25 Setembro 2004, V.Guimarães - FC Porto
Victor Fernandez protesta contra a equipa de arbitragem liderada por Duarte Gomes. Suspensão de 15 dias e multa de 150 euros.
11 Janeiro 2006, Naval - FC Porto
Co Adriaanse para o árbitro Bruno Paixão: "It's foul". Suspensão de 15 dias e multa de 150 euros.
18 Abril 2009, V.Guimarães - Sporting
Paulo Bento é expulso por Bruno Paixão e grita "vai pró caralho, vai pró caralho". Multa de 500 euros e repreensão por escrito.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
O interior do Dragão Caixa
«Os heptacampeões do hóquei em patins do FC Porto foram os primeiros a experimentar o novo pavilhão do clube. Durante a manhã de ontem os jogadores não calçaram os patins mas fizeram banhos e massagens.
Ricardo Figueira, não escondeu a satisfação com aquilo que viu: "Foi espectacular. São condições que imaginamos estarem ao nível de uma equipa profissional de futebol. É tudo topo de gama, nunca tivémos isto pelo que, para uma equipa que não seja de futebol, só pode ser encarado como uma nova forma de motivação para os jogadores e toda a modalidade no clube", disse o jogador que não vê a hora de rolar no piso do Dragão Caixa.
E enquanto o hóquei testou os banhos e massagens, a tarde ficou para o andebol, que já testou o piso. Aliás, como O JOGO já tinha adiantado, será mesmo o andebol a realizar, dia 6 de Maio, o primeiro jogo oficial. "Depois de nove anos com a casa às costas é uma sensação fantástica entrarmos finalmente no nosso pavilhão que tem as condições óptimas para uma equipa como a nossa. Agora temos que corresponder com resultados", diz, por seu turno o capitão da equipa de andebol, Manuel Arezes.
Hoje, de manhã e à tarde, será a vez do basquetebol estrear os cestos.
Menos sorte terão os adeptos que não poderão visitar o interior do Dragão Caixa a não ser nos dias de jogos. É que o treino inaugural, bem como os restantes, são todos à porta fechada. Ainda houve quem pedisse ao segurança para dar apenas "uma vistinha de olhos rápida", mas... nada feito.»
in O JOGO, 28/04/2009
O primeiro jogo oficial será na próxima terça-feira, 5 de Maio, às 21h30, entre o FC Porto e o Madeira SAD, para meias-finais da Liga de Andebol.
Até lá, e para quem não teve a felicidade de ser um dos dois mil convidados para a festa de inauguração, algumas fotos que mostram como é o interior do novo pavilhão do FC Porto.
Fotos: Record, Gabinete de Arquitectura Risco
quarta-feira, 29 de abril de 2009
SMS do dia - LIV
Depois de em Fevereiro passado Santos Oliveira ter conquistado o campeonato nacional de bilhar às três tabelas, com os mesmos pontos do seu companheiro de equipa Rui Manuel Costa, que se sagrou vice-campeão Nacional, no passado fim-de-semana foi a vez da equipa do FC Porto ter garantido o acesso à fase decisiva da Taça da Europa de bilhar, após vencer a sua poule de apuramento para a competição.
Deste modo, de 4 a 7 de Junho, em Schiltigheim, França, os dragões irão ser um dos seis clubes que vão disputar o título europeu.
É caso para dizer que, mais uma vez, o Bilhar portista está em grande.
Agora "só" falta conquistar o tão desejado título europeu, que o ano passado fugiu por uma unha negra.
Foto de Alípio Jorge (fonte: 'Bibó o Porto, carago')
O próximo passo
Por Hugo Mocc
Aqui há umas semanas atrás escrevi sobre o assunto da Superliga Europeia, que para muitos é uma inevitabilidade e para outros tantos uma aberração. Agora que o FC Porto concluiu a sua participação na Liga dos Campeões, edição 2008-09, e tendo a Liga Sagres à sua mercê, apetece-me reflectir sobre a falta de competitividade interna que assola o nosso clube em Portugal e numa particular solução para esse problema.
Ao contrário do que muitos pensam, eu não considero a liga portuguesa muito inferior às suas congéneres Espanhola, Italiana, Francesa ou Alemã. Num momento da história do futebol em que os principais clubes Ingleses dominam por completo o topo da pirâmide por via das obscenas montanhas de dinheiro que as cadeias televisivas injectam na Premier League, poder-se-á afirmar que o restante das ligas europeias estarão de um modo geral, na vertente desportiva, mais próximas que nunca, Liga Portuguesa incluída.
Mas se dentre as 10 ligas de top na Europa - Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Rússia, Ucrânia, Holanda, Roménia, Portugal, (Turquia, Grécia, Escócia, vêm logo a seguir a Portugal – se observam claramente 2 escalões (top 5 e os restantes) isso deve-se muito claramente à importância dos montantes gerados pelas transmissões televisivas e não tanto à qualidade de futebol praticada bi-semanalmente nos relvados europeus.
Obviamente existem diferenças de estilo e, no geral, Portugal segue a escola italiana, que, ao longo dos anos, tem privilegiado o aspecto defensivo do jogo. Tenho para mim que qualquer equipa Espanhola ou Inglesa de topo teria imensas dificuldades para ser campeã em Portugal. E o mesmo se poderá dizer de qualquer equipa portuguesa nos campeonatos Inglês ou Espanhol. Não porque as equipas portuguesas sejam inferiores - embora por regra vivam com esse complexo - mas essencialmente pelas diferenças culturais do jogo nos diferentes campeonatos.
Sendo que a questão da Superliga Europeia se baseia num ideia de elitismo financeiro que pretende fechar os clubes europeus de top numa redoma impenetrável - ao estilo das ligas americanas NFL, NBA e NHL - a UEFA terá que defender os interesses do desporto em si, seja por via de integração - o actual modelo da Liga dos Campeões é o melhor exemplo desta estratégia de integração como resposta ao desejo dos clubes em formar a tal Superliga Europeia - ou por via da exclusão, repudiando futuras movimentações nesse sentido que levarão à secessão e provável formação de um novo futebol, autónomo da UEFA e da FIFA.
Pessoalmente não acredito muito na segunda hipótese, ainda que seja possível e, para muitos adeptos de clubes "menores", provavelmente desejável. Creio que a integração continuará a evoluir, mas em que moldes?
Desde 2007 que se têm ventilado rumores acerca de uma possível amalgamação das várias ligas nos Balcãs, sendo Michel Platini, aparentemente, um dos promotores da ideia. Similarmente, não é nova a ideia de integrar os dois maiores clubes da Escócia na Premiership inglesa, tal como não é nova a vontade de Russos e Ucranianos fundirem os seus campeonatos. Tendo dois campeonatos europeus sido organizados em conjunto por duas nações com relativo sucesso, e com a experiência adquirida com a fusão dos campeonatos alemães (Este e Oeste), tenho para mim que antes de uma qualquer Superliga Europeia, iremos assistir a integração regional de diversas ligas nacionais.
Assim, a médio e longo prazo, a UEFA garantirá a sobrevivência do desporto ao mesmo tempo que garante viabilidade financeira e competitividade para os clubes de topo. Creio que o próximo passo poderá ser dado em breve (dentro de 5-10 anos) com os clubes de top de ligas secundárias como a Portuguesa, Escocesa ou Grega a serem incorporados nas ligas Espanhola, inglesa e italianas, respectivamente. Isto sendo apenas o estágio anterior a uma integração completa das respectivas ligas profissionais.
Não me admirarei muito se por volta de 2025 houverem cerca de 10 ligas profissionais regionais na Europa - Ibérica, Escandinava, Britânica, Franco-Belga, Germânica, Boémia, Balcânica, Leste Europeu, Russo-Ucrâniana e Mediterrânica - e apenas uma competição Europeia transversal a todas elas.
Para o FC Porto e demais clubes portugueses isto seria a estocada final no moribundo "sistema" politiqueiro do futebol "tuga" que apesar de nos fazer campeões todos os anos, nos continua a limitar em termos da competitividade e oportunidades de crescimento que (não) nos proporciona.
Eu penso que nós, FC Porto, estaríamos à altura de um novo e maior desafio, mas enquanto que, por exemplo, Rangers e Celtic aparentemente aceitariam integrar uma sub-divisão da Premiership numa primeira instância, não creio que nós nos contentássemos com menos do que um lugar na mesma tabela do Barcelona e do Real Madrid. O desafio seria enorme e a competitividade faria de nós um clube muito mais forte, mas estaríamos nós prontos para deixar de sermos campeões recorrentes para sermos apenas “outsiders”? Seria este um passo atrás na evolução e na história do nosso grandioso clube?
