segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
What a superb goal!
fez-me lembrar o golo soberbo que marcou ao slb em Maio passado.
What a goal! What a superb goal from the argentine!
Vale a pena ver e rever (com as colunas ligadas)...
Alguém quer investigar?
Pinto da Costa
Na época passada, um suposto incentivo à equipa do Leixões que, alegadamente, receberia um prémio em caso de vitória na Luz, motivou imenso falatório na comunicação social e, pasme-se, a abertura de um processo pela Comissão Disciplinar da Liga (o qual viria a ser arquivado em Junho).
Contudo, relativamente a estas declarações do presidente do FC Porto, efectuadas no final do Olhanense x FC Porto, não parece haver jornalistas interessados em fazer perguntas e muito menos em investigar.
Eu também penso que isto tem pouca importância, mas não tenho a memória assim tão curta que já me tenha esquecido do episódio da época passada.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A impunidade de Jorge Jesus
Aposto que o árbitro voltou a não escrever nada de relevante no relatório.
Fotos do final do jogo slb x Marítimo:
Fotos: Maisfutebol
Números da semana (XVIII)
7º jogo consecutivo – Olhanense x FC Porto – de Hulk sem marcar golos.
11 remates de Hulk no jogo Olhanense x FC Porto.
17 remates (cinco dirigidos à baliza) efectuados pelos dragões no jogo FC Porto x Sevilha.
19 recuperações de Fernando no jogo Olhanense x FC Porto.
19 vitórias e dois empates do FC Porto de André Villas-Boas nas primeiras 21 jornadas do campeonato, superando o registo do slb de Eriksson (1983/84) e do FC Porto de António Oliveira (1996/97).
24 remates (nove dirigidos à baliza e um ao poste) efectuados pelos dragões no jogo Olhanense x FC Porto.
30 jogos seguidos do FC Porto sem perder no campeonato português (9 na época passada e 21 esta época).
11,800 pontos já obtidos pelas equipas portuguesas no ranking da UEFA de 2010/11, um registo superior ao que tinha conseguido quando o FC Porto conquistou a Taça UEFA (2002/03) e a Liga dos Campeões (2003/04).
44,596 pontos já obtidos pelas equipas portuguesas no ranking da UEFA das últimas cinco épocas (incluindo a actual), o que coloca Portugal, temporariamente, na sexta posição.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
A fibra de que se fazem campeões
Na sua disposição inicial os azuis e brancos voltaram a manter-se fiéis aos seus princípios. O 4-3-3 clássico, e por demais recalcado, foi tarefa relativamente fácil para os rapazes de Daúto Faquirá. Reconheça-se, em boa verdade, que a nossa equipa na fase inicial do encontro foi inconsequente o suficiente para permitir que o adversário “controlasse” ao largo a partida. Uma menor rotação e interacção entre os elementos de construção ofensiva, aliada a uma ineficaz circulação de bola, deixava o nosso Porto sem capacidade para derrubar a organização da equipa de Olhão.
A este Dragão, pese o todo empenho e aplicação patenteados nos primeiros 45 minutos, faltava-lhe claramente um “golpe de asa” que fosse capaz de desmontar o bem estruturado conjunto Algarvio. Villas-Boas com uma leitura perfeita, avançou para jogo James e Fucile, conseguindo com isso impôr uma dinâmica que até aí não se vira.
O “miúdo” Rodriguez colou-se atrás do duo da frente Falcao e Hulk, servido de plataforma de circulação de jogo. Um papel bem interpretado que muito foi contribuindo para o desatar do nó de um novelo muito emaranhado. Depois da dupla ameaça de El Tigre a evidenciar o domínio portista, surgiu o pontapé em arco e em grande estilo de Belluschi a dar cor ao futebol positivo que, por essa altura, a nossa equipa praticava.
Se o mais difícil de conseguir – o golo - levou mais tempo do que todos nós julgávamos a alcançar, o descanso veio mais rápido. Após uma assistência de Hulk, Falcao, bem ao seu estilo, rapinou a defesa do Olhanense, conseguindo voltar aos golos neste seu regresso aos jogos da Liga Portuguesa.
Com duas bolas no saco, a cambada de Villas-Boas começou finalmente a respirar fundo, depois de ter sido obrigada a ir aos limites da sua persistência. O terceiro tento, que dita o resultado final, não mais passa do que mera cosmética estatística que por estes dias é muto valorizada. A verdade é que este foi um triunfo suado e exigente. Mas só foi possível alcança-lo com uma exibição convincente.
Fotos agasalhadas em: uefa.com
Agradar a quem manda
«Logo aos 3' ficaram muitas dúvidas no lance entre Hulk e Navarro, com o brasileiro a queixar-se de uma grande penalidade que parece mesmo ter existido. Aos 37', Alexis fez uma gravata a Hulk, mas o inglês perdoou-lhe o segundo amarelo. Só lho mostraria aos 77', depois de mais uma falta sobre o Incrível, que também se queixou de falta no lance dividido com Fazio aos 70'. Antes disso ignorou uma agressão de Perotti a Fucile. Em contrapartida, o inglês não teve quaisquer contemplações em relação a Álvaro Pereira, que viu o vermelho directo por falta sobre Medel.»
in ojogo.pt, 24/02/2011
É praticamente unânime a análise à arbitragem de Howard Webb, da qual eu destacaria os seguintes lances:
Minuto 21 – Alexis perde a cabeça a atinge violentamente Moutinho. Em vez de vermelho, Howard Webb condescendeu e mostrou apenas o cartão amarelo ao defesa do Sevilha.
Minuto 37 – Alexis agarra Hulk pela camisola, de forma ostensiva, à entrada da área. O árbitro viu, marcou a falta, mas ao contrário do que se impunha, não mostrou o segundo cartão amarelo ao defesa do Sevilha.
Minuto 65 – Agressão nítida a Fucile! Perotti dá um murro na barriga do lateral-direito do FC Porto. Uma agressão que, convenientemente, passou despercebida aos cinco árbitros.
Minuto 71 – Na primeira jogada mais dura protagonizada por um jogador do FC Porto, rua! O cartão vermelho directo a Álvaro Pereira até se poderia aceitar, se o critério anterior do árbitro tivesse sido rigoroso, mas perante o que tinha sido o seu juizo em entradas duríssimas às pernas de Moutinho e Belluschi, é uma decisão incompreensível, para não dizer inaceitável.
