Ultimamente o tempo de vida estimado das cadeiras de sonho no Dragão tem sido bastante curto. Depois de Villas-Boas preferir o couro britânico antes de cumprir um ano de azul ao peito agora parece claro que Vítor Pereira não passará outro Verão como treinador principal do FC Porto. Nenhum adepto, nem os mais ferrenhos do técnico (ainda existem?) perspectivam uma sequela, mesmo que uma reviravolta surpreendente permita ao FCP revalidar o titulo de campeão nacional ou a própria Europe League.
Como SAD, treinador, jogador e adeptos já sabem que este filme tem data de caducidade marcada para Maio, é normal que arranque a especulação sobre qual será o próximo capitulo. Pinto da Costa tem sido um presidente bastante condescendente com os seus treinadores, especialmente os mais obedientes. Mesmo quando o público portista se mostrou farto de Jesualdo Ferreira ou Fernando Santos, por exemplo, estes mantiveram-se no seu lugar. Essencialmente porque a SAD – e o presidente – parece ter um especial apreço por treinadores que dão o corpo à bala, que se transformam no foco de contestação das massas e da imprensa e, por conseguinte, mantêm os focos distantes da gestão presidencial que nos casos de Fernando Santos (a partir de 2000), Jesualdo (o caso Apito Dourado) e Vítor Pereira (a péssima preparação da temporada) tem sido bastante criticável.
Mas até Pinto da Costa sabe que os seus homens de confiança e apostas pessoais (e os três foram-no) têm um limite e quando os resultados e as sensações deixam de acompanhá-los, tarde ou cedo a hora chega. Vítor Pereira sabe-o desde o principio, sente-o desde o empate com o Benfica e tem-no por garantido desde a eliminação da Champions. O despedimento de Domingos pode potenciar um cenário similar ao que ocorreu na troca de Octávio (outro adjunto que Pinto da Costa quis transformar em técnico ganhador) por José Mourinho (que esperava em Leiria pelo primeiro poiso livre). Mas apesar da velha glória do ataque portista ser um nome querido pelos adeptos, o seu péssimo ano em Alvalade, onde foi incapaz de produzir futebol e resultados, é um sério handicaap para quem quer dar um murro na mesa. Despedir um treinador que segue em segundo por um que é incapaz de saltar do quarto posto, por debaixo das expectativas do próprio clube, não parece ser o melhor dos sinais.
Quando Vítor Pereira foi eleito sucessor de Villas-Boas muitos adeptos torceram o nariz e pensaram em três nomes que, passado um ano, estão aí, disponíveis, mas com um historial distinto.
Á parte do tema Domingos, que promete levantar muitas suspeitas nas próximas semanas, estão na lista o seu herdeiro em Braga, Leonardo Jardim, há muito um protegido de Pinto da Costa e um técnico que tem feito um bom trabalho num clube que se tornou em viveiro dos grandes. Mas Jardim, é certo, ainda não deixou um destelho de genialidade que permita sentir que é “um treinador à Porto”.
Pedro Emanuel, filho adoptado da casa, passou o teste do ano de estreia com boa nota mas nem todos os treinadores que começam bem a sua carreira acabam por confirmar todo o potencial imaginado.
Depois há que manejar a opção Paulo Bento. Sempre se especulou sobre o seu futuro como treinador do FC Porto e tendo em perspectiva o fraco futuro de Portugal no “grupo da morte” do próximo Europeu, é bastante provável que o actual seleccionador esteja livre em Julho. Não será uma escolha consensual entre os adeptos face ao seu passado nos dois grandes da capital e o seu carácter conflictivo, mas analisando apenas o espectro de treinadores nacionais (pelos problemas de liquidez da SAD não os imagino a aventurar-se no caro mercado internacional) é dos técnicos que eventualmente estarão livres, o que mais curriculum tem.
Para o fim deixo a solução mais óbvia e, no entanto, mais complexa.
A péssima época de Villas-Boas com o Chelsea (a pior dos últimos dez anos a esta altura da temporada) parece deixar claro que os milhões de Abramovich vão procurar outro sucessor espiritual a Mourinho. Só uma inesperada vitória na Champions League salvaria a cabeça do técnico portuense que, provavelmente, em Junho procurará emprego. Desta vez nenhum grande da Europa vai obcecar-se com o seu talento e entre optar por um clube médio em Itália, Espanha e Inglaterra, e voltar ao Dragão, talvez AVB sinta saudade de um café nas esplanadas da Foz. Seria o regresso mais lógico, mas também o que provavelmente levantaria mais questões.
Com Pinto da Costa ao leme só dois treinadores voltaram a orientar o FC Porto. Tomislav Ivic foi um sucesso tremendo no seu primeiro ano, onde só faltou renovar a Taça dos Campeões, e um desastre no mandato de meio-ano em 1993/94. O outro nome é o de Artur Jorge. Com a subtil diferença de que o “rei Artur” saiu depois de três anos como treinador principal (e um par deles como homem de confiança de Pedroto), dois campeonatos, uma Taça dos Campeões europeus e que depois de fracassar no projecto Matra Racing, encontrou no regresso a casa uma forma de paliar o sofrimento do falecimento da sua esposa de então. Um regresso bem sucedido (mais um bicampeonato) e curto, antes que Portugal batesse à porta.
Villas-Boas seguramente iria ser bem recebido pelos adeptos mais saudosistas e mesmo aqueles que o tratam por “Libras Boas” são conscientes de que seria um técnico “right for the job”. Mas como reagiria o clube e, sobretudo os jogadores. Villas-Boas converteu-se em ídolo porque rompeu com os prognósticos e criou à sua volta uma aura de infalibilidade que o ano em Inglaterra ameaça destroçar. Voltaria como um técnico derrotado, incapaz de se impor numa liga mais exigente e isso pode deixar a sua marca como líder de um balneário que, já de por si, não anda propriamente de boa saúde. Tecnicamente seria uma opção desejável, psicologicamente é um enigma complexo de resolver.