Num momento em que o balão competitivo esvaziou com a saída da Liga dos Campeões, a quase certa revalidação do título e a presença na final do Jamor, com mais ou menos lesões, o FC Porto é, por falta de competição à altura, o seu pior inimigo. A complacência instala-se e a equipa baixa os braços e joga apenas para cumprir calendário.
Com uma competição regional, manter-se-ia a identidade local dos clubes, manter-se-iam os "derbies" locais, aumentariam os "clássicos", ao mesmo tempo que se aumentavam os índices competitivos para todos os clubes. Ter-se-ia que ajustar o sistema de subidas e descidas de divisão, criando dois ou três escalões de futebol profissional, sendo o mais baixo dividido por sub-regiões (Andaluzia, Catalunha, Galiza e País Basco, Portugal, etc.). O calendário seria competitivo até ao fim e haveria um significativo aumento de verbas para os clubes portugueses graças a maiores receitas provenientes dos direitos das transmissões televisivas dos jogos e de toda a publicidade associada.
A meu ver os benefícios são claramente superiores aos custos, quer em relação a manter o actual figurino, quer em relação a avançar para um esquema americanizado de Superliga Europeia. Numa altura em que o Benfica pensa no assunto pelos motivos mais errados, o FC Porto deve também reflectir se isto é algo que lhe interessa. É que politiquices à parte, cada vez menos os clubes profissionais portugueses conseguirão competir a sério, isto é, para ganhar, com os seus equivalentes Europeus se a situação actual se mantiver.
Aqui há umas semanas atrás escrevi sobre o assunto da Superliga Europeia, que para muitos é uma inevitabilidade e para outros tantos uma aberração. Agora que o FC Porto concluiu a sua participação na Liga dos Campeões, edição 2008-09, e tendo a Liga Sagres à sua mercê, apetece-me reflectir sobre a falta de competitividade interna que assola o nosso clube em Portugal e numa particular solução para esse problema.
Ao contrário do que muitos pensam, eu não considero a liga portuguesa muito inferior às suas congéneres Espanhola, Italiana, Francesa ou Alemã. Num momento da história do futebol em que os principais clubes Ingleses dominam por completo o topo da pirâmide por via das obscenas montanhas de dinheiro que as cadeias televisivas injectam na Premier League, poder-se-á afirmar que o restante das ligas europeias estarão de um modo geral, na vertente desportiva, mais próximas que nunca, Liga Portuguesa incluída.
Mas se dentre as 10 ligas de top na Europa - Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Rússia, Ucrânia, Holanda, Roménia, Portugal, (Turquia, Grécia, Escócia, vêm logo a seguir a Portugal – se observam claramente 2 escalões (top 5 e os restantes) isso deve-se muito claramente à importância dos montantes gerados pelas transmissões televisivas e não tanto à qualidade de futebol praticada bi-semanalmente nos relvados europeus.
Obviamente existem diferenças de estilo e, no geral, Portugal segue a escola italiana, que, ao longo dos anos, tem privilegiado o aspecto defensivo do jogo. Tenho para mim que qualquer equipa Espanhola ou Inglesa de topo teria imensas dificuldades para ser campeã em Portugal. E o mesmo se poderá dizer de qualquer equipa portuguesa nos campeonatos Inglês ou Espanhol. Não porque as equipas portuguesas sejam inferiores - embora por regra vivam com esse complexo - mas essencialmente pelas diferenças culturais do jogo nos diferentes campeonatos.
Sendo que a questão da Superliga Europeia se baseia num ideia de elitismo financeiro que pretende fechar os clubes europeus de top numa redoma impenetrável - ao estilo das ligas americanas NFL, NBA e NHL - a UEFA terá que defender os interesses do desporto em si, seja por via de integração - o actual modelo da Liga dos Campeões é o melhor exemplo desta estratégia de integração como resposta ao desejo dos clubes em formar a tal Superliga Europeia - ou por via da exclusão, repudiando futuras movimentações nesse sentido que levarão à secessão e provável formação de um novo futebol, autónomo da UEFA e da FIFA.
Pessoalmente não acredito muito na segunda hipótese, ainda que seja possível e, para muitos adeptos de clubes "menores", provavelmente desejável. Creio que a integração continuará a evoluir, mas em que moldes?
Desde 2007 que se têm ventilado rumores acerca de uma possível amalgamação das várias ligas nos Balcãs, sendo Michel Platini, aparentemente, um dos promotores da ideia. Similarmente, não é nova a ideia de integrar os dois maiores clubes da Escócia na Premiership inglesa, tal como não é nova a vontade de Russos e Ucranianos fundirem os seus campeonatos. Tendo dois campeonatos europeus sido organizados em conjunto por duas nações com relativo sucesso, e com a experiência adquirida com a fusão dos campeonatos alemães (Este e Oeste), tenho para mim que antes de uma qualquer Superliga Europeia, iremos assistir a integração regional de diversas ligas nacionais.
Assim, a médio e longo prazo, a UEFA garantirá a sobrevivência do desporto ao mesmo tempo que garante viabilidade financeira e competitividade para os clubes de topo. Creio que o próximo passo poderá ser dado em breve (dentro de 5-10 anos) com os clubes de top de ligas secundárias como a Portuguesa, Escocesa ou Grega a serem incorporados nas ligas Espanhola, inglesa e italianas, respectivamente. Isto sendo apenas o estágio anterior a uma integração completa das respectivas ligas profissionais.
Não me admirarei muito se por volta de 2025 houverem cerca de 10 ligas profissionais regionais na Europa - Ibérica, Escandinava, Britânica, Franco-Belga, Germânica, Boémia, Balcânica, Leste Europeu, Russo-Ucrâniana e Mediterrânica - e apenas uma competição Europeia transversal a todas elas.
Para o FC Porto e demais clubes portugueses isto seria a estocada final no moribundo "sistema" politiqueiro do futebol "tuga" que apesar de nos fazer campeões todos os anos, nos continua a limitar em termos da competitividade e oportunidades de crescimento que (não) nos proporciona.
Eu penso que nós, FC Porto, estaríamos à altura de um novo e maior desafio, mas enquanto que, por exemplo, Rangers e Celtic aparentemente aceitariam integrar uma sub-divisão da Premiership numa primeira instância, não creio que nós nos contentássemos com menos do que um lugar na mesma tabela do Barcelona e do Real Madrid. O desafio seria enorme e a competitividade faria de nós um clube muito mais forte, mas estaríamos nós prontos para deixar de sermos campeões recorrentes para sermos apenas “outsiders”? Seria este um passo atrás na evolução e na história do nosso grandioso clube?
Num momento em que o balão competitivo esvaziou com a saída da Liga dos Campeões, a quase certa revalidação do título e a presença na final do Jamor, com mais ou menos lesões, o FC Porto é, por falta de competição à altura, o seu pior inimigo. A complacência instala-se e a equipa baixa os braços e joga apenas para cumprir calendário.
Com uma competição regional, manter-se-ia a identidade local dos clubes, manter-se-iam os "derbies" locais, aumentariam os "clássicos", ao mesmo tempo que se aumentavam os índices competitivos para todos os clubes. Ter-se-ia que ajustar o sistema de subidas e descidas de divisão, criando dois ou três escalões de futebol profissional, sendo o mais baixo dividido por sub-regiões (Andaluzia, Catalunha, Galiza e País Basco, Portugal, etc.). O calendário seria competitivo até ao fim e haveria um significativo aumento de verbas para os clubes portugueses graças a maiores receitas provenientes dos direitos das transmissões televisivas dos jogos e de toda a publicidade associada.
A meu ver os benefícios são claramente superiores aos custos, quer em relação a manter o actual figurino, quer em relação a avançar para um esquema americanizado de Superliga Europeia. Numa altura em que o Benfica pensa no assunto pelos motivos mais errados, o FC Porto deve também reflectir se isto é algo que lhe interessa. É que politiquices à parte, cada vez menos os clubes profissionais portugueses conseguirão competir a sério, isto é, para ganhar, com os seus equivalentes Europeus se a situação actual se mantiver.
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terça-feira, 28 de abril de 2009
"Ferrari" nomeado para os Barreiros
Para a tradicionalmente muito difícil deslocação do FC Porto ao Estádio dos Barreiros, Vítor Pereira faz mais uma nomeação cirúrgica, com um trio da AF Setúbal.
O árbitro principal será o João "pode ser o João" Ferreira e um dos seus assistentes será o célebre "Ferrari", também conhecido por Pais António.
Isto promete, bastando para tal lembrar o que foi o desempenho do artista João Ferreira no último FC Porto x Sporting.
