
Eu pensei que o árbitro auxiliar do Académica x slb (que validou o golo da vitória dos encarnados) era cego mas, afinal, foram problemas de comunicação... Ufa, que já estou mais descansado...
Um nervosismo manhoso
«Há qualquer coisa de esotérico na gestão emocional do Benfica, que parece comandado à distância, como uma marioneta, pelo jovem prestidigitador Villas-Boas. Sempre que algum facto encosta o FC Porto à parede, como o enésimo penálti salvador de Aveiro, o pelotão de pés-de-microfone embevece com a criatividade do jovem ex-candidato a jornalista.»
João Querido Manha
in record.pt, 25/01/2011
Estavam eles (os do costume) já a afiar as facas para passarem a semana aos berros, com a ladainha de que o FC Porto teria sido favorecido pela arbitragem e o “graúdo” zás, espeta uma galheta num jogador do Nacional! E, ainda por cima, fê-lo à frente de toda a gente (menos dos quatro árbitros, dos delegados da Liga e da polícia, que estavam no estádio mas não viram nada…).
Como se não bastasse ter desviado as atenções mediáticas, a agressão de Jesus fez também ressuscitar (por paralelismo) a forma vergonhosa como foram tratados os casos do Sapunaru, Hulk e Vandinho. E pior, deu azo a que André Villas-Boas brilhasse perante os microfones, mandando mais uns recados para os lados da Luz. Porra, que foi mesmo um tiro nos pés!
Perante isto, é humano e perfeitamente normal que a frustração invada esta gente. Manha, querido, como eu te compreendo…
Que grande paixão!
"Eu sou sério e pareço sério. Apetece-me dizer tanta coisa... O que mais me custou foi ver os jogadores, foi uma tristeza enorme, foi a pior situação que vivi no Rio Ave. Esta é a única profissão que tenho. Só vivo do futebol. Tenho mulher, tenho filhos, tenho família. Amanhã vou passear e sem medo de nada.
Que vou dizer o que mais deste jogo? Havia gente a chorar seriamente no balneário. Tenho a certeza absoluta que se isto se passasse numa outra circunstância, não seria assim. Não foi um jogo benéfico para tudo o que é o futebol. Se eu soubesse que amanhã é o fim do mundo, outro galo cantaria.
Fui agressivo na forma como exteriorizei o sentimento, e eu nunca me queixei do árbitro por coisa nenhuma. No intervalo fui bem expulso. Mas foi a única coisa boa que o Bruno Paixão fez este jogo. As pessoas às vezes costumam dizer ah, e tal, é um gajo porreiro. Gajo porreiro sou eu, e de vez em quando..."
Carlos Brito, 22/01/2011
Luís Sobral escreveu no site Maisfutebol, que Bruno Paixão não engana mas, conforme referiu Fernando Santos no O Jogo, as consequências da sua actuação não se cingem ao Rio Ave x Vitória Guimarães:
«O que se passou ontem em Vila do Conde, sem nenhuma culpa do Vitória de Guimarães, note-se, é só mais um capítulo vergonhoso assinado por Bruno Paixão. A anormalidade não está no facto de ter havido onze cartões amarelos, três penáltis, três jogadores expulsos do Rio Ave - e a que se somou também a do treinador Carlos Brito, o qual, não sendo feito de ferro, teve a hombridade de considerar justa a sua expulsão. O problema reside, sim, nas péssimas decisões tomadas por Bruno Paixão e acólitos, as quais ditaram um balanço assim, e do qual não são dissociáveis dois pormaiores: a influência no resultado final e, nada de subalternizar, a diminuição da equipa de Vila do Conde para o jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal a disputar quarta-feira. O Benfica dispensaria, por certo, o anátema de estar a ser beneficiado por antecipação…»
in O Jogo, 23/01/2011
P.S.1 De acordo com o que Jorge Coroado escreveu, Bruno Paixão era um adepto capaz de chorar quando os encarnados da Luz não venciam. Que grande paixão!
P.S.2 Está agendada para hoje uma conferência de imprensa de Vítor Pereira para fazer o balanço das arbitragens desde a 11ª à 17ª jornada. Para além desta "maravilhosa" actuação de Bruno Paixão que, penso, será incontornável, estou curioso de ouvir a opinião do patrão dos árbitros acerca da arbitragem do Sporting x FC Porto, bem como, que explicação terá para a validação do golo que deu a vitória ao slb no jogo de Coimbra.
Que vou dizer o que mais deste jogo? Havia gente a chorar seriamente no balneário. Tenho a certeza absoluta que se isto se passasse numa outra circunstância, não seria assim. Não foi um jogo benéfico para tudo o que é o futebol. Se eu soubesse que amanhã é o fim do mundo, outro galo cantaria.
Fui agressivo na forma como exteriorizei o sentimento, e eu nunca me queixei do árbitro por coisa nenhuma. No intervalo fui bem expulso. Mas foi a única coisa boa que o Bruno Paixão fez este jogo. As pessoas às vezes costumam dizer ah, e tal, é um gajo porreiro. Gajo porreiro sou eu, e de vez em quando..."
Carlos Brito, 22/01/2011
Luís Sobral escreveu no site Maisfutebol, que Bruno Paixão não engana mas, conforme referiu Fernando Santos no O Jogo, as consequências da sua actuação não se cingem ao Rio Ave x Vitória Guimarães:
«O que se passou ontem em Vila do Conde, sem nenhuma culpa do Vitória de Guimarães, note-se, é só mais um capítulo vergonhoso assinado por Bruno Paixão. A anormalidade não está no facto de ter havido onze cartões amarelos, três penáltis, três jogadores expulsos do Rio Ave - e a que se somou também a do treinador Carlos Brito, o qual, não sendo feito de ferro, teve a hombridade de considerar justa a sua expulsão. O problema reside, sim, nas péssimas decisões tomadas por Bruno Paixão e acólitos, as quais ditaram um balanço assim, e do qual não são dissociáveis dois pormaiores: a influência no resultado final e, nada de subalternizar, a diminuição da equipa de Vila do Conde para o jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal a disputar quarta-feira. O Benfica dispensaria, por certo, o anátema de estar a ser beneficiado por antecipação…»
in O Jogo, 23/01/2011
P.S.1 De acordo com o que Jorge Coroado escreveu, Bruno Paixão era um adepto capaz de chorar quando os encarnados da Luz não venciam. Que grande paixão!
P.S.2 Está agendada para hoje uma conferência de imprensa de Vítor Pereira para fazer o balanço das arbitragens desde a 11ª à 17ª jornada. Para além desta "maravilhosa" actuação de Bruno Paixão que, penso, será incontornável, estou curioso de ouvir a opinião do patrão dos árbitros acerca da arbitragem do Sporting x FC Porto, bem como, que explicação terá para a validação do golo que deu a vitória ao slb no jogo de Coimbra.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
E contudo a cara move-se
A propósito do Record ter titulado que “Jesus deu chapada em Luís Alberto”, o gabinete de comunicação dos encarnados veio desmentir a existência da chapada num comunicado publicado no site oficial do slb, onde se podia ler:
“Desconhecemos, ou preferimos desconhecer, as motivações desta manobra. Temos a certeza que os responsáveis do jornal não poderão concordar com semelhante distorção e aguardamos que o bom senso prevaleça e que o jornal Record, na sua edição de amanhã, se retrate perante a adulteração do que foi escrito na página 13 e o que resulta da capa do jornal.”
Pois, não houve chapada, não se passou nada, o Sol anda à volta da Terra... E contudo, a cara (do jogador do Nacional) move-se...
Desta vez o alvo foi o Record, mas na semana passada tinha sido a SportTv:
«O director de comunicação do Benfica, João Gabriel, lançou críticas a uma alegada falta de isenção dos profissionais da Sport TV destacados para a cobertura do jogo [Académica x slb]. “Se está relacionado com o processo negocial em curso, a Sport TV está no caminho errado. Os espectadores deveriam ouvir comentários isentos e imparciais”, sustentou.»
in O Jogo, 17/01/2011
Esta gente anda desesperada e, por isso, não hesitam em pressionar e até fazem ameaças veladas, tentando condicionar a comunicação social. O problema é que as poucas vergonhas são tantas, dentro e fora dos relvados, que já começa a ser difícil escondê-las todas.
