segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Os “recados” de Lopetegui

Crónica parcial do FC Porto x Estoril em O JOGO


«Assim de repente, é difícil não ver na escolha de Indi para o lado esquerdo da defesa e de Brahimi para o eixo do meio-campo, no apoio a Aboubakar, duas indiretas de Lopetegui à SAD portista, quando faltam cerca de 48 horas para o encerramento do mercado de transferências. Uma espécie de lembrete de que, pelo menos para já, Cissokho e José Angel não chegam para as encomendas do treinador e de que a equipa funciona melhor com um médio criativo, dinâmico e desequilibrador atrás do ponta de lança, sendo conveniente que, para tê-lo lá, não seja preciso sacrificar o melhor extremo da equipa. De resto, o jogo com o Estoril tratou de mostrar que, de facto, para além de alguma concentração e disciplina tática, faltam soluções à equipa.»
Jorge Maia, Diretor adjunto de O JOGO


Mensagens subliminares, indiretas, lembretes, é bem provável que esta leitura, feita por jornalistas de O JOGO, esteja correcta.

Mas, para além dos “recados” enviados à Administração da SAD (com os adeptos portistas em Cc), talvez fosse interessante que Lopetegui também desse algumas explicações.

Por exemplo, na perspectiva de Lopetegui, quer Cissokho (nesta altura), quer José Angel, não servem para serem titulares num jogo em casa, frente ao Estoril (!) e, por isso, o treinador do FC Porto adaptou um central (Indi) a defesa-esquerdo.
Contudo, pressuponho que Lopetegui terá dado o seu aval à respectiva contratação e, no caso particular do lateral-esquerdo espanhol, terá sido mesmo por indicação de Lopetegui que a FC Porto SAD o contratou (na época passada).

Outro exemplo: era mesmo necessário “sacrificar o melhor extremo da equipa” (Brahimi), colocando-o no meio (na posição 10), nas costas do ponta-de-lança, quando o treinador tem à sua disposição Evandro e Alberto Bueno?

Bueno é um avançado disfarçado de médio, que pode ajudar a transportar jogo. Ele tem essas caraterísticas

Será que sonhei, ou foi Julen Lopetegui quem disse isto, na flash interview da SportTV, após o jogo contra o Stoke City (vitória por 3-1), sobre o papel que Bueno poderia ter na equipa do FC Porto?

Voltando ao início. Parece-me mais ou menos óbvio que Lopetegui está a “esticar a corda”, para ver se a SAD lhe dá mais/melhores reforços.
Mas, se assim é, convinha que o próprio Lopetegui explicasse a utilidade de jogadores que, supostamente, a SAD contratou por sua indicação, como são os casos de José Angel e de Alberto Bueno.

domingo, 30 de agosto de 2015

A pior fase de Lopetegui

Após jogada de Brahimi, Aboubakar só precisou de encostar

1. EXIBIÇÃO
Uma exibição muito fraca, desconchavada, a fazer lembrar a pior fase do período Paulo Fonseca (na época 2013/2014).

2. MVP
Yacine Brahimi.
O FC Porto tem vários jogadores jeitosos, alguns com "mística", outros com "raça" e até "carregadores de piano" (usando uma expressão típica dos anos 80) mas, após as saídas de Danilo (Real Madrid), Alex Sandro (Juventus), Casemiro (Real Madrid), Óliver (Atlético Madrid), Quaresma (Besiktas) e Jackson (Atlético Madrid), parece-me que, nesta altura, o internacional argelino é o único jogador de verdadeira classe que faz parte do plantel 2015/2016 dos dragões.

3. PIOR EM CAMPO
Herrera. Não o médio mexicano Héctor “patinho feio” Herrera, mas sim o extremo espanhol Cristian Tello Herrera, cuja exibição foi absolutamente miserável (pior ainda das que fez nos vários jogos da pré-temporada).
Tivesse(m) sido outro(s) jogador(es) que não Cristian Tello e, provavelmente, o Estádio do Dragão teria vindo abaixo com os assobios, mas como mais vale cair em graça do que ser engraçado...

4. ARBITRAGEM
A exibição da equipa de arbitragem, liderada pelo inefável Duarte Gomes, da AF Lisboa, foi ao nível daquilo que se esperava. Desta vez, deu para anular um golo (seria o 3º) ao FC Porto, já em período de descontos.

FC Porto x Estoril, Tribunal de O JOGO

5. RESULTADO
Por aquilo que o FC Porto (não) fez, o resultado foi excelente.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Champions League, apuramento obrigatório

Não há que enganar. Não há que por paninhos quentes. O FC Porto teve, no sorteio, um grupo bastante acessível. Um grupo onde é favorito absoluto a passar como segundo classificado. É-o por prestigio, por qualidade do plantel, por investimento e porque nos confrontos mais recentes com o rival directo - o Dinamo Kiev - sempre demonstramos estar um degrau por cima. Futebol é futebol, lá diria Boskov, e tudo pode acontecer. Desde ir ganhar o grupo a Stamford Bridge - afinal, não se ganhou a um Bayern Munich que é bem melhor que este Chelsea? - como acabar em último. Só o desenrolar dos acontecimentos dirão se o que parece á partida realmente o é no final. Mas no papel e na planificação, que é disso que se trata agora, fugir do papel de favorito a passar é fazer um fraco favor às ambições do clube.

O FC Porto tem de se apurar para os oitavos de final por muitos motivos. 
O desportivo, naturalmente, é o mais relevante. Reforça o estatuto do clube a nivel internacional, repetindo a presença nos melhores 16 da Europa (depois, logo se vê!), o que por sua vez é um iman para jogadores que entram e uma plataforma de exposição para jogadores que saiem.

Também é extremamente relevante a nivel desportivo. Com o aumento dos prémios de jogo, seguir até à segunda fase é garantir um encaixe superior aos 30 milhões de euros - que pode ser maior se o Benfica, que também teve um grupo acessivel, não se qualifique porque significa que o marketing pool se reduz ao Porto para a ronda seguinte o que já começou por ser positivo com a eliminação do Sporting deixando para já 4 milhões fixos mais os 12 que estão garantidos por participar na fase de grupos - o que por sua vez é fundamental para as contas do clube. Neste momento a Champions League permite um encaixe fixo de 16 milhões (o mesmo que podemos sacar como mais valias de uma grande venda) que se pode quase dobrar com receitas, prémios de vitórias e de empates.

O orçamento exige a entrada de dinheiro - está sempre preparado a contar com os oitavos de finais desde Gelsenkirchen - e sem Jacksons, Danilos e Sandros para vender no próximo defeso (e com a possivel compra de Tello e de uma percentagem do passe de Brahimi na calha) os ingressos têm de vir de alternativas. A época passada demonstrou que uma boa campanha na Champions pode valer mais do que uma grande venda.

E claro, depois está em jogo uma questão fundamental que é a politica desportiva e institucional do clube que aponta - com toda a lógica - cada vez mais baterias á Champions do que a um campeonato que é mais facilmente viciável e que dá pouca repercursão a nivel mundial. No ano passado, se falarem de futebol português, quem se lembra do título do Benfica em comparação com a vitória sobre o Bayern no Dragão? Pois, ninguém.

O grupo, por si mesmo, é perfeitamente acessivel, com as suas óbvias rasteiras. Isto é a Champions League não o torneio onde Jorge Jesus se move - e continuará a mover-se porque não dá para mais - como peixe na água, a Europa League essa especie de terceira divisão europeia. Nunca é fácil ir á Ucrânia - um pais em guerra, ainda que Kiev seja uma zona tranquila, e com horários diferentes de jogo que podem afectar a preparação da equipa durante a semana (que o jogo anteceda o duelo com o Benfica não ajuda nada, claro) e jogar em Israel também é um problema por tudo o que envolve medir-se num ambiente de máxima tensão a todos os niveis. Viagens á Suécia ou Belgica seriam muito mais interessantes mas, em contrapartida, não vamos ter de apanhar um voo de sete horas para ir à fronteira com a China. Menos mal. 