Vamos lá ver se, pelo menos, o FC Porto termina o jogo dos Barreiros com 11 e sem lesionados...
«O árbitro assistente que apoiou Lucílio Baptista na controversa decisão de assinalar grande penalidade contra o Sporting na final da Carlsberg Cup, disputada com o Benfica no Estádio Algarve, ganha a vida como 1.º Sargento de Infantaria do Exército e reside no concelho de Setúbal, onde, segundo O JOGO apurou, é conhecido pelo seu… benfiquismo, que não reprime nem mesmo no curso de árbitros. A afeição pela cor forte do emblema da Luz - o encarnado - levou inclusivamente a que Pais António recebesse a alcunha de “Ferrari”»
in O JOGO
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Vítor Pereira (arbitragem)
Os árbitros que não escrevem o que vêem e ouvem
Extractos de uma recente entrevista de Luís Guilherme (presidente da APAF) ao Record/Antena 1.
Record - Vamos a um caso concreto: esta semana o árbitro Bruno Paixão deu ordem de expulsão ao treinador do Sporting, em Guimarães, mas depois, no relatório não mencionou os insultos de que foi alvo e são perceptíveis nas imagens da televisão. Por que é que isto acontece? Os árbitros têm problemas de afirmação, subalternizam-se, ou, por outro lado, compensam no relatório os erros que cometem em campo, apresentando uma versão suave dos factos?
Luis Guilherme - O que está a dizer não pode acontecer. O árbitro tem de descrever no relatório o que observa...
R - O árbitro escreveu que o treinador do Sporting "gesticulou e mostrou desacordo", mas ficou-se por aí...
LG - Se o árbitro Bruno Paixão não se apercebeu das injúrias que eventualmente lhe tenham sido feitas, e o mesmo aconteceu com o 4.º árbitro, não tem de inventar. Mas é preciso esclarecer que ao árbitro não preocupa a punição que é dada a quem é expulso. O árbitro tem de interpretar as leis e os regulamentos. Não interessa se o treinador é punido com multa ou dias de suspensão, o que nos preocupa é se são omitidos factos nos relatórios, e por que é que demora tanto tempo a ser feita justiça, com processos pendentes, como acontece com o treinador do Sporting, que tem dois, um que é quase da época passada. Isso é que nos preocupa, porque com a não resolução desses casos não se cria justiça. Em relação aos árbitros isso já não acontece.
R - Ao não escreverem nos relatórios o que vêem e toda a gente vê, os árbitros não estão a contribuir para a sua própria descredibilização?
LG - Se assim for, é evidente que sim. Mas não me passa pela cabeça que eles não descrevam o que vêem e ouvem. Porque se não o fizerem estaremos perante um caso disciplinar grave. Só que as imagens que nós temos nas nossas casas, através da televisão, não são as que os árbitros têm, nomeadamente com grande planos salteados de treinadores a proferirem alguns impropérios. Mas é preciso dizer que a APAF não pactua com situações de omissão de factos, se acontecerem e forem verdadeiras.
R - Mas quando se vê o árbitro Lucílio Baptista ser abalroado por Pedro Silva, do Sporting, na final da Taça da Liga, e depois não escreve no relatório, porque "não se passa nada", não fica preocupado?
LG - Fico preocupado, mas eu falei com o Lucílio Baptista sobre essa matéria e outras, e ele explicou-me que não interpretou a situação como tendo sido uma investida do jogador. O ano passado houve um caso idêntico, com o Olegário Benquerença, mas foi ele, com a sua movimentação, que acabou por provocar o contacto com o jogador. O Lucílio não inferiu que tivesse sido uma atitude agressiva, mas o jogador a tentar explicar que jogou a bola com o peito e não com a mão. E eu aceitei a explicação. Mas volto a afirmar que os árbitros têm de escrever pormenorizadamente no relatório o que vêem e ouvem.
R - Os árbitros têm receio de o fazer, acredita que isso possa acontecer?
LG - Se isso acontecer, o árbitro não pode ser árbitro. Claramente. O árbitro está ali para decidir. Se o árbitro não tiver a coragem para dizer o que se passou não pode ser árbitro.
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Alguém sabe o que aconteceu aos processos disciplinares do Paulo Bento, Pedro Silva e João Moutinho, decorrentes das afirmações e cenas tristes que todo o país viu, na final da Taça da Liga?
É que esse jogo já foi há mais de um mês!
Tão célere para outras coisas, de que está à espera Ricardo Costa?
Será que as inevitáveis punições ao treinador e jogadores sportinguistas irão ser cumpridas durante o defeso?
É que já só faltam quatro semanas para o campeonato terminar...
Fotos: Record
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Jornalismo de sarjeta no PUBLICO
O estranho caso do minuto 58
por Luís Octávio Costa, PÚBLICO, 26/04/2009
«Minuto 58 do FC Porto-Vitória de Setúbal. De uma assentada, Leandro Lima e Bruno Gama foram substituídos por dois colegas de equipa. Coincidência ou não, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos. Coincidência ou não, o jogo que estava empatado ganhou outra vida quatro minutos depois com o primeiro de dois golos de Lisandro (2-0). O tiro no pé de Carlos Cardoso deu uma segunda vida ao campeão nacional.
Alguém quer explicar a substituição? Pontaria de Carlos Cardoso, que na véspera até vaticinara uma “gracinha”? Sorte de Jesualdo Ferreira, que via o placard a andar para trás? “Com a saída dos dois jogadores, o FC Porto passou a ter mais espaço e mais linhas”, respondeu Jesualdo. “Já não atacavam com a mesma intensidade”, justificou Carlos Cardoso.
Antes de o jogo começar, os portistas aplaudiram a entrega a Bruno Alves do troféu A Bola/BES, que premeia o melhor dos três grandes no campeonato nacional. No final, aplaudiram Lisandro, autor de dois golos à ponta-de-lança que deixam o FC Porto com o avanço do costume. Pelo meio, aos 58’, fez-se silêncio no Estádio do Dragão, estupefacto com a sorte que lhes calhara na rifa.
Houve claramente um antes e um depois “minuto 58”. Antes, o ataque do FC Porto resumia-se a dois ensaios de Raul Meireles já na segunda parte (aos 47’ e aos 51’) e a um cabeceamento de Rolando (52’). Antes, o FC Porto tinha tido dois bons períodos de pressão, mas inconsequente. Antes, falava-se da falta que fazia uma cabeça (de Lucho) no meio-campo e músculo (de Hulk) na frente de ataque. Antes, o Setúbal era uma equipa modesta e humilde, mas concentrada e com Auri a varrer tudo lá atrás. Antes, Leandro Lima e Bruno Gama tinham tido a ousadia de invadir a área portista (e aos 40’, o português, com o consentimento de Tomás Costa, até podia ter marcado). (...)»
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Os meus parabéns ao senhor Luís Octávio Costa (LOC), que mostrou uma coragem assinalável ao escrever um artigo digno de um qualquer Querido Manha, José Manuel Delgado, Rui Cartaxana ou Leonor Pinhão. Não é para qualquer um. Aliás, não me surpreenderia que, a curto prazo, este novo “craque do jornalismo desportivo” estivesse a assinar pela ‘A Bola’ ou por um dos jornais da Cofina.
Mas para além do “estranho caso do minuto 58” e das insinuações e suspeições octavianas subjacentes (vocês sabem do que eu estou a falar...), há outras estranhezas que talvez o senhor LOC nos possa ajudar a esclarecer.
1º) Sendo Leandro Lima e Bruno Gama jogadores emprestados pelo FC Porto, porque razão os dirigentes azuis-e-brancos permitiram que eles jogassem um minuto sequer contra o clube que lhes paga os salários? Se não quisessem que eles jogassem, não teria sido facílimo arranjar uma mialgia ou uma qualquer indisposição gástrica?
Provavelmente o Pinto da Costa esteve a dormir a semana toda e só acordou ao minuto 58...
Terá sido isso senhor LOC?
2º) Na 2ª parte o FC Porto entrou em campo com outra atitude e rapidez, o que foi visível para todos aqueles que viram o jogo com os olhos abertos (terá sido o caso do senhor LOC?). A prova disso é que nos primeiros sete minutos a seguir ao intervalo houve três lances perigosos para a baliza do Setúbal - segundo o próprio LOC, “dois ensaios de Raul Meireles já na segunda parte (aos 47’ e aos 51’) e a um cabeceamento de Rolando (52’)”.
Nessa altura o Leandro Lima e o Bruno Gama ainda estavam em campo? Ah estavam, e não conseguiram “esticar o jogo” evitando que o FC Porto criasse estas três situações de golo?
