sábado, 28 de fevereiro de 2015

SMS do dia

Aqui há uns tempos fizémos uma série de artigos sobre potenciais candidatos a presidente no pós-PdC.

 Bem, parece que podemos riscar com segurança o nome de Vítor Baía dessa lista.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Da Petição ao “campeão forjado”

Em Outubro de 2008, o jornalista Rui Santos lançou um “Movimento Pela Verdade Desportiva” por, segundo o próprio, “não suportar a ideia de que, no final de cada jogo, houvesse ruído sobre a arbitragem”.

A coisa foi ganhando forma, recolhendo apoios e, no dia 5 de Janeiro de 2010, uma vasta comitiva foi à Assembleia da República entregar a petição Pela Verdade Desportiva.

Dessa comitiva de “notáveis”, recebida pelo presidente da Assembleia da República (Jaime Gama), fizeram parte: os presidentes da FPF (Gilberto Madaíl), da Liga (Hermínio Loureiro), do SL Benfica (Luís Filipe Vieira) e do Sporting (José Eduardo Bettencourt), a que se juntaram Eusébio, António Simões, Rosa Mota, Carlos Lopes, Nuno Gomes, Sá Pinto, o árbitro Pedro Henriques, entre outros.

Petição 'Pela Verdade Desportiva' entregue na Assembleia da República

O FC Porto não se fez representar.

Nota: Em Maio de 2010, o SLB festejou a conquista do título de campeão, após uma época “cheia de verdade desportiva” (exemplos: as armadilhas no túnel da Luz; a suspensão de três meses do Hulk; as 17 expulsões favoráveis de que o SLB beneficiou ao longo da época; etc.).

Cinco anos depois, o mesmo Rui Santos, a propósito das sucessivas “ajudas” de que o SL Benfica tem beneficiado no presente campeonato, achou que já era demais e, há uns dias atrás, afirmou na SIC: “Não gosto de ver campeões forjados desta maneira”.

Evidentemente, ao fazer este tipo de afirmações, aquele que era um respeitado defensor da verdade desportiva deixa de o ser. E assim, desta vez, os presidentes da FPF e da Liga não fazem coro com Rui Santos, permanecendo num silêncio ensurdecedor, perante a escandaleira desportiva a que o país assiste semana após semana.

Importa dizer que Rui Santos não se limitou a dizer o óbvio, isto é, que o SL Benfica tem sido muitas vezes (demasiadas vezes!) beneficiado por erros de arbitragem.
Apresentou a contabilidade que ele (Rui Santos) fez dos erros neste campeonato (até à 22ª jornada) e o possível impacto desses erros de arbitragem nos resultados dos jogos.

O quadro seguinte mostra os lances de possíveis penáltis, em que os quatro primeiros classificados terão sido beneficiados e prejudicados.

Liga Real | 22ª Jornada - Penáltis

Por exemplo, de acordo com a análise feita por Rui Santos, o FC Porto foi beneficiado em 4 lances de penáltis (penáltis que foram mal assinalados a favor do FC Porto ou que deveriam ter sido assinalados contra o FC Porto e não foram) e prejudicado em 8 lances de penaltis (penaltis que deveriam ter sido assinalados a favor do FC Porto ou que foram mal assinalados contra o FC Porto).

Considerando os lances de possíveis penaltis e os lances de fora-de-jogo com impacto em golos (não sei se as expulsões foram também consideradas), Rui Santos chegou à seguinte conclusão:

Liga Real | 22ª Jornada - Classificação

Ou seja, se em vez de escandaleira desportiva houvesse verdade desportiva, nesta altura (22ª Jornada) o líder do campeonato seria o FC Porto, com 6 (SEIS!) pontos de avanço do SL Benfica.

Para além do óbvio impacto pontual, já imaginaram a contestação que haveria ao treinador, aos jogadores e, se calhar, também ao presidente da “instituição” se, em vez de levar 4 pontos de avanço, o SL Andor fosse a 6 pontos do 1º classificado?
Após a eliminação na Taça de Portugal e o desastre que foi a participação na fase de grupos da Champions, já imaginaram a pressão e a tremideira com que os jogadores encarnados iriam entrar em cada jogo do campeonato?

Assim, no pasa nada, está tudo bem, o “catedrático” manda bocas nas conferências de imprensa e, dispondo de uma confortável vantagem pontual, até se pode dar ao luxo de ir ao Dragão e a Alvalade jogar para o empate, colocando “um autocarro” à frente da baliza.