Entre os rivais está clara a hierarquia do grupo. 
O Chelsea é o máximo favorito. Apenas e só porque é o Chelsea. Não que estejam a jogar particularmente bem (levam desde Janeiro neste ritmo pastelento e aborrecido) nem que sejam um bicho-papão. O FC Porto demonstrou, aliás, que pode ganhar a rivais teoricamente melhores quando faz tudo bem (olá Bayern!), mas para isso é mesmo importante fazer tudo bem e o jogo no Dragão terá de ser imaculado. Que o último duelo seja em Londres pode ser favorável se o trabalho de casa estiver feito ou um problema se for preciso somar pontos de última de hora. Convém por tanto não facilitar nos cinco jogos anteriores. O Chelsea deve e pode ganhar o grupo com uma perna atrás das costas. Tem o plantel para isso, as individualidades e tem o melhor treinador. Não é o nosso rival directo nem a nossa maior preocupação. O que mais vai interessar ver é a sua regularidade. Que os londrinos não percam pontos surpreendentes contra israelitas e ucranianos pode ser chave. Não há nada pior que uma derrota do Chelsea em Kiev ou Israel para complicar as contas e obrigar-nos a ser perfeitos nos quatro jogos restantes.

Do Maccabi não há muito a dizer. São uma equipa organizada tacticamente, defendem bem, têm um ataque lento e previsivel onde pontifica a figura do seu máximo goleador - um jogador a ter em conta e que carregou a equipa ás costas na eliminatória contra o Basel - como ameaça. São um rival perfeitamente acessivel, dos mais fáceis do pote 4 mas não vale pensar em facilitar. Foi em Israel que o Benfica se começou a enterrar aqui há uns anos e não perder mais do que dois pontos fora (nem vou por em consideração não ganhar em casa) nos jogos contra os outros rivais pode ser a chave do apuramento. 

Já o Dinamo é um clube que traz sempre boas recordações. Em 1987 eram os máximos favoritos a ganhar a Taça dos Campeões Europeus e levaram uma lição de bola a dobrar. Desde então nunca nos colocaram demasiados problemas. São o campeão ucraniano sim, mas uns furos abaixo do melhor Shaktar de há uns anos. Ganharam a liga sobretudo porque o Shaktar não podia jogar em casa o que transformou o campeonato num torneio desfigurado. Têm um jovem treinador ambicioso - Sergei Rebrov - e estamos por saber se seguram o seu unico jogador de classe, Andrei Yarmolenko, até ao próximo dia 31. Se o perderem, são uma equipa, no seu todo, perfeitamente banal. Caso contrário ganham em verticalidade e golo. Não deixam, no entanto, de ser um rival perfeitamente acessivel para a nossa melhor versão, inferior ao Basel, Bilbao, Shaktar ou Zenit da passada temporada desde logo. Tenho inclusive - e isso é apenas uma percepção muito pessoal - que se tivessem de disputar o Play-Off, tinham ficado pelo caminho. Devemos estar alertas, sim, mas não assustados.

Perante este cenário, sem bichos papões nem rivais incómodos como podiam ter sido o Sevilla, o Wolfsburg ou o Lyon, equipas com outro pedigree e planteis de superior qualidade que fariam da luta pelo apuramento algo mais complexo, a obrigatoriedade é manter os niveis de concentração ao máximo e ter o apuramento resolvido à quinta jornada. Já sabemos que este campeonato está ao nosso alcance e que se vão perder muitos mais pontos do que noutros anos - o que permitirá mais escorregões que o que tem sido habitual - pelo que é importante que a SAD defina a sua prioridade absoluta em passar a fase de grupos até Novembro. Qualquer atraso pontual no campeonato parece recuperável mas não seguir para a segunda fase pode ter consequências muito mais sérias tanto no prestigio como na conta bancária do clube. Lopetegui deu a sua melhor cara na Champions League e por isso as sensações, à partida, são positivas. Cabe ao treinador basco voltar a cumprir com o que se espera de um plantel que investiu bastante com os Casillas, Imbulas, Osvaldos ou laterais uruguaios para noites europeias como as que nos esperam. Os sinais são positivos, Que role o hino!


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Agora sim, a competição que interessa

Com um grupo mais "claro" que o da época passada - onde havia três equipas candidatas ao primeiro lugar - o Porto terá de discutir apenas com o Chelsea de Mourinho, a vitória no grupo - mais que o poderio económico-futebolístico do petro-clube de Abramovich, há que temer o facto de a Grã-Bretanha ser uma ilha!

O Dínamo de Kiev é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance - ou será ao contrário? - e o Maccabi Tel Aviv, se não se revelar um APOEL - também sediado numa ilha! - de outros tempos, não deverá colocar grandes dificuldades.

De resto, a melhor notícia do dia é mesmo que nenhum dos 3 jogos realizados longe do Dragão, terá lugar na ilha da Madeira.

sábado, 22 de agosto de 2015

O Estofo

Uma equipa com estofo ganha em qualquer lugar. Uma equipa com estofo sabe fintar uma adversidade nos primeiros momentos de jogo para impor-se. Uma equipa com estofo sabe que há campos mais dificeis e que outros e está preparada, mentalmente, para cada desafio. Uma equipa com estofo não passa ano sem ganhar num mesmo cenário geográfico - com rivais muito diferentes - porque uma equipa com estofo tem sempre argumentos para evidenciar a sua superioridade. Essa equipa, desde logo, não se chama FC Porto nem é treinada por Julen Lopetegui.

O FC Porto não ganhou na Madeira.
É impressionante como uma frase, á partida, tão anormal, parece ser tão fácil de assimilar. Já ninguém se surpreende quando lê que o FC Porto não ganha na Madeira. Não ganha ao Maritimo, ao Nacional e veremos este ano o que faz com o União. Porque este ano há nove pontos em disputa na Madeira e dois já lá ficaram, ainda a procissão vai no adro. Old habits die hard, já diziam os ingleses, que percebem de ilhas, de futebol e de alguma que outra coisa.
A incapacidade do FC Porto no jogo foi atroz. Mas também isso já não é novidade. Assim foi o jogo com o Maritimo no ano passado e assim foi - mais grave ainda porque a equipa sabia da derrota do rival - contra o Nacional. Parece que há algo psicologico, um atravessar da ponte versão viagem atlântica, que bloqueia a equipa quando aterra no Funchal. Porque se aquele FC Porto que passeou pelos Barreiros é o verdadeiro FC Porto, estamos perante um sério problema. Uma equipa sem ideias, sem alternativas, sem variáveis. Lenta, previsivel, incapaz de surpreender nas bolas paradas e - um ano mais - incapaz de dar a volta a um resultado adverso. Sim, Julen Lopetegui, continua a ser incapaz de dizer aos seus rapazes quando sofrem um golo de que uma equipa á Porto dá a volta em qualquer cenário. Menos com ele no banco, claro, porque aí a porca torce o rabo e todos sabemos o que passa quando o FCP sofre primeiro. O deserto.

O Maritimo não foi uma grande equipa porque não o é. Mas foi organizado. Contra este Porto tão previsivel, lento e sem ideias não é preciso ser-se mais do que organizado, competente e ter sorte. Sem um génio inspirador, sem um goleador de nivel mundial, anular este Porto é mais fácil. Lopetegui terá, seguramente, queixas de algo porque para ele há sempre queixas de algo mas o principal motivo de queixas que terão os adeptos depois de este novo desaire na Madeira só tem um alvo. Ele. Como treinador, o basco pode até ser capaz de armar a equipa mas tem-se revelado, um ano depois, uma absoluta nulidade em reagir á adversidade desde o banco. Um golpe de asa, uma mudança táctica, uma forma de surpreender o rival. Não, nada de nada.
Qualquer treinador rival sabe que o Porto joga, do principio ao fim, do mesmo modo, esteja a perder, a ganhar ou a empatar. Seguramente que alguém achará isso uma boa ideia. Mas os resultados estão á vista. Um golpe nos rins a começar e não há quem salve esta equipa do tropeço. E pontos, meus amigos, são pontos. Ainda que tenha perfeita consciência de que se vão perder entre os grandes mais pontos este ano que no ano passado (Benfica e Porto estão mais fracos e o Sporting ainda tem muitas debilidades), qualquer erro pode-se pagar caro. No ano passado Lopetegui perdeu o titulo por culpa própria em 4 jogos: em casa contra o Boavista, rival que desrespeitou. Na Luz, quando desrespeitou o próprio Porto ao assinar a paz antes de ir á guerra. E na Madeira. Duas vezes.