Minuto 76 – Após mais uma vez ter sido ultrapassado por Hulk, Alexis obrigou Howard Webb a mostrar-lhe o 2º cartão amarelo (com 40 minutos de atraso), ao agarrar novamente o Incrível pela camisola. De facto, por mais boa vontade que tivesse (e tinha!), era impossível ao árbitro inglês continuar a fazer vista grossa.
Howard Webb é um árbitro profissional, considerado pela UEFA e FIFA um dos melhores da actualidade, tendo sido nomeado para as finais da última Liga dos Campeões e do Campeonato do Mundo. Assim sendo, como é que se explica que um árbitro deste calibre tenha protagonizado uma arbitragem miserável como a da última quarta-feira?
Bem, Angel María Villar Llona, presidente da Real Federación Española de Fútbol, é também terceiro vice-presidente da UEFA, bem como, presidente dos Comités de Arbitragem da UEFA e da FIFA.
Percebo que para um árbitro com aspirações, seja sempre bom agradar a Angel Villar...
E, já agora, a monsieur Platini...
O horário dos jogos dos oitavos
Desta vez, o jogo no Dragão é a uma quinta-feira e não é às 17h00.
Nota: As horas dos jogos correspondem ao Central European Time (CET).
Fonte: uefa.com (25/02/2011)
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Recordando o último Leixões x FC Porto
O FC Porto x Sevilha fez-me lembrar o último Leixões x FC Porto, disputado há cerca de um ano atrás (em 13 de Fevereiro de 2010).
Tal como no jogo da passada quarta-feira, também no jogo com os matosinhenses a equipa do FC Porto se fartou de falhar golos. Lembro-me de alguns falhanços do Falcao, mas as situações mais evidentes foram desperdiçadas por Varela e Belluschi. Varela, só à sua conta, desperdiçou três oportunidades isolado e Belluschi falhou escandalosamente dois golos de baliza aberta e ainda acertou uma terceira bola na barra.
Aliás, não foi por acaso que por volta dos 35 minutos de jogo, perante a enorme pressão do FC Porto, as sucessivas jogadas de ataque e as oportunidades flagrantes criadas, o preocupado António Tadeia afirmou que o Leixões estava a precisar rapidamente de ir para intervalo. Ou seja, para o comentador da RTP o golo do FC Porto estava iminente, em consequência do futebol que estava a ser praticado pelas duas equipas.
Lembro-me que nesse jogo Jesualdo Ferreira não pôde contar com Álvaro Pereira e Hulk (nem com Farias e Rodriguez).
E, claro, lembro-me da arbitragem de Bruno Paixão, o qual pactuou e permitiu um anti-jogo ostensivo do Leixões durante a 2ª parte, com o desafio a ser interrompido de minuto a minuto e de 5 em 5 a haver jogadores do Leixões caídos no relvado a simular falsas lesões. Isto, para além do penalty escandaloso sobre Ruben Micael que ele fingiu não ver.
O paralelismo destes dois jogos vem, sobretudo, de em ambos o FC Porto ter tido imensas oportunidades de golo mas, por inépcia dos jogadores e com a “ajuda” dos árbitros, ter ficado em branco.
Resumo preparado por um adepto do Leixões (com todas as oportunidades dos da casa e algumas das que o FC Porto desperdiçou):
Em busca de um Messias
No entanto uns amigos sportinguistas (sim, mesmo sendo uma espécie em vias de extinção parece que ainda há alguns por aí) despertaram-me a atenção para o assunto, e em particular porque parecem entusiasmados com o candidato "anti-sistema" (i.e. cara mais visível da oposição). Parece mesmo ter (pelo menos entre eles) uma espécie de aura tipo "A.V.B. dos dirigentes" (i.e. jovem, competente e algo irreverente). Falo de um tal de Bruno Carvalho.
Parece que é mesmo o único candidato com um programa eleitoral (que um amigo meu me enviou por email). De tanto falarem nisso dei uma vista de olhos, principalmente à parte que mais interessa (i.e. onde propõe como dar a volta à situação desportiva da equipa enquanto equilibra as contas).
O SCP nesse ponto não é exactamente um FCP (por exemplo), nomeadamente não tendo o que nós temos:
1) orçamento estruturalmente mais elevado
2) maior cartaz (quase todos os anos estamos nos 1/8 final da LC)
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Com o credo na boca
O objectivo era claro: defender a todo o custo uma derrota por 0-1 a qual, fruto do excelente resultado alcançado em Sevilha, dava (como deu) o apuramento para os oitavos-de-final da Liga Europa.
E tudo podia ter sido tão diferente. Não me lembro de um jogo em que o FC Porto tenha criado tantas oportunidades, várias delas flagrantes, e as tenha desperdiçado todas, muitas delas de forma infantil. Incrível como o último passe nunca saía com o timing e direcção certa; incrível como se desperdiçaram contra-ataques em superioridade numérica; incrível como os ressaltos iam sempre para fora; incrível como se falharam golos sucessivos apenas com o guarda-redes pela frente.
E por falar em incrível, uma palavra para o Incrível Hulk. É um jogador fantástico, de características únicas, que muito provavelmente no final desta época irá sair e me vai deixar imensas saudades. Contudo, neste jogo esteve absolutamente desastrado na finalização das muitas jogadas em que estilhaçou a defesa sevilhana. Espero que o “jejum” que vem atravessando nos últimos jogos termine rapidamente.
Do lado oposto, na defesa azul-e-branca, quem me encheu as medidas foi Otamendi. Este internacional argentino, que no mundial da África do Sul jogou a defesa direito, esteve imperial. Concentrado, destemido em duelos fisicamente desiguais com os avançados do Sevilha, excelente a dobrar companheiros de equipa e sem nunca complicar na entrega da bola. Não deve faltar muito para aparecer na lista de A Bola...
Depois de termos jogado com o CSKA de Sofia na fase de grupos, agora vamos enfrentar o de Moscovo, após os russos terem eliminado o PAOK de Vieirinha. Não sei se a equipa do CSKA é superior à do Sevilha, mas sei que o “General Inverno” estará à nossa espera em Moscovo. Para o início de Março, o site weather.com prevê temperaturas na capital russa que podem ir até aos 10 graus negativos. Ontem, à hora do jogo no Dragão, estavam 16 graus negativos...
P.S.1 Ao fim de vários meses, Álvaro Pereira e Falcao regressaram à equipa, o que permitiu que Hulk voltasse à posição onde rende mais. E embora o ponta-de-lança colombiano não esteja ao seu melhor nível, já foi notório uma dinâmica diferente, para melhor, em termos ofensivos.