E, já agora, quantas jogadas de perigo é que esta dupla maravilha criou na 2ª parte até serem substituídos? Zero? Hum, não será estranho senhor LOC?...
3º) Ao ver o FC Porto criar mais perigo nos primeiros minutos da 2ª parte do que em toda a 1ª parte, a intenção de Carlos Cardoso não terá sido reforçar a equipa com jogadores frescos e de perfil mais defensivo, de modo a evitar que os dragões fizessem aquilo que estavam a ameaçar, isto é, quebrassem a muralha sadina?
Terá sido por isso que, no final do jogo, Carlos Cardoso afirmou: "O F.C. Porto estava a atacar muito pelos laterais, e eles [Leandro Lima e Bruno Gama] tinham de os acompanhar. Por isso já não conseguiam atacar como deviam. Pensei que com as alterações pudessem travar essas subidas dos laterais do F.C. Porto e poderia dar hipótese a um jogador do centro para entrar mais pelo meio no apoio ao Carrijo".
Correu mal? Pois correu, como acontece à esmagadora maioria das estratégias dos treinadores do campeonato português quando jogam contra o Tri-campeão nacional.
Ou, na opinião do senhor LOC, o melhor teria sido o treinador do Setúbal aproveitar o balanceamento ofensivo do FC Porto e reforçar o ataque (com que jogadores não se sabe, mas para as suspeições subjacentes isso também não interessa...), jogando taco-a-taco no Estádio do Dragão?
4º) Terão sido as substituições ao minuto 58 que, quatro minutos depois, impediram Auri de continuar “a varrer tudo lá atrás”? Às tantas as substituições afectaram psicologicamente o Auri e só por isso é que o Lisandro lhe deu um nó cego e marcou espectacularmente o 1º golo. Terá sido isto senhor LOC? Aposto que sim...
5º) A possibilidade de haver alguma marosca por trás do “estranho caso do minuto 58” pressupõe, entre outras coisas, a conivência e colaboração activa do treinador sadino, um homem de 64 anos, com um enorme passado no futebol português e, particularmente, no seu Vitória de Setúbal (onde é uma espécie de faz tudo e treinador de recurso para as situações mais aflitivas).
Será que o senhor LOC se lembrou disto, antes de escrever a crónica vergonhosa e rasteira do FC Porto x Vitória de Setúbal, publicada no jornal PÚBLICO de hoje?
6º) Em Janeiro passado, o Vitória de Setúbal veio jogar ao Estádio do Dragão para a Taça da Liga, tendo perdido por 1-2. Nesse jogo os sadinos beneficiaram de duas grandes penalidades, tendo Leandro Lima concretizado a primeira e falhado a segunda o que, claro está, motivou as habituais insinuações e suspeições.
Isto é assim: se os jogadores emprestados jogarem contra o FC Porto, isso é suspeito; se não jogarem é ainda mais suspeito; se jogarem de início e forem substituídos isso é altamente suspeito.
Perceberam ou querem que eu faça um desenho?
Bem fez o SLB na semana passada, não permitindo que o Zoro jogasse contra eles (ah, pois, estava lesionado...)
Se, contra tudo e contra todos, o FC Porto revalidar o seu titulo de Campeão Nacional, é desta que os Rennies vão esgotar...
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Começo difícil, final feliz
O FC Porto apresentou um onze com algumas alterações. Para além dos ausentes Lucho, Hulk e Sapunaru, Jesualdo deixou Fucile no banco. Tomás Costa descaiu para lateral, Mariano manteve-se na função do Comandante e Lisandro variou o jogo ao lado de Farías. Um FCP com mais poder atacante, apesar das ausências, para ultrapassar um Vitória de Setúbal que variou entre o defensivo e ultra defensivo com 10 jogadores atrás da bola e um meio campo recheado de defesas.
O FC Porto entrou um pouco à imagem do jogo em Coimbra: algo lento, com os jogadores da frente muitas vezes parados, o que ajudou os sadinos. Rodriguez e Meireles estão a acusar algum cansaço, o que leva a equipa a entrar com pouco fulgor nestes jogos da recta final do campeonato. Mesmo assim, chegaram a estar 21 jogadores no meio campo do Vitória, mas o guarda-redes Kieszek não chegou a apanhar nenhum verdadeiro calafrio na 1ª parte. Rodriguez apagado, Meireles oculto, Lisandro activo mas insuficiente, Fernando em grande forma a tentar subir e bem. Chegou o intervalo e a nítida sensação de que o Porto teria de regressar com tantos jogadores na frente, mas mais pressionante e mais rápido nas movimentações atacantes.
Raul Meires melhorou na 2ª parte, mais activo, a procurar entrar mais pelo centro e a ajudar as alas e o FC Porto começou a criar verdadeiras jogadas de perigo, o que fechou ainda mais os sadinos. Aos 57 minutos saíram Leandro Lima e Bruno Gama e por momentos julguei que Carlos Cardoso fosse apostar em Bruno Vale para segundo guarda-redes. Mas correram mal as substituições, já que Fernando fez um passe magistral a rasgar a defesa, Farías assistiu Lisandro e o argentino, com um toque sublime, tira o defesa do caminho e "pica" a bola para o fundo da baliza. Um belíssimo golo. Seis minutos volvidos e Lisandro bisava após bom cruzamento de Mariano. O FCP passava a controlar as operações sem grandes pressas. Não se repetiu o resultado da semana passada por manifesto azar: grande (e talvez única) arrancada de Rodriguez a furar pelo meio da defesa sadina, remate e a bola a embater em cheio no poste. Aos 85 minutos - algo tarde pareceu-me, até para o Professor - Jesualdo mexeu no onze inicial, entrando Tarik, Guarín e Rabiola.
Vitória justíssima num jogo muito difícil, onde por vezes a equipa de arbitragem tinha mais membros no meio campo portista que os sadinos. Muito descanso e venha o próximo. Algum cansaço nos jogadores vai exigir um espírito de sacrifício no exigente terreno do Marítimo.
Melhor em campo: Lisandro, com menções especiais para Fernando e Raul Meireles.
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domingo, 26 de abril de 2009
SMS do dia - LIII
Das duas uma:
- Ou se deixa de chamar minuto de silêncio, e passa a minuto de homenagem
- Ou o pessoal só bate palmas ao fim dos 60 segundos
“Contribuir para a estabilidade do grupo”
«Os jogadores do Vitória de Setúbal foram ontem presenteados com metade de um mês do ordenado. O dinheiro, entregue em mãos, por um elemento ligado à SAD, vai ajudar os atletas a ultrapassar algumas das dificuldades financeiras com que se vêm debatendo há quase cinco meses, altura em que receberam a última verba. (…)
Para além desta verba, também o Sindicato dos Jogadores, pela voz do presidente Joaquim Evangelista, anunciou a entrega de 1500 euros à maioria dos jogadores sadinos - àqueles que accionaram o Fundo de Garantia Salarial.
O central Robson confessou, no final do treino de ontem, a satisfação pelo gesto dos responsáveis sadinos e, sem especificar o montante recebido, revelou que "a verba disponibilizada vai dar maior tranquilidade para superar os dias que faltam para o final da época". O brasileiro disse ainda que na situação em que os jogadores do Setúbal se encontram "qualquer quantia é benéfica e vai contribuir para a estabilidade do grupo". (…)
Noutro âmbito, os jogadores sadinos continuam a preparar a partida do próximo domingo com o FC Porto. O jogo com os dragões está a ser encarado com optimismo, apesar da pesada derrota averbada na última ronda, frente ao Benfica (0-4). André Marques continua em dúvida. Zoro, Ricardo Chaves e Bruno Ribeiro parecem recuperados e aptos a defrontar os azuis e brancos.»
in O JOGO, 23/04/2009
Três dias DEPOIS de serem goleados em casa pelo SLB e quatro dias ANTES de se deslocarem ao Estádio do Dragão, os jogadores do Vitória de Setúbal receberam duas “prendas”:
- metade de um ordenado (algo que não recebiam há cinco meses!);
- uma verba do Fundo de Garantia Salarial, entregue por Joaquim Evangelista.
Evidentemente, deve ter sido coincidência estas verbas não estarem disponíveis ANTES do jogo com o SLB...
Aliás, esta época futebolística tem andado cheia de coincidências.
Por exemplo, os jogadores do Estrela da Amadora, após terem estado 10 dias sem treinar (tendo para tal o apoio público do presidente do Sindicato), decidiram regressar aos treinos sem que nenhuma das suas exigências tivesse sido cumprida.
Quando?