Olha-se para este plantel e continua a faltar inspiração. Só Brahimi se salvou. Também falta o golo. Aboubakar e Osvaldo vão marcar golos, alguns dos interiores (é fundamental que o façam, como hoje) também. Mas nenhum será capaz de imprimir a dinâmica de Jackson e a sua liderança. Habituemo-nos á dura realidade. Nas alas a equipa sofreu de falta de velocidade e de ideias, justo no dia em que Quaresma fez uma obra prima. Também foi expulso. Foi dispensado sem piedade por um homem que manda mais do que o seu curriculo permite. Só o tempo dirá quem tinha razão. Atrás a equipa foi organizada, ainda que Cissokoh tenha ficado mal parado no golo. Vamos dar o desconto de um jogador que chegou á pouco tempo e precisa de se adaptar. Ainda que esteja claro, nem ele nem Angel oferecem o que dava Sandro. Nem de longe nem de perto. Afinal, todos sabemos o que valia Cissokoh quando saiu (e por isso se celebrou o melhor negócio de sempre) do mesmo modo que sabiamos o que valia Postiga. Voltamos a ir buscá-los depois. Não há muito a acrescentar a isso.

Dois pontos a menos e a possibilidade de fechar as duas primeiras jornadas empatados com Jesus e atrás do Benfica mais fraco dos últimos sete anos. Uma exibição cinzenta, sem alma, sem luta e sem ideias. Uma exibição sem estofo. Todos sabemos que Lopetegui é um treinador competente. Ninguém ganha ao Bayern como o FC Porto ganhou com um incompetente no banco. Mas o que começa a ficar evidente é a sua clara incapacidade para preparar e motivar os seus jogadores nos jogos da liga fora de casa onde o Porto sofre para desbloquear equipas fechadas. Lopetegui é teimoso na sua ideia de jogo, que começa atrás, organizadinha, mas depois vai-se desfazendo como um castelo na areia á beira das ondas. Um ano depois ainda não se deu conta e chegou a hora de alguém lhe dar um toque. É necessário estudar variáveis. Jogar com dois avançados, alterar o 4-3-3 para um 4-2-3-1 ou até mesmo um 4-4-2 que surpreenda os rivais. Surpreender, trabalhar durante a semana para triunfar desde a naturalidade de quem se sabe melhor. Porque não há, em Portugal, melhor equipa e melhor plantel que o nosso. É importante ter isso presente a cada tropeção. Não há desculpas. Falta estofo e sem esse estofo faltará também o que tem faltado nos últimos dois anos, titulos.
Mais do que pensar em individualidades no plantel - que é pior que o do ano passado mas chega perfeitamente para o principal objectivo que é o titulo - e em questões tácticas, urge pensar, desde dentro do balneário, em recuperar esse estofo de campeão. Precisamos de alguém que o consiga sacar da memória. Sem referências no balneário depois de sucessivas purgas, toca a Lopetegui assumir o papel. É o seu grande desafio. Não há volta atrás. Um tropeção em Agosto pode decidir um titulo mas evitemos dramatismos. Trabalhemos em que não se repita. Na próxima viagem á Madeira não é preciso vir com outro onze, com outra táctica. É preciso vir com outra atitude. E aí, sem duvida, o resultado será diferente.

Porque somos melhores!

A colheita de 1991



«Mesmo tendo saído do FC Porto há duas temporadas, o argentino Nicolás Otamendi continua a render dinheiro aos dragões. Com a transferência confirmada esta quinta-feira, a equipa da Invicta encaixará 225 mil euros ao abrigo do mecanismo de solidariedade da FIFA, correspondentes a 0,5% do valor total da transação entre Valencia e Manchester City, feita por 45 milhões de euros. Estes 0,5 % referem-se à derradeira época de formação do defesa argentino, quando este cumpriu 23 anos.»
in record.pt, 20-08-2015


O que é isto do mecanismo de solidariedade?

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MECANISMO DE SOLIDARIEDADE

Artigo 1º - Contribuição de Solidariedade
Se um Profissional mudar de clube no decurso de um contrato, 5% do valor de qualquer compensação, à excepção da Compensação por Formação, paga ao Clube Anterior será deduzida ao valor total da compensação e distribuída pelo Novo Clube, como contribuição de solidariedade, aos clubes envolvidos na formação e educação do jogador ao longo dos anos. Esta contribuição de solidariedade será distribuída de acordo com o número de anos (calculado numa base percentual se for menos de um ano) que o jogador esteve inscrito em cada clube entre as Épocas do seu 12º e 23º aniversário, do seguinte modo:
- Época do 12º aniversário, 0,25% da compensação total
- Época do 13º aniversário, 0,25% da compensação total
- Época do 14º aniversário, 0,25% da compensação total
- Época do 15º aniversário, 0,25% da compensação total
- Época do 16º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 17º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 18º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 19º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 20º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 21º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 22º aniversário, 0,5% da compensação total
- Época do 23º aniversário, 0,5% da compensação total

Artigo 2º - Procedimento de Pagamento
1. O Novo Clube deve pagar a contribuição de solidariedade ao(s) clube(s) formador(es), em conformidade com as disposições acima estabelecidas, o mais tardar no prazo de 30 dias após a inscrição do jogador ou, em caso de pagamentos parcelares, 30 dias após a data de tais pagamentos.

Fonte: FPF

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Há um ano atrás, a comunicação social referiu que o FC Porto também lucrou com a transferência milionária de James Rodrigues para Madrid.
E porquê?
James esteve três épocas no Porto, entre os 19 e os 21 anos, o que significa que o FC Porto teve direito a 1,5 por cento do valor pago pelo Real Madrid ao AS Monaco (cerca de 1,1 milhões de euros).

No futuro, para além de James, há mais três jogadores que, tendo passado pelo FC Porto e rendido aos cofres da SAD largas dezenas de milhões de euros, ainda poderão proporcionar mais uns “trocados”: são eles Mangala, Danilo e Alex Sandro.

Estes quatro jogadores têm em comum terem nascido em 1991, chegado ao Porto com 19/20 anos e saído após completarem o ciclo normal de 3 ou 4 anos. Ou seja, em termos do mecanismo de solidariedade, qualquer um destes quatro jogadores proporcionará à FC Porto SAD 1,5% de uma eventual transferência futura.

Ora, atendendo ao seu (indiscutível) valor e idade atual (24 anos), eu diria que a probabilidade de novas transferências, envolvendo estes quatro jogadores, é bastante elevada.

Onze inicial do FC Porto na deslocação a Braga (época 2012/2013)

Rica colheita, esta de 1991.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Rendimento desportivo e financeiro

Por razões que são de todos conhecidas, há muito que se sabia que Jackson, Danilo e Alex Sandro iriam sair do FC Porto ou, pelo menos, que a probabilidade de saírem, após o final da época 2014/2015, era muito elevada.

Jackson esteve mesmo para sair há um ano atrás e só um conjunto de medidas - a renegociação do contrato, o abaixamento da cláusula de rescisão de 40 para 35 milhões e a oferta de 5% do passe ao jogador/empresário - o conseguiram segurar mais um ano no Porto.

Neste contexto, a minha opinião sobre a forma como a FC Porto SAD conduziu as negociações para a transferência de Jackson é muito semelhante à que o Miguel Lourenço Pereira expressou num artigo que publicou em 28 de junho passado.