P.S.2 O essencial foi alcançado – seguir em frente na Liga Europa – mas não podemos ignorar que esta já é a terceira derrota em 2011 e todas elas no estádio do Dragão. Com a excepção da atípica época 2004/05, não é normal tantas derrotas em casa.
P.S.3 Este foi o quinto jogo (os outros foram em Guimarães, Alvalade e os dois jogos com o Besiktas) em que jogadores do FC Porto foram expulsos. Algo a merecer a atenção de André Villas-Boas, até porque isto teve como consequência o FC Porto só ter ganho um destes cinco jogos.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sofrer escusadamente
O jogo à partida dava razões para optimismo, ainda que ligeiramente cauteloso. Com a vitória por 2-1 fora podíamos mesmo dar-nos ao "luxo" de perder por 0-1, o que era já em si bastante improvável (quantas equipas europeias, muitas delas melhores do que o Sevilha, ganharam no Dragão?); e tínhamos o regresso ansiado de A. Pereira e Falcão.
O golo do Sevilha marcado em contra-ataque foi um autêntico balde de água fria, e a expulsão de A. Pereira logo a seguir (extremamente forçada, isto já depois do árbitro ter poupado o duplo amarelo por duas vezes a jogadores do Sevilha) foi um autêntico "murro no estômago".
A partir daí a equipa atemorizou-se, o moral do Sevilha aumentou, e passamos por alguns calafrios e semi-calafrios. Mesmo assim através de contra-ataque isolados falhámos golos de forma escandalosa, principalmente por Hulk e Guarín. Aliás, já não me lembrava de sermos tão perdulários há bastante tempo. Pessoalmente já não me enervava tanto a ver um jogo do FCP há muito tempo.
A. Villas Boas pareceu-me estar bem ao não correr riscos decidindo segurar a passagem com poucos minutos pela frente. E Maicón ainda veio dar muito jeito para o chuveirinho (previsível) a que o Sevilha recorreu nos minutos finais.
No cômputo geral fez-se justiça por linhas tortas: antes de mais, porque passou a melhor equipa no conjunto das duas mãos; em segundo lugar, porque em Sevilha ganhámos e não merecemos, e hoje foi ao contrário.
Pior notícia da noite: expulsão de A. Pereira e por consequência ausência contra o CSKA
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
O primeiro dia do resto da temporada
Esta arrogante euforia, não contradiz que o SLB melhorou imenso e que está a praticar um futebol altamente competitivo. Na mesma equipa, um largo grupo de jogadores aliam a velocidade à resistência e correm que nem ciclistas e duram que nem maratonistas. Redescobriram o elixir mágico. O FCP tem estado bastante mais irregular, parece menos disponível fisicamente e perdeu com o principal rival para a taça de Portugal. Mesmo quando ganha, as exibições têm estado aquém dos resultados. Uma equipa com as ambições do FCP, não pode ficar dependente da ausência de um ou dois jogadores, porque isso equivaleria a reconhecer que a programação da equipa escondeu fragilidades que não são normais no FCP.
Hoje é o primeiro dia do resto da temporada e espera-nos um jogo complicado. Espero que o AVB consiga reforçar a coesão da equipa, que o resultado seja favorável e que a exibição indicie que estamos no caminho certo. É muito importante aumentar os níveis de confiança, porque a luta vai ser dura e a competição apertada.
Tenho a certeza que a equipa vai lutar incansavelmente para atingir os fins que se propõe, mas ás vezes não chega. É preciso que o talento case com o esforço para que haja benefícios colectivos. Aos adeptos e sócios compete apoiar a equipa. Todos ao Dragão, e quem não for é lampião. Lá estarei!
SMS do dia - CXII
Razia no plantel do FC Porto!
Em pouco mais de 48 horas (entre as 15:28 de 19 de Fevereiro e as 18:03 de 21 de Fevereiro), o site de A Bola anunciou o pseudo interesse de diversos clubes europeus em quatro (!) jogadores do FC Porto.
Marselha pensa em Álvaro Pereira
Juventus aperta o cerco por Rolando
Quarteto espanhol na corrida por Hulk
Falcao na agenda do Inter
Não sei se esta sucessão de notícias teve como objectivo tentar desestabilizar os jogadores em causa, mas vamos encarar a coisa pela positiva. O mais provável é que as “mentes brilhantes” do pasquim da Travessa da Queimada tenham descoberto, finalmente, que o plantel do FC Porto é extremamente valioso e, por isso, desperta a gula de clubes mais endinheirados…
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Venceram os vermelhos… e o árbitro
in comunicado oficial do Panathinaikos
“Estes são os últimos meses que me vão ver na Grécia. Com estas condições, não posso continuar a jogar aqui”
Djibril Cisse (internacional francês, jogador do Panathinaikos)
Já há algum tempo que não via uma arbitragem como a do Olympiakos x Panathinaikos deste fim-de-semana, jogo que terminou com uma vitória dos vermelhos sobre os verdes, no derby de Atenas, por 2-1.
O vídeo seguinte (seguramente preparado por uma adepto do Pana) é elucidativo:
1) Agressão a um jogador do Panathinaikos ao minuto 30 que ficou impune;
2) Mão evidente e ostensiva de um defesa do Olympiakos – penalty por marcar ao minuto 44;
3) Golo limpíssimo do Panathinaikos (do nosso conhecido Katsouranis) anulado ao minuto 81;
4) Golo da vitória do Olympiakos em fora-de-jogo, marcado já em período de descontos.
O Panathinaikos poderia estar hoje a 4 pontos do Olympiakos e com vantagem nos confrontos directos, mas graças à arbitragem calamitosa do senhor Dimitrios Kalopoulos está a 10 pontos e afastado do título.
Comparado com este artista grego, até indivíduos como o Bruno Paixão ou o João Ferreira não parecem muito maus…
O treinador que nunca sorri
“Não estou contente com o resultado. Não jogámos como eu queria, falhámos contra-ataques e a transição defesa-ataque foi lenta.”
Ljubomir Obradovic, treinador do FC Porto
«O FC Porto jogou contra uma das melhores equipas espanholas de olhos nos olhos e, muito embora o seu treinador se mostre insatisfeito com a exibição, a verdade é que os bicampeões nacionais revelaram ter já capacidade para consumo externo. A vitória neste jogo da primeira mão assenta-lhes como uma luva.»
in O Jogo, 21/02/2011
Num jogo correspondente à primeira mão dos oitavos-de-final da Taça EHF, o FC Porto venceu os espanhóis do Reale Ademar por 26-25.