Qualquer que suceda a Vítor Pereira terá um acolhimento caloroso, isso parece claro. Mas será isso suficiente para inverter a tendência suicida desta temporada?
Como SAD, treinador, jogador e adeptos já sabem que este filme tem data de caducidade marcada para Maio, é normal que arranque a especulação sobre qual será o próximo capitulo. Pinto da Costa tem sido um presidente bastante condescendente com os seus treinadores, especialmente os mais obedientes. Mesmo quando o público portista se mostrou farto de Jesualdo Ferreira ou Fernando Santos, por exemplo, estes mantiveram-se no seu lugar. Essencialmente porque a SAD – e o presidente – parece ter um especial apreço por treinadores que dão o corpo à bala, que se transformam no foco de contestação das massas e da imprensa e, por conseguinte, mantêm os focos distantes da gestão presidencial que nos casos de Fernando Santos (a partir de 2000), Jesualdo (o caso Apito Dourado) e Vítor Pereira (a péssima preparação da temporada) tem sido bastante criticável.
Mas até Pinto da Costa sabe que os seus homens de confiança e apostas pessoais (e os três foram-no) têm um limite e quando os resultados e as sensações deixam de acompanhá-los, tarde ou cedo a hora chega. Vítor Pereira sabe-o desde o principio, sente-o desde o empate com o Benfica e tem-no por garantido desde a eliminação da Champions. O despedimento de Domingos pode potenciar um cenário similar ao que ocorreu na troca de Octávio (outro adjunto que Pinto da Costa quis transformar em técnico ganhador) por José Mourinho (que esperava em Leiria pelo primeiro poiso livre). Mas apesar da velha glória do ataque portista ser um nome querido pelos adeptos, o seu péssimo ano em Alvalade, onde foi incapaz de produzir futebol e resultados, é um sério handicaap para quem quer dar um murro na mesa. Despedir um treinador que segue em segundo por um que é incapaz de saltar do quarto posto, por debaixo das expectativas do próprio clube, não parece ser o melhor dos sinais.
Quando Vítor Pereira foi eleito sucessor de Villas-Boas muitos adeptos torceram o nariz e pensaram em três nomes que, passado um ano, estão aí, disponíveis, mas com um historial distinto.
Á parte do tema Domingos, que promete levantar muitas suspeitas nas próximas semanas, estão na lista o seu herdeiro em Braga, Leonardo Jardim, há muito um protegido de Pinto da Costa e um técnico que tem feito um bom trabalho num clube que se tornou em viveiro dos grandes. Mas Jardim, é certo, ainda não deixou um destelho de genialidade que permita sentir que é “um treinador à Porto”.
Pedro Emanuel, filho adoptado da casa, passou o teste do ano de estreia com boa nota mas nem todos os treinadores que começam bem a sua carreira acabam por confirmar todo o potencial imaginado.
Depois há que manejar a opção Paulo Bento. Sempre se especulou sobre o seu futuro como treinador do FC Porto e tendo em perspectiva o fraco futuro de Portugal no “grupo da morte” do próximo Europeu, é bastante provável que o actual seleccionador esteja livre em Julho. Não será uma escolha consensual entre os adeptos face ao seu passado nos dois grandes da capital e o seu carácter conflictivo, mas analisando apenas o espectro de treinadores nacionais (pelos problemas de liquidez da SAD não os imagino a aventurar-se no caro mercado internacional) é dos técnicos que eventualmente estarão livres, o que mais curriculum tem.
Para o fim deixo a solução mais óbvia e, no entanto, mais complexa.
A péssima época de Villas-Boas com o Chelsea (a pior dos últimos dez anos a esta altura da temporada) parece deixar claro que os milhões de Abramovich vão procurar outro sucessor espiritual a Mourinho. Só uma inesperada vitória na Champions League salvaria a cabeça do técnico portuense que, provavelmente, em Junho procurará emprego. Desta vez nenhum grande da Europa vai obcecar-se com o seu talento e entre optar por um clube médio em Itália, Espanha e Inglaterra, e voltar ao Dragão, talvez AVB sinta saudade de um café nas esplanadas da Foz. Seria o regresso mais lógico, mas também o que provavelmente levantaria mais questões.
Com Pinto da Costa ao leme só dois treinadores voltaram a orientar o FC Porto. Tomislav Ivic foi um sucesso tremendo no seu primeiro ano, onde só faltou renovar a Taça dos Campeões, e um desastre no mandato de meio-ano em 1993/94. O outro nome é o de Artur Jorge. Com a subtil diferença de que o “rei Artur” saiu depois de três anos como treinador principal (e um par deles como homem de confiança de Pedroto), dois campeonatos, uma Taça dos Campeões europeus e que depois de fracassar no projecto Matra Racing, encontrou no regresso a casa uma forma de paliar o sofrimento do falecimento da sua esposa de então. Um regresso bem sucedido (mais um bicampeonato) e curto, antes que Portugal batesse à porta.
Villas-Boas seguramente iria ser bem recebido pelos adeptos mais saudosistas e mesmo aqueles que o tratam por “Libras Boas” são conscientes de que seria um técnico “right for the job”. Mas como reagiria o clube e, sobretudo os jogadores. Villas-Boas converteu-se em ídolo porque rompeu com os prognósticos e criou à sua volta uma aura de infalibilidade que o ano em Inglaterra ameaça destroçar. Voltaria como um técnico derrotado, incapaz de se impor numa liga mais exigente e isso pode deixar a sua marca como líder de um balneário que, já de por si, não anda propriamente de boa saúde. Tecnicamente seria uma opção desejável, psicologicamente é um enigma complexo de resolver.