«O Atlético fez uma proposta à SAD do FC Porto que foi recusada inicialmente. Pinto da Costa fez saber que estava tudo tratado com o Milan. O Atlético não dava mais de 30 milhões a princípio (…). A SAD do FC Porto fez saber que não estava interessada e defendeu os interesses do clube. Como tinham de o ter feito e bem. (…) Não há nada, absolutamente nada a apontar à gestão da SAD neste caso, mas será curioso ver como a história se desenvolve nos próximos capítulos.»

E como é que a história se desenvolveu?
De acordo com o que veio a público (veremos o que irá constar do Relatório e Contas), Pinto da Costa não cedeu às pretensões iniciais do Atlético Madrid e os colchoneros terão mesmo pago os 35 milhões de euros.
Notável!
E mais ainda, se atendermos a que Jackson não é titular indiscutível da sua selecção e está a pouco mais de um mês de completar 29 anos.

Quanto a Danilo e Alex Sandro, tendo ambos recusado (naturalmente) as propostas de renovação que o FC Porto lhes fez, se a sua saída não fosse negociada pela SAD, seriam jogadores livres a partir de 1 de Janeiro de 2016 (daqui a pouco mais de 4 meses).

Neste contexto, considero a venda de Danilo por 31,5 milhões e a pré-anunciada venda de Alex Sandro por 25 milhões, (mais) duas extraordinárias vendas feitas pela FC Porto SAD.


Aliás, sobre o negócio de Danilo, reproduzo parte do texto que o Miguel Lourenço Pereira escreveu, num artigo que publicou em 1 de Abril, e no qual me revejo.

«O negócio é excelente a todos os níveis. São 31,5 milhões de euros (35 por objectivos), sem jogadores ao barulho e com o contrato do jogador a acabar. Um golpe de génio (o enésimo) de Pinto da Costa e da SAD nas mesas de negociação que superam bastante as expectativas daquele que foi um dos nossos maiores negócios de risco dos últimos tempos. (…) Pinto da Costa e a sua equipa fizeram o que tinham de fazer. Tentaram renovar com o jogador e depois deste recusar souberam manejar bem os tempos e expectativas para conseguir um negócio que é imelhorável. Ninguém a não ser PdC e a SAD sacariam tanto por um jogador que daqui a nove meses podia negociar sair a zero. Absolutamente ninguém.»

Quanto ao Alex Sandro, à hora a que escrevo este artigo, ainda não há comunicado enviado à CMVM, nem eu conheço os números finais, mas parece-me absolutamente normal que saia por um valor inferior ao de Danilo (que é “só” o atual lateral-direito da seleção brasileira).

Contudo, a confirmarem-se os 25 milhões de euros, é largamente batido o valor por que foram vendidos outros laterais-esquerdos no pós-Gelsenkirchen – Nuno Valente, Álvaro Pereira e Cissokho (cuja contratação/regresso, como é óbvio, não foi obra do acaso).

Danilo: 31,5 milhões de euros
Jackson: 35 milhões de euros
Alex Sandro: 25 (?) milhões de euros

Três jogadores, mais de 90 milhões de euros. É obra!


P.S. Acerca de cláusulas de rescisão, ou valores de hipotéticas propostas recusadas, não valorizo o que disse, ou diz, o Presidente da FC Porto SAD. Tudo isso, como é óbvio, faz parte dos processos de negociação, em que as várias Partes envolvidas enviam alguns “recados” e tentam reforçar a respectiva posição.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

SMS do Dia

Eu li a Pinto da Costa dizer que recusou uma oferta de 30 milhões por Alex Sandro. Imagino portanto que nas próximas horas se oficialize a venda à Juventus por 30 milhões (com ou sem objectivos ao barulho) e o euro que falta para justificar a nega anterior seja posto pelo próprio PdC.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Empurrados para a vitória

Os adeptos empurraram-nos para o golo
Luisão, na zona de entrevistas rápidas da Benfica TV


Corria o minuto 10 do SLB x Estoril, quando Luisão empurrou um jogador do Estoril (Bonatini) pelas costas, desequilibrando-o e derrubando-o já dentro da área.

As imagens deste lance são claras…

Luisão empurra Bonatini pelas costas (fonte: record.pt)

… e mostram que, com o resultado em 0-0, ficou um penalty por assinalar contra o SLB, a que acresce uma possível expulsão de Luisão, o que deixaria os encarnados de Lisboa a jogar com menos um durante 80 minutos.

Este "erro" de arbitragem é de tal modo claro, que até Eugénio Queirós, jornalista do Record e conhecido adepto benfiquista, escreveu o seguinte no seu blogue (na plataforma record.pt):

«(…) o resultado final [do Benfica x Estoril] mascara o que foi uma exibição no fio da navalha. Antes do primeiro golo, apenas ao minuto 74, os bicampeões nacionais tiveram oportunidades para marcar mas as melhores ocasiões pertenceram ao Estoril, que viu o jovem árbitro internacional sorteado, perdão, nomeado deixar no bolso uma clara grande penalidade cometida por Luisão, que iria implicar a expulsão do capitão do Benfica, com o resultado ainda a zero...»


Tiago Martins
Podemos discutir a intensidade do empurrão de Luisão ao jogador do Estoril, mas de uma coisa não tenho dúvidas: o “empurrão” dado ao SLB pelo árbitro Tiago Martins foi bem maior e com indiscutível influência em mais uma vitória ao colinho.

E quem é este Tiago Martins, árbitro da AF Lisboa?

É uma “estrela” em ascensão na arbitragem actual, “empurrado” pelo chefe dos árbitros, o senhor Vítor Pereira, a quem eu já dediquei três artigos:



No último ano, para além de Julen Lopetegui, que se queixou, e bem, da existência de um manto protector, também Pinto da Costa tem estado muito activo na denúncia, em público, dos “podres” da arbitragem actual, particularmente ao nível das nomeações e das classificações dos árbitros. Inclusivamente, o FC Porto já solicitou/desafiou o presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, o senhor Vítor Pereira, a demitir-se.

Contudo, tudo continua na mesma e, logo na 1ª jornada do campeonato 2015/2016, assistimos a mais uma nomeação cirúrgica e a mais uma vitória do SL Andor ao colinho dos seus principais adeptos: os associados da APAF.

Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O negócio Otamendi

Nicolas Otamendi está a ponto de converter-se num dos centrais mais caros da história do futebol, trocando o Valencia pelo Manchester City por valores que rondam os 40 milhões de euros (mais, de forma paralela, o empréstimo de um ano de Mangala ao clube espanhol com metade do salário pago pelo City). À falta de alguns detalhes, o negócio parece estar fechado.

É um negócio e pêras...um negócio, diria, à Porto!

E no entanto, Otamendi, que foi um dos esteios defensivos mais relevantes do FC Porto do pós-Ricardo Carvalho - fundamental no célebre ano AVB - saiu do FCP para a equipa espanhola por valores muito inferiores, um total de 12 milhões de euros sendo que, já na altura, se levantou uma polémica relevante e até hoje por explicar de 10% do passe de que o FC Porto abdicou sem dizer nem a quem, nem por quanto, semanas antes da venda oficializada do futebolista.

Naturalmente, tendo em conta as cifras desta operação, muitos adeptos começaram a levantar as mãos à cabeça com frases do estilo "Se tivesse ficado, eramos nós a receber os 40 milhões" ou um "Otamendi foi mal vendido" ou algo do estilo "Perdemos uma grande oportunidade de fazer um grande negócio". Ora bem, não estou de acordo. E para entender essa realidade é preciso entender igualmente a natureza deste próprio negócio. Porque nem Otamendi vale - nem valeu nunca 40 milhões - nem este negócio é expontâneo ou surge do nada por puro mérito do jogador. Este é um negócio Mendes, com todas as caracteristicas de um negócio Mendes e onde o clube vendedor é apenas um peão. Neste caso tocou ao Valencia - detido pelo amigo de Mendes, Lim - da mesma forma que no passado nos tocou a nós. Basta ver o exemplo de Mangala.

Otamendi é um bom central, um jogador capaz de exibir-se a um nivel muito mais elevado do que, diriamos, um David Luiz (sim, comparar os dois roça o delito, eu sei) mas nenhum outro empresário sacaria nem metade pelo seu passe nem outro clube, sem a ajuda desse empresário, seria capaz de o fazer. E isso inclui a SAD do FC Porto.