O FC Porto poderia ter ganho por mais? Sim, basta constatar que estava a vencer por 25-21 a cerca de cinco minutos do final e que falhou um livre de sete metros a poucos segundos do fim. Mas convém não esquecer que do outro lado estava o actual 4º classificado da Liga ASOBAL, um dos campeonatos de andebol mais fortes do mundo, a par do alemão.
Obradovic queria mais, mas é preciso ter noção da realidade, da distância que separa o andebol português do espanhol e da diferença entre os dois planteis.
Mesmo sabendo que a probabilidade do FC Porto seguir em frente na Taça EHF é diminuta (a 2ª mão joga-se no próximo sábado, em León), penso que Obradovic teria motivos para sorrir com a exibição de ontem dos seus atletas.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Números da semana (XVII)
7 minutos jogou Álvaro Pereira em Sevilha (não jogava desde 19 de Dezembro de 2010, em Paços de Ferreira, e foi operado em Janeiro a uma lesão no ombro).
8 vitórias (e um empate) do FC Porto em nove jogos na Liga Europa 2010/11.
17º é o lugar ocupado pelo Estugarda na Bundesliga à 23ª jornada, após 5 vitórias, 4 empates e 14 derrotas (este fim de semana voltou a sofrer 4 golos, perdendo por 2-4).
23 golos marcados (e sete sofridos) pelo FC Porto na Liga Europa 2010/11.
17478 espectadores assistiram ao vivo ao Braga x FC Porto (campeonato, 19ª jornada), naquela que foi a maior assistência desta época no Estádio AXA (jogos da Liga dos Campeões incluídos).
O Estranho Caso de Radamel Falcao
Dado como apto para jogar contra o Benfica, e para jogar com praticamente todas as equipas desde então, Radamel Falcao continua a não jogar, aparentemente por não se encontrar 100% recuperado da lesão que sofreu no inicio de Janeiro, com a Naval.
- No dia 5 de Fevereiro, sai a noticia de que Falcao já não consta do boletim clínico do Dept. Médico do FC Porto (noticia aqui);
- A 6 de Fevereiro jogou-se o FC Porto x Rio Ave e Falcao volta a não jogar;
- No Braga x FC Porto do dia 13 de Fevereiro Falcao não é convocado novamente para um jogo;
- Para o jogo com o Sevilha, no dia 17 de Fevereiro, foi convocado e perspectivava-se que substituísse James Rodrigues no 11 titular (rtp).
O factor estranheza advém do facto de Falcao não constar dos boletins clínicos do Dept. Médico do FC Porto há já algum tempo, e das variadas declarações contraditórias do próprio Falcao, dos colegas e do treinador André Villas-Boas.
No fim do jogo com o Sevilha, Falcao disse à CS que "Estava disponível para jogar, mas vamos esperar pelo melhor momento", dando a entender que teria sido uma escolha da equipa técnica. Contudo, no seu site, Radamel afirma que "desafortunadamente no me sentía bien para jugar hoy, no estaba al 100% aunque me moría de ganas por estar dentro de la cancha junto a mis compañeros no pude estar porque no me sentía al 100% físicamente para dar lo mejor junto al equipo".
Longe de querer alimentar polémica e estar a fazer acusações infundadas, este caso é extremamente estranho e nada comum no FC Porto, merecia um melhor esclarecimento relativamente à lesão e à razão da indisponibilidade do jogador. Será que o bluff que se faz contra os adversários, aproveitando a indisponibilidade, vale os rumores e boatos que se vão ouvindo e que nada dignificam o jogador ou a instituição?
As melhoras e um regresso rápido Falcao...
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Momentos em Sevilha
O fenómeno Iturbe
Agora, ainda ao serviço do Cerro Porteno, contribuiu com dois golos para a vitória (5-2) sobre o Colo Colo, em jogo da Copa Libertadores da América.
"É por jogos como este que o mundo futebolístico fala intensamente do Iturbe. Ele esteve fantástico. Demonstrou, uma vez mais, que não é apenas uma promessa para o futuro. Estamos muito orgulhosos por o termos ajudado a transformar neste fenómeno. Infelizmente, ele não estará aqui por muito mais tempo, mas fizemos o que podíamos para o manter por cá"
Juan José Zapag, presidente do Cerro Porteño
Com apenas 17 anos, Juan Manuel Iturbe já é apelidado por muitos como um fenómeno (o novo Messi). Chegará mesmo a vestir a camisola do FC Porto, ou outros valores ($$$) irão impor a sua lei?
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Entrevista em Sevilha sem som
Vi o Sevilha x FC Porto num restaurante do Porto, numa televisão sem som, o que teve a enorme vantagem de me poupar aos habituais apartes (e azia!) dos “isentos” jornalistas e comentadores da SIC.
No final do jogo, após saborear a vitória (e uma mousse de chocolate) e enquanto tomava café, assisti à entrevista rápida feita a André Villas-Boas, imaginando o seguinte diálogo:
[jornalista da SIC]: O FC Porto ganhou apenas por 2-1, tendo marcado o golo da vitória nos últimos minutos. Esperava tantas dificuldades?
[AVB]: O Sevilha não é uma equipa qualquer. Nos últimos cinco anos ganhou duas vezes esta competição.
[jornalista da SIC]: Sim, mas este Sevilha não é a mesma equipa das épocas 2005/06 e 2006/07?
[AVB]: Pois não, mas jogou em casa e continua a ter jogadores de nível internacional, como Jesús Navas, Perotti, Rakitic, Luís Fabiano, Kanouté e Álvaro Negredo. Além disso, não tinha cinco dos habituais titulares impedidos de jogar.
[jornalista da SIC]: Está a comparar o Sevilha com a equipa do Estugarda que jogou hoje contra o Benfica?
[AVB]: Não podemos comparar o incomparável. O Sevilha tem sido, consistentemente, uma das melhores equipas do futebol espanhol, está a disputar os lugares europeus e ainda recentemente criou muitas dificuldades ao Real Madrid nas meias-finais da Taça do Rei. Não tem nada a ver com o grupo de excursionistas alemães que hoje visitou o estádio da Luz.
[jornalista da SIC]: O FC Porto está em excelente posição para passar aos oitavos-final da Liga Europa. Das equipas ainda em prova, qual é que gostaria de enfrentar?
[AVB]: Ainda falta o jogo do Dragão, que não irá ser fácil. No entanto, se passarmos, gostava de jogar com o penúltimo classificado da Bundesliga. Aquela equipa que em 22 jornadas tem apenas 5 vitórias. Mas, infelizmente, o sorteio foi-nos desfavorável e não vai ser possível.