Qualquer que suceda a Vítor Pereira terá um acolhimento caloroso, isso parece claro. Mas será isso suficiente para inverter a tendência suicida desta temporada?
36 comentários:
Qualquer que suceda a Vitor Pereira terá um acolhimento caloroso, isso parece claro. Mas será isso suficiente para inverter a tendência suicida desta temporada?
Gostei da última questão.
Bom post no geral.
Nada de acordo com este post.
Acho que o VP deve continuar a treinar a equipa até ao final da temporada. Depois faz-se a avaliação do deve e do haver.
Dou-lhe razão na reflexão sobre as consequências de uma má gestão por parte da SAD dos reforços desta época, e considero que isso limitou e muito o trabalho do treinador.
Não sou fã de Vitor Pereira mas também acho que ficou condicionado por coisas que não estavam na sua órbita de actuação.
Na eventualidade de Vitor Pereira não prosseguir a sua carreira no Porto, a minha escolha seria obviamente para o Domingos.
Quanto a um regresso de Villas Boas, creio que por agora não seria viável, mas ninguém sabe se o que transpareceu para fora foi realmente o que aconteceu, eu tenho as minhas dúvidas que Pinto da Costa e a estrutura portista tivessem sido surpreendidos, sou mais da opinião que por 15 milhões um treinador com um ano de casa é uma óptima venda.
Entendo que as condições proporcionadas ao VP nao foram as ideais mas penso que ele não tem capacidade para ser treinador do Porto(principalmente a nível da adaptação às condiçoes de cada jogo quer antes da partida, quer durante a propria partida).
Assim, penso que na eventualidade de o Porto sair derrotado deste jogo contra o City a melhor solução seria ir buscar já o Domingos fazendo renascer a esperança do bicampeonato.
Caso o Porto passe a eliminatória contra o City penso que ele deve ficar até ao fim da época e aí voltarmos à equipa técnica do ano passado com AVB a liderar e VP a adjunto. Não sei se o VP aceitaria bem esta decisão mas a verdade é que ser adjunto, apesar de n ter o mesmo poder de decisão, permite-lhe trabalhar sob um escrutinio mt menor, o que, para ele parece-me ser mt vantajoso.
Excelente artigo!
Interessante também que as opções mais fortes para o FCP, sejam de treinadores que falharam esta época: Domingos, AVB e Paulo Bento (de quem esperamos que falhe na selecção) para ser opção.
É "triste" mas é uma realidade, não temos capacidade de ir buscar um "ganhador".
De qualquer forma para mim ficaríamos bem servidos com o AVB ou com o PBento. Com o Domingos tenho muitas dúvidas...
Antes de vir o AVB, sempre defendi a opção Paulo Bento em 1ºlugar, mas hoje depois do ano fantástico que nos deu, tenho que colocar no topo das preferências o AVB. Logo a seguir o Paulo Bento em quem eu acredito muito na capacidade (embora saiba que há muitos adeptos do FCP que não gostam dele) e só no fim o Domingos (e se calhar até depois do PEmanuel e do LJardim).
"É "triste" mas é uma realidade, não temos capacidade de ir buscar um "ganhador"."
Importa-se de repetir? Nao temos "capacidade"????
Naturalmente nao temos capacidade para ir buscar todo e qualquer treinador do mundo (Ferguson, Mourinho ou Guardiola, por ex), mas temos CERTAMENTE capacidade para ir buscar a maior parte de treinadores ganhadores por esse mundo fora, havendo vontade - e esse e' o busilis da questao, PdC & Cia tem sempre preferido nos ultimos 10 anos ir buscar figuras secundarias, provavelmente pq sao mais maleaveis (i.e. q aceitam por exemplo q uma grande parte das contratacoes seja ditada pela SAD).
Repare-se q o orcamento do FCP cresceu nos ultimos 10 anos muito mais rapidamente do q a inflacao no salario dos treinadores. Um treinador de topo mundial hoje em dia (digamos, a media dos 20 mais bem pagos no mundo) nao ganha mais do q uns 3 ou 4 milhoes por ano, uma pequena fraccao do q o FCP gasta em salarios + contratacoes de jogadores.
Logo nao e' certamente pelo dinheiro.
Pelo desafio desportivo tb nao e', certamente, pq o FCP tem cartaz e ambicoes e so' meia duzia de treinadores e' q tem a oportunidade de treinar os Man Utds e Reais Madris deste mundo.
Finalmente, tb nao sera' certamente pela localizacao: o Porto e' uma cidade muitissimo mais interessante para viver (e Portugal como pais, em geral) do q as Sao Petersburgos e Newcastles deste mundo.
Concluindo, se PdC e Cia assim quiserem o FCP pode perfeitamente ter um treinador com um CV q meta muito respeito.
Opcao q alias defendi aqui no RP aquando da saida de AVB.
Olhando para a situacao actual, desde principios de Dez q conclui' que mesmo nao sendo o UNICO problema, VP e' certamente parte do problema e nao parte da solucao.
Sendo assim defendo q seja substituido no momento oportuno; e a definicao de "oportuno" depende muito mais da disponibilidade de um (bom) substituto do q do VP em si. Se for preciso esperar pelo fim da epoca para q o *tal* treinador esteja disponivel entao q seja, ate' pq infelizmente ja' temos tudo mais ou menos perdido (e nao me parece q coisa possa piorar muito, a ida 'a LC pelo menos deve estar mais ou menos garantida, mesmo com VP).
Dito isto, nao tenho problema nenhum em dar o braco a torcer e se o VP for continuando e demonstrar q consegue por a equipa a jogar bem e ganhar, entao estarei disponivel para mudar de opiniao, mas acho q a probabilidade disso acontecer e' de menos de 5%, por tudo o q ja' vi nos ultimos meses.