Um penalty (in)discutível
"Hulk antecipou a grande penalidade, perspectivando o que poderia suceder. Tocou na bola, saltou e dobrou as pernas, deixando-se cair. Iludiu o árbitro, e este deixou-se iludir. A haver advertência, ela seria para Hulk por simulação."
Jorge Coroado
"André Marques, ao rodar e já de costas, com a sua perna direita rasteira Hulk dentro da área. Grande penalidade bem assinalada e advertência correcta."
Pedro Henriques
"Ainda que mantenha algumas dúvidas, André Marques terá rasteirado Hulk com o seu calcanhar direito. É certo que Hulk já se havia projectado, mas o movimento de André Marques tem tanto de imprudente quanto de desnecessário. Valeu a ajuda do árbitro assistente Pais António."
Paulo Paraty
"Grande penalidade inequívoca, pois André Marques rasteirou Hulk."
José Leirós
Ouvindo (lendo) a opinião destes quatro ex-árbitros, três deles (75%) entendem que o árbitro do Beira Mar x FC Porto ajuizou bem ao assinalar a grande penalidade. O irónico da situação é que, desta vez, os benfiquistas estão em desacordo com o Paulo Paraty.
P.S. Luís Filipe Vieira não gostou da arbitragem do João "pode ser o João" Ferreira? Paciência...
Fotos: www.fotosdacurva.com
domingo, 23 de janeiro de 2011
Não se passou nada...
«O árbitro Rui Costa não mencionou no seu relatório qualquer ocorrência disciplinar gravosa que tenha ocorrido no final do jogo Benfica-Nacional pelo simples facto de que não viu uma eventual agressão, ou tentativa de agressão, do treinador Jorge Jesus ao jogador Luís Alberto.»
in abola.pt
«Os incidentes no final da partida entre Benfica e Nacional, para a Liga Zon Sagres, não constam do relatório do árbitro Rui Costa, segundo apurou Record. O técnico encarnado, Jorge Jesus, e o jogador Luís Alberto (Nacional) desentenderam-se no final da respetiva partida, mas o juiz portuense não registou nenhuma incidência no seu relatório.»
in record.pt
«Após o apito final do jogo, que terminou com a vitória dos encarnados por 4-2, o treinador do Benfica e um jogador do Nacional envolveram-se em desacatos. As imagens dão a entender que Jesus afasta Luís Alberto, mas no relatório do árbitro portuense não há qualquer referência ao incidente.»
in Correio da Manhã
Eu pensei que tinha visto uma agressão do treinador do slb a um jogador do Nacional, mas devo ter visto mal, porque segundo a verdade oficial não se passou nada...
É esta a moral, ética e verdade desportiva que os benfiquistas apregoam.
Enfim, mais um caso, a juntar a tantos outros, de manipulação descarada dos factos a favor do clube do regime.
P.S. Aguardam-se as reacções dos "isentos" comentadores encarnados, especialistas em regulamentos e incidentes em túneis.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Vitória sofrida
Hulk no lugar de Falcao; Varela no lugar de Hulk; James no lugar de Varela. Se houvesse uma alternativa credível para o Falcao, talvez André Villas-Boas não tivesse que fazer tantas mudanças. Mesmo assim, os dragões criaram oportunidades suficientes para não ser preciso sofrer até ao último minuto, mas hoje a percentagem de acerto na baliza foi muito baixa.
Destaco a concentração e coesão defensiva do FC Porto, apenas com algumas fragilidades pelo lado do Rafa. Não me lembro de uma única oportunidade de golo clara por parte do Beira Mar.
Pela negativa, sobressaiu a total incapacidade dos azuis-e-brancos em criarem perigo a partir de lances de bola parada (só cantos foram uns 11 ou 12, todos completamente inofensivos).
Chego ao fim deste jogo com a convicção reforçada de que é urgente a recuperação do Falcao, de modo a que André Villas-Boas volte a ter à sua disposição o trio Hulk, Falcao e Varela a 100% e a jogarem nas posições onde mais rendem.
P.S. Estando em Portugal, o Lucho foi a Aveiro assistir ao jogo. Gostei de ver.
De volta ao "local do crime"
"Os antecedentes do árbitro [João Ferreira] são infelizes. [Para além da situação do túnel da Luz], a Supertaça também não foi uma arbitragem feliz. O jogo traduziu-se na vitória do FC Porto [2-0 ao Benfica], mas a outra equipa foi beneficiada. A preponderância da equipa de arbitragem não foi muito explorada, agora queremos acreditar que se mostrará competente e fará um bom trabalho. A nomeação está efectuada, apesar de não me parecer lógica."
André Villas-Boas, 21/01/2011
Com Falcao de novo lesionado, veremos qual a solução de ataque que AVB irá adoptar no Beira Mar x FC Porto de hoje. Mas, uma semana depois, voltou a desfazer-se o trio de ataque - Hulk, Falcao e Varela - mais eficaz deste campeonato.
Para "compensar", Vítor Pereira entendeu nomear João Ferreira, que assim volta ao "local do crime". Veremos como vai ser desta vez o critério disciplinar...
André Villas-Boas, 21/01/2011
Com Falcao de novo lesionado, veremos qual a solução de ataque que AVB irá adoptar no Beira Mar x FC Porto de hoje. Mas, uma semana depois, voltou a desfazer-se o trio de ataque - Hulk, Falcao e Varela - mais eficaz deste campeonato.
Para "compensar", Vítor Pereira entendeu nomear João Ferreira, que assim volta ao "local do crime". Veremos como vai ser desta vez o critério disciplinar...
Números da semana (XIV)
6 jogos em que Falcao esteve ausente esta época devido a lesões (quatro destes jogos foram no mês de Janeiro).
16 é o número de jogos em que Hulk, Varela e Falcao foram titulares em simultâneo esta época (11 no campeonato, um na Supertaça e quatro na Liga Europa).
19 golos marcados por Falcao esta época (em todas as competições).
53 golos marcados por Falcao em uma época e meia no FC Porto.
199 jogos já disputados por Helton na Liga Portuguesa (a estreia foi a 23 de Março de 2003, num Académica x União de Leiria).
16618 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Beira Mar (Taça da Liga, 2ª jornada).
16997,97 euros foi a multa aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga à SAD do FC Porto, devido ao apedrejamento ao autocarro do slb, na penúltima jornada da Liga portuguesa da época passada.
33109 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Naval (campeonato, 16ª jornada).
16 é o número de jogos em que Hulk, Varela e Falcao foram titulares em simultâneo esta época (11 no campeonato, um na Supertaça e quatro na Liga Europa).
19 golos marcados por Falcao esta época (em todas as competições).
53 golos marcados por Falcao em uma época e meia no FC Porto.
199 jogos já disputados por Helton na Liga Portuguesa (a estreia foi a 23 de Março de 2003, num Académica x União de Leiria).
16618 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Beira Mar (Taça da Liga, 2ª jornada).
16997,97 euros foi a multa aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga à SAD do FC Porto, devido ao apedrejamento ao autocarro do slb, na penúltima jornada da Liga portuguesa da época passada.
33109 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Naval (campeonato, 16ª jornada).
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
De mandatário a presidente da FPF?
Em 29 de Setembro de 2010, o Record anunciou a intenção do presidente da câmara de Sintra em se candidatar à liderança da FPF.