Na realidade, André Villas-Boas não disse nada disto, mas poderia ter dito algo do género, dando continuidade à animada troca de galhardetes com Jorge Jesus. Fica para a próxima conferência de imprensa…
Está bem encaminhado
Ora bem, este ano depois de Viena, temos Sevilha a desmenti-la (eu sei que em Sevilha não é o mesmo estádio, mas isso é um pormenor).
E hoje fomos mesmo felizes, não jogámos grande coisa, não me lembro de uma jogada com princípio, meio e fim, as oportunidades que tivemos foram no resultado de bolas paradas, tivemos o Kanouté a imitar o Hugo Almeida (ou o Postiga), e o Cebola tem aquele remate falhado que se transforma em jogada de golo.
foto gamada no Record |
É daqueles casos em que se diz, foi melhor o resultado que a exibição.
Prá semana voltamos à década de 80.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Bolsa de apostas - X
1º Manchester City com uma probabilidade de 17%
2º Liverpool - 8,8%
3º FC Porto - 6,4%
4º Juventus - 6,4%
5º Atlético Madrid - 6,2%
6º Zénit - 5,3%
Neste top 6, duas equipas já foram de vela, e agora está assim:
1º Manchester City- 21,8%
2º Liverpool - 14,2%
3º Zénit - 11,1%
4º FC Porto - 10,35%
5º CSKA Moscovo - 6,7%
6ª Villarreal - 6,5%
Fomos ultrapassados pelo Zénit e entrou mais um equipa russa - o passado recente tem mostrado que as equipas russas chegadas a esta fase são grandes candidatas.
Nenhum equipa vinda da liga dos campeões é vista como favorita a vencer a liga europa.
Em relação à eliminatória com o Sevilha, somos favoritos com 59,5%, mas para a vitória no jogo de hoje é o Sevilha que vai na frente com 42,2% contra os nossos 34,85%. Sendo o resultado mais provável o 1-1 com 13,89% de probabilidade.
Os "media" que temos (Parte II)
Mas será essa dualidade minimamente compreensível, "necessária para vender jornais", como alguns (tipicamente benfiquistas, mas não só) às vezes afirmam? Pessoalmente divido os meios de comunicação social (para aqui relevantes) em 3 categorias distintas:
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O filho pródigo
"O Sporting foi a minha mãe, o meu pai. Tive que sair porque um treinador queria dispensar-me para outra equipa, mas o Sporting esteve, está e sempre estará no meu coração"
Paulo Futre
Futre nasceu em 28 de Fevereiro de 1966 e fez a sua formação futebolistica no Sporting. Contudo, no Verão de 1984, após o presidente do Sporting – João Rocha – ter feito um ataque ao FC Porto e “roubado” os internacionais Sousa e Jaime Pacheco, Pinto da Costa respondeu e foi buscar Futre, na altura um miudo de 18 anos.
Foi no FC Porto que o montijense explodiu como futebolista e foi de azul-e-branco que ganhou títulos (2 campeonatos, 2 supertaças e 1 taça dos campeões europeus) e dimensão internacional.
Do Porto voou para Madrid, onde esteve de 1987 a 1993, e se tornou um símbolo do Atletico de Jesús Gil y Gil.
Depois ainda passou fugazmente por mais seis clubes – Benfica, Marselha, Reggiana, AC Milan, West Ham e Yokohama Flugels –, tendo jogado muito pouco em cada um deles, até arrumar as botas em 1998.
Pegar num jogador com este passado, que como sénior envergou apenas 21 vezes a camisola dos leões (quase sempre como suplente utilizado) e que, ainda por cima, saiu de Alvalade (há 27 anos!) de forma quase clandestina, e querer fazer dele um símbolo do Sporting é algo que não lembra ao careca. Mas, pelos vistos, quem o escolheu entende que tê-lo na lista é um bom trunfo eleitoral e, claro, Futre agarrou esta oportunidade com as duas mãos.
Do Sporting desde pequenino? Evidentemente!
E o ano passado queria que o slb fosse campeão, no regresso a Viena recordou a paixão pelo FC Porto e, claro, mantém casa em Madrid, porque nunca se sabe se o Atletico voltará a precisar dele.
Apostar tudo contra o Rangers
Na segunda-feira, ao início da noite, vinha eu de regresso a casa e sintonizei o rádio do carro na TSF, tendo ouvido um pedaço do programa Jogo Jogado.
Na parte que eu apanhei, a conversa era sobre a crise do Sporting e o modo como a equipa leonina deveria encarar os dois próximos jogos. A opinião dos dois comentadores - João Rosado e Luís Freitas Lobo - era idêntica: os leões devem apostar tudo contra o Rangers, porque no campeonato já pouco ou nada têm a ganhar.
Ora, eu não sei se o Sporting tem pretensões a ganhar a Liga Europa deste ano, mas parece-me que a prioridade deveria ser assegurar um lugar na Liga Europa do próximo ano. É que se o descalabro no campeonato continuar, os leões correm o sério risco de ser ultrapassados (por V. Guimarães, Sp. Braga e até U. Leiria) e ficarem fora das competições europeias do próximo ano.
A questão é que no meio da eliminatória contra o Rangers há um Sporting x Benfica que, normalmente, a comunicação social lisboeta promove como sendo o clássico dos clássicos, o jogo que sportinguistas e benfiquistas querem sempre ganhar, independentemente da classificação.
Este ano não interessa ao Sporting? Pois..., eu percebo perfeitamente os jornalistas e comentadores que entendem que o clube de Alvalade deve apostar tudo contra os protestantes de Glasgow.
08-08-1993
Uns 2 meses depois do regresso ao Brasil, então já a treinar o Cruzeiro, veio no início da época fazer um particular às Antas.
No Cruzeiro já andava a dar nas vistas um puto, Ronaldo de seu nome, na altura com 17 anos, e que ainda usaria o sufixo inho - que iria perder mais tarde para o dentuças.
Na época ainda não apostávamos em jovens promessas sul americanas e a esperança de que aquele particular fosse um pretexto para fazer a contratação não passou disso mesmo: de uma esperança de adepto.
Um ano mais tarde era vê-lo seguir para Eindhoven e o resto da história é por demais conhecida.
Ontem acabou a carreira, não foi má de todo, mas certamente não deixará de recordar o dia 08 de Agosto de 1993 como o ponto alto da carreira - o dia em que jogou nas Antas ;-) (ou o 1º jogo na europa)
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Dupla de Centrais
E convém salientar que tendo a votação terminado no domingo, a esmagadora maioria dos votos foi antes do Braga x FC Porto.