Caro José Rodrigues,
no seu comentário ficou implícito que o meu amigo defende que por vezes gastar mais dinheiro do que o habitual por um treinador com curriculum é bem mais vantajoso do que apostar em 3 ou 4 jovens sul-americanos de qualidade duvidosa. Opinião com a qual estou inteiramente de acordo, de resto.
Aliás defendi precisamente essa opção aquando da saída de Libras-Boas. Numa equipa em que "apenas" tinha saído um jogador de vital importância e já com os 15 milhões da transferência de Libras-Boas, ter escolhido um treinador de qualidade inquestionável, teria resolvido muitos dos problemas que temos vindo a ter esta época. Agora todos bem sabemos como PdC odeia ter treinadores que pelo seu curriculum e carácter possam interferir com as opções da SAD...
Quanto a Domingos, no inicio da epoca via a sua contratacao com melhores olhos do q vejo agora.
Mesmo dando o desconto do circo q o SCP e', o Domingos mostrou algumas pechas consideraveis nestes meses 'a frente do SCP.
Alem disso e depois de deixar o SCP em 5o lugar, iria dirigir o FCP sob brasas nos primeiros meses, tendo esse estigma do CV no SCP, com muito pouco margem de manobra (senao dos dirigentes, pelo menos da parte dos adeptos e dos proprios jogadores).
A minha preferencia continua pois a ir para um treinador estrangeiro de peso, com um CV q meta muito respeito. Ora mesmo excluindo 'a partida a meia duzia de candidatos mais caros/conceituados/bem servido de clube, ainda sobram muitos por esse mundo fora q correspondem 'a descricao.
De entre os portugueses ou estrangeiros a treinar em Portugal, a unica hipotese q considero possivelmente desejavel e' o... AVB.
Concordo com o Saci e alias acho que o artigo nao faz sentido.
Como treinador de bancada o Miguel avalia o VP pelos resultados e nao pela qualidade do seu trabalho. Eu confio no Pinto da Costa para fazer uma avaliacao racional da situacao e decidir se deve deixar o VP e apostar na estabilidade em vez de reagir emocinalmente e ver-se livre de um treinador que nao apresente resultados imediatos a la Sporting ou Abramovich.
Alias olhe-se para os treinadores sugeridos para substituir o VP, o Domingos na sua primeira epoca pos o Sporting a jogar mal, e pior do que isso, com erros tacticos graves (o que o VP nao faz). O AVB pegou numa equipa de craques a jogar muito mal, a cometer erros infantis na defesa e a ser inconsequente no ataque.
Se formos a aplicar o mesmo sistema de avaliacao, nem o Domingos, nem o AVB sao melhores que o VP.
Pondo isso de parte e fazendo uma analise mais racional, acho o VP tecnicamente mais competente que o Domingos. Acho que o AVB nao vai voltar ao Porto nos proximos anos. Dos treinadores que se falam gosto do Jardim. O Pedro Emanuel parece-me estar na calha para voltar daqui por uns anos.
Concordo em absoluto com o José Rodrigues. Nem mais.
@Saci Pererê
Não está de acordo com que ponto? Eu também sou favorável de que o VP fique até ao final do ano, principalmente porque não vejo no mercado nenhuma opção forte para substituir o técnico agora. Para mim Domingos não a é!
Estou totalmente de acordo com o que diz o @Jose Rodrigues.
O FC Porto tem um prestigio na Europa tremendo e apesar da liga portuguesa não ser de top isso seria argumento suficiente para trazer treinadores ganhadores (fora do leque de intocáveis, claro). Mas a SAD nunca quis seguir por esse caminho. Como o José aponta bem, PdC gosta de homens que possa controlar, que dêm o peito às balas que seriam para ele (SAD) e que aceitam o que ele lhes der sem reclamar demasiado. Basta lembrar-nos do caso de Adriaanse e Del Neri para entender que um estrangeiro reclamador tem pouco futuro e no espectro nacional, conhecendo a peça, já ninguém se atreve a sonhar em contradizer o "Papa".
Sendo assim que fique claro que eu também opino que haveria outras hipóteses de nivel mas nunca com esta gestão da SAD que prefere um PB, um DP, um LJ facilmente controláveis do que apostar a sério num treinador que pede meios mas depois também dá resultados.
Mas sabendo que o FCP é um clube à Bernabeu, onde o treinador conta tanto como o massajista, que treinador de perfil top quer vir para a Invicta?? O problema, como sucede com a cantera, está na politica de gestão da sad, não na falta de fundos ou no interesse alheio.
um abraço
Há meses atrás era adepto da substituição imediata de Vítor Pereira, especialmente depois daquele desclabro em Coimbra e do afastamento da Liga dos Campeões. Agora acho que é tarde e penso ser preferível mantê-lo até final da época.
"Como treinador de bancada o Miguel avalia o VP pelos resultados e nao pela qualidade do seu trabalho."
Se o problema fosse "so'" os resultados, o VP teria certamente muito margem de confianca com os adeptos em geral do q realmente tem.
Acontece q PRECISAMENTE por causa da "qualidade do trabalho" (ou falta dela) que os adeptos puderam observar - semana apos semana, jogo apos jogo - ao longo de meses e' q querem a sua substituicao.
Muito deles ja' a pediam alias bem antes dos resultados serem mais comprometedores, precisamente pq ja' antecipavam (e com bastante razao) q os maus resultados seriam uma inevitabilidade mais cedo ou mais tarde, em funcao da tal "qualidade de trabalho" - e lembro-me perfeitamente q o principal argumento dos defensores de VP era de que "ah e tal, mas vamos na frente do campeonato").
Pois.