Precisamente três dias DEPOIS de terem jogado com o SLB e quatro dias ANTES de se deslocarem ao Estádio do Dragão. Olha que coincidência!...
Outra curiosidade é o facto de um dos actores envolvido nos bastidores destas e de outras coincidências ser Joaquim Evangelista, o que, de certeza, também é coincidência...
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Joaquim Evangelista,
Vitória de Setúbal
sábado, 25 de abril de 2009
Pinto da Costa e a recandidatura ao triénio 2010-2013
«O actual mandato de Pinto da Costa só termina no próximo ano, mas a Comissão de Apoio à Recandidatura do presidente do F. C. Porto já reuniu, até ao momento, 8875 assinaturas junto da massa associativa (...)
"Em todas as recandidaturas, temos recolhido sempre mais assinaturas do que nos processos anteriores. Na última, por exemplo, conseguimos 15 mil, agora pretendemos chegar às 20 mil", explica, ao JN, Fernando Cerqueira, líder da Comissão de Apoio. (...)
"Eu e a Comissão acreditamos, convictamente, que Pinto da Costa se vai recandidatar. Estas assinaturas são uma prova de carinho e ele não ficará indiferente". (...)
Por curiosidade, na primeira recandidatura de Pinto da Costa, na década de 80, a Comissão de Apoio recolheu 683 assinaturas. Agora, em quatro meses já foram asseguradas 8875 subscrições!»
JN, 22/04/2009
Em 23 de Abril de 2009, Pinto da Costa comemorou o 27º aniversário da sua tomada de posse como presidente do Futebol Clube do Porto e, tal como Fernando Cerqueira, não tenho dúvidas que daqui a um ano, em Abril de 2010, se irá recandidatar a mais um triénio à frente dos destinos do clube. Aliás, na cabeça de Pinto da Costa essa decisão parece já estar tomada ("...não me deixo abater, nem tenho medo. Mesmo no país em que estamos, podem estar tranquilos e contar comigo") e, para isso, será completamente irrelevante o número de assinaturas que a Comissão de Apoio à Recandidatura vier a reunir.
Pinto da Costa é o dirigente com o melhor palmarés do desporto português e, seguramente, um dos de maior sucesso no futebol mundial. O desempenho do FC Porto nas competições europeias, dispondo de meios muito inferiores aos “tubarões” que por lá andam, é já um case study. Perante tanto sucesso, é cada vez mais difícil manter a bitola e cada vez há menos coisas novas para ganhar. Contudo, Pinto da Costa não parece estar cansado de ganhar e estou convencido que os ataques de que foi alvo nos últimos anos, mais do que o deitarem abaixo, funcionam como um doping e reforçam a sua vontade de continuar. Além disso, e apesar de já ter 71 anos, Pinto da Costa aparenta estar em excelente estado de forma e de boa saúde. Assim sendo, não lhe faltam motivos para se recandidatar, senão vejamos:
1º) Uma vida dedicada ao FC Porto
Nos últimos 33 anos, a vida de Pinto da Costa e do FC Porto confundem-se. Tenho sérias dúvidas que o Jorge Nuno conseguisse viver se o Pinto da Costa decidisse retirar-se de cena. Ao fim de dois ou três meses ia-lhe “faltar o ar”, o convívio diário com jogadores e treinadores, o cheiro dos estádios, as viagens com a equipa, os amigos do futebol, os bajuladores e toda a “corte” que rodeia o poderoso presidente do FC Porto.
Evidentemente, um dia Pinto da Costa terá de sair mas, como ele próprio afirmou, largos dias têm 100 anos...
2º) Unificador de sensibilidades
O Grupo FC Porto abrange centenas de pessoas e ao nível da estrutura dirigente estamos a falar de algumas dezenas. Apesar de haver uma liderança forte, indiscutível e inquestionável, é normal que ao longo de todos estes anos se tenham formado algumas sensibilidades, com perspectivas diferentes sobre determinados aspectos da vida do clube e da SAD. Ora, Pinto da Costa tem sido o elo unificador destas sensibilidades e, não havendo um delfim consensual (é cedo para a hipótese Vitor Baía), seguramente que não gostaria de as ver a degladiarem-se entre si no day after à sua saída.
3º) Luis Filipe Vieira e o SLB
Ao longo do seu consulado, Pinto da Costa tem derrotado, e em alguns casos humilhado, todos os adversários que se têm atravessado à sua frente. De João Rocha a Vale e Azevedo, passando por Gaspar Ramos, Pedro Santana Lopes, Dias da Cunha ou José Veiga, todos têm saído de cena pela porta pequena, apesar da gritaria e dos anúncios tantas vezes repetidos de que iriam remeter o “clube regional” à sua insignificância. Luis Filipe Vieira poderia ser apenas mais um desta já longa lista de “cadáveres desportivos” mas, no caso do ex-negociante de pneus, a coisa saltou da esfera desportiva para a pessoal e, por isso, não estamos a falar de um mero adversário. É um inimigo, que tudo indica irá ser reeleito presidente do SLB em Outubro deste ano e que será a última pessoa a quem Pinto da Costa quererá estender uma passadeira vermelha para o sucesso.
4º) O Processo Apito Dourado
Pinto da Costa apresta-se para ganhar em Tribunal todos os processos desencadeados pela equipa especial liderada pela Drª Maria José Morgado, com origem e/ou apoiados na troika SLB – Carolina – Comunicação Social. Contudo, a vitória em Tribunal, mesmo sendo por KO, não é suficiente. Falta a vingança e, como todos sabemos, la vendetta è un piatto che viene servito freddo.
5º) Museu e outros pormenores
É provável que a construção do Museu, juntamente com “a constituição de uma equipa de ciclismo e a criação de um espaço de convívio para os sócios e simpatizantes do clube” (conforme anunciou Fernando Cerqueira na entrevista ao JN) venham a ser referidos como pretextos para a recandidatura mas, sinceramente, penso que não passarão de pormenores, com um peso pequeno na decisão que, acredito, já está tomada.
Por tudo isto, e conforme se constata, na perspectiva do próprio Pinto da Costa não faltam motivos para se recandidatar. Estou 99,9% certo que é o que irá acontecer.
"Em todas as recandidaturas, temos recolhido sempre mais assinaturas do que nos processos anteriores. Na última, por exemplo, conseguimos 15 mil, agora pretendemos chegar às 20 mil", explica, ao JN, Fernando Cerqueira, líder da Comissão de Apoio. (...)
"Eu e a Comissão acreditamos, convictamente, que Pinto da Costa se vai recandidatar. Estas assinaturas são uma prova de carinho e ele não ficará indiferente". (...)
Por curiosidade, na primeira recandidatura de Pinto da Costa, na década de 80, a Comissão de Apoio recolheu 683 assinaturas. Agora, em quatro meses já foram asseguradas 8875 subscrições!»
JN, 22/04/2009
Em 23 de Abril de 2009, Pinto da Costa comemorou o 27º aniversário da sua tomada de posse como presidente do Futebol Clube do Porto e, tal como Fernando Cerqueira, não tenho dúvidas que daqui a um ano, em Abril de 2010, se irá recandidatar a mais um triénio à frente dos destinos do clube. Aliás, na cabeça de Pinto da Costa essa decisão parece já estar tomada ("...não me deixo abater, nem tenho medo. Mesmo no país em que estamos, podem estar tranquilos e contar comigo") e, para isso, será completamente irrelevante o número de assinaturas que a Comissão de Apoio à Recandidatura vier a reunir.
Pinto da Costa é o dirigente com o melhor palmarés do desporto português e, seguramente, um dos de maior sucesso no futebol mundial. O desempenho do FC Porto nas competições europeias, dispondo de meios muito inferiores aos “tubarões” que por lá andam, é já um case study. Perante tanto sucesso, é cada vez mais difícil manter a bitola e cada vez há menos coisas novas para ganhar. Contudo, Pinto da Costa não parece estar cansado de ganhar e estou convencido que os ataques de que foi alvo nos últimos anos, mais do que o deitarem abaixo, funcionam como um doping e reforçam a sua vontade de continuar. Além disso, e apesar de já ter 71 anos, Pinto da Costa aparenta estar em excelente estado de forma e de boa saúde. Assim sendo, não lhe faltam motivos para se recandidatar, senão vejamos:
1º) Uma vida dedicada ao FC Porto
Nos últimos 33 anos, a vida de Pinto da Costa e do FC Porto confundem-se. Tenho sérias dúvidas que o Jorge Nuno conseguisse viver se o Pinto da Costa decidisse retirar-se de cena. Ao fim de dois ou três meses ia-lhe “faltar o ar”, o convívio diário com jogadores e treinadores, o cheiro dos estádios, as viagens com a equipa, os amigos do futebol, os bajuladores e toda a “corte” que rodeia o poderoso presidente do FC Porto.