Preparar o terreno
O slb x Guimarães, arbitrado por João Ferreira, foi um jogo de "amigos", quase sem faltas e apenas um cartão amarelo (para um jogador vimaranense).
Em contraste, o Olhanense x Sporting foi um jogo recheado de cartões, com cinco jogadores leoninos - Evaldo (34), Hélder Postiga (55), Rui Patrício (59), Daniel Carriço (74), Carlos Saleiro (84) - a serem amarelados por Olegário Benquerença, a que acresce a expulsão do treinador Paulo Sérgio.
"Sem querer tirar mérito ao Olhanense, houve mais gente a dificultar a nossa tarefa. Senti que o campo estava inclinado. Fui bem expulso, mas tinha razão nos protestos."
Paulo Sérgio
"É complicado ver lá dentro as faltas que ficam por marcar e depois ver o riso cínico do árbitro. Sentimos que estamos a ser prejudicados."
Pedro Mendes
Na próxima jornada irá realizar-se um Sporting x slb. Do lado dos da casa, já se sabe que não vão jogar o melhor avançado (Liedson foi transferido para o Corinthians), o melhor médio (Valdés está lesionado) e Evaldo (que irá cumprir a suspensão do 5º cartão amarelo). E dependendo do que Olegário escreveu no seu relatório, também Paulo Sérgio pode ser impedido de ir para o banco.
Estando, nesta altura, o Sporting quase em estado de coma, era mesmo necessário "preparar o terreno" desta maneira?
No contexto actual do futebol português, analisando friamente o que se tem passado dentro e fora dos relvados, seria preciso um milagre para que o slb não vencesse o dérbi de Lisboa da próxima segunda-feira.
P.S. Alguém sabe qual é a média de cartões por jogo do Major Ferreira?
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Um ano depois (ou "os Media que temos")
Aliás, quem lê os jornais ou vê TV nas últimas semanas até é capaz de ficar a pensar que é o slb que vai à frente.... veja-se por exemplo agumas capas de hoje ("Benfica dá festival" e "Génios à solta" a ocupar capas inteiras).
Mais: se fosse ao contrário, não faltariam loas aos recordes estabelecidos e ao domínio avassalador que o líder detem. Há quantos anos é que não tínhamos um líder com um percurso tão imaculado no campeonato por esta altura (digamos à 20a jornada)? Não sei a resposta ao certo, mas sei que se fosse o slb já o tinham investigado, e sei também que é um recorde neste milénio (nr de pontos do líder nos últimos 10 anos à mesma jornada, de 2011 para trás: 56, 49, 42, 50, 49, 44, 37, 52, 54, 43).
Se fosse ao contrário teríamos certamente parangonas do género:
1) hoje: "Villas Boas melhor que o FCP campeão europeu de Mourinho"
2) ...e há um ano atrás: "Jesualdo conseguiu fazer melhor que Jesus" [na época 07/08].
Há dúvidas?PS - quem tenha andado na FEUP sabe como responder de forma precisa à pergunta que remata este texto :-)
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Vitória central
Sempre achei que o objectivo principal tem de ser dar espectáculo e golear. Isto nem sempre é possível, há jogos mais bem conseguidos, há outros menos, mas se o espírito for este é sempre mais fácil. Não se pode facilitar nunca, desprezar competições nem menosprezar adversários.
Quando isto acontece, as vitórias são limpinhas e a gente não sente aquele "ainda nos vamos f****", os atrasos para o Helton até fazem sentido.
Neste jogo voltei a sentir esta sensação de jogo controlado, apesar de haver na mesma os se's, se o Hulk não tem acertado na barra mas uns cms mais abaixo, se o Otamendi não tem marcado aos 45 minutos, se o árbitro tem ido na cantiga do Mossoró, se ...
foto gamada no Record |
Valeu que na sequência de lances de bola parada o Otamendi andava pela área, já que apesar de termos o jogo controlado nunca se viu ninguém pela área, o Hulk decididamente não se dá naquela posição - não quer dizer que não a faça, quer dizer que não é ali que rende mais em favor da equipa.
E foram mais 3 pontos na caminhada para o resgate, mas para quando um golo num pontapé de canto?
ps:
Diz o Guarin no seu twitter:
Adeptos não se que mais fazer neste club para poder ter um lugar no onze inicial vcs sabem muito bem tudo o que ja fiz para poder jogar ak.Embora eu ache que o regresso do Fernando à titularidade não tenha sido tão merecida quanto outras, se calhar este desabafo do Guarín explica o porquê da sua própria lamentação.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Um "guardanapo" nervoso
"O FC Porto usa as pessoas como se fossem guardanapos. Limpa e deita fora"
Carlos Pereira
Numa entrevista estratégica a A Bola, na n-ésima vez em que fala no caso Kléber, o presidente do Marítimo volta a atacar o FC Porto, enchendo a boca com palavras como "transparência", "seriedade", "aliciamento", "sacos azuis", etc.
Não sei se por trás de Carlos Pereira está o mesmo grupo de "especialistas em leis" que quiseram, através da secretaria, "roubar" ao FC Porto o lugar na Liga dos Campeões, mas parece-me que Carlos Pereira anda muito nervoso e, se estivesse tão certo que a FIFA lhe vai dar razão, não precisava de se desdobrar em tantas entrevistas e declarações.
Foto: Mística do Dragão
"Melhor clube do mundo e arredores"
Ontem disputou-se a 1ª ronda da Supertaça de Basquetebol, prova que reúne os campeões de Portugal e Angola (slb e 1.º de Agosto) e os detentores das respetivas taças nacionais (FC Porto e Libolo), num sistema de todos contra todos.
Este ano a competição disputa-se em Lisboa, na arena do Campo Pequeno, e logo a abrir houve um slb x FC Porto.
Os dragões, mesmo desfalcados dos internacionais João Santos e Carlos Andrade, "tourearam" os encarnados tendo ganho por 64-72 (20-22, 15-15, 15-20, 14-15).
No final do jogo, o treinador do slb não disfarçou a sua azia por ter perdido contra o FC Porto e ainda por cima em casa:
"A equipa de arbitragem permitiu muitos contactos e nós ficávamos à espera das faltas. Esse terá sido um dos motivos para explicar os 30 lançamentos de 2 pontos que falhámos debaixo do cesto. (...) Não encontro explicação para que um Benfica-FC Porto, em Portugal, tenha uma equipa de árbitros angolanos. Têm outro critério, diferente do nosso."
Como eu compreendo o Henrique Vieira. Tal como ele, também eu estou absolutamente convicto que se os árbitros fossem portugueses o slb não teria perdido. De facto, é uma pena que os árbitros angolanos não tenham olhado às cores das camisolas...