Sejamos claros:
1) VP herdou 10 jogadores titulares, saindo apenas o PDL (e ainda teve alguns reforcos de peso), por isso nao precisava de uma ou duas epocas para colocar a equipa a carburar (se o problema fosse so' a finalizacao dava-se-lhe um desconto, mas o maior problema exibicional nao tem passado por ai).
2) ao contrario dos Adriaanses deste mundo, VP nao precisava de qq periodo de adaptacao ao clube e aos jogadores, q conhecia de gingeira.
3) ao contrario dos Adriaanses deste mundo, o problema nao e' q o VP tenha tentado implementar uma tactica completamente diferente da anterior, com os jogadores a precisar de meses e meses para se adaptarem e podermos tirar conclusoes sobre a valia do treinador.
Tendo esses 3 pontos em consideracao, e' perfeitamente compreensivel q os adeptos nao estejam 'a espera de 1 ou 2 epocas inteiras para poder tirar conclusoes sobre a valia de VP.
"no seu comentário ficou implícito que o meu amigo defende que por vezes gastar mais dinheiro do que o habitual por um treinador com curriculum é bem mais vantajoso do que apostar em 3 ou 4 jovens sul-americanos de qualidade duvidosa."
Caro Invicturioso,
eu por acaso ate' vou mais longe do que isso: eu defendo que (quase) sempre e' preferivel gastar mais $$ num treinador do que... apostar num ou dois jovens sul-americanos de qualidade GARANTIDA! :-)
Acho que quem siga o futebol de perto nao deve ter a MINIMA duvida de q o impacto (positivo ou negativo) do treinador no rendimento da equipa e' muito maior do que o impacto de qualquer jogador especifico - nem que fosse o Messi! Exemplos temos nos 'as carradas.
Olhem, a titulo de exemplo afirmo mesmo o seguinte: ponham o Guardiola no FCP e o VP no Real Madrid, e estou convicto de que o FCP eliminava o RM numa eliminatoria a duas maoes...
Naturalmente que nao defendo q se contrate de forma cega um treinador especifico so' porque e' caro (nao era preciso dizer, mas ha' sempre quem deturpa o q se escreve). Ha' um leque de criterios a ter em conta.
Mas carago, hoje em dia um treinador caro nao custa mais do q um jogador mediano, para mim o trade-off e' um no-brainer.
Finalmente: alguns argumentam de q o problema e' q os treinadores com CV e caros exigem mundos e fundos em contratacoes (de jogadores).
Pois bem, ora basta olhar para a realidade por esse mundo fora para constatar q na esmagadora maioria dos casos na pratica isso nao e' minimamente verdade (muitos desses treinadores estao ou estiveram em clubes q gastam menos em contratacoes do q o FCP, para nao falar em seleccoes medianas onde nao gastam nada em jogadores :-)).
Neste momento da temporada nenhum treinador viria fazer melhor do que o VP pode fazer até ao final da época. Penso que a "gestão do caos" será melhor (ou menos má) com quem lá está do que com chicotadas psicológicas. A equipa não tem tempo para adaptações a novos treinadores e novos métodos de trabalho. Não vamos esquecer que ainda estamos na Liga Europa, na Taça da Liga e na perseguição ao primeiro lugar (ou para os mais pessimistas... na defesa do segundo lugar). Ou seja, enquanto existirem objectivos importantes a alcançar (encham eles as medidas dos adeptos ou não) não devemos trocar de treinador só porque, e quando, o "tal" estiver identificado.
Para terminar realço que, na minha opinião, o fracasso em que se está a tornar esta época divide-se equitativamente entre a SAD (péssimo planeamento do plantel), a equipa (os amuos de algumas vedetas no primeiro terço da época foi evidente... o treinador herdou um balneário desfeito pelo desejo de saída das principais figuras que viram no seu ex-treinador, AVB, o mote para desejarem também eles o salto) e VP (de facto, não tem unhas para um FCP).
Saudações Portistas,
Marco Teixeira
Concordo com os comentários do José Rodrigues, e que está em consonância com a minha opinião que expressei aqui no RP por alturas de Novembro.
Miguel: considero que esta má temporada do Domingos em Alvalade não é apenas responsabilidade do nosso ex-jogador. O plantel que lhe colocaram à disposição é que era muito desiquilibrado e não possuía a qualidade que a Presidência sportinguista empolou. As condições, desportivas e institucionais, para Domingos trabalhar também não foram as melhores, bastou um pouco de desmotivação nos dirigentes, logo de seguida a uma injustificada arrogância e soberba, que se transmitiu ao plantel e equipa técnica, que se foi traduzindo no fraco apoio institucional ao treinador.
Se Domingos faria melhor que VP no FC Porto? Na minha opinião sim. Se Domingos será a melhor opção na possível saída do VP? Na minha opinião não, prefiro AVB, mas as hipóteses do AVB voltar brevemente ao Dragão são escassas, porque mesmo saindo no final da época do Chelsea haverá, como tu escreves-te, clubes interessados nele, mesmo sendo do meio da tabela inglesa, e ainda recentemente se ouviram rumores que AVB pode substituir Cláudio Ranieri no Inter.
Nesta altura também sou de opinião que Vítor Pereira deve acabar a época, qualquer substituição de treinador nesta altura só levaria confusão ao balneário. A ter de se corrigir o erro deveria ter sido feito por alturas de Outubro/Novembro após o desaire frente ao Zenith em Sampeterburgo e face aos primeiros sinais de desorientação táctica do VP.
Mas reafirmo que o principal responsável pelos maus resultados desta temporada é o VP, e também da Administração que deveria ter reagido a tempo e proceder à substituição enquanto era tempo. Não considero os supostos amuos dos jogadores como causa pelos maus resultados, qualquer um queria brilhar na Champions, a haver desmotivação dos jogadores ela deveu-se à incapacidade de VP em lidar, enquanto técnico principal, com o plantel.