Sozinhos em “casa”

Das seis equipas portuguesas que iniciaram as competições europeias 2014/2015, o FC Porto é (desde as 22:00 de ontem) a única que continua em prova.

Mais. Conforme o quadro seguinte mostra, nesta época, o FC Porto já somou mais pontos para o ranking de Portugal do que o SL Benfica e o Sporting juntos. E ainda pode somar mais…

Teams still in competition are indicated with a blue color
The used acronyms for Cup are: CL=Champions League, EL=Europa League
(fonte: UEFA Team Coefficients 2014/2015)

Nesta altura, o FC Porto ocupa a 5ª posição do ranking desta época (2014/2015) e, em termos de pontos conquistados (Total Points), só é superado por duas equipas - Real Madrid e FC Barcelona.

Top 20 do ranking de clubes 2014/2015
(fonte: UEFA Team Coefficients 2014/2015)

Em resumo, num contexto onde nomeadores, árbitros e observadores não estão fortemente condicionados pela pressão do clube do regime (embora haja outros interesses), este FC Porto 2014/2015 está no seu habitat natural e sente-se em casa.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Na senda de Bruno Paixão

«Um FC Porto B reduzido a oito jogadores (por expulsões de Pavlovski, David Bruno e Pité) saiu esta quarta-feira do estádio do Oriental derrotado por 3-0, em encontro da 30.ª jornada da Segunda Liga. Tratou-se de um jogo em que os Dragões foram profundamente infelizes, não só porque sofreram golos fortuitos mas também devido à acção do árbitro Tiago Martins, que mostrou falta de bom senso e um critério disciplinar desequilibrado
in www.fcporto.pt


Tiago Martins em "grande" no Oriental x FC Porto B (fonte: O JOGO, 26-02-2015)

Luís Castro sobre a atuação de Tiago Martins (fonte: O JOGO, 26-02-2015)

Há um ano atrás, chamei à atenção para este jovem valor da arbitragem lisboeta e previ que ele iria longe.


E, recentemente, voltei a destacar uma sua atuação, num jogo em que arbitrou o FC Porto.


Lembram-se como é que Bruno Paixão, subiu meteoricamente no ranking da arbitragem portuguesa e, ainda muito jovem, alcançou o estatuto (e mordomias…) de árbitro internacional?

Árbitros internacionais para 2015

Pois bem, este Tiago Martins está a seguir a mesma estratégia. Sempre que pode, isto é, quando arbitra o FC Porto, revela “falta de bom senso e um critério disciplinar desequilibrado”.

Conforme é público e notório, este campeonato está, desde o início, pré-determinado que seria ganho pelo SL Andor. Eles já nem se esforçam por disfarçar e até indivíduos como o Rui Santos, já vieram a público dizer que não gostam de "ver campeões forjados desta maneira".

Contudo, se os dirigentes do FC Porto nada fizerem, no sentido de reequilibrar o poder e as influências no sector da arbitragem (nunca, como actualmente, as nomeações, os observadores e avaliação dos árbitros estiveram tão controlados por agentes ao serviço de um único clube), podem também esquecer os próximos campeonatos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Roubalheira à distância

Se há algo de característico no Português da Diáspora (ou vulgo emigrante caso preferirem) é o sentimento contraditório de querer ver o seu país melhorar e, ao mesmo tempo, não querer que mude (pelo menos muito). Nada pior do que voltar à terrinha e sentir-se como um peixe fora de água. As referências culturais mudam, ao zeitgeist político é difícil tomar-lhe o pulso, e claro, os amigos crescem, evoluem e um gajo quer voltar a retomar amizades de há 10 ou 15 anos mas as coisas não são tão fáceis assim.


Serve este pequeno preâmbulo para dizer que pelo menos há uma constante no futebol, e essa constante é a impunidade do clube do regime. Não, não me refiro ao regime pré-25 de Abril. O regime é actual, é este. É o regime que desenvergonhadamente permite ao clube do eufemismo amealhar pontos com as ajudas dos árbitros. Não vou estar a enumerá-las jornada a jornada. Isso seria interessante para os mais desatentos há uns 2 ou 3 meses atrás. Agora é por demais evidente que há que manter o clube do regime com uma vantagem confortável.