Uns dias depois, em entrevista à Antena 1, Luís Filipe Vieira confirmava que o seu mandatário nas últimas eleições do slb seria o candidato apoiado pelo clube do regime:
“O Benfica não indicou ninguém [para a presidência da FPF]. Aquilo que penso que poderá vir a suceder é Fernando Seara candidatar-se. Fernando Seara terá de certeza o apoio do Benfica, mas também de outros clubes, visto ser uma pessoa seríssima e consensual”
Confrontado com este cenário, Pinto da Costa afirmou o seguinte (entrevista a O Jogo, publicada em 25/12/2010):
[O Jogo]: Fala-se de eleições para a FPF. Ainda recentemente se falava na hipótese de Fernando Seara avançar com Octávio Machado. Tem seguido essa corrida?
[Pinto da Costa]: Não tenho, não. Acho que o presidente da Federação deve ter passado no futebol, obra feita no futebol. Ouvi há dias alguém dizer do doutor Fernando Seara que é um homem do futebol. Não sei onde jogou, não sei onde treinou, não sei que clube dirigiu. Não sei se ir para a televisão falar de árbitros já define um homem de futebol. Se for assim, proponho o Eduardo Barroso para vice-presidente, que ele também fala tanto de árbitros como o Seara. Mas o presidente deve ser uma pessoa com passado e obra no futebol. E isenta. E quando digo isenta, é equidistante dos clubes. Alguém que assume as posições do Benfica contra os outros, um indivíduo que é mandatário de campanha do presidente de um clube, acho que esse indivíduo não tem os requisitos de isenção para desempenhar o cargo de presidente da FPF.
E finalmente…
«Fernando Seara vai anunciar na próxima segunda-feira que é candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Ao que o CM apurou, o anúncio será feito no programa ‘Zona de Decisão’ da Benfica TV. Na resposta a uma pergunta do apresentador, Luís Lemos, Seara diz que se candidata, se “houver alterações dos estatutos da FPF, de acordo com o actual regime jurídico das federações”.
Tal como o CM já noticiou, o presidente da Câmara de Sintra conta com Octávio Machado e Gilberto Madaíl na sua lista. O ‘Palmelão’ fica com o pelouro das selecções nacionais, enquanto o actual líder federativo transitaria para a presidência da mesa da assembleia geral.»
in Correio da Manhã, 21/01/2011
O sentido de oportunidade de Fernando Seara é notável. De facto, a confirmar-se esta notícia do diário da Cofina dirigido por Octávio Ribeiro, o mandatário de Vieira não podia arranjar melhor local para anunciar a sua candidatura à presidência da FPF. E já nem disfarçam, é tudo à descarada, tal como fizeram com a recente contratação do melhor defesa-central do Olhanense na tarde do próprio jogo.
Como a arbitragem vai sair da Liga e voltar para a Federação, é preciso preparar o “assalto” aos lugares na Praça da Alegria, com a colocação de homens de confiança. Só me surpreende que os saudosos Cunha Leal e Ricardo Costa não integrem a lista de Seara, mas a escolha do Octávio não é mal vista…
Já agora, se for eleito, Fernando Seara irá deixar a câmara de Sintra? É que quando Valentim Loureiro acumulava a presidência da câmara de Gondomar com a presidência da Liga, isso era motivo para fortes críticas da comunicação social.
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Luís Filipe Vieira
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Sacrifício, atitude, superação ... mais nada!
Kléber, avançado brasileiro que esteve muito perto de se tornar reforço do F.C. Porto, não chegou a acordo relativamente à duração do contrato e remuneração, pelo que voltou para o Brasil. Dessa ex-transferência deu o FCP conhecimento à CMVM em 1 de Fevereiro de 2010. Em vez dele, na abertura do mercado em Janeiro da época transacta, contratámos Ruben Micael, centro campista, que pertencia ao Nacional da Madeira: custou cerca de €3 milhões (por 60% do passe). Ficará ligado ao FC Porto nas próximas quatro épocas.
A sequela Kléber (actualmente no Palmeiras de Scolari) continuou no Verão passado, agora numa versão mais jovem: Kléber de 20 anos, que foi lançado na época passada na equipa principal do Marítimo pelo técnico holandês Mitchell Van der Gaag, tendo sido o melhor marcador daquela equipa no campeonato, com oito golos. O FCP negociou com o Atlético de Minas Gerais, detentor do passe, a transferência e acordou as respectivas condições. Como o atleta tinha um termo contratual com o Marítimo, válido até ao final da época 2010/11, a sua vinda para o FCP ficou prejudicada e sem efeito, porque as partes não chegaram a acordo.
Para colmatar a saída de Farias e a desistência por parte do FCP da opção Kléber, a SAD foi às compras, tendo contratado Walter ao Clube Atlético Rentista por 6,24m€ por 75% do passe, tendo o atleta assinado um contrato por 5 anos e com uma cláusula de rescisão de 30m€.
O FCP para esta época investiu mais de 30m€ (incluo Souza, cujo custo não estou certo ter caído no RC de 2009/10), o que é bastante significativo e muito contribui para que seja nosso o maior orçamento para a temporada de 2010/11.
Apesar da forte aposta da SAD do FCP, o Público de 19 do corrente refere que: “Apesar dos Dragões terem recorrido em força ao mercado, João Moutinho é uma espécie de ilha na utilização que AVB dá aos jogadores contratados para a temporada 2010/11”. Creio que o nível de investimento feito no Verão passado, associado a uma provável maior dificuldade de aceder ao crédito bancário, indiciam que só iremos a compras se vendermos alguém, nesta abertura de mercado.
Salvio e Iturtbe são notícias para entreter o pessoal. Vejo o FCP a perder alguma agilidade para intervir no mercado, nomeadamente o interno. Será impressão minha ou prudência da SAD? Ao invés, o SLB parece liderar essa capacidade de intervenção, talvez porque tenha mesmo reforçado as suas reservas petrolíferas. Mexe-se, agita, compra e toma a iniciativa. Devemos ficar atentos.
O FCP vai confrontar-se nesta 2ª volta com uma série de dificuldades,nomeadamente os 3 jogos com o SLB, os dezasseis-avos da Liga Europa com um adversário muito complicado e ... todos os demais. Se o núcleo duro de jogadores da equipa base não estiver em boa forma, e se Fucile e CRodriguez (duas pedras base para a indispensável rotação) não atingirem o seu melhor nível, a equipa pode tremer. As segundas linhas não dão garantias sólidas, em alguns sectores chave. Precisamos de nos reforçar nesta abertura do mercado. Mariano está sem ritmo, Álvaro e Falcão vão estar indisponíveis, em momentos importantes. As lesões uma ameaça.
AVB, ao contrário de Mourinho, não suscitou fantasmas, não fez ameaças, nem exigências. Está a agir bem. Passa confiança ao grupo. Tenho a certeza que o reforço do plantel, está na sua agenda e que a SAD não o ignora.
Vamos ter calma e fé que a nossa direcção nos surpreenda pelas melhores razões, ou será que o pedido de unidade que PdC pediu, servia para funcionar como um pré-aviso das dificuldades que iríamos ter e que teríamos de saber superar, nesta 2ª volta. Todos, sem excepção. Com sacrifício, atitude, superação, do topo à base. Mais nada.
A sequela Kléber (actualmente no Palmeiras de Scolari) continuou no Verão passado, agora numa versão mais jovem: Kléber de 20 anos, que foi lançado na época passada na equipa principal do Marítimo pelo técnico holandês Mitchell Van der Gaag, tendo sido o melhor marcador daquela equipa no campeonato, com oito golos. O FCP negociou com o Atlético de Minas Gerais, detentor do passe, a transferência e acordou as respectivas condições. Como o atleta tinha um termo contratual com o Marítimo, válido até ao final da época 2010/11, a sua vinda para o FCP ficou prejudicada e sem efeito, porque as partes não chegaram a acordo.
Para colmatar a saída de Farias e a desistência por parte do FCP da opção Kléber, a SAD foi às compras, tendo contratado Walter ao Clube Atlético Rentista por 6,24m€ por 75% do passe, tendo o atleta assinado um contrato por 5 anos e com uma cláusula de rescisão de 30m€.
O FCP para esta época investiu mais de 30m€ (incluo Souza, cujo custo não estou certo ter caído no RC de 2009/10), o que é bastante significativo e muito contribui para que seja nosso o maior orçamento para a temporada de 2010/11.