Uma das coisa que sempre achei muito interessante no reflexão portista é os co-autores participarem sempre na caixa de comentários.
Isto é que é uma verdadeira equipe, e reparem, jogam sem treinador!
será que poderia ser este um cenário para a nossa equipe principal?
numa assentada resolvia-se o problema da falta de dinheiro, da qualidade do dito treinador, da aposta do presidente, da metodologia, do fracasso, da simpatia, empatia, do discurso, do especialmente os mais obedientes...
("Ev'rybody's talking about
Revolution, evolution, masturbation,
flagellation, regulation, integrations,
meditations, United Nations,
Congratulations.
All we are saying
is give peace a chance
All we are saying
is give peace a chance")
reine margot disse...
Uma das coisa que sempre achei muito interessante no reflexão portista é os co-autores participarem sempre na caixa de comentários
De facto, é estranhissimo os co-autores do RP participarem na caixa de comentários. É uma coisa que não se vê em mais nenhum blogue e que o(a) reine margot nunca viu nos outros blogues que visita regularmente...
De facto temos tempo para fazer uma escolha ponderada e acertada para a próxima época, mas não acredito que o façamos pelas razões que o José Rodrigues apresenta acima... o PdC/Direcção gostam mais de figuras secundárias.
Entretanto para não ficarmos atrás do SCP, promovemos o Paulinho Santos a adjunto da equipa principal... Eu não gosto do género, pode ser muito portista, mas os métodos já enquanto jogador me desagradavam muito e também não lhe reconhecço grande capacidade, mas enfim.
reine margot,
Mais interessante que os co-autores comentarem, é a tolerância que demonstram para com quem entra pela nossa casa dentro para dizer dislates!
A opção Paulo Bento parece-me a menos credível de todas, não pelas capacidades que possui mas pelo facto de que deve continuar na selecção nacional independentemente dos resultados da mesma no Mundial. Não o aprecio embora lhe reconheça qualidades, mas não tão empoladas como querem fazer passar.
Pedro Emanuel ainda não convence para técnico principal do FC Porto.
A opção Leonardo Jardim também é enganadora na minha opinião, está em 3º lugar, mas a verdade é que depois do nosso clube e do slb a concorrência para lutar pelo 3º lugar é escassa, restava o Braga e o Sporting, ora Leonardo ganhou o confronto com os leões mas graças a 2 golos oferecidos pela defesa leonina. Na Liga Europa apurou-se para a fase de grupos com muita sorte. Na fase de grupos com equipas fáceis e medianas apurou-se à rasca, portanto ainda tem de mostrar o que vale o Leonardo para treinar uma equipa do nível do FC Porto.
Como AVB deve continuar a treinar no estrangeiro, mesmo saindo do Chelsea, resta Domingos. Homem da casa, conhece a estrutura do nosso clube, e teria o apoio dos adeptos. E seria a solução mais barata, factor que não será de se desconsiderar no actual clima financeiro.
No post o Miguel não abordou a possibilidade Pedro Martins, que se encontra a treinar o Marítimo. Mas seria uma incógnita o que ele conseguiria fazer no FC Porto.
Como disse, e bem, o José Rodrigues a possibilidade de a SAD apostar num treinador estrangeiro com créditos firmados é escassa, embora eu considerasse que após a saída do AVB no início desta temporada fosse a solução mais acertada. E tinhamos uma situação única para conseguir contratar um treinador de relevo: final da Supertaça Europeia com o Barça e o pote 1 da Champions, qualquer treinador gostaria de estar nesse lugar, poder enfrentar Pepe Guardiola no Mónaco. É minha convicção que muitos treinadores até aceitariam um salário - por esta época - mais baixo do que cobram habitualmente sabendo das contrapartidas desportivas e de ranking que iriam encontrar (estavamos em 3º lugar, a seguir ao Barça e Real).
@Jorge,
Naturalmente sou um treinador de bancada mais, mas os resultados não são o meu problema com Vitor Pereira. Exceptuando a eliminação da UCL não me surpreendem em demasia os resultados obtidos. Muitos esquecem-se da sorte imensa de Villas-Boas em Coimbra e com o Setubal no Dragão que podiam ter mudado o curso da liga. Este ano o Benfica perdeu muito menos pontos e aí está realmente a diferença. O VP o que não me transmite é "savoir faire" mas não o culpo pela época que temos em cima, sinceramente creio que a SAD e os jogadores têm a parte de leão nesse assunto.
@Daniel,
O Domingos não é um "alien" e sabe bem como funciona o Sporting, sabia bem no que se metia e nos jogadores que vinham. Ao aceitar o desafio Sporting revelou uma precipitação de julgamento que não me seduz e aí está o resultado. Tacticamente nunca lhe vi nada especialmente inovador, como motivador de jogadores também não. Ter estado num clube com uma boa estrutura profissional, para alguns treinadores, parece fazer toda a diferença.
@José Rodrigues,
Estamos totalmente de acordo, eu também acredito que um grande treinador faz muito mais falta que quatro ou cinco bons jogadores. O problema é que a gestão primitiva de um grande presidente acha que um grande presidente faz mais falta que um grande treinador e uns grandes jogadores.
E para todos os que tiveram a amabilidade de comentar, parece que não fui claro no artigo o suficiente. Eu falo na próxima época porque sou contra o eventual despedimento do VP, acho que não traria nada de novo ao projecto a estas alturas!
Aqui está um post de excelência. Uma verdadeira reflexão portista. Parabéns, Miguel.
Começo por subscrever os comentários do José Rodrigues e do Daniel. Não há muito que tenha para lhes acrescentar. Discordo totalmente das opiniões do saci pererê e principalmente do Jorge, no qual tenho de replicar algumas coisas.