Se não conseguem ganhar contra 11, não há crise, arranja-se maneira de jogarem contra 10 ou até 9 se for preciso. Se o adversário marca golo e empata o jogo há que anulá-lo. Penalties a favor do adversário? Qual quê! E o jogo contra o Paços é só a excepção que confirma a regra. Vão defrontar um clube complicado? Amarela-se à grande e à francesa na jornada anterior. Os truques são variados mas o que mais espanta é a regularidade das ajudas ao clube do Andor. Eu vejo futebol há 30 e tal anos e nunca vi nada igual.


Sim, o Porto já foi campeão com erros a favor, mas praí em 2 ou 3 jogos por campeonato. Mas nunca foram os únicos beneficiados. Este campeonato da mentira é algo nunca antes visto. É mais que evidente que o campo inclinado a favor do Benfica é essencial para que sejam campeões. Mesmo com 10, 11 ou 12 jogos (já nem sei) com casos polémicos a beneficiá-los, chegamos à 23ª jornada em que caso o líder tivesse perdido o jogo no Dragão e estaria em segundo lugar.

Posso estar longe mas se cheira mal é porque é merda de certeza.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Arquivos dos últimos 25 anos

O treinador do FC Porto limitou-se a dizer aquilo que o instruíram a afirmar. Mas como só chegou este ano ao futebol português, o melhor conselho que lhe posso dar é pedir à sua entidade patronal para ter acesso aos arquivos dos últimos 25 anos e aí ele talvez ficasse a perceber bem o que é favorecimento no âmbito do futebol português
José Eduardo Moniz, vice-presidente do SL Benfica e administrador da Benfica SAD, em declarações ao programa ‘Bola Branca’, da Rádio Renascença

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Meu caro José Eduardo (posso tratá-lo assim?),

Antes de mais nada, gostaria que satisfizesse a minha curiosidade.

Lembra-se dos ‘broches’ de A BOLA, a propósito da sua abortada candidatura à presidência do SL Benfica? Já fez as pazes com o José Manuel Delgado?

Lembra-se daquilo que você próprio disse, acerca da época 2010/2011 (publicado no Correio da Manhã, de 9 de Abril de 2011)?

José Eduardo Moniz (Correio da Manhã, 09-04-2011)

E lembra-se daquilo que escreveu no final da época 2011/2012 (publicado no Record, de 1 de Maio de 2012)?

José Eduardo Moniz (Record, 01-05-2012)


Mas já que quer desenterrar os arquivos dos últimos 25 anos, vamos a isso.

A propósito de favorecimentos, no âmbito do futebol português, sabe qual é a primeira coisa que me ocorre?

Elefante Branco! Já lá foi? Já ouviu falar? Há cada estória… Tenho a certeza que você ia gostar…

Outra coisa que está no top das minhas lembranças é uma afirmação do seu presidente, feita em 2003, a propósito da contratação de Jankauskas (ex-jogador do seu clube) pelo FC Porto: “são mais importantes os lugares na Liga do que contratar bons jogadores
Lindo, não acha? Cá entre nós, o que será que o Luís queria dizer com isto?…

E, claro, quem é que não se lembra da “extraordinária” atuação do benfiquista Bruno Paixão em Campo Maior (na época 1999/2000)?

E, uns anos depois, quem não se recorda do “gato das botas”, como ficou conhecido o árbitro benfiquista Hélio Santos, após o seu “brilhante” desempenho no estádio do Algarve (época 2004/2005), no âmbito de um processo mais vasto – o ‘Estorilgate’?

Depois vieram tempos mais sombrios, com armadilhas montadas no túnel da Luz, bem como, as célebres imagens captadas umas horas antes de um SL Benfica x FC Porto, onde é possível ver elementos do seu clube a levantarem o ângulo de uma das câmaras. Espectáculo!