Evidentemente, um dia Pinto da Costa terá de sair mas, como ele próprio afirmou, largos dias têm 100 anos...
2º) Unificador de sensibilidades
O Grupo FC Porto abrange centenas de pessoas e ao nível da estrutura dirigente estamos a falar de algumas dezenas. Apesar de haver uma liderança forte, indiscutível e inquestionável, é normal que ao longo de todos estes anos se tenham formado algumas sensibilidades, com perspectivas diferentes sobre determinados aspectos da vida do clube e da SAD. Ora, Pinto da Costa tem sido o elo unificador destas sensibilidades e, não havendo um delfim consensual (é cedo para a hipótese Vitor Baía), seguramente que não gostaria de as ver a degladiarem-se entre si no day after à sua saída.
3º) Luis Filipe Vieira e o SLB
Ao longo do seu consulado, Pinto da Costa tem derrotado, e em alguns casos humilhado, todos os adversários que se têm atravessado à sua frente. De João Rocha a Vale e Azevedo, passando por Gaspar Ramos, Pedro Santana Lopes, Dias da Cunha ou José Veiga, todos têm saído de cena pela porta pequena, apesar da gritaria e dos anúncios tantas vezes repetidos de que iriam remeter o “clube regional” à sua insignificância. Luis Filipe Vieira poderia ser apenas mais um desta já longa lista de “cadáveres desportivos” mas, no caso do ex-negociante de pneus, a coisa saltou da esfera desportiva para a pessoal e, por isso, não estamos a falar de um mero adversário. É um inimigo, que tudo indica irá ser reeleito presidente do SLB em Outubro deste ano e que será a última pessoa a quem Pinto da Costa quererá estender uma passadeira vermelha para o sucesso.
4º) O Processo Apito Dourado
Pinto da Costa apresta-se para ganhar em Tribunal todos os processos desencadeados pela equipa especial liderada pela Drª Maria José Morgado, com origem e/ou apoiados na troika SLB – Carolina – Comunicação Social. Contudo, a vitória em Tribunal, mesmo sendo por KO, não é suficiente. Falta a vingança e, como todos sabemos, la vendetta è un piatto che viene servito freddo.
5º) Museu e outros pormenores
É provável que a construção do Museu, juntamente com “a constituição de uma equipa de ciclismo e a criação de um espaço de convívio para os sócios e simpatizantes do clube” (conforme anunciou Fernando Cerqueira na entrevista ao JN) venham a ser referidos como pretextos para a recandidatura mas, sinceramente, penso que não passarão de pormenores, com um peso pequeno na decisão que, acredito, já está tomada.
Por tudo isto, e conforme se constata, na perspectiva do próprio Pinto da Costa não faltam motivos para se recandidatar. Estou 99,9% certo que é o que irá acontecer.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Adeus ao "leão" de Génova
«O antigo jogador do FC Porto Virgílio Marques Mendes morreu hoje no Porto vítima de doença prolongada, disse à Agência Lusa fonte do clube azul e branco.
Além de se ter evidenciado no FC Porto, Virgílio, que em Novembro completaria 83 anos, foi internacional português, tendo actuado 39 vezes pela selecção nacional.
Ao serviço dos dragões, o defesa foi campeão nacional em duas ocasiões e conquistou duas taças de Portugal, tendo disputado 15 épocas, realizado 347 jogos e apontado seis golos.
A cerimónia fúnebre está marcada para as 14:00 de sábado, na Igreja das Antas, seguindo o corpo para o Cemitério da Póvoa de Varzim, onde ficará num jazigo de família.»
in Record
Dois artigos do 'Paixão pelo Porto' onde Virgílio pode ser recordado:
O cromo do dia - Virgílio
Curiosidades FCP - A fidelidade de Virgílio
Foto: Paixão pelo Porto
SMS do dia - LII
Curiosa disciplina!
Na semana passada, Jesualdo Ferreira foi castigado pela UEFA em 2 jogos (menos 1 que "Socolari") por um gesto registrado pelas imagens televisivas e não relatado pelo árbitro.
Há umas semanas, foi Lisandro que foi castigado com o recurso às imagens, apesar do árbitro ter ajuizado a jogada em questão.
Paulo Bento foi multado em 500 euros, isto porque de acordo com o árbitro Bruno Paixão, o último não ouviu os insultos do primeiro após a ordem de expulsão.
E agora, as imagens não valem nada? Bendita disciplina.
Na semana passada, Jesualdo Ferreira foi castigado pela UEFA em 2 jogos (menos 1 que "Socolari") por um gesto registrado pelas imagens televisivas e não relatado pelo árbitro.
Há umas semanas, foi Lisandro que foi castigado com o recurso às imagens, apesar do árbitro ter ajuizado a jogada em questão.
Paulo Bento foi multado em 500 euros, isto porque de acordo com o árbitro Bruno Paixão, o último não ouviu os insultos do primeiro após a ordem de expulsão.
E agora, as imagens não valem nada? Bendita disciplina.
Talentos, em Portugal, Ney pensar
Entrada muito dura de Ney, sem direito a amarelo
Em velocidade, Hulk deixou Nuno André Coelho no chão, cruzando para o interior da área de Filipe Mendes, o que acaba por conseguir. Porém, no segundo seguinte é atropelado por Ney, que foi à dobra, ficando no chão agarrado à perna esquerda. Teve de sair de maca e talvez não jogue mais esta época.
OJOGO, 2009/03/23
Um dos melhores jogadores do FC Porto, o brasileiro Hulk, foi anteontem atingido pelo estrelista Ney, numa entrada violenta que nem sequer mereceu sanção disciplinar de Carlos Xistra e que muito provavelmente o deixará de fora para o resto da época. Já não é a primeira nem a segunda nem sequer será a última vez que um jogador do FC Porto é posto no “estaleiro” por “caceteiros” sem que estes sejam devidamente punidos pelos seus actos. Basta recorrer a exemplos recentes como a entrada do benfiquista Karagounis que arrumou o Lisandro durante uns tempos ou aquela brutal entrada de Katsouranis sobre o Anderson que, por curiosidade, também não mereceu qualquer sanção de outro artista, o Lucílio, e que partiu três ossos da perna do brasileiro e o atirou para fora dos relvados por mais de meio ano. Nessa altura não houve castigo por parte da Comissão Disciplinar da Liga aos infractores e o mais certo é que a entrada do Ney também passe impune. Tudo respeitando os regulamentos, claro está. Regulamentos que afinal de contas não têm qualquer utilidade.
O comunicado da SAD emitido no site oficial é o mínimo que o clube poderia fazer. Espero que não se fique por aí.
Em Portugal não se aprecia bom futebol nem se apreciam e protegem os verdadeiros artistas como o Hulk. Eles estão sujeitos às agressões dos medíocres “caceteiros” deste campeonato que não suportam que haja alguém em campo que se distinga e se eleve acima da vulgaridade. E o melhor que os talentos têm a fazer é, mais tarde ou mais cedo, abandonarem o país e mudarem-se para países que levam a sério o futebol protegendo os bons jogadores e castigando exemplarmente os “caceteiros”. O Anderson pode agora jogar e potenciar o seu futebol livremente em Inglaterra porque se algum Katsouranis o magoar seriamente sabe que fica sujeito a castigos exemplares de vários meses e por isso pensa duas vezes antes de cometer faltas duras.
E agora, pergunto eu, quem é que vai indemnizar o FC Porto por uma eventual não utilização do Hulk para o resto da época? É o Ney? É o Estrela? É a Liga? É o sindicato dos jogadores ou o seguro caducado do Estrela da Amadora? A resposta é fácil: ninguém. Ninguém vai indemnizar o FC Porto. E o pior é saber-se que na próxima jornada lá estará o “caceteiro” Ney pronto para dar o seu contributo à equipa. Tenho pena que não haja no FC Porto actual um Paulinho Santos ou um Jorge Costa que fizesse de imediato o Ney provar do seu próprio veneno, para aprender.
Foi uma arbitragem (mais uma) miserável do Xistra. Merecia que lhe partissem uma perna. E ao Ney que lhe partissem as duas.