Quando Otamendi saiu, para o Valencia, a nossa situação financeira distava muito de ser a melhor. E por isso mesmo foi preciso fazer ajustes. Otamendi estava insatisfeito, queria dar o salto a uma liga mais mediática e era uma potencial fonte de problemas (olá Rolando) pelo que vendê-lo parecia tanto algo lógico como necessário. Conseguir um negócio na ordem dos 12 milhões de euros foi um excelente negócio tendo em conta essa realidade. Cinco meses depois podia valer mais? Sim, podia. E também podia valer menos. Ninguém sabia como se ia adaptar ao futebol espanhol (tanto é que teve de passar os seis meses seguintes no Brasil por problemas com o numero de estrangeiros do Valencia) ou que seria um dos protagonistas da "Albiceleste" no Mundial do Brasil. Havia muitos factores ponderáveis e vender por esse valor era o melhor negócio possível na altura. Foi portanto uma decisão acertada.

Hoje Otamendi não é melhor jogador que era então mas vale quase o triplo. Porquê?
Porque o seu empresário assim o quis. Ao enviar Otamendi para Valencia (quando o clube ainda não era detido por Lim), Mendes fez o mesmo que depois conseguiu com outros jogadores, sobretudo do Benfica, colocando-os em equipas (como o Monaco ou o Atlético de Madrid) onde as entradas e saídas é ele que controla directa ou indirectamente. A partir de aí, com a faca e o queijo na mão, Otamendi foi esperando o próximo salto porque todos sabemos que, salvo casos excepcionais, os jogadores de Mendes duram muito pouco nos seus clubes. A comissão dos 10% tem de se actualizar a pouco e pouco. O Valencia teve ofertas do Man United e do AC Milan por Otamendi. Mas a primeira não chegava sequer a estes valores - nunca passou os 30 milhões - e a segunda esbarrou com a aposta em Romagnoli, jovem promessa italiana. O City, carta fora do baralho até à pouco tempo, pelo contrário, tem excelentes relações com Mendes e cashflow suficiente para não só por na mesa o valor pedido pelo agente como ajudar a potencializar outro dos seus activos num clube amigo, o nosso velho conhecido Mangala. Um negócio destes ronda o surreal mas é a base do mundo actual.

O FC Porto tem-se beneficiado e muito dessa relação. Há largos, larguissimos anos que o FC Porto não vende, por valores astronómicos, um só jogador que não seja de Mendes ou que este esteja envolvido no negócio (ás vezes, via comprador). Mais, a maior parte dos clubes que compram ao FCP (russos, turcos, ingleses, espanhois, franceses) trabalham directamente com ele. É graças a essa teia que conseguimos sacar muitos dos milhões de que nos gabamos em negócios improváveis como o de James, Mangala, Fernando e companhia. Otamendi podia ter saído por outro valor se não fosse um activo Mendes, mas o preço ajustado à realidade do mercado foi talvez a contrapartida para um negócio bombástico meses depois. Não há almoços grátis.

A Otamendi está claro que todos gostariamos de ter visto seguir para Manchester via Porto com um cheque daqueles no bolso e não por valores aceitáveis mas pouco entusiasmantes para Valencia onde serviu de ponte para o grande negócio mas nem sempre podemos ser os protagonistas deste mundo. Por cada Mangala tem de haver um Otamendi, por cada grande e inesquecivel venda haverá sempre alguém que escape e não é por isso que se actuou erradamente na altura. Otamendi desportivamente tinha lugar em todos os onzes do FC Porto desde que saiu mas ter um jogador a contra-gosto é o primeiro passo para ter problemas. Otamendi rendeu 12 milhões de euros (menos os tais 10% fantasmas) e um problema a menos no balneário. Abriu espaço para a afirmação de um Mangala que rendeu muito mais financeiramente (ainda que seja pior desportivamente). Podemos ficar satisfeitos com o deve e o haver desta operação e com a gestão do clube. Porque agora mesmo, para sufragar a sua politica - e estar de acordo ou não é tema para outra conversa - só com a bendição de Mendes e da sua teia de negócios é que o FC Porto sobrevive. E quando o empresário passar a cobrar os seus serviços, reduzindo preços de passes em vendas para os "seus" clubes, haverá sempre pouca margem de manobra para recusar. Foi esse o pacto do Diabo e os pactos cumprem-se até ao fim!

domingo, 16 de agosto de 2015

Uma equipa nova

Na época 2014/2015, o onze tipo dos dragões foi a seguinte:

Fabiano / Helton
Danilo, Maicon, Indi / Marcano, Alex Sandro
Casemiro, Herrera, Oliver
Quaresma, Jackson, Brahimi

Ontem, no 1º jogo oficial da época 2015/2016, Lopetegui apresentou um onze inicial com sete alterações em relação ao onze tipo da época passada, cinco dos quais - Casillas, Maxi, Danilo Pereira, Imbula e Varela - nem sequer faziam parte do plantel.

Onze inicial do FC Porto frente ao Vitória Guimarães

Ou seja, frente ao Vitória Guimarães, o FC Porto apresentou uma equipa nova, principalmente do meio campo para a frente, o que implica haver ainda muito trabalho por fazer, em termos de criação de rotinas, ensaio de bolas paradas, entendimentos, acertos, etc.

Surpreendentemente, ou talvez não, quem mais se destacou foi o sucessor do “insubstituível” Jackson, Aboubakar, que marcou 2 golos e o sucessor do novo lateral direito do Real Madrid, Maxi Pereira, que fez duas assistências (para o 2º e 3º golos do FC Porto).

Capa do JN de 16-08-2015

Dito isto, ainda faltam 15 dias para o encerramento do mercado, o que significa que poderá haver mais saídas (os nomes de Alex Sandro e Herrera estão na agenda de alguns clubes e continuam a ser falados) e/ou novas entradas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Parafraseando Mark Twain…

O JOGO, 12-08-2015

O Museu do FC Porto foi inaugurado há quase dois anos (em setembro de 2013) e no último mês - Julho de 2015 - foi batido o número de visitas mensal (mais de 30 mil).

11 dias depois, no dia 11 de agosto, foi batido o recorde de visitas num só dia (1730 visitas).

A sessão e jogo de apresentação do plantel 2015/2016 esgotou a lotação do estádio e ontem, ao final da tarde, o clube anunciou que já só restavam 700 bilhetes à venda para o jogo inaugural do campeonato (FC Porto x Vitória Guimarães).

Eu já aqui tinha falado nas sinergias entre estádio cheio, visitas ao museu e camisolas vendidas. Lá mais para a frente, veremos os números que serão alcançados mas, se esta tendência se mantiver, este mês serão batidos todos os recordes.

A propósito: lembram-se do que foi dito em Abril e Maio passado, em que alguns quase deram o FC Porto como estando “moribundo” (Meu Deus, dois anos sem ganhar nada! É o apocalipse! É o fim!)?

Pois bem, parafraseando Mark Twain (com as devidas adaptações), eu diria que as notícias acerca da morte do FC Porto foram manifestamente exageradas…

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O potencial mediático de Casillas

O JOGO, 23-07-2015

«A chegada de Casillas ao FC Porto promete dilatar de vez as fronteiras da liga portuguesa, alargando o mercado espanhol ao Dragão. A primeira prova disso são as notícias de ontem [22-07-2015], que davam conta que a TVE tinha adquirido os direitos de transmissão dos jogos da pré-temporada do FC Porto. Os desafios com o Borussia Monchengladbach e Schalke 04, que fazem parte do estágio portista em Marienfeld, e os seguintes com Stoke City e Valência, previstos para a Colonia Cup, são os encontros que vão fazer parte da grelha da TVE, que com isso vai testar as audiências que pode ganhar com um FC Porto mais hispânico do que nunca. Se juntarmos a isso o facto de várias equipas de jornalistas espanhóis continuarem em Portugal, atentos a todos os movimentos de Casillas e Sara Carbonero que possam resultar em notícias, teremos uma perceção mais completa do mediatismo que o guarda-redes espanhol trouxe com ele ao deixar Madrid para vir jogar no FC Porto.»
in O JOGO, 23-07-2015


O JOGO, 13-08-2015
«Consequência natural da “espanholização” do campeonato luso, em particular da presença do guarda-redes ex-Real Madrid e número 1 da seleção do país vizinho, esta novidade [o ramo espanhol da beIN Sports anunciou ter adquirido os direitos de transmissão da I Liga] dificilmente poderia ter um arranque mais significativo: o FC Porto - V. Guimarães é o primeiro encontro que poderá ser visto pelos telespectadores espanhóis, que assim poderão assistir à estreia de Casillas na Liga onde evoluem mais oito compatriotas (cinco dos quais no FC Porto), além do técnico azul e branco Julen Lopetegui.»
in O JOGO, 13-08-2015


As últimas 4-5 semanas demonstraram, se é que alguém tinha dúvidas, que o potencial mediático de Casillas é verdadeiramente brutal e algo nunca visto no futebol português.