Apesar da forte aposta da SAD do FCP, o Público de 19 do corrente refere que: “Apesar dos Dragões terem recorrido em força ao mercado, João Moutinho é uma espécie de ilha na utilização que AVB dá aos jogadores contratados para a temporada 2010/11”. Creio que o nível de investimento feito no Verão passado, associado a uma provável maior dificuldade de aceder ao crédito bancário, indiciam que só iremos a compras se vendermos alguém, nesta abertura de mercado.
Salvio e Iturtbe são notícias para entreter o pessoal. Vejo o FCP a perder alguma agilidade para intervir no mercado, nomeadamente o interno. Será impressão minha ou prudência da SAD? Ao invés, o SLB parece liderar essa capacidade de intervenção, talvez porque tenha mesmo reforçado as suas reservas petrolíferas. Mexe-se, agita, compra e toma a iniciativa. Devemos ficar atentos.
O FCP vai confrontar-se nesta 2ª volta com uma série de dificuldades,nomeadamente os 3 jogos com o SLB, os dezasseis-avos da Liga Europa com um adversário muito complicado e ... todos os demais. Se o núcleo duro de jogadores da equipa base não estiver em boa forma, e se Fucile e CRodriguez (duas pedras base para a indispensável rotação) não atingirem o seu melhor nível, a equipa pode tremer. As segundas linhas não dão garantias sólidas, em alguns sectores chave. Precisamos de nos reforçar nesta abertura do mercado. Mariano está sem ritmo, Álvaro e Falcão vão estar indisponíveis, em momentos importantes. As lesões uma ameaça.
AVB, ao contrário de Mourinho, não suscitou fantasmas, não fez ameaças, nem exigências. Está a agir bem. Passa confiança ao grupo. Tenho a certeza que o reforço do plantel, está na sua agenda e que a SAD não o ignora.
Vamos ter calma e fé que a nossa direcção nos surpreenda pelas melhores razões, ou será que o pedido de unidade que PdC pediu, servia para funcionar como um pré-aviso das dificuldades que iríamos ter e que teríamos de saber superar, nesta 2ª volta. Todos, sem excepção. Com sacrifício, atitude, superação, do topo à base. Mais nada.
Sevilha FC ao raio x (III)
A nível interno, o Sevilha disputa as mesmas competições que dois colossos do futebol mundial – Barcelona e Real Madrid – os quais, nas últimas épocas, cavaram um enorme fosso para os restantes clubes, tornando impossível que outras equipas sonhem com a conquista do campeonato espanhol. Apesar desta limitação, analisando o percurso do Sevilha nas últimas cinco épocas, verifica-se que está recheado de títulos:
Taça do Rei: 2006/07, 2009/10
Supertaça de Espanha: 2007/08
Taça UEFA: 2005/06, 2006/07
Supertaça Europeia: 2006/07
Seis títulos (!), com particular destaque para a época 2006/07, a melhor época de sempre do Sevilha FC, com as conquistas da Supertaça Europeia, Taça UEFA e Taça de Espanha. No conjunto, sobressai o desempenho europeu desta equipa andaluza. Nas últimas cinco épocas, quantos clubes ganharam três provas europeias?
P.S.1 Se no último jogo para o campeonato o Sevilha perdeu em casa com o Espanhol (1-2), três dias depois, para a Taça do Rei, recebeu e goleou por 3-0 o Villarreal (actual 3º classificado) na segunda "mão" dos quartos de final. Nas últimas oito temporadas, esta é sexta presença do Sevilha nas meias finais da Taça do Rei, competição de que são os detentores do troféu.
P.S.2 Sem aspirações no campeonato, parece-me claro que o Sevilha aposta tudo na Taça do Rei e na Liga Europa.
Taça do Rei: 2006/07, 2009/10
Supertaça de Espanha: 2007/08
Taça UEFA: 2005/06, 2006/07
Supertaça Europeia: 2006/07
Seis títulos (!), com particular destaque para a época 2006/07, a melhor época de sempre do Sevilha FC, com as conquistas da Supertaça Europeia, Taça UEFA e Taça de Espanha. No conjunto, sobressai o desempenho europeu desta equipa andaluza. Nas últimas cinco épocas, quantos clubes ganharam três provas europeias?
(Taça UEFA 2006/07)
(Taça do Rei 2009/10, Final Sevilha x Atletico Madrid)
P.S.1 Se no último jogo para o campeonato o Sevilha perdeu em casa com o Espanhol (1-2), três dias depois, para a Taça do Rei, recebeu e goleou por 3-0 o Villarreal (actual 3º classificado) na segunda "mão" dos quartos de final. Nas últimas oito temporadas, esta é sexta presença do Sevilha nas meias finais da Taça do Rei, competição de que são os detentores do troféu.
P.S.2 Sem aspirações no campeonato, parece-me claro que o Sevilha aposta tudo na Taça do Rei e na Liga Europa.
Poupar golos para sábado
Ora eu, ao contrário de muitos, gosto da Taça da Liga, posso discordar principalmente do calendário, da falta de um prémio desportivo, mas é uma competição pela qual os clubes deviam ter mais respeito. Para testes e experimentações já bastava a liga intercalar e teve o fim que teve.
Infelizmente o futebol português, debate-se primeiro por uma falta de competitividade constante, por falta de verdadeiros jogos que levem os adeptos aos estádios, e depois pela falta de dinheiro. Ora se existirem mais jogos entre as principais equipas, mais pessoas vão aos estádios, mas receitas há de TV, mais patrocinadores existem, mais dinheiro há para os clubes. E é com competições como a taça de liga que o conseguiremos fazer em Portugal. Não respeitem os patrocinadores e os adeptos e depois digam que não há dinheiro para pagar o plano Mateus.
Posto isto é importante que se realce, que embora ache que é importante dar o melhor na taça da liga, esta é um prova secundária, assim como o são a taça de Portugal e a supertaça. Os principais objectivos anuais devem ser o campeonato e os oitavos (no mínimo) da liga dos campeões (sim eu sei que não estamos lá, mas este ano é a excepção) . Vale mais uma presença nos oitavos da LC que uma taça da liga (ou de Portugal).
Assim sendo, o jogo era para ganhar e para marcar tantos quanto fosse possível.
Objectivo cumprido na 1ª parte, a gestão de plantel faz-se assim - basta não meter o Sereno - esta foi mázinha, eu sei. ;-)
Na 2ª parte, ou se mantinha o ritmo e se marcavam mais 3, ou se começava a preparar o jogo de sábado, optou-se e bem pela 2ª hipótese, por isso ainda não foi desta que vimos o "Bigorna" elevar-se mais de 10 cm do relvado.
E os Super Dragões a fazerem jus ao:
Infelizmente o futebol português, debate-se primeiro por uma falta de competitividade constante, por falta de verdadeiros jogos que levem os adeptos aos estádios, e depois pela falta de dinheiro. Ora se existirem mais jogos entre as principais equipas, mais pessoas vão aos estádios, mas receitas há de TV, mais patrocinadores existem, mais dinheiro há para os clubes. E é com competições como a taça de liga que o conseguiremos fazer em Portugal. Não respeitem os patrocinadores e os adeptos e depois digam que não há dinheiro para pagar o plano Mateus.
Posto isto é importante que se realce, que embora ache que é importante dar o melhor na taça da liga, esta é um prova secundária, assim como o são a taça de Portugal e a supertaça. Os principais objectivos anuais devem ser o campeonato e os oitavos (no mínimo) da liga dos campeões (sim eu sei que não estamos lá, mas este ano é a excepção) . Vale mais uma presença nos oitavos da LC que uma taça da liga (ou de Portugal).
Assim sendo, o jogo era para ganhar e para marcar tantos quanto fosse possível.