E, finalmente, embora os seus telemóveis nunca tenham estado sob escuta (quem é que tem coragem de colocar o presidente da "instituição" sob escuta?), as escutas esquecidas. Sim, no âmbito de escutas feitas para apanhar terceiros, soube-se das preferências de Luís Filipe Vieira por determinados árbitros (em 2004, Paulo Paraty e João Ferreira estavam à cabeça), dos “favorzinhos” solicitados por José Veiga ao presidente dos árbitros e das manobras de bastidores e influências de João Rodrigues. Tudo muito transparente e, evidentemente, em prol da verdade desportiva…

Mas, verdadeiramente, do que eu me lembro é disto…

Museu do FC Porto - Troféus Internacionais

Se o José Eduardo quiser, terei todo o gosto em o convidar e servir de cicerone numa visita ao Museu do FC Porto onde, entre dezenas de troféus conquistados nas últimas três décadas, poderá ver:

- uma Taça dos Clubes Campeões Europeus (época 1986/1987);
- uma Supertaça Europeia (época 1987/1988);
- duas Taças Intercontinentais (épocas 1987/1988 e 2004/2005);
- uma Taça UEFA (época 2002/2003);
- uma Liga dos Campeões (época 2003/2004), competição que, neste formato, nunca foi ganha por nenhum outro clube português;
- uma Liga Europa (época 2010/2011).

Que tal? Acha que estas taças foram roubadas? Como é que, de 1987 a 2011, o FC Porto terá ganho todos estes troféus internacionais?

Caro José Eduardo Moniz, ajude-me. Quantos troféus internacionais (oficiais!) é que o seu clube ganhou nos últimos 25 anos? 30 anos? 35 anos? 40 anos? 50 anos?

Nota: Clique nas imagens para as ampliar.

A “espanholização” do FC Porto

Onze inicial do FC Porto, escolhido por Lopetegui, para o derby no Estádio do Bessa
De pé (da esquerda para a direita): Fabiano, Maicon, José Angel, Marcano, Hernâni, Jackson
Em baixo (da esquerda para a direita): Quaresma, Ricardo, Rúben Neves, Herrera, Quintero

Há quantos jogos (anos?) é que uma equipa do FC Porto não alinhava, de início, com quatro portugueses num jogo do campeonato?

P.S. Por onde andam os jornalistas e comentadores que, no início desta época, estavam muito “preocupados” com o risco de “descaracterização” e “espanholização” do FC Porto?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Contra tudo e contra (quase) TODOS


Depois de mais uma arbitragem sem vergonha (muito bem descrita por Lopetegui), foi exactamente este o meu sentimento no final do jogo de hoje no Bessa.

P.S. As declarações de Lopetegui, acerca das arbitragens, estão a tornar-se cada vez mais incómodas, principalmente para os "especialistas em branqueamentos". A prova disso é vê-los, quais cães raivosos, a tentarem "morder nas canelas" do treinador do FC Porto. A verdade dói...

ROUBOS e MEDO

No final do Moreirense x SL Andor, João Pedro, autor do golo da equipa de Moreira de Cónegos, em declarações à Sport TV, desabafou e disse aquilo que todos viram (mesmo aqueles que fingem o contrário):

É de realçar o trabalho da equipa de Moreirense. Fizemos um excelente jogo e ficou à vista que não nos deixaram fazer mais.


[está a falar da expulsão do André Simões?] Estou a falar, antes de mais, do primeiro golo. Nem canto é, e depois há falta clara sobre o André Simões. E depois foi o que se viu.
[sobre a expulsão de André Simões] Não sei o que aconteceu, mas se fosse ao contrário se calhar não era nada.
O Moreirense, tanto na primeira volta [no estádio da Luz] como agora, esteve na frente do marcador. Onze contra onze já é difícil e dez contra onze ainda mais. E só assim é que o Benfica ganhou.


Se os jogadores do Moreirense não tiveram pejo em dizer o que lhes ia na alma, o mesmo não fez o seu treinador. De facto, na conferência de imprensa, embora respondendo às perguntas dos jornalistas e comentando, quase a contragosto, algumas das decisões polémicas do árbitro Jorge Ferreira (vamos chamar “decisões polémicas” ao colinho dado ao SL Andor), Miguel Leal foi muito cordato e prudente na forma como falou da arbitragem.

Entrei em campo para segurar os meus jogadores. Não falei nada com o árbitro. Só queria acalmar os meus atletas. Sei que vou ter jogos do meu campeonato e vi alguma tensão e tentei evitar mais alguma expulsão. Já estamos fragilizados.


Não vou falar da arbitragem. É verdade que o jogo foi decidido no primeiro golo [do Benfica] que não era canto e era amarelo para o jogador. Mas não vou entrar por aí. A minha preocupação foi sempre acalmar os meus jogadores. Aqui, o bom senso tem que imperar por parte do árbitro. Devia perceber o momento que estava a acontecer e as intenções das pessoas. (…)
[sobre a expulsão de André Simões] Ele de facto disse qualquer coisa ao árbitro mas o que ele disse quase todos os jogadores dizem. É preciso avaliar as situações. Ele não falou com o árbitro. Teve um desabafo. Tenho a certeza que noutras situações os jogadores do Benfica também o fizeram.