Mas já que o treinador dos encarnados falou na dureza do jogo e nos critérios da arbitragem, a ocasião era excelente para dar como exemplo as cotoveladas do seu jogador Eky Viana...
Quanto a Moncho Lopez que, ao contrário de Henrique Vieira, não tem por hábito passar os jogos a pressionar os árbitros, preferiu falar da sua equipa elogiando os jogadores novos que lançou, concluindo as suas declarações dizendo que o FC Porto "tem grandes adeptos e é o melhor clube do mundo e arredores".
Deloitte Football, 2000 a 2010
Mais do que apenas chapar a(s) tabela(s) da Deloitte Football Money League, referentes às receitas geradas pelos clubes na temporada de 2009/2010, o site Maisfutebol fez uma análise comparativa da evolução verificada no século XXI, isto é, de como era a realidade em 2000 e como é agora.
Convém salientar que as receitas dos clubes consideradas neste ranking da Deloitte não incluem transferências e são divididas em três categorias:
- Receitas de Bilheteira (inclui os lugares anuais);
- Direitos TV (inclui a venda de direitos TV nacionais e internacionais);
- Comércio (inclui todos os patrocínios e merchandising).
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Sete ingleses, quatro alemães, quatro italianos, três espanhóis e dois franceses. Em 2011, estes são os países que colocam clubes entre os que maiores receitas produziram no último ano. Maisfutebol foi ver como era em 2000, de acordo com o mesmo estudo, produzido pela Deloitte. As diferenças são grandes.
Em 2000, no relatório que costuma acompanhar a divulgação da tabela dos clubes mais ricos do mundo (em rigor, são os que geram maior receita, não necessariamente os mais ricos, as despesas ficam fora da análise), previa-se que o domínio inglês desse período podia em breve estar ameaçado.
Essa previsão concretizou-se. Em 2000, o Manchester United dominava a tabela, seguido do Bayern de Munique. Entre os cinco primeiros só havia um espanhol, o Real Madrid, e o Barcelona era apenas sexto. Por essa altura, em Itália e Espanha os clubes assinavam novos e lucrativos contratos com a televisão. E a Deloitte previa que isso pudesse alterar a tabela dos mais ricos. Certo. No entanto, identificava a Itália como principal ameaça ao domínio inglês, o que a história acabou por não confirmar.
Em 2000, a Inglaterra colocava oito clubes entre os 20 maiores. Agora tem sete. A Itália tinha seis, hoje está reduzida a quatro. A Espanha somou o Atlético Madrid ao Real Madrid e ao Barcelona. A Alemanha passou de dois para quatro representantes e a França surge na lista em 2011, facto que não se passava há dez anos. Nessa altura, Glasgow Rangers e Celtic faziam figura entre os maiores. Agora a Escócia foi retirada do mapa.
A primeira década do século XXI permitiu ao Real Madrid passar de terceiro para primeiro, mas o grande salto foi dado pelo Barcelona, que antes era sexto e hoje ameaça a liderança do clube de Florentino. O Manchester United caiu de primeiro para terceiro e o Bayern Munique de segundo para quarto.
O crescimento dos dois maiores clubes espanhóis não significa que a riqueza tenha sido bem distribuída. É verdade que o Atlético Madrid conseguiu aceder ao top 20, mas só isso.
Do ponto de vista da geração de receitas, os clubes ingleses continuam a impressionar. Claro que alguns ficaram pelo caminho. O Leeds, histórico, é o maior exemplo. Em 2000 ainda era poderoso, agora anda no segundo campeonato inglês, depois de dias de amargura. Está na luta pelo acesso à Premier League, ao lado de outros para quem a última década foi penosa: Nottingham Forest, Ipswich Town, QPRangers ou Middlesbrough.
Em 2000, a tabela ainda era ordenada em milhões de contos. Feita a conversão, a diferença é enorme. Os clubes tornaram-se em verdadeiras máquinas de fazer dinheiro. Recebem mais das televisões e dos patrocinadores, afinaram a bilheteira e a relação com os adeptos, a quem vendem hoje muito mais produtos. Descobriram também mercados novos, o asiático antes de todos.
Todos os clubes do top 20 geram hoje mais receitas do que em 2000. Alguns têm mesmo muito mais receitas.
Eis a comparação (2010 vs 2000):
Real Madrid (438 M / 124 M)
Barcelona (398/91)
Manchester United (349/180)
Bayern Munique (323/135)
Arsenal (274/79)
Chelsea (255/96)
Milan (235/88)
Liverpool (225/75)
Inter (224/80)
Juventus (205/95)
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Em 2000, o Manchester United destacava-se com receitas de 180 milhões de euros. Dez anos depois, há 10 clubes com receitas acima dos 200 milhões de euros por ano.
Sendo esta a realidade, ainda hoje me interrogo como é que foi possível o FC Porto ter ganho a Liga dos Campeões em 2004.
Olhando para o gráfico anterior, verifica-se que as receitas de televisão (direitos de TV) representam uma fatia muito significativa das receitas dos clubes mais ricos da Europa. No caso do AC Milan, Inter e Juventus, representam mesmo mais de 60% das suas receitas.
Gráficos e Tabelas: FutebolFinance, Deloitte Football Money League
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Negócios do mercado de Inverno
Assim de repente, penso que faltam nesta lista alguns nomes das contratações de Inverno feitas nos últimos anos (de 2006/07 a 2009/10). Não me lembro é de quais...
Infografia: record.pt
Os Gloriosos Malucos das Máquinas Pedaladoras
"Eu não queria cá saber de bola! Mas de repente passei a portista sofredor, imagine só! Sabe como? Pois bem, um belo dia de Agosto de 1961 passou aqui de amarelo o Mário Silva! E o Mário Silva era do Porto. Eu era miúdo e a partir de aí passei a só ver Porto, fosse de bicicleta, fosse na bola, fosse no «hóque»!"
Pois é, este era um fenómeno muito vulgar. A Volta a Portugal, substituta do futebol nas paixões clubísticas no mês de Agosto, era o acontecimento desportivo que mais emplogava os adeptos dos grandes, à parte o Campeonato Nacional de Futebol. Um "clássico" tripartido jogava-se naqueles quinze dias, da canícula da planície alentejana, passando pelas veredas da Estrela e do Marão e pelos circuitos no velódromo de Sangalhos ou na pista das Antas, e terminando amiúde com um contra-relógio de Vila Franca de Xira ao Estádio de Alvalade.