O futebol português não é melhor porque não quer. Gosta-se é do jogador “combativo” ou com “poder de choque”, ou seja, admira-se o “caceteiro”. Fico abismado quando ouço os comentadores desportivos dizerem, por exemplo, que a entrada do Moutinho ao jogador do Guimarães no jogo da passada jornada não merecia cartão amarelo por não ter sido “violento”. Só quem não joga ou jogou futebol é que não sabe o efeito doloroso da chamada “paralítica” (entrada de joelho à coxa do adversário). A facilidade com que se despreza a “cacetada” é impressionante. O que se é que há-de fazer? Se o Cristiano Ronaldo tivesse ficado em Portugal já teria sido operado aos joelhos uma carrada de vezes e estaria agora a arrastar-se em campo e a ponderar o fim da carreira.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Caça ao Hulk
Vídeo com imagens do massacre de que Hulk foi alvo no último Vitória Guimarães x FC Porto, perante a complacência do Carlos Xistrema (um apitador miserável, ao nível do Bruno "Campo Maior" Paixão e do Lucílio "Calabote" Baptista):
Nota: Sugiro que enviem este vídeo ao senhor Vítor Pereira, o homem que pelo seu comportamento e ausência de atitudes concretas no combate à violência dentro dos relvados, é um dos autores morais dos sucessivos massacres de que Hulk foi alvo e que culminaram na lesão grave que sofreu na Amadora.
Nota: Sugiro que enviem este vídeo ao senhor Vítor Pereira, o homem que pelo seu comportamento e ausência de atitudes concretas no combate à violência dentro dos relvados, é um dos autores morais dos sucessivos massacres de que Hulk foi alvo e que culminaram na lesão grave que sofreu na Amadora.
Um passaporte para a final com pouca Estrela
Haverá algo mais angustiante do que a exibição sofrível do FC Porto na Reboleira? Sim, a aparente grave lesão de Hulk, que no momento a que esta pequena crónica sai do “forno”, tudo indica o afastará da competição até ao final da corrente época. No espaço de uma semana, Jesualdo Ferreira vê-se privado de 2 importantes atletas para os jogos decisivos do campeonato que se avizinham.
Dentro do terreno de jogo, pouco fica para contar. A partida até começa de feição para os azuis e brancos, com Farias a carimbar o bilhete para Oeiras, após assistência de Lisandro. A vantagem na eliminatória era confortável, demasiado até, o que “permitiu” um aparente relaxamento a uns quantos que ainda têm muito para certificar sobre o seu selo de qualidade para integrar o plantel portista.
Lázaro Oliveira é que não foi de modas, nem se deu por vencido. Viu bem por onde explorar as fragilidades dos comandados de Jesualdo, retirando o médio Vítor Vinha para introduzir o avançado Rui Varela. Com 2 avançados (Anselmo e Rui Varela) bem encostados nos centrais portistas, exercendo maior pressão sobre estes, as dificuldades subiram em flecha e o FC Porto cedeu fatalmente no ultimo quarto de hora do 1º tempo, permitindo ao Estrela dar a volta ao marcador.
Para a 2ª metade do encontro, os Dragões regressaram com o mesmo 11 com que haviam saído para o intervalo, mas tambem com os mesmos problemas e dificuldades. A defesa continuava a não acertar com a dupla da frente do Estrela. Já o meio campo revelava incapacidade para criar zonas de pressão. Madrid, sem pulmão, não preenchia o corredor à frente da defesa, Guarin nem construía, nem destruía, Tomás Costa fazia o que podia. Jesualdo percebeu o perigo e colocou Fernando em campo, estabilizando o jogo.
A qualidade da exibicional do FC Porto não melhorou, a equipa simplesmente manteve-se em serviços mínimos para garantir a qualificação para a final. E essa terá sido provavelmente a única coisa positiva que sobrou da noite passada na Reboleira. Jesualdo saiu da Amadora com a certeza de que o seu plantel está pobre e curto. Hulk foi-se, e há mais 3 ou 4 nomes que fizeram questão de mostrar ao treinador portista a nulidade que representam para a equipa.
Positivo: Vamos a Oeiras! E o Paços de Ferreira, por muito respeito que nos mereça, é um adversário bem mais acessível que o Nacional.
Negativo: Guarin. Já tenho visto miúdos dos sub-16 ou sub-17 com melhor qualidade de passe e recepção, bem como maiores noções de preenchimento e ocupação de espaços. Este Colombiano deve urgentemente candidatar-se ao programa “Novas Oportunidades” do futebol, dadas as evidentes lacunas que exibe sobre os conceitos mais básicos do jogo.
Dentro do terreno de jogo, pouco fica para contar. A partida até começa de feição para os azuis e brancos, com Farias a carimbar o bilhete para Oeiras, após assistência de Lisandro. A vantagem na eliminatória era confortável, demasiado até, o que “permitiu” um aparente relaxamento a uns quantos que ainda têm muito para certificar sobre o seu selo de qualidade para integrar o plantel portista.
Lázaro Oliveira é que não foi de modas, nem se deu por vencido. Viu bem por onde explorar as fragilidades dos comandados de Jesualdo, retirando o médio Vítor Vinha para introduzir o avançado Rui Varela. Com 2 avançados (Anselmo e Rui Varela) bem encostados nos centrais portistas, exercendo maior pressão sobre estes, as dificuldades subiram em flecha e o FC Porto cedeu fatalmente no ultimo quarto de hora do 1º tempo, permitindo ao Estrela dar a volta ao marcador.
Para a 2ª metade do encontro, os Dragões regressaram com o mesmo 11 com que haviam saído para o intervalo, mas tambem com os mesmos problemas e dificuldades. A defesa continuava a não acertar com a dupla da frente do Estrela. Já o meio campo revelava incapacidade para criar zonas de pressão. Madrid, sem pulmão, não preenchia o corredor à frente da defesa, Guarin nem construía, nem destruía, Tomás Costa fazia o que podia. Jesualdo percebeu o perigo e colocou Fernando em campo, estabilizando o jogo.
A qualidade da exibicional do FC Porto não melhorou, a equipa simplesmente manteve-se em serviços mínimos para garantir a qualificação para a final. E essa terá sido provavelmente a única coisa positiva que sobrou da noite passada na Reboleira. Jesualdo saiu da Amadora com a certeza de que o seu plantel está pobre e curto. Hulk foi-se, e há mais 3 ou 4 nomes que fizeram questão de mostrar ao treinador portista a nulidade que representam para a equipa.
Positivo: Vamos a Oeiras! E o Paços de Ferreira, por muito respeito que nos mereça, é um adversário bem mais acessível que o Nacional.
Negativo: Guarin. Já tenho visto miúdos dos sub-16 ou sub-17 com melhor qualidade de passe e recepção, bem como maiores noções de preenchimento e ocupação de espaços. Este Colombiano deve urgentemente candidatar-se ao programa “Novas Oportunidades” do futebol, dadas as evidentes lacunas que exibe sobre os conceitos mais básicos do jogo.
Fotos: Lusa, fcporto.pt
quarta-feira, 22 de abril de 2009
SMS do dia - LI
9º minuto do E. Amadora x FC Porto: Hulk isola-se pela esquerda e é atingido por uma entrada violenta de Ney Santos (defesa do Estrela da Amadora), que lhe provoca um entorse grave no tornozelo esquerdo. O árbitro vê perfeitamente, assinala a falta, mas o cartão (vermelho? amarelo?) nem vê-lo. Na sequência do lance, Hulk sai de maca a chorar, possivelmente arrumado para o resto da época.
Os meus parabéns aos caceteiros deste campeonato, os quais, com a complacência dos Carlos Xistremas do apito, conseguiram finalmente aquilo que andavam a tentar há muitas jornadas.
Foto: Record
Vocês sabem do que estou a falar
Confesso. Li o livro do homem.
Há personagens no mundo do futebol, que estando mais ou menos distantes das minhas convicções, me fascinam. E uma delas é sem dúvida nenhuma: Octávio Machado.
O livro é uma súmula daquilo que durante anos, fomos ouvindo da boca do Octávio e de outras que se ouviam por aí, a algumas histórias deu nomes, a outras manteve-se no mesmo estilo de sempre.
A alergia que tenho a empresários (António Araújo à cabeça) deve-se em grande parte ao Octávio, e nesta luta estou ao lado dele. E por isso não deixa de ser delicioso o episódio com o Delane Vieira que tem este epílogo:
Há personagens no mundo do futebol, que estando mais ou menos distantes das minhas convicções, me fascinam. E uma delas é sem dúvida nenhuma: Octávio Machado.
O livro é uma súmula daquilo que durante anos, fomos ouvindo da boca do Octávio e de outras que se ouviam por aí, a algumas histórias deu nomes, a outras manteve-se no mesmo estilo de sempre.