Já não é a primeira vez que, após serem espoliados de pontos por arbitragens “habilidosas”, vemos os treinadores das equipas adversárias do SL Andor a não reagirem, ou então a fazê-lo de uma forma muito contida, quase a pedirem desculpa por o estarem a fazer.

Miguel Leal (Moreirense), Bruno Ribeiro (Vitória Setúbal), José Mota (Gil Vicente), Manuel Machado (Nacional), José Couceiro (Estoril) e Petit (Boavista), são exemplos, que me lembro, de treinadores que reagiram a medo, falando baixinho, de modo a evitar que, quer os árbitros, quer o clube do regime, ficassem zangados por eles usarem o direito à indignação e darem voz a justos protestos.

E MEDO é a palavra certa porque, sendo treinadores de equipas pequenas, precisam de estar nas boas graças do novo “Papa” (é Bruno de Carvalho quem o diz) e, principalmente, porque não querem ficar na lista negra da classe dos associados da APAF.

Aliás, o MEDO de dizer a verdade, denunciar a ROUBALHEIRA e chamar “os bois pelos nomes”, não afecta apenas treinadores de equipas pequenas. Basta ver a forma titubeante como reagem os comentadores da SportTv aos lances polémicos que envolvem o SL Andor, ou mesmo alguns ex-árbitros, que não querem perder o “tacho” de comentadores de arbitragens nas televisões do regime.

Tribunal de O JOGO referente ao Moreirense x SL Benfica

Toda a gente vê, toda a gente sabe mas, no final do campeonato, não faltarão desavergonhados a tecerem loas ao título conquistado pelo SL Andor, mesmo sabendo que é o título mais fraudulento desde que todos os jogos passaram a ser transmitidos pela televisão.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Factos públicos e notórios

No mundo do Direito, é regra que "quem alega um facto, tem o encargo de o provar".
No entanto, todas as regras têm excepções.
Na verdade, há factos que falam por si. Além de dispensarem qualquer prova, também dispensam a sua alegação. As partes nem sequer carecem de fazer referência aos mesmos, porque podem ser considerados pelo Juiz para a decisão de uma determinada causa.
A estes factos chama a lei de processo, factos notórios.
Por exemplo, ninguém precisa de alegar ou provar que o sol existe, ou que o dia tem 24 horas, porque essas realidades são incontestáveis.


Ora, neste campeonato 2014/2015, o facto de o SLB estar a ser clara e escandalosamente beneficiado tornou-se já num facto público e notório. Ao fim de mais de 20 jornadas, torna-se, por um lado, desnecessário alegar que o SLB tem sido completamente levado ao colo pelas arbitragens (jornada após jornada), e, por outro lado, já os próprios adeptos do SLB se aperceberam da inutilidade de refutar a existência desse favorecimento: seria como negarem a existência do sol (coisa que apenas se espera do Rui Gomes da Silva).
Em abono da verdade, é bom que isso seja invocado. Mas é tão escandaloso, que essa invocação não é, em rigor, necessária.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Filme “A Fraude”: Take 22

Jorge Ferreira rodeado por jogadores do Moreirense (foto: LUSA / Estela Silva)

«O Benfica superou um dos testes mais difíceis fora do seu Estádio da Luz. E superou-o sem nota artística, como seria de esperar, deixando o Moreirense com fortes queixas em relação à equipa de arbitragem.
A equipa de Jorge Jesus foi surpreendida por um golo de João Pedro após um intenso cerco à baliza de Marafona. Acusou a desvantagem sem perder o Norte e beneficiou de erros alheios para regressar a casa com um sorriso. (…)
Uma hora de jogo. O Benfica acaba de empatar num pontapé de canto inexistente. Elízio esticara a perna e Salvio caíra na área. Fica o pormenor: o brasileiro não tocou certamente na bola. Nem parece derrubar o argentino. Na sequência do canto apontado por Pizzi, Luisão anulou a desvantagem. O caldo entornaria logo depois. Insatisfeitos com a situação, os jogadores do Moreirense excederam-se nos protestos, segundo Jorge Ferreira. O árbitro do encontro mostrou o cartão vermelho direto a André Simões, semeando a confusão. Jorge Jesus e Miguel Leal surgem entre os que entram em campo e recebem igualmente ordem de expulsão. Muito feio.
Houve então o jogo até esse momento e outro a partir daí. O Benfica, impulsionado pelo golo do empate e em vantagem numérica, pressionou em busca do segundo e ele chegou em poucos minutos. (…)
O Moreirense reclamou ainda uma grande penalidade, na resposta, em duelo entre Eliseu e Danielson na área do Benfica. Ficam dúvidas.»