Ora, se os ganhos de notoriedade (para o FC Porto, para a liga portuguesa, para a cidade do Porto) são já absolutamente indiscutíveis, falta ainda perceber de que modo este facto se irá traduzir em euros e para quem.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O projeto Dragon Force Basquetebol

Há três anos (agosto de 2012), no rescaldo da extinção/suspensão da equipa sénior de basquetebol, Moncho López deu várias entrevistas e, falando como coordenador de todos os escalões de formação do FC Porto, afirmou que o clube ia apostar forte na formação.

JN, 20-08-2012
«A Dragon Force pode ser uma lufada de ar fresco, mesmo em Portugal: “Pode melhorar o basquetebol do País. Vamos trabalhar na deteção de talentos e formação de atletas e treinadores de elite”»
Moncho López, O JOGO, 20-08-2012


Ontem, o FC Porto anunciou a contratação de Seth Hinrichs, um extremo/poste norte-americano de 22 anos.

«Depois de Arnette Hallman, Nick Washburn, José Silva e Brad Tinsley, Hinrichs, de 2,03 metros, é a quinta contratação confirmada para um plantel que vai manter sete elementos que disputaram a Proliga na época passada e que vai disputar a Liga Portuguesa de Basquetebol em 2015/16.»
in www.fcporto.pt, 11-08-2015


O JOGO, 03-07-2015

O JOGO, 14-07-2015

O JOGO, 12-08-2015

Ora, se a estas cinco contratações (4 norte-americanos e um internacional português) juntarmos os angolanos António Monteiro (ex-Recreativo de Libolo) e João Fernandes (ex-Illiabum), contratados há um ano atrás, bem como, o espanhol Ferrán Ventura (ex- CB Cornellas) e o internacional português Miguel Queiroz (ex-Illiabum), ambos contratados há dois anos atrás, verificamos que 2/3 do plantel do FC Porto, que irá disputar a Liga de Basquetebol em 2015/16, não são jogadores resultantes dos escalões de formação azul-e-branca.

Haverá quem diga, e eu estou de acordo, que para competir na FIBA Europe Cup e em Portugal ter “armas” para lutar pelo título, o FC Porto teria de seguir este caminho.

Contudo, três anos depois, penso que será legítimo perguntar: o que resta das ideias e (boas) intenções iniciais do projeto Dragon Force Basquetebol?

P.S. Perante todos estes factos, o “passeio competitivo” na Proliga, efetuado durante a época passada, cada vez faz menos sentido.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A virtude da Paciência

Escrevi aqui no final da época passada que era importante manter Julen Lopetegui no cargo. Não por ser um grande treinador - pelo menos "grande" no sentido dos "Grandes" nomes da nossa história - mas por ser competente, ter uma ideia clara de jogo e por ser o timoneiro de um projecto a três anos que merece toda a paciência. Agora que a época vai começar - com amigáveis "cinzentos" e, felizmente, sem previas de Champions League que outros estouvados vão ter de afrontar - é importante relembrar essa ideia. A paciência, ao contrario do que muitos pensam no futebol, é uma grande virtude. E Pinto da Costa esteve certeiro a manter-se sereno depois de um segundo ano sem títulos. A recompensa chegará em Maio.

Lopetegui tem de montar uma equipa praticamente nova e isso exige tempo. Não é brincadeira criar rotinas num grupo de trabalho com meia dúzia de semanas onde prima quase sempre o trabalho físico e os conceitos de jogo mais básicos. Este FC Porto vai jogar de um modo muito similar ao do ano passado - provavelmente terá mais variantes, em particular o 4-2-3-1 com um jogador mais perto do avançado entre outras coisas porque nem Aboubakar nem Osvaldo cobrem o mesmo espaço que Jackson - mas tem novos interpretes que precisam de se integrar neste espírito de grupo.

Para avaliar a enormidade do trabalho a desenvolver basta ver linha por linha o que muda:

Guarda-Redes - um novo guarda-redes pode parecer algo de somenos mas exige um profundo entendimento com a linha defensivo, um conhecimento da forma como a linha se move, como as marcas se posicionam e, no nosso caso, no papel do guarda-redes como primeiro iniciador de ataque, abrindo linhas de passe ora pelas alas ora pelo corredor central. Casillas é um guarda-redes top mas nunca foi o seu forte jogar pelos pés (com os cruzamentos aéreos é provavelmente a sua maior debilidade) e terá de haver um importante trabalho de coordenação. Sem grandes dramas. Afinal Casillas é o guarda-redes titular da selecção do "Tiki Taka".



Laterais - O uruguaio e Cissokoh são jogadores novos. O segundo será suplente de Alex até este sair (o que pode passar em Janeiro dependendo de varias conjunturas) mas será mais relevante na rotação do que foi Jose Angel (que, como eu disse há um ano, não tinha pernas para esta bicicleta) e o primeiro será titular indiscutivel até começar a sofrer na pele a perseguição arbitral habitual a qualquer jogador de azul e branco neste país. São jogadores diferentes a Danilo e Sandro, em muitos aspectos, e por isso também terão não só de aprender a mover-se dentro do colectivo como tal como igualmente soltar-se mais no aspecto ofensivo (no caso do uruguaio) e na marcação defensiva (no caso de Cissokho).

A posição 6 - Seja Ruben, seja Danilo seja até mesmo Imbula, parece evidente que o trabalho de quem fizer a posição de pivot vai sofrer um reboot. Não há nada de estranho nisso. Quem viu a evolução de Casemiro entende perfeitamente a complexidade do posto no plano de Lopetegui. Até Dezembro muitos pediam a cabeça do brasileiro que foi imenso na segunda metade da época. É natura que Ruben comece porque já tem a lição bem estudada mas não surpreenderá ninguém que tanto Danilo como Imbula possam ocupar o lugar ao longo do ano sendo que o congolano, como Ruben, é um interior de raiz.

Interiores - Imbula será (tem de ser) titular absoluto. Herrera, se ficar, também. Será um jogo interior muito diferente do que vimos com Oliver, muito mais vertical e físico. Herrera e Imbula são jogadores de ida e volta, box-to-box, e não têm no ADN aquela capacidade de imprimir pausa e leitura de jogo que Oliver tinha. No plantel actual apenas Sergio Oliveira e Bueno podem fazer isso (de aí falar-se tanto num "10") mas se o português é ainda um enigma nas prioridades de Lopetegui, o espanhol parece funcionar melhor como "enganche" no tal 4-2-3-1 que provavelmente veremos mais vezes. Evandro também podia ocupar esse lugar (André André é mais do mesmo em comparação com Herrera e Imbula) e fê-lo bem no ano passado mas desconfio que para o basco não seja a primeira escolha.



Alas - Tello teve um ano irregular, mas no seu melhor é titular de caras. Brahimi ídem. Combinar o melhor de ambos ao mesmo tempo seria fundamental e viu-se pouco na época passada. Por isso mesmo Varela vai ser muito mais protagonista do que foi Quaresma. Tem a escola toda do Porto mas só agora começou a trabalhar com Lopetegui e é outro que tem de aprender conceitos importantes. A sua veteranía vai ajudar a acelerar a adaptação e tem sido do melhor da pré-época. Hernani continua a ser um enigma. Tem potencial para desbloquear jogos mas precisa de crescer muito tácticamente para ser opção válida para o onze.