"Domingos na sua primeira epoca pos o Sporting a jogar mal"
Qual foi o último treinador que pôs o Sporting a jogar bem e a ganhar?
"O AVB pegou numa equipa de craques a jogar muito mal, a cometer erros infantis na defesa e a ser inconsequente no ataque. "
Jorge, essa frase está incompleta, não? Creio que seria melhor ter dito "uma equipa de craques velhos, milionários e acomodados". O Milan dos últimos anos do Ancelotti também era uma equipa de craques, estavam era quase todos fora do prazo. Mas realmente Vítor Pereira tem um péssimo plantel ao seu dispor e estar em Portugal é o mesmo que treinar na Premier.
Para algumas pessoas, os treinadores se não vencem é sempre porque não têm condições. É extraordinário! Nunca há casos em que eles sejam os principais culpados. Um que anda há anos e anos à procura de condições é o Carlos Queiroz. Coitado do homem, nunca tem culpa de nada, é um grande treinador, sempre vítima das más estruturas com que se depara. Isto há gente com muito azar.
Vítor Pereira é outro que não teve sorte nenhuma. Herdou uma equipa que tanto havia ganho, cujo o entrosamento era o melhor possível e ainda a viu reforçada com jogadores que eram e são referências nos seus países de origem, mas não lhe foi dado o necessário para triunfar. Que caramba! Obrigaram-no a pôr o Djalma a jogar 6 jogos seguidos a titular e também lhe impuseram o Varela em vez do James no domingo passado. Aliás, é alguém da SAD que o tem pressionado no sentido de não dar oportunidades ao Iturbe e, como se isso não bastasse, o Pinto da Costa ainda se lembrou de colocar o Maicon a lateral direito.
Alguns ainda vêm com a questão do ponta de lança ter chegado demasiado tarde. Isso é verdade, mas não serve de justificação. Ponham os olhos no clube do regime. No fim-de-semana passado o Maxi – que já de si é um lateral-direito banalíssimo, na minha opinião – não pôde dar o seu contributo. O que fez o JJ? Teve de adaptar o Witsel à posição do defesa uruguaio porque não tinha um substituto directo. E se passarmos para o lado oposto e formos ver os laterais esquerdos, creio que não há dúvidas de que o nosso suplente (que eles quiseram contratar) é melhor que o Emerson que, por sua vez, também não tem substituto (Capdevila, esse grande campeão do mundo, não conta). E este exemplo de desequilíbrio pode servir para a dupla centrais que está na sombra de Luisão e Garay, ou algum de vocês imagina o Miguel Vitor e o Jardel sentados no banco de suplentes do FCP? Portanto, os defensores de VP antes de falarem nas condições e nos desequilíbrios crassos da nossa equipa podiam pôr os olhos naqueles que lideram o campeonato e eu ainda me podia pôr para aqui falar no caso Enzo Pérez. Imagine-se se isso acontecesse no Porto, o que não diriam os defensores de VP?
Centrando-me mais no post do Miguel, também gostaria que Villas-Boas regressasse, mesmo não tendo gostado do modo como saiu. Ao contrário do que o Miguel afirma, acho que AVB viria com mais crédito agora do que quando chegou em 2010. Na altura, o André tinha chegado da Académica, onde só havia estado meia época e, para além disto, não tinha mais nenhuma experiência enquanto treinador principal de um clube. Junte-se a isto a sua tenra idade e o facto de não conhecer os jogadores, o que não é de somenos importância. Agora, Villas-Boas continua com a cotação em alta entre os adeptos e, estou certo, também entre o plantel. Eles mais do que ninguém (porque não são adeptos, como nós) compreenderam e aceitaram as razões que levaram o nosso ex-treinador a abandonar o barco (eu compreendo só que não aceito, mas lá está, eu sou adepto). Imaginemos que Falcao tinha voltado em Janeiro ou voltava no próximo Verão. Seria ele mal recebido pelos colegas? Teve Lucho uma má recepção depois de ter saído e voltado quando a aventura por terras gaulesas já não lhe estava a correr assim tão bem (e atenção que não estou com isto a menosprezar o portismo de El Comandante ao ter aceitado voltar)? Para ambas as perguntas respondo: não me parece.
O eventual novo treinador que venhamos a ter na próxima época, terá uma boa recepção, como diz o Miguel. Da minha parte terá de certeza, como tiveram todos, o benefício da dúvida (ainda que tenha as minhas preferências, claro). De resto, acho que um futuro treinador terá a vida infinitamente mais facilitada do que a que teve por exemplo o AVB em 2010. Villas-Boas herdou um Porto que foi 3º classificado e no qual havia um problema que neste não há:um défice claro na qualidade do plantel que transitava de 2009/2010. Um défice que teve de ser invertido com a contratação de jogadores como James, Moutinho, Otamendi e o regresso de Sapunaru. Sim, porque creio que mesmo os que não vêm tantas virtudes como eu neste plantel, concordarão que está uns furos acima do último que foi treinado por Jesualdo (com Valeris, Predigueres e lda). Havia além do mais a necessidade de potenciar jogadores que muitos de nós nem suspeitavam que pudessem vir a ser bons e essenciais (Sapunaru, Belluschi, Guarin). Mais, era necessário reduzir a diferença de qualidade que tínhamos na nossa equipa para o clube do regime. Em parte isso foi alcançado pela incompetência deles, mas deveu-se essencialmente a uma excelentíssima preparação de época por parte de direcção e treinador. Agora não será preciso nada disso. Admito que haja um ou outro sector que possa ser retocado e também é evidente que teremos de vender alguém, mas por exemplo se o Palito sair temos o Alex Sandro para o render. Qualidade é coisa que não falta e se houver possibilidade de se aproveitar alguns emprestados (ostracizados por VP na maioria), há mais do que pano para mangas. Em 2010 a conjuntura não era esta, nem de perto nem de longe.