Este texto foi escrito pelo jornalista Vítor Hugo Alvarenga e é parte da crónica do Moreirense x SL Andor de hoje, publicada no Maisfutebol.

Ao texto anterior, por si só bastante elucidativo, eu apenas acrescentaria o seguinte:

1) Quando, ao minuto 57, Salvio entrou na área do Moreirense e se atirou para a piscina é notório que o jogador do Moreirense não faz falta e muito menos toca na bola. O árbitro, em vez de mostrar um cartão amarelo ao extremo do SL Andor (por simulação grosseira), assinalou canto (!!!), do qual nasceu o golo do empate (sim, com quase uma hora de jogo, o SL Andor não conseguia superiorizar-se e estava a perder 0-1).

2) Perante um erro de arbitragem, o qual esteve na origem do 1º golo dos encarnados, é natural que os jogadores do Moreirense fiquem muito chateados e desabafem com o árbitro. Foi, provavelmente, o que fez André Simões, dando ao árbitro o pretexto necessário para o expulsar (cartão vermelho directo!!!) e assim, num espaço de três minutos, dar o 2º e decisivo golpe na resistência da equipa de Moreira de Cónegos. Parabéns!

3) O árbitro deste Moreirense x SL Andor, o senhor Jorge Ferreira, é o mesmo que arbitrou o FC Porto x Boavista e que, aos 25’, expulsou Maicon também com um vermelho direto, obrigando os dragões a jogar com menos um durante 65 minutos! Parabéns!


P.S. Após o final deste Moreirense x SL Andor, troquei algumas impressões, por correio eletrónico, com alguns amigos portistas. Ninguém se recorda de um campeonato, em que a ROUBALHEIRA tenha sido tão sistemática, sempre a favor do mesmo clube e atingido a dimensão daquilo a que estamos a assistir esta época. Eu vejo futebol há cerca de 40 anos e não me lembro de nada comparável.

Não são escutas, são SMS…

(clicar na imagem para ampliar)
«Record teve acesso a uma troca de mensagens entre Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, e Nélio Lucas, CEO da Doyen Sports.

Através das mesmas é percetível a intenção manifestada por Nélio Lucas no sentido de promover um encontro entre Bruno de Carvalho e Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.

O líder dos leões recusa a proposta e, perante a insistência de Lucas, reforça não estar interessado.

As mensagens foram transcritas e validadas por um cartório notarial de Madrid, Espanha, a pedido do próprio Nélio Lucas.»
in record.pt


E agora?

Sim, eu sei que “um mitómano precisa de tratamento, não de resposta”. Mas, perante isto, a Liga e a FPF vão abrir algum inquérito, ou vão continuar a assobiar para o lado?


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Killer Instinct

O FC Porto foi super, super, super superior a partir dos vinte minutos. Até lá, conseguimos ser equilibrados e sempre que conseguimos dar três ou quatro passes consecutivos encontrámos soluções na frente.
Tenho a certeza que foi o nosso pior jogo de toda a época. Continuamos vivos depois deste mau jogo, é verdade que continuamos vivos, mas o FC Porto foi muito superior. Não é que tenha criado um número de situações claras de golo, mas foi superior depois do vigésimo minuto. (…)
Felizmente esta eliminatória ainda não está resolvida e a minha grande alegria é essa. O FC Porto podia ter resolvido a eliminatória, porque foi claramente superior. A minha equipa não conseguiu encontrar-se e não teve a personalidade que costuma ter.
Paulo Sousa, treinador do FC Basel


Sinceramente, não tinha visto uma equipa tão forte neste estádio nos últimos dois ou três anos
Não, nem mesmo no jogo do Bernabéu, em que perdemos 5-1. O Real é incrível do ponto de vista individual, mas coletivamente o FC Porto é mais impressionante. A forma como eles correm, como crescem, como são do ponto de vista técnico… É difícil acompanhá-los.”
Fabian Frei, médio do FC Basel, em declarações à imprensa suíça


O quadro seguinte, publicado no jornal O JOGO de hoje, ajuda a sustentar as declarações que, quer Paulo Sousa, quer Fabian Frei, fizeram no final do FC Basel x FC Porto, a propósito da exibição dos dragões no St. Jacob Park.