A alergia que tenho a empresários (António Araújo à cabeça) deve-se em grande parte ao Octávio, e nesta luta estou ao lado dele. E por isso não deixa de ser delicioso o episódio com o Delane Vieira que tem este epílogo:
Numa das portas de acesso ao balneário, estou eu à conversa com o Amândio Alves, jornalista de A Bola. Para grande surpresa minha, vejo aproximar-se o Delane Vieira, preparando-se para entrar no balneário. Não me contive, disse ao Delane: «Não arranjes problemas, vai embora, o balneário é um templo sagrado, aqui dentro poucos são aqueles que têm o privilégio de usufruir deste espaço e tu não és um deles.» O Delane obedeceu, foi embora. Passados uns minutos, por uma outra porta que dava acesso ao túnel de entrada no estádio, surgiu o Pinto da Costa, que se pôs à conversa com o Luís César. Logo de seguida, pela mesma porta, entrou, todo pimpão, o Delane Vieira. Abri os olhos desmesuradamente e cravei-os no Delane, fitei-o durante algum tempo sem pestanejar. Perante o meu ar ameaçador, o Delane, com a língua expedita, disse ao Pinto da Costa: «Presidente, temos de resolver isto.» Não me tive em mim, à frente dos jogadores e demais responsáveis do FC Porto, ferrei uma estalada tal nas bochechas do Delane que este caiu redondo no chão. Não admitia que fosse desautorizado, amesquinhado perante os jogadores, aí alto! Caso contrário, perderia o respeito de todos eles. Os jogadores podiam gostar ou não gostar de mim, mas havia uma coisa que sempre tiveram por mim: um grande respeito. Eles sabiam que eu fazia tudo, mas mesmo tudo, em defesa daquilo que eu considerava sagrado, que era aquele grupo de trabalho. Eles sabiam que eu fazia tudo para os defender e não podia perder essa autoridade nem podia perder o respeito. Foi a maneira que eu encontrei de lhes dizer: «Desculpem tudo isto, eu possooaté ir embora, mas aqui ninguém brinca comigo nem me amesquinha.» Quando o Delane, embaraçado, se tentou levantar, pus-lhe um pé em cima, sentei-o outra vez e atalhei conversa: «Eu avisei-te para não te meteres comigo, disse-te que no dia em que te metesses comigo eu fazia-te a folha. Tu a mim não metes medo. E se começas a miar muito ainda te faço pior.» O Delane ficou-se.
terça-feira, 21 de abril de 2009
SMS do dia - L
Depois das vergonhosas actuações em jogos anteriores em que prejudicou claramente o FC Porto, Xistra foi novamente nomeado para apitar os dragões, desta vez para o 2º jogo das meias-finais da Taça de Portugal.
Como este jogo não conta para o totobola e a eliminatória está já encaminhada, o homem é capaz de aproveitar a ocasião para tentar limpar a face...
Como este jogo não conta para o totobola e a eliminatória está já encaminhada, o homem é capaz de aproveitar a ocasião para tentar limpar a face...
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CA Liga,
Carlos Xistra,
Vitor Pereira
Novo pavilhão: o projecto e as obras
Em 30 de Julho de 2008 já tinhamos publicado um artigo sobre as obras do Dragão Caixa.
Agora, que estamos na véspera da sua inauguração, vale a pena recordar o projecto, como era o local antes das obras e algumas fotos da evolução das mesmas durante os 18 meses que demorou a sua construção.
I. O Projecto
Segundo o arquitecto Manuel Salgado (também responsável pelo Estádio do Dragão) o maior desafio deste projecto "foi encaixar este pavilhão com arena rectangular num terreno de dimensões reduzidas, 8.300 metros quadrados, numa geometria irregular em forma de feijão".
De acordo com a memória descritiva do projecto a arena foi colocada "no único local possível, no centro do edifício, onde a largura é maior", tornando possível construir uma bancada longitudinal e outras duas nos topos.
Em termos de acessos do pavilhão, o projecto previa três acessos pedonais e um acesso automóvel. A entrada principal para o público estava prevista a Sul e com ligação à estação de metro das Antas. A entrada de serviço a Poente será para a zona VIP e fará os acessos aos escritórios da administração. A entrada dos media, a Norte, será feita a partir da Via FC Porto.
II. A construção
O lançamento da primeira pedra foi feito, de forma simbólica, em 23/04/2007, mas a empreitada só teve início a 30/10/2007.
Movimentos de terras, trabalhos de fundação e colocação de estacas (três quilómetros de estacaria), ocuparam, diariamente, entre 100 a 110 operários.
O Dragão Caixa foi construído num vazio urbano de 8.300 metros quadrados, está assente em pilares e tem três pisos: a arena onde fica o campo, as bancadas para os adeptos e um terceiro piso que albergará os serviços administrativos.
O piso do pavilhão é flutuante, tendo sido aplicado em três camadas de madeira de arce canadiana (igual ao do Palau Blaugrana, em Barcelona)
Em termos de gestão técnica, o pavilhão vai estar ligado ao Estádio do Dragão através de um corredor de serviço e o sistema de aquecimento de água e de electricidade irão estar integrados.
Ficha do novo Pavilhão
Nome: Dragão Caixa
Arquitecto: Manuel Salgado
Construtora: Somague
Início da obra: 31 de Outubro de 2007
Data de inauguração: 23 de Abril 2009, às 21h30
Prazo de execução: 545 dias
Capacidade: 2007 lugares (1868 em bancada, 121 camarotes e 18 para imprensa)
Custo total: 11.722.926 euros (preço máximo garantido)
Área total: 18.000 metros quadrados
Área do pavimento: 1.100 metros quadrados
Fotos: www.fcporto.pt, Maisfutebol, JN, Google Earth (clique nas fotos para as ampliar)
Agora, que estamos na véspera da sua inauguração, vale a pena recordar o projecto, como era o local antes das obras e algumas fotos da evolução das mesmas durante os 18 meses que demorou a sua construção.
I. O Projecto
Segundo o arquitecto Manuel Salgado (também responsável pelo Estádio do Dragão) o maior desafio deste projecto "foi encaixar este pavilhão com arena rectangular num terreno de dimensões reduzidas, 8.300 metros quadrados, numa geometria irregular em forma de feijão".
Vista aérea do Estádio do Dragão e da localização do novo pavilhão
Local assinalado de implantação do novo pavilhão
Foto do local onde iria ser construído o novo pavilhão
De acordo com a memória descritiva do projecto a arena foi colocada "no único local possível, no centro do edifício, onde a largura é maior", tornando possível construir uma bancada longitudinal e outras duas nos topos.
Em termos de acessos do pavilhão, o projecto previa três acessos pedonais e um acesso automóvel. A entrada principal para o público estava prevista a Sul e com ligação à estação de metro das Antas. A entrada de serviço a Poente será para a zona VIP e fará os acessos aos escritórios da administração. A entrada dos media, a Norte, será feita a partir da Via FC Porto.
II. A construção
O lançamento da primeira pedra foi feito, de forma simbólica, em 23/04/2007, mas a empreitada só teve início a 30/10/2007.
Movimentos de terras, trabalhos de fundação e colocação de estacas (três quilómetros de estacaria), ocuparam, diariamente, entre 100 a 110 operários.
Lançamento simbólico da primeira pedra, 23/04/2007
Obras em 31 de Janeiro de 2008
Obras em 1 de Março de 2008
Obras em 15 de Abril de 2008
Obras em 15 de Maio de 2008
Obras em 15 de Junho de 2008
Obras em 1 de Outubro de 2008
O Dragão Caixa foi construído num vazio urbano de 8.300 metros quadrados, está assente em pilares e tem três pisos: a arena onde fica o campo, as bancadas para os adeptos e um terceiro piso que albergará os serviços administrativos.
O piso do pavilhão é flutuante, tendo sido aplicado em três camadas de madeira de arce canadiana (igual ao do Palau Blaugrana, em Barcelona)
Em termos de gestão técnica, o pavilhão vai estar ligado ao Estádio do Dragão através de um corredor de serviço e o sistema de aquecimento de água e de electricidade irão estar integrados.
Ficha do novo Pavilhão
Nome: Dragão Caixa
Arquitecto: Manuel Salgado
Construtora: Somague
Início da obra: 31 de Outubro de 2007
Data de inauguração: 23 de Abril 2009, às 21h30
Prazo de execução: 545 dias
Capacidade: 2007 lugares (1868 em bancada, 121 camarotes e 18 para imprensa)
Custo total: 11.722.926 euros (preço máximo garantido)
Área total: 18.000 metros quadrados
Área do pavimento: 1.100 metros quadrados
Fotos: www.fcporto.pt, Maisfutebol, JN, Google Earth (clique nas fotos para as ampliar)
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