Objectivo cumprido na 1ª parte, a gestão de plantel faz-se assim - basta não meter o Sereno - esta foi mázinha, eu sei. ;-)
Na 2ª parte, ou se mantinha o ritmo e se marcavam mais 3, ou se começava a preparar o jogo de sábado, optou-se e bem pela 2ª hipótese, por isso ainda não foi desta que vimos o "Bigorna" elevar-se mais de 10 cm do relvado.
E os Super Dragões a fazerem jus ao:
Quando sobes ao relvado
Terás sempre a curva a teu lado
90 minutos sem parar de cantar
Nós vivemos para te amarAssim fazem sentido as claques.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Poupar titulares, dar minutos aos outros
(onze inicial do FC Porto x Nacional, Taça da Liga, 02/01/2011)
“Não me importo de perder todos os jogos na Taça da Liga”
Pinto da Costa, 08/01/2011
“A Taça da Liga não é uma prioridade para o Beira-Mar”
Leonardo Jardim, 17/01/2011
Conforme já aqui escrevi, a Taça da Liga é a competição dos 3 S - sem história, sem prestigio e sem interesse competitivo. Acresce a isto que o prémio monetário para o vencedor é baixo, sendo inclusivamente um valor menor que o da Taça da Portugal (na época 2008/09, o vencedor da “Taça Lucílio Baptista” recebeu um total de 349 mil euros, o que corresponde a cerca de 0,37% do orçamento que a FCP SAD aprovou para esta época – 94,7 milhões de euros).
Para que serve então a Taça da Liga? Tal como defendi em anos anteriores, na minha perspectiva a Taça da Liga deve ser aproveitada para testar/avaliar jogadores, ensaiar novas soluções sectoriais e dar minutos aos jogadores novos e/ou menos utilizados. Ora, se em condições normais já tem sido assim, esta época há ainda o facto do FC Porto ter um calendário sobrecarregado de jogos nas próximas semanas, o qual inclui uma provável meia-final com o slb para a Taça de Portugal, uma deslocação a Braga e dois jogos com o Sevilha. Por tudo isto, seria um risco desnecessário (em termos físicos e disciplinares) jogar nesta competição com mais titulares do que aqueles que o regulamento impõe.
Assim, para o FC Porto x Beira Mar de hoje, eu pouparia todos os habituais titulares (pelo menos de início). Nesta lógica, usando como ponto de partida a equipa que jogou contra o Nacional (ver foto), faria quatro alterações e alinharia com o seguinte onze: Kieszek, Fucile, Maicon, Sereno, Rafa, Fernando, Souza, Rúben Micael, Mariano, Walter e James.
P.S.1 Não me importo nada que haja outra final “instituição” x “calimeros” e, na impossibilidade do árbitro ser o Lucilio Baptista, sugiro desde já a nomeação do João Ferreira, Bruno Paixão ou Elmano. Com um bocadinho de sorte, voltaríamos a ter motivos para acesa polémica entre os verdinhos e os vermelhuscos…
P.S.2 Há menos de 72 horas entre o final do FC Porto x Beira Mar de hoje e o Beira Mar x FC Porto do próximo Sábado, altura em que as duas equipas se irão voltar a defrontar para 17.ª jornada da Liga.
P.S.3 Se nem para a Taça da Liga é convocado, parece nítido que Ukra é uma carta fora do baralho de André Villas-Boas.
Foto: www.fotosdacurva.com
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
SMS do dia - CXX
Parece que há uma votação para a melhor equipa de sempre, com os seguintes candidatos:
– Hungria de 1954
– Real Madrid de 1960
– Benfica de 1962
– Manchester United de 1968
– Brasil de 1970
– Holanda de 1974
– Bayern de 1975
– Liverpool de 1978
– Brasil de 1982
– Argentina de 1986
– Milan de 1989
– Barcelona de 1994
– França de 2000
– FC Porto de 2004
– Barcelona de 2010
Podem votar no site http://www.abola.pt/melhorequipa/
Nota de edição: qualquer equipa da lista acima que esteja em evidência deverá ser considerado erro de formatação.
– Hungria de 1954
– Real Madrid de 1960
– Benfica de 1962
– Manchester United de 1968
– Brasil de 1970
– Holanda de 1974
– Bayern de 1975
– Liverpool de 1978
– Brasil de 1982
– Argentina de 1986
– Milan de 1989
– Barcelona de 1994
– França de 2000
– FC Porto de 2004
– Barcelona de 2010
Podem votar no site http://www.abola.pt/melhorequipa/
Nota de edição: qualquer equipa da lista acima que esteja em evidência deverá ser considerado erro de formatação.
Viver o Porto além fronteiras
Por António Silva
Actualmente, um portista da diáspora depara-se com poucas dificuldades no contacto com o clube. A distância física, como é óbvio, impede que se vá ao estádio e o horário dos jogos, particularmente para os emigrantes portistas em terras do Novo Mundo, dificulta o visionamento dos mesmos. Mas louva-se a facilidade de se adquirir o sinal da RTPi, TVI e SportTV que facilita o acompanhamento do clube, tanto para os jogos como para os programas de debate televisivo.
Mas não foi sempre assim. Recordo-me da minha infância, quando o meu pai, emigrante portista em Toronto nos anos 70, se via obrigado a ir à rua Augusta à hora do jogo, para ouvir o relato providenciado pela Portuguese Bookstore. Formava-se uma multidão enorme à porta da livraria (quase tudo benfiquistas, enfim) que tinha uma telefonia de ondas curtas e punham os altifalantes à porta. Depois do jogo o meu pai ia ao bilhar do Tivoli e discutia os jogos com a malta que se entretinha a ler o jornal A Bola da quinta-feira anterior. Tenho vivo na minha memória as tertúlias que se formavam na Barbearia do David (curiosamente mais portistas que outra coisa, mas posso estar a ser vítima de memoria selectiva).
Era assim que um emigrante português no Canadá sofria com o seu clube (qualquer clube diga-se de passagem) nos anos 70 e 80. Jogos televisionados? Nenhuns. Resumos dos jogos? Zero. Jornais? Só passados três ou quatro dias. É bem possível que muitos pudessem ouvir em casa o relato numa rádio de ondas curtas, mas presumo que muitos optavam pelo convívio (mesmo em dias de neve) no passeio em frente à Papelaria.
Embora tivesse um pai portista não me tinha interessado por futebol e só viria a tornar-me portista quando fui viver para a Figueira da Foz, em 1981. Era até bastante incomum haver putos da minha geração que se interessassem por futebol enquanto viviam em terras estranhas. Hoje esse fenómeno é cada vez mais raro. Com a facilidade de acompanhamento dos jogos pela televisão há um interesse cada vez maior. Mas não deixa de ser curioso que me lembre de ver um Benfica – Partizan Belgrado na companhia do meu pai: fomos ver esse jogo porque a chegada de qualquer clube Português era tamanha raridade que isso, só por si, era razão suficiente. Ver o Benfica não teve qualquer efeito sobre mim, não me pegou o bichinho da lampionagem (nem o meu pai iria permitir isso).
Quanto à década de 80 eu não tenho testemunho de como um português radicado no Canadá se desenrascava para acompanhar o seu futebol, mas as dificuldades seriam exactamente as mesmas que havia nos anos 70 (e 60 diga-se de passagem). No entanto, estive cá numas férias de Verão em 1988 e lembro-me do meu irmão me ter mandado uma carta (sim, escrita em papel e endereçada num envelope) a avisar-me que o Porto tinha roubado o Rui Águas ao Benfica!
Os anos 80 e 90 vivi-os em Portugal portanto o meu testemunho é nulo. Cheguei ao Canadá em 1999 e fiquei completamente espantado com a facilidade que tive em ver a final Manchester United – Bayern Munique para a Liga dos Campeões. A minha experiência como adepto portista radicado no Canada em pleno século XXI é, de certa forma, uma experiência positiva. Não me sinto a leste do que se passa, vejo os jogos todos (mais por stream mas isso é por opção própria), saco jogos pela internet se for preciso, leio os diários, os blogs, participo(ava) em fóruns do Porto. A única coisa que realmente me falta é ir ao Dragão. O convívio com outros portistas, ou adeptos portugueses de futebol, é algo que evito embora a cerca de 100 metros de minha casa devo ter pelo menos quatro cafés portugueses. Aliás, os últimos jogos que vi num café foram o FC Porto 3 – Benfica 2 e o FC Porto 1 – Nacional 0 (jogo do tetra), ambos no mesmo café e rodeado de lampiões.