Resta-me concluir que começar a próxima temporada com Vítor Pereira no banco seria desastroso. Representaria, até, uma certa sportinguização no nosso clube.
Peço desculpa, repeti os comentários sem querer.
Se o Domingos fizesse milagres, ainda era treinador do SCP. O VP deve ficar até ao final da época, depois se verá. De qualquer forma, o AVB e o Domingos são neste momento "mercadoria com defeito" - espero não ver cá nenhum na próxima época.
reine margot disse: "Uma das coisa que sempre achei muito interessante no reflexão portista é os co-autores participarem sempre na caixa de comentários.
Isto é que é uma verdadeira equipe, e reparem, jogam sem treinador!"
E veja-se la' que muitas vezes ate' e' para discordar dos colegas ou do que foi dito no artigo. Isto e' que e' uma conspiracao sofisticada para confundir os leitores, carago! :-D
José Rodrigues disse...
De entre os portugueses ou estrangeiros a treinar em Portugal, a unica hipotese q considero possivelmente desejavel e' o... AVB.
O AVB também seria, de longe, a minha primeira escolha mas, se for impossível, penso que a opção Domingos não deve ser descartada. O bom trabalho que fez em Leiria e Coimbra e o excelente trabalho nos dois anos que esteve em Braga é algo que não pode ser apagado pelo desempenho que teve no circo de Alvalade.
Alexandre Burmester disse...
Há meses atrás era adepto da substituição imediata de Vítor Pereira, especialmente depois daquele descalabro em Coimbra e do afastamento da Liga dos Campeões. Agora acho que é tarde e penso ser preferível mantê-lo até final da época.
100% de acordo.
Miguel Lourenço Pereira disse...
Ao aceitar o desafio Sporting revelou uma precipitação de julgamento que não me seduz e aí está o resultado
Miguel, o AVB também cometeu um erro crasso em aceitar treinar o Chelsea nas condições (de plantel) que o Chelsea tem atualmente e isso não impede que muitos de nós (eu sou um deles) deseje o seu regresso.
José Rodrigues disse...
Acontece q PRECISAMENTE por causa da "qualidade do trabalho" (ou falta dela) que os adeptos puderam observar - semana apos semana, jogo apos jogo - ao longo de meses e' q querem a sua substituicao. Muito deles ja' a pediam alias bem antes dos resultados serem mais comprometedores, precisamente pq ja' antecipavam (e com bastante razao) q os maus resultados seriam uma inevitabilidade mais cedo ou mais tarde, em funcao da tal "qualidade de trabalho" - e lembro-me perfeitamente q o principal argumento dos defensores de VP era de que "ah e tal, mas vamos na frente do campeonato").
Nem mais. Aliás, em Outubro passado, publiquei no RP um artigo sobre este tema:
«Apesar das fracas exibições, o FC Porto está em primeiro lugar no campeonato e, por isso, não faz sequer sentido colocar a hipótese de substituição do treinador principal, certo?
Por aquilo que percebi, dando uma vista de olhos pela blogosfera azul-e-branca, é esta a opinião de muitos portistas. Ora, a mim, parece-me redutor tomar uma decisão baseada (quase) unicamente na posição que a equipa ocupa na tabela classificativa. Além disso, é muito diferente ser 1º com 10 pontos de avanço (e após várias exibições empolgantes), ou estar em 1º mas com os mesmos pontos do slb. (…)»
http://reflexaoportista.blogspot.com/2011/10/estamos-em-primeiro.html
@José,
O Chelsea é um clube com os seus defeitos e problemas mas não tem nem o historial freudiano do Sporting e legitimamente tinha um plantel mais do que suficiente para aspirar a mais do que está a fazer.
@Duarte,
Obrigado pelas palavras. Não sei se o AVB vai encontrar no balneário jogadores a quem fez promessas que não conseguiu cumprir ;-)
Li o artigo e devo dizer que não estou plenamente de acordo com algumas "teorias". o que mais me deixa revoltado em alguns adeptos portistas é que so se lembram de VP quando a equipa faz um mau resultado.VP foi condicionado pela a gestão do plantel para presente época,(Fernando queria sair, dai a utilização de Souza) se Kleber corresponde-se de imediato não estaria em causa a contratação de um ponta-de-lança.
Não se manda embora um treinador com o caracter de VP, que não teve culpa em muitos jogos em que o
Porto jogou mal, notava-se ápatia de muitos jogadores, inclusive JM veio a publico dizer que não estava em boa forma. quer dizer querem todos criticar o treinador e deixar aqueles que ganham milhoes (jogadores) como sendo as vitímas.
Jesualdo foi campeão 3 vezes sobre fortes contestações dos adeptos(penso que a maioria). Então a minha pergunta é a seguinte: o que que é necessario para se tornar um treinador carismático entre os adeptos?Titulos?(o Jesualdo deu 3 campeonatos e nao reunia concenso),
Inteligencia?(Não me parece que VP não tenha). Ou os que querem AVB de volta vão perdoar a tamanha falta de consideração que AVB teve mal viu os cifrões a frente e abandonou a cadeira que jurou não sair?
Neste momento a equipa esta maior equilibrada e a demostrar que a epoca so acaba no fim e que ainda tem muito para dar.VP mereçe todo apoio,se PdC o quiser mandar embora que seja no final da epoca porque uma troca de treinador a essa altura seria uma salada russa de ideias para os jogadores. e so para acabar, para os Anti-VP que sejam mais coerentes e critiquem-no TAMBEM quando a equipa ganha, porque estar a crucificar apenas quando a equipa perde ou empata eu chamo a essas pessoas "adeptos de quem ganha".
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