Ataque - Osvaldo é um enigma. Talento descomunal, carácter intempestivo, pode ter uma noite mágica de golos e asistencias e passar um mês a pastar literalmente no relvado. Nunca será um Jackson (mas quem é?). De Aboubakar conhecemos fraquezas e virtudes e de André espera-se o mesmo de Gonçalo. Aqui a paciência terá de ser de santo. Lopetegui não tem culpa que o FC Porto tenha vendido um dos melhores avançados da sua historia e do mundo na actualidade, um jogador que, para substituir, havia que pagar uns bons 40 milhões e alguns trocos. Portanto, esqueçam o trabalho, a leitura de jogo, o génio e o olfato de Jackson porque é irrepetivel a curto prazo. Até lá Osvaldo terá de ser eficaz e Aboubakar comer relva e aproveitar cada minuto. Mas o golo terá de ser, cada vez mais, coisa de toda a equipa (bolas paradas dos centrais, livres directos, diagonais dos extremos, meia distancia dos interiores).

Em suma, há muito trabalho e não é por começar a liga que este chega ao fim. Está apenas no principio do segundo capitulo de um ciclo largo e exigente. Parece evidente que o plantel é superior ao dos rivais, que a troca de treinador destes ajuda a aumentar a sensação de instabilidade mas como bem disse Pinto da Costa no dia da apresentação, no Dragão também mudou muita coisa. Esperamos que a mudança tenha sido para melhor mas cabe-nos ter paciência e confiar chegar a bom porto no momento certo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

SMS do Dia

“Fico zangado quando vejo as primeiras páginas dos jornais desportivos recheadas de azeiteiros"

Joaquim Gomes, director da organização da Volta a Portugal, lamentando o pouco destaque dado à prova pela imprensa desportiva.

Ilações de uma SUPER Taça

Acho que a pré-época foi preparada de forma algo atabalhoada
Rui Rangel (ex-candidato à presidência do Benfica), em declarações à Rádio Renascença, 03-08-2015


Termina o Benfica a sua digressão com mais uma derrota e fica na história apenas porque esteve na inauguração do BBVA Bancomer.
O problema do Benfica não está propriamente nos resultados pois ainda estamos a semear os feijões. O problema do Benfica é esta incrível digressão pelas américas...
Eugénio Queirós, record.pt, 03-08-2015


Agora que acabaram os “jogos a feijões” e após o primeiro jogo oficial, parece que aqueles que torceram o nariz à “incrível digressão pelas américas” tinham razão.

Num jogo em que os de Alvalade entraram a todo o gás e impuseram um ritmo de jogo intenso, os da Luz fizeram o que puderam, mas foram sempre inferiores a uma equipa que, cérebros à parte, demonstrou chegar a este jogo com mais pernas e pulmões.

E depois da penosa amostra da sua equipa ontem, não fosse as quatro primeiras jornadas do campeonato serem disputadas todas em casa (sim, estou a incluir nos jogos “em casa” o Arouca x SLB da 2ª jornada, estrategicamente mudado para o estádio de Aveiro) e Rui Vitória era bem capaz de ter de mudar de apelido…


P.S. Nada como os clubes em confronto serem os dois maiores clubes de Lisboa, para que um trofeu sem interesse (ou não tivesse o FC Porto no topo da lista dos seus vencedores) seja transformado numa competição importantíssima, numa verdadeira SUPER Taça!

sábado, 8 de agosto de 2015

Adios Adrian

A melhor noticia em dia de apresentação (quem se lembrou de inventar aquele circo dos dragões chineses como se houvesse conexão Beijing-Massarelos devia ser forçado a andar pela Grande Muralha ao pé coxinho) foi mesmo a guía de marcha de Adrian Lopez. Entre as lesões musculares (Brahimi é, já se sabe, um jogador de "vidro" e Cissokoh chegou agora por isso os problemas resultam do seu stage com o Villa, nada de que tenhamos culpa) e um jogo competitivo e sem golos (continua a ser o nosso grande problema mas quem se habitua a um génio sofre sempre ressaca), ficou claro pela boca do treinador o que já se suspeitava quando se anunciaram os jogadores.

Adrian Lopez nunca foi um negócio desportivo. Nunca.
O jogador não é mau (é vulgar e, sobretudo, um jogador que não gosta de treinar) mas nunca foi uma aposta desportiva do clube. Foi um negócio colateral entre o clube, o Atlético de Madrid, a Doyen e Jorge Mendes em que o Atlético se livrava de um activo (em Espanha há um máximo salarial do plantel que tem de ser respeitado e Adrian era um excedente a eliminar) que não tinha interesse e o FC Porto recebia-o por um tempo determinado com a certeza de que a sua saída estava assegurada. Entre dividas pendentes de pagar (Falcao), o empréstimo de Oliver Torres e o crescemente poder da Doyen-Mendes - que já negoceiam em nome do clube, algo impensável - o negócio Adrian foi colateral e sem zero influencia nos gastos do clube. Ele esteve por cá (jogou menos ainda do que o previsto pelas lesões) mas nos cofres do FCP não causou mossa do mesmo modo que não vai gerar lucro. As contas são ficticias e o circo montado à volta de um "falhanço desportivo" são para inglés ver.

Adrian, boa sorte para onde quer que sigas, foste apenas um numero como tantos outros. No futebol italiano dos anos noventa como Adrian havia centenas de jogadores e com o novo fenómeno de controlo quase asfixiante dos fundos - agora com Defensores uruguaios a servir de clubes ponte - é muito possivel que seja o primeiro mas não o último. A garantía é que já não há que pensar nele como um problema a resolver. No fundo nunca foi. O problema foi não explicar as coisas aos adeptos tais como elas são. Mas há quem prefira fazer como Bismark e não explicar como se fazem salsichas.

Jorge Jesus já não é Vaca Sagrada



Jorge Jesus teve uma tirada rasteira e de mau gosto ao dizer que falta na Luz o seu cérebro. Não sei, nem me interessa, se a ausência por aquelas bandas de uma massa cinzenta equivalente à sua é ou não real, mas ele foi imediata e justamente criticado, em alguns casos severamente. Já ao serviço do Benfica era exímio neste tipo de saídas, mas aí, contudo, os moralistas da paróquia calavam-se, incluindo o Manuel José .

Saídas deste tipo e piores são o pão-nosso-de-cada-dia do Mourinho, mas entre nós nunca há quem se atire a ele como agora se atiraram ao Jesus. Pior:  as mais inacreditáveis regorgitações do auto-proclamado "Especial" são por cá, regra geral, elevadas ao duvidoso estatuto de "mind games" E isto porquê? Porque a pequenez e complexos perante o estrangeiro da maioria dos portugueses os torna fácil presa da adoração de vacas sagradas, que é naquilo que transformam qualquer português de sucesso no estrangeiro, especialmente no campo desportivo.

Dentro deste rectângulo (refiro-me a Portugal Continental, e não a um campo de futebol), esse estatuto divino-bovino também costuma ser outorgado a muito boa gente ("boa", neste contexto, tem um sentido meramente retórico). O próprio Jorge Jesus, como acima refiro, permitia-se abrir a boca e impunemente disparatar à vontade quando ao serviço da "instituição". Tais tempos, para ele, passaram. Sem querer exagerar nas metáforas, à meia-noite os coches transformaram-se de novo em abóboras, e os cocheiros em ratos.

Jorge Jesus já não é vaca sagrada.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Um pack completo

fonte: www.fcporto.pt

A mais de 24 horas da apresentação da equipa/plantel 2015/16, o FC Porto anunciou que o estádio já tem a lotação esgotada.

Este facto, por si só, é um (bom) indicador do interesse que o “novo” FC Porto 2015/2016 está a despertar entre os adeptos portistas.