A única porcaria que me chateia é o horário das terças, quartas e quintas-feiras europeias. Aí não vejo quase nenhum, acompanho no trabalho e vou com muita sorte. Nem sequer pude ver o FC Porto 3 – Monaco 0, tinha acabado de começar um trabalho novo, pensei em simular uns sintomas febris mas, quando vi que o meu supervisor (também ele portista) não tirou folga nessa tarde, vi logo que estava com um azar do caneco.
Nota final: O 'Reflexão Portista' agradece ao António Silva a elaboração deste artigo.
Actualmente, um portista da diáspora depara-se com poucas dificuldades no contacto com o clube. A distância física, como é óbvio, impede que se vá ao estádio e o horário dos jogos, particularmente para os emigrantes portistas em terras do Novo Mundo, dificulta o visionamento dos mesmos. Mas louva-se a facilidade de se adquirir o sinal da RTPi, TVI e SportTV que facilita o acompanhamento do clube, tanto para os jogos como para os programas de debate televisivo.
Mas não foi sempre assim. Recordo-me da minha infância, quando o meu pai, emigrante portista em Toronto nos anos 70, se via obrigado a ir à rua Augusta à hora do jogo, para ouvir o relato providenciado pela Portuguese Bookstore. Formava-se uma multidão enorme à porta da livraria (quase tudo benfiquistas, enfim) que tinha uma telefonia de ondas curtas e punham os altifalantes à porta. Depois do jogo o meu pai ia ao bilhar do Tivoli e discutia os jogos com a malta que se entretinha a ler o jornal A Bola da quinta-feira anterior. Tenho vivo na minha memória as tertúlias que se formavam na Barbearia do David (curiosamente mais portistas que outra coisa, mas posso estar a ser vítima de memoria selectiva).
Era assim que um emigrante português no Canadá sofria com o seu clube (qualquer clube diga-se de passagem) nos anos 70 e 80. Jogos televisionados? Nenhuns. Resumos dos jogos? Zero. Jornais? Só passados três ou quatro dias. É bem possível que muitos pudessem ouvir em casa o relato numa rádio de ondas curtas, mas presumo que muitos optavam pelo convívio (mesmo em dias de neve) no passeio em frente à Papelaria.
Embora tivesse um pai portista não me tinha interessado por futebol e só viria a tornar-me portista quando fui viver para a Figueira da Foz, em 1981. Era até bastante incomum haver putos da minha geração que se interessassem por futebol enquanto viviam em terras estranhas. Hoje esse fenómeno é cada vez mais raro. Com a facilidade de acompanhamento dos jogos pela televisão há um interesse cada vez maior. Mas não deixa de ser curioso que me lembre de ver um Benfica – Partizan Belgrado na companhia do meu pai: fomos ver esse jogo porque a chegada de qualquer clube Português era tamanha raridade que isso, só por si, era razão suficiente. Ver o Benfica não teve qualquer efeito sobre mim, não me pegou o bichinho da lampionagem (nem o meu pai iria permitir isso).
Quanto à década de 80 eu não tenho testemunho de como um português radicado no Canadá se desenrascava para acompanhar o seu futebol, mas as dificuldades seriam exactamente as mesmas que havia nos anos 70 (e 60 diga-se de passagem). No entanto, estive cá numas férias de Verão em 1988 e lembro-me do meu irmão me ter mandado uma carta (sim, escrita em papel e endereçada num envelope) a avisar-me que o Porto tinha roubado o Rui Águas ao Benfica!
Os anos 80 e 90 vivi-os em Portugal portanto o meu testemunho é nulo. Cheguei ao Canadá em 1999 e fiquei completamente espantado com a facilidade que tive em ver a final Manchester United – Bayern Munique para a Liga dos Campeões. A minha experiência como adepto portista radicado no Canada em pleno século XXI é, de certa forma, uma experiência positiva. Não me sinto a leste do que se passa, vejo os jogos todos (mais por stream mas isso é por opção própria), saco jogos pela internet se for preciso, leio os diários, os blogs, participo(ava) em fóruns do Porto. A única coisa que realmente me falta é ir ao Dragão. O convívio com outros portistas, ou adeptos portugueses de futebol, é algo que evito embora a cerca de 100 metros de minha casa devo ter pelo menos quatro cafés portugueses. Aliás, os últimos jogos que vi num café foram o FC Porto 3 – Benfica 2 e o FC Porto 1 – Nacional 0 (jogo do tetra), ambos no mesmo café e rodeado de lampiões.
A única porcaria que me chateia é o horário das terças, quartas e quintas-feiras europeias. Aí não vejo quase nenhum, acompanho no trabalho e vou com muita sorte. Nem sequer pude ver o FC Porto 3 – Monaco 0, tinha acabado de começar um trabalho novo, pensei em simular uns sintomas febris mas, quando vi que o meu supervisor (também ele portista) não tirou folga nessa tarde, vi logo que estava com um azar do caneco.
Nota final: O 'Reflexão Portista' agradece ao António Silva a elaboração deste artigo.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
A isenção da RTP (III)
O jornalista Carlos Daniel, que é agora o principal responsável editorial da RTP Porto, anda empolgado com as prestações recentes do seu clube, o slb. O Jornal de Tarde de 14/01/2011 fez uma peça em que releva o facto do slb já levar uma série impressionante de 5 vitórias consecutivas na Liga (agora 6! com a preciosa ajuda do Grande Elmano), tendo até regressado às goleadas. A "máquina destruidora" da época passada voltou. Carlos Daniel até se lembrou de ouvir a interessantíssima opinião do seu amigo cineasta subsídio-dependente com quem prepara meticulosamente o programa Trio d'Ataque. Disse o cineasta que, "shem factorezzz externozzz, o benfica vai sher campeão pois sherá muito difíchil perder pontozzz na shegunda volta". Realmente com arbitragens como a de ontem de Elmano Santos será difícil o slb perder pontos. Seria deste tipo de "factores externos" que António-Pedro Vasconcelos se estaria a referir?
O Grande Elmano (II)
Ontem o slb foi a Coimbra vencer a Académica por 1-0 com um golo duplamente ilegal. Aos 19 minutos de jogo, após livre de Cardozo, o Saviola em claro fora-de-jogo e com o braço desvia a bola para dentro da baliza. O assistente que “não viu” o fora-de-jogo chama-se Sérgio Serrão. Este nome ainda vai dar que falar – o rapaz promete.
Aos 35 minutos o academista Pape Sow é expulso por entrada intempestiva sobre Cardozo. Porém, minutos antes, Elmano Santos mandou seguir o lance depois de uma cotovelada de Airton sobre um meio campista da Académica, que ficou tombado no chão à espera de assistência. Dualidade de critérios ao melhor nível do Grande Elmano (à descarada).
Nos pasquins desportivos lisboetas de hoje é dado grande ênfase a dois supostos penalties não marcados a favor do slb. Sejamos claros: o primeiro foi um mergulho do Coentrão para a piscina e o segundo foi um lance de mão na bola. E mão na bola nunca é penalty, pelo menos na opinião desses pasquins. Ah, perdão: nunca é penalty mas só se a equipa beneficiária for o FC Porto!