Naquele ano de 1961 acima referido, o F.C. Porto conquistava individualmente pela terceira vez consecutiva a prova, e voltaria a fazê-lo no ano seguinte. O Mário Silva foi talvez a maior figura do clube na modalidade na década de sessenta. Com 20 ou 21 anos venceu a prova naquele ano; nunca mais a venceria de novo, mas bateu-se regularmente pela vitória ao longo da década. Terminaria a carreira numa equipa angolana, pela qual disputou a Volta de, creio, 1970, recebendo uma grande ovação à entrada de Alvalade no contra-relógio final. Os outros nomes sonantes que equiparam de azul e branco naquela década foram o Joaquim Leão e o José Pacheco, vencedores em 1965 e 1962, respectivamente, mas nenhum deles tinha a categoria do Mário Silva. Este tinha ainda outra característica que o fizera cair na graça dos adeptos: era de Águeda, conterrâneo do Hernâni, portanto.
Como o final da prova era sempre em Lisboa, a coisa propiciava-se para um reacender das batalhas clubísticas da época futebolística. Ficou célebre o desabafo do nosso corredor Dias Santos, no final de uma Volta em fins de quarenta ou princípios de cinquenta, que o nosso clube dominara amplamente: "Tirámos o sarampo à gajada de Lisboa!", exclamou ele, exuberante, aos microfones da Emissora Nacional.
Quando os grandes abandonaram o ciclismo, acabou uma era, e nem os recentes esforços do Benfica a fizeram voltar. Esse tempo passou. O ciclismo é há muito uma actividade de marcas patrocinadoras. Mas enquanto os três grandes estiveram em prova, foi o F.C. Porto quem mais vitórias individuais alcançou. O ciclismo, nos tempos anteriores à televisão, ou, mesmo depois dela, quando o futebol não tinha nela o relevo que hoje tem, foi uma enorme arma de promoção dos clubes por esse país fora.
Na foto: Mário Silva
longara.blogspot.com
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Voo picado em Braga?
«Falcao ainda não deve regressar aos relvados em Braga. Pelo menos na condição de titular. Foi o próprio jogador, que hoje completa 25 anos, que o admitiu em declarações à Imprensa colombiana à chegada à concentração da selecção. “Sofri um forte traumatismo no joelho esquerdo que me provocou bastantes dores. Esta semana já comecei a trabalhar com o grupo e espero que na próxima possa começar a jogar”. Ou seja, Falcao não está a contar ser opção para a deslocação do FC Porto a Braga, adiando dessa forma o regresso para de hoje a oito dias, quando os dragões defrontarem o Sevilha para a Liga Europa.
Sendo assim, tudo indica que Hulk voltará a ser o ponta-de-lança de serviço dos portistas, com Varela e James no apoio. Isto se Villas-Boas não decidir promover Walter ao onze, depois de o ter deixado de fora dos eleitos nos últimos dois jogos.»
in O Jogo, 10/02/2011
A confirmar-se, este será o 10º jogo de 2011 em que o avançado colombiano estará ausente por lesão. E como tem sido notória a falta que faz à equipa!
Radamel Falcao é um ponta-de-lança de grande categoria, uma verdadeira “ave rara” da grande área e, naturalmente, nunca seria fácil de substituir (o FC Porto não é o Real Madrid e a SAD não se pode dar ao luxo de ter sentado no banco um outro ponta-de-lança do mesmo nível).
Contudo, sendo o trio maravilha do ataque portista (como eu já lhe chamei várias vezes) composto por Varela (na esquerda), Falcao (no meio) e Hulk (na direita), a indisponibilidade de El Tigre poderia ser minimizada se, por exemplo, no plantel houvesse um Farias em vez de um Walter.
Não sendo esse o caso, o treinador do FC Porto tem optado por uma solução de recurso: James (na esquerda), Hulk (no meio) e Varela (na direita), com Walter a ficar no banco ou na bancada.
Ora, aquilo que poderia ser apenas uma alteração, se no plantel houvesse uma alternativa ao Falcao, acaba por obrigar a uma revolução no trio de ataque portista.
Jogando na esquerda, além de fazer cruzamentos, Varela também flecte para o meio criando situações de remate com o pé direito. O mesmo acontece com Hulk do lado oposto, mas fazendo o movimento contrário, flectindo da direita para o meio, de modo a tirar partido do seu potente remate com o pé esquerdo. Além disso, os jogadores não são ilhas e, no caso dos extremos, são particularmente importantes as dinâmicas e mecanismos criados com os laterais: Hulk – Sapunaru na direita e Varela – Álvaro Pereira na esquerda.
Por tudo isto, quando André Villas-Boas coloca Hulk no meio, não está a fazer apenas uma alteração, está a mudar o posicionamento dos três jogadores do ataque portista, ficando a equipa pior servida nas três posições e perdendo-se também os mecanismos que atrás referi.
Chegará para ganhar em Braga?
Fazendo "Zapping" por "Webstream"
O século XXI, a "modernidade", as tecnologias de comunicação, a internet, tudo isto é fantástico, de facto.
Ontem era dia de futebol internacional "a feijões" e, vai daí, em vez de me sentar em frente à televisão, peguei no "laptop" (outra maravilha tecnológica) e pus-me a fazer "zapping" por vários canais de televisão. E realmente não me faltaram espectáculos.
Logo à cabeça, claro, um muito esperado e apetecível Ronaldo v Messi, jogo que, segundo as crónicas, o Ronaldo nunca venceu (e o borrego manteve-se - e espera-se que se mantenha); muda de canal e aí temos um Malouda v Robinho (ignoro o palmarés), que o Malouda venceu por 1-0 com um golo do Benzema, e depois um Sneijder v Maierhofer (3-1 para o Sneijder), um Bendtner v Rooney (vitória do Rooney por 2-1), um Podolski v Pazzini (1-1), um Hleb v Ostapenko (1-1, com um golo de cada um deles), um Kranjcar v Rosicky (4-2 para o Kranjcar) e um Vassiljev v Popov (2-2, e ambos bisaram)!
Foi um fartote de futebol, bom aperitivo para o jogo de domingo entre o Lima e o Falcao.
E eu que pensava que o futebol era um desporto colectivo!
Foto: Público
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
João "pode ser" Ferreira
No mesmo dia disputa-se o Sp. Braga-FC Porto (20H15, na Sport TV 1), que será dirigido por Duarte Gomes.»
in record.pt
Após a "exibição brilhante" no recente Rio Ave x slb para a Taça de Portugal, jogo no qual assinalou três penalties a favor do slb, não teria sido mais prudente Vítor Pereira nomear outro árbitro?