Quem não vai estar no Estádio do Dragão, poderá acompanhar o espetáculo através do Porto Canal.

Quanto ao jogo frente ao Napóles (a partir das 20:30), o mesmo terá transmissão exclusiva na SPORT.TV1.

Mesmo sabendo que os sócios que adquiriram um lugar anual têm acesso (gratuito) a este jogo, seria interessante que o clube informasse quantos bilhetes foram vendidos.
E, já agora, o número de camisolas vendidas esta semana e quantas entradas no Museu serão registadas durante o dia de amanhã.

Estádio com lotação esgotada.
Cerca de 6 horas de transmissão televisiva no Porto Canal.
Transmissão do FC Porto x Napóles na SportTv.
X camisolas vendidas no sábado (e durante os dias anteriores).
Y entradas no Museu do FC Porto no sábado.

É este o “pack completo”, que o jogo de apresentação dos dragões, disputado em Portugal (no Porto), e num horário “decente”, irá proporcionar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Felizmente que não fomos

«a equipa do Benfica chegou a New Brunswick e foi surpreendida com uma temperatura a rondar os 40 graus. Aliás, perto das 18 horas, no início do treino, os termómetros ainda estavam muito altos. Dada esta condicionante, Rui Vitória e os restantes membros da sua equipa técnica estão a estudar a melhor forma de contornar a questão. Uma das soluções pode passar pela alteração do horário das sessões de trabalho para aproveitar os momentos mais frescos. Numa fase da época em que os futebolistas são castigados com grandes cargas físicas, é preciso dosear o cansaço de forma a assegurar um bom rendimento nos jogos e, mais importante, evitar lesões.»
in record.pt, 20 julho de 2015 | 06:00


Está muito calor mas temos de trabalhar nessas condições. Todos estão a trabalhar muito, concentrados nos objetivos. É mais fácil treinar quando está mais fresco (…)
Samaris (futebolista do SLB), 20 julho de 2015


«a equipa do Benfica foi confrontada com duras condições climatéricas que não irá encontrar nos jogos oficiais, na Europa. Frente ao América, na Cidade do México, os jogadores foram obrigados a jogar acima dos 2 mil metros numa metrópole conhecida pelos elevados índices de poluição e na próxima madrugada, em Monterrey, as águias serão submetidas a temperaturas a rondar os 35 graus»
in record.pt, 2 agosto de 2015 | 04:42


«Benfica concluiu a International Champions Cup na nona posição»
in ojogo.pt, 3 agosto de 2015


«o Benfica acaba de perder por 3-0 no novo estádio do CF Monterrey. Com uma atuação pobre e praticamente sem criar oportunidades de golo, os encarnados deixam a Eusébio Cup no México.»
in ojogo.pt, 3 agosto de 2015 | 06:08


O JOGO, 04-08-2015
Estamos com muita vontade de regressar a casa e vamos preparar-nos de uma forma muito afincada para o próximo jogo [Supertaça Cândido de Oliveira, dia 9 de agosto]. Há aqui uma concentração de quase 20 dias, que é um bocadinho complicado (…) Felizmente que tudo isto terminou [a digressão do SLB pelo Canadá, EUA e México] e vamos regressar ao nosso habitat natural
Rui Vitória (treinador do SLB)
3 agosto de 2015 | 06:46


«O jogo dos encarnados terminou às 6 horas portuguesas (meia-noite no México) e a comitiva benfiquista tinha viagem marcada duas horas depois. Ou seja, o Benfica iniciou a travessia do Atlântico já depois das 8 horas (Portugal), com chegada prevista a Lisboa para as 19 horas.
O cenário ideal, nestes casos, e para encurtar a recuperação, seria uma adaptação rápida ao fuso horário português já em pleno voo. Na verdade, era isto que as equipas técnicas e médicas tinham previsto, embora com algumas condicionantes.
Já adaptados à hora mexicana, seria impossível pedir aos jogadores que, após o jogo com o Monterrey, se mantivessem acordados, já que em Lisboa era de manhã. Para minimizar estragos, foi-lhes pedido que dormissem o menos possível durante a viagem, tentando ignorar o cansaço, natural após um jogo, e ainda por cima com o fuso horário a desfavor.»
in record.pt, 3 agosto de 2015 | 08:05


A BOLA, 04-08-2015
19 dias seguidos em digressão, longe de casa e da família.
Viagens atrás de viagens (cerca de 20 mil quilómetros percorridos).
Temperaturas e humidade (muito) elevadas, que afetaram treinos e jogos, um dos quais disputado em altitude (na Cidade do México).
Três golos e zero vitórias em cinco jogos.
Resultados desportivos péssimos e, diz quem viu, exibições confrangedoras.

Li, algures, que o SLB terá encaixado um cachet de pouco mais de 3 milhões de euros com esta digressão de quase três semanas.
É pouco, muito pouco, para quem regressa a Portugal com o plantel de rastos (física e emocionalmente) e o prestígio internacional na lama.

Em finais de maio passado, a explicação dada pelo FC Porto, para desistir da participação na International Champions Cup, não me pareceu aceitável. Contudo, eu agora olho para os contornos desta digressão horrenda do SLB por Canadá, EUA e México (e veremos que consequências terá na época dos encarnados de Lisboa) e vejo com outros olhos essa decisão (que se revelou acertada) da Administração da FC Porto SAD.


«O FC Porto comunicou a sua incapacidade de completar o programa completo na International Champions Cup 2015 e foi por isso substituído», afirmou a Relevent Sports, em comunicado oficial.

Tínhamos dado o acordo para fazer jogos em Nova Iorque. Unicamente, havia um quarto jogo no México que o treinador e nós, departamento de futebol, entendemos que uma coisa é jogar no raio de 100 ou 200 quilómetros. Outra era fazer cinco horas e meia de viagem de avião e jogar a dois mil metros de altitude com 40 graus. Entendemos que era prejudicial e que não iríamos.
Pinto da Costa, 24 maio de 2015, em declarações ao JN


Felizmente, que o FC Porto ainda foi a tempo de substituir uma digressão longa, passando por Canadá, EUA e México, por uma pré-temporada na Europa, bem estruturada, com jogos em clima ameno e nos “fusos horários certos” e defrontando equipas da 1ª metade dos campeonatos alemão, espanhol, inglês e italiano (em vez de New York Red Bulls, América e CF Monterrey deste Mundo).

sábado, 1 de agosto de 2015

O “Parvo Pinto” da TVI


«O jornalista Parvo Pinto, da TVI, tem um problema sério com o FC Porto, que lhe acentua a incompetência. Pedro Tinto voltou a tropeçar numa notícia relativa ao nosso clube, chamando uma coisa qualquer ao treinador Julen Lopetegui. Pateta Pinto não vai pedir desculpa, nunca o fez antes, sabe lá o que isso é. O mais estranho é estas coisas acontecerem a Palerma Pinto apenas e só com o FC Porto. Deve ser trauma.»
in Dragões Diário, 31-07-2015


Sou leitor regular da newsletter diária do FC Porto – Dragões Diário – a qual aprecio e considero uma boa iniciativa do departamento de comunicação do FC Porto.

Ontem, tal como já tinha acontecido em 8 de Maio passado, a Dragões Diário dedicou algumas linhas ao senhor Pedro Pinto, o qual voltou a "enganar-se". Desta vez, o jornalista da TVI imitou (quis imitar?) Jorge Jesus e trocou o nome do treinador do FC Porto. Não teve piada.

Sigmund Freud, se fosse vivo, talvez explicasse estes "enganos" recorrentes com o subconsciente. O subconsciente de um individuo que, para além de revelar um desprezo/ódio doentio em relação ao FC Porto, demonstra ser um mau profissional e não ter vergonha na cara.

A questão que se coloca é: o que pretende o senhor Pedro Pinto com todas estas provocações?

Estará à espera de ser agredido, para depois se fazer de vítima e vir para a praça pública acusar os “energúmenos” do Porto?

Se é esse o objetivo do “Palerma Pinto”, PF, não lhe deem esse “prazer”.