Como todos sabemos que Octávio Ribeiro, o director do Correio da Manhã, publicação do Grupo Cofina, não é um homem intelectualmente desonesto, vamos esperar (sentados) que comente a escandalosa arbitragem de Elmano Santos ontem, em Coimbra, no jogo que opôs a Académica ao slb. Recorde-se que na ressaca do jogo FC Porto x Setúbal o director do Correio da Manhã escreveu um artigo a que chamou “O Grande Elmano”. Para relembrar os mais desatentos, Elmano marcou um penalty contra o FC Porto no último minuto do jogo, que daria o empate, e mandou o jogador do Setúbal repetir sendo que, à segunda, o avançado falhou o penalty, o que deve ter deixado o fígado do Octávio Ribeiro em muito más condições.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Sem dar trunfos aos adversários
Bastam simples instantes para se traçar um rumo favorável a um jogo que podia tornar-se “chato”. Apesar do domínio da partida e da boa circulação de bola imprimida, o FC Porto tardava em fazer adiantar o marcador, desperdiçando pelo meio situações de finalização prometedoras. A rapidez de Fucile na execução de um lançamento lateral apanhou os jogadores da Naval a olhar para a bola errada, permitindo o desequilíbrio com que Varela ajudou Falcao a construir o 1º golo azul e branco.
A interpretação da Lei do jogo por parte da equipa de arbitragem é irrepreensível. A inteligência com que os comandados de Villas-Boas aproveitaram a desconcentração dos homens oriundos da Figueira da Foz ainda melhor. E mais claro se tornou a perturbação causada no seio da equipa da Naval, quando pouco mais de um minuto depois Hulk voltava a “balançar” as redes à guarda de Salin, concluído com êxito uma combinação iniciada por Belluschi e Falcao.
Num ápice o encontro ficara resolvido, para sossego da, por hora, muito agitada e estranhamente intranquila massa adepta portista. Ilusórias dificuldades, que poderiam ter sido esfumadas em alguns períodos antes, não fosse o instinto perdulário de Varela vir ao de cima, ou de suceder uma das raras indefinições de Falcao na hora de atirar ao alvo. Incidências normais de um jogo que muitos não têm estofo para arcar com elas, isto a julgar pelos assobios desregulados.
O caminho da tranquilidade espraiou-se definitivamente logo ao chegar do 2º tempo. Depois de uma acção ofensiva com perigo dos homens de Mozer. Helton lançou Hulk rapidamente para a cara do golo – contando pelo meio com a preciosa colaboração Orestes – a finalização saiu a preceito. Neste item o Incrível não tem brincado em serviço.
Tácticas, posicionamentos, organizações e movimentações. O manual do futebolês é por estes dias mais rico que nunca, mas nele ainda não encontramos aquilo que faz os homens interpretar esse domínio das novas palavras da bola, tal como a concentração e discernimento. Factores decisivos que nos levaram hoje à vitória.
P.S.: Ó Fucile?!? Lá voltaste tu às cagadas do costume, né?
A interpretação da Lei do jogo por parte da equipa de arbitragem é irrepreensível. A inteligência com que os comandados de Villas-Boas aproveitaram a desconcentração dos homens oriundos da Figueira da Foz ainda melhor. E mais claro se tornou a perturbação causada no seio da equipa da Naval, quando pouco mais de um minuto depois Hulk voltava a “balançar” as redes à guarda de Salin, concluído com êxito uma combinação iniciada por Belluschi e Falcao.
Num ápice o encontro ficara resolvido, para sossego da, por hora, muito agitada e estranhamente intranquila massa adepta portista. Ilusórias dificuldades, que poderiam ter sido esfumadas em alguns períodos antes, não fosse o instinto perdulário de Varela vir ao de cima, ou de suceder uma das raras indefinições de Falcao na hora de atirar ao alvo. Incidências normais de um jogo que muitos não têm estofo para arcar com elas, isto a julgar pelos assobios desregulados.
O caminho da tranquilidade espraiou-se definitivamente logo ao chegar do 2º tempo. Depois de uma acção ofensiva com perigo dos homens de Mozer. Helton lançou Hulk rapidamente para a cara do golo – contando pelo meio com a preciosa colaboração Orestes – a finalização saiu a preceito. Neste item o Incrível não tem brincado em serviço.
Tácticas, posicionamentos, organizações e movimentações. O manual do futebolês é por estes dias mais rico que nunca, mas nele ainda não encontramos aquilo que faz os homens interpretar esse domínio das novas palavras da bola, tal como a concentração e discernimento. Factores decisivos que nos levaram hoje à vitória.
P.S.: Ó Fucile?!? Lá voltaste tu às cagadas do costume, né?
Fotos: uefa.com
Os 22 golos de Hulk
(infografia Record, 15/01/2011)
Números da semana (XIII)
0,81 é a média de golos por jogo marcados por Hulk esta época (22 golos em 27 jogos).
2,4 é a média de golos marcados pelo FC Porto nos 15 jogos da primeira volta da Liga 2010/11.
4 cartões amarelos têm, nesta altura, Helton, Álvaro Pereira, Guarín, Belluschi e Hulk, colocando-os “à bica” para atingirem o 5º cartão e serem suspensos um jogo.
9 pontos a mais tem o FC Porto comparativamente com igual jornada da época passada.
43 cartões (41 amarelos e 2 vermelhos) foram mostrados a jogadores do FC Porto na primeira volta do campeonato.
244 faltas assinaladas a jogadores do FC Porto na 1ª volta do campeonato (199 faltas a jogadores das equipas adversárias).
15512 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Pinhalnovense (Taça de Portugal).
26706 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Marítimo (15ª jornada).
E, na semana em que recebeu o prémio FIFA/France Football para o melhor treinador de 2010, os números de Mourinho são (clique na imagem para ampliar)…
2,4 é a média de golos marcados pelo FC Porto nos 15 jogos da primeira volta da Liga 2010/11.
4 cartões amarelos têm, nesta altura, Helton, Álvaro Pereira, Guarín, Belluschi e Hulk, colocando-os “à bica” para atingirem o 5º cartão e serem suspensos um jogo.
9 pontos a mais tem o FC Porto comparativamente com igual jornada da época passada.
43 cartões (41 amarelos e 2 vermelhos) foram mostrados a jogadores do FC Porto na primeira volta do campeonato.
244 faltas assinaladas a jogadores do FC Porto na 1ª volta do campeonato (199 faltas a jogadores das equipas adversárias).
15512 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Pinhalnovense (Taça de Portugal).
26706 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Marítimo (15ª jornada).
E, na semana em que recebeu o prémio FIFA/France Football para o melhor treinador de 2010, os números de Mourinho são (clique na imagem para ampliar)…
(infografia do PÚBLICO, 23/09/2010)
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sábado, 15 de janeiro de 2011
A escola do FC Porto
A propósito da atitude de Mossoró, devido a ter sido substituído por Hélder Barbosa aos 37 minutos, Domingos afirmou:
"Vou contar com aqueles que querem, aqueles que vão lá para dentro e dão tudo para ajudar a equipa e o clube a ganhar. Isto de sair aos 35... uma vez [no FC Porto] o Artur Jorge meteu-me a 10 minutos do final e tirou-me a cinco. Tive de aceitar e serviu-me de lição para o resto da carreira, que durou 19 anos."
Dragon Seat ou comprar jogo a jogo?
Olhando para a tabela de preços da época 2010/11 (clique na imagem ao lado para a ampliar) é indiscutível que fica mais barato comprar um Dragon Seat, se a pessoa for ao estádio ver os jogos todos, ou quase todos. Por exemplo, o preço base de um lugar anual para a Bancada D é 175 ou 225 euros, consoante abrange apenas os 15 jogos do campeonato ou também os da Liga Europa (até à fase das eliminatórias). Para os mesmos desafios, quem preferir comprar jogo a jogo terá de gastar 210 ou 266 euros (19 jogos vezes 14 euros). E se estivermos a falar na renovação do lugar anual, os valores são ainda mais favoráveis, porque existe um desconto de fidelização em relação ao preço base.
Evidentemente, a forma como o estádio foi segmentado em bancadas (de A a H), permite que seja comprado um bilhete para uma bancada e se assista ao jogo numa bancada melhor. Por exemplo, comprar bilhete para a bancada E ou C e assistir ao jogo num lugar vazio da bancada D ou B (bancadas cujos lugares são mais centrais e mais caros). Não sei quantas pessoas fazem isto, mas sendo possível é algo que introduz distorção nas contas anteriores, reduzindo, ou anulando, as diferenças entre as duas modalidades de aquisição (lugar anual fixo ou jogo a jogo).
Contudo, a questão de comprar ou não um lugar anual não se cinge ao preço. O que fazer quando se tem um lugar anual, os lugares à volta estão todos vendidos e se quer levar alguém connosco (familiar ou amigo) para assistir a um jogo?
O Pedro Vale já falou sobre este cenário aqui e propôs uma solução que me parece fazer todo o sentido. “A solução lógica para esta situação é permitir que um sócio com lugar anual mude de lugar para poder ir para perto dos seus convidados. Quando fosse comprar os bilhetes para os seus convidados, o sócio poderia requisitar a alteração do seu lugar (alteração válida exclusivamente para esse jogo) para outro lugar”. Eu acrescento que se o novo lugar fosse de uma bancada mais cara, o sócio pagaria a diferença de preço e, para evitar que a excepção se transforme em regra, o detentor de um lugar anual poderia recorrer a esta solução num número limitado de jogos por ano (4 ou 5).
A bilhética do FC Porto está informatizada e, por isso, não me parece que este tipo de funcionalidade seja impossível de implementar. Infelizmente, quase três anos depois, o problema continua sem ter uma solução satisfatória e é a principal razão por que eu deixei de ter um lugar anual.
Evidentemente, a forma como o estádio foi segmentado em bancadas (de A a H), permite que seja comprado um bilhete para uma bancada e se assista ao jogo numa bancada melhor. Por exemplo, comprar bilhete para a bancada E ou C e assistir ao jogo num lugar vazio da bancada D ou B (bancadas cujos lugares são mais centrais e mais caros). Não sei quantas pessoas fazem isto, mas sendo possível é algo que introduz distorção nas contas anteriores, reduzindo, ou anulando, as diferenças entre as duas modalidades de aquisição (lugar anual fixo ou jogo a jogo).
Contudo, a questão de comprar ou não um lugar anual não se cinge ao preço. O que fazer quando se tem um lugar anual, os lugares à volta estão todos vendidos e se quer levar alguém connosco (familiar ou amigo) para assistir a um jogo?
O Pedro Vale já falou sobre este cenário aqui e propôs uma solução que me parece fazer todo o sentido. “A solução lógica para esta situação é permitir que um sócio com lugar anual mude de lugar para poder ir para perto dos seus convidados. Quando fosse comprar os bilhetes para os seus convidados, o sócio poderia requisitar a alteração do seu lugar (alteração válida exclusivamente para esse jogo) para outro lugar”. Eu acrescento que se o novo lugar fosse de uma bancada mais cara, o sócio pagaria a diferença de preço e, para evitar que a excepção se transforme em regra, o detentor de um lugar anual poderia recorrer a esta solução num número limitado de jogos por ano (4 ou 5).
A bilhética do FC Porto está informatizada e, por isso, não me parece que este tipo de funcionalidade seja impossível de implementar. Infelizmente, quase três anos depois, o problema continua sem ter uma solução satisfatória e é a principal razão por que eu deixei de ter um lugar anual.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Prémio de participação no Mundial de 2010
A FIFA organiza de 4 em 4 anos uma competição de futebol de selecções nacionais de todos os cantos do mundo. Chama a essa competição "Campeonato do Mundo de Futebol". Estas competições são extremamente proveitosas para a própria FIFA (o Mundial de África do Sul de 2010 rendeu cerca de 2.600 Milhões de Euros), que estranhamente pouco redistribui quer pelos seus participantes quer pelas federações afiliadas que não participam.
O Mundial de África do Sul de 2010 viu (e bem) emergir mais um beneficiário da competição: os clubes detentores dos passes dos jogadores convocados para as selecções participantes.
Apesar de o valor não ser muito alto para os clubes com jogadores de topo ($1600 dólares por dia), será decerto uma ajuda preciosa para alguns clubes, podendo ser em alguns casos, até várias vezes maior do que o salário recebido pelo jogador. Segundo o site oficial da FIFA, o número de dias utilizado para os cálculos das "redistribuições de riqueza" é obtido contabilizando o número de dias em que o atleta esteve na competição e acrescentando duas semanas de preparação, i.e., desde duas semanas antes do primeiro jogo até ao dia da eliminatória em que a selecção para a qual foi convocado foi eliminada.
Os principais clubes beneficiados com esta medida foram os do costume, o que não é de estranhar porque são os clubes que têm mais internacionais pelas grandes selecções nas suas fileiras. O Barcelona foi o clube que mais recebeu ($667.000, por 13 jogadores), seguido do Bayern de Munique ($599.000), Chelsea FC ($588.000), Liverpool FC ($535.000) e Real Madrid ($522.000).
No caso do FC Porto este dinheiro poderá dar alguma ajuda, especialmente numa época em que não há prémios por participação na Liga dos Campeões, equivalendo a um pouco mais do que $350.000. As receitas referentes ao FC Porto estão distribuídas da seguinte forma:
O Mundial de África do Sul de 2010 viu (e bem) emergir mais um beneficiário da competição: os clubes detentores dos passes dos jogadores convocados para as selecções participantes.
Apesar de o valor não ser muito alto para os clubes com jogadores de topo ($1600 dólares por dia), será decerto uma ajuda preciosa para alguns clubes, podendo ser em alguns casos, até várias vezes maior do que o salário recebido pelo jogador. Segundo o site oficial da FIFA, o número de dias utilizado para os cálculos das "redistribuições de riqueza" é obtido contabilizando o número de dias em que o atleta esteve na competição e acrescentando duas semanas de preparação, i.e., desde duas semanas antes do primeiro jogo até ao dia da eliminatória em que a selecção para a qual foi convocado foi eliminada.
Os principais clubes beneficiados com esta medida foram os do costume, o que não é de estranhar porque são os clubes que têm mais internacionais pelas grandes selecções nas suas fileiras. O Barcelona foi o clube que mais recebeu ($667.000, por 13 jogadores), seguido do Bayern de Munique ($599.000), Chelsea FC ($588.000), Liverpool FC ($535.000) e Real Madrid ($522.000).
No caso do FC Porto este dinheiro poderá dar alguma ajuda, especialmente numa época em que não há prémios por participação na Liga dos Campeões, equivalendo a um pouco mais do que $350.000. As receitas referentes ao FC Porto estão distribuídas da seguinte forma:
Estes valores não se encontram discriminados por clube oficialmente, estando por isso os valores acima sujeitos a erros de cálculo
Esperemos que esta generosidade da FIFA se mantenha nas próximas competições, já que é a competição nos clubes que revela e paga os jogadores que tanta gente atraem a estas competições de selecções nacionais. Para o FC Porto, só podemos desejar sucesso aos jogadores mundialistas e esperar que as suas selecções sejam sempre finalistas!
Esperemos que esta generosidade da FIFA se mantenha nas próximas competições, já que é a competição nos clubes que revela e paga os jogadores que tanta gente atraem a estas competições de selecções nacionais. Para o FC Porto, só podemos desejar sucesso aos jogadores mundialistas e esperar que as suas selecções sejam sempre finalistas!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
A isenção da RTP (II)
Cá está mais um excelente exemplo da isenção e rigor jornalístico da RTP. Este ocorreu no Telejornal de 10/01/2010. Numa peça sobre o alegado incumprimento dos clubes de futebol de pagamentos ao Estado fixados no âmbito do "Totonegócio", que presidentes de clubes é que a televisão pública escolheu como imagens de arquivo para acompanhar a voz off? Nem mais: Pinto da Costa. E perto do fim da peça aparecem ainda Valentim e João Loureiro. No fundo, todos aqueles que representam o "Sistema segundo o SLB".<
O facto de o "Totonegócio" ter sido um acordo assinado entre o Estado e todos os clubes é completamente indiferente. O mais importante é mostrar que Pinto da Costa é sempre o culpado pelos problemas que vão surgindo no futebol português. A desonestidade jornalística não tem limites em Portugal.
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