O JOGO, 20-02-2015

Conforme escrevi há uns dias atrás, a este FC Porto de Lopetegui faltam pequenas afinações e um dos aspectos que necessita de “afinações” é a eficácia (a taxa de aproveitamento das oportunidades criadas é baixa).

Ou, como diria o saudoso Sir Bobby Robson, é preciso incutir nestes jogadores um saudável Killer Instinct.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Empate justo num estádio maldito


O FC Porto até começou bem o jogo em St. Jakob-Park, com domínio de bola e jogando em toda a largura do terreno nos primeiros minutos. Porém, aos 11 minutos, no único remate que fez à baliza de Fabiano, o Basileia marcou por Dérlis. Frei desmarca o extremo que aguentou a carga de Alex Sandro e bateu o guarda-redes portista que em minha opinião poderia ter-se feito melhor ao lance (quando voltará Helton a ter uma oportunidade?).

A partir daí só deu Porto. No entanto, até ao fim da primeira parte a equipa voltou a demonstrar enormes dificuldades para chegar à baliza adversária. Há muita posse mas em terrenos recuados e sem progressão. Todo o ataque que parece prometedor é interrompido voluntariamente pelos nossos jogadores que optam por diagonais para trás e volta tudo à estaca zero. Passe para a esquerda, devolução para o meio e passe para a direita para nova devolução aos centrais. A equipa não possui jogo interior nem futebol vertical, é demasiado lenta nas transições, ninguém arrisca e ficamos reféns de jogadas de inspiração de Óliver ou Brahimi (sendo que este último esteve muitos furos abaixo do que é capaz de fazer).

Até ao intervalo nota para uma grande penalidade por assinalar contra o Basileia por falta de Samuel sobre Jackson. O colombiano é agarrado e impedido de rematar à baliza de tal forma que até fica sem a braçadeira de capitão. Um lance escandaloso que trouxe à memória a arbitragem do jogo da final da Taça das Taças em 1984 contra a Juventus, neste mesmo estádio.

Na segunda parte a equipa entrou determinada a mudar o rumo dos acontecimentos e logo aos 47’ Casemiro marca numa recarga a um cabeceamento de Maicon. Era o golo merecido. O árbitro validou, deixou a equipa festejar e passados 2 minutos (!) anulou o golo por fora-de-jogo. Marcano e Jackson estão em fora-de-jogo posicional mas não tocam na bola nem interferem no lance. O guarda-redes viu a bola partir e aninhar-se nas redes. Voltava o fantasma de 1984 a pairar no relvado daquele estádio.


A equipa não baixou os braços e continuou a lutar pelo golo. Tello e Jackson não conseguiram finalizar 2 excelentes passes de Óliver e, mais tarde, Quaresma atirou à figura. Mas aos 78’ Danilo fugiu pela direita, foi à linha, e centrou tendo Samuel cortado o lance com a mão. Desta vez o árbitro não vacilou e apontou para a marca de penalty que Danilo finalizou com mestria para o 1-1. Impunha-se um cartão amarelo para o sarrafeiro do Basileia, que seria o segundo e daria expulsão, mas o árbitro voltou a ser benevolente para com a equipa suíça. Clattenburg fez uma má arbitragem e esteve péssimo no critério disciplinar, favorecendo os suíços.

O FC Porto devia ter vencido este jogo porque tem muito melhor equipa mas isso não aconteceu por vários motivos: a equipa foi perdulária nos momentos decisivos, demorou sempre demasiado tempo a chegar à baliza contrária e sofreu um golo porque a defesa foi lenta a reagir. Houve jogadores que não estiveram bem, lembro-me por exemplo de Herrera, de Brahimi e de Tello. Os dois primeiros porque estiveram desinspirados e o último, como já vem sendo habitual, porque não dá o máximo em cada lance que disputa.

Espera-se que no Dragão o FC Porto confirme a sua superioridade e passe à próxima eliminatória.

Uma nota final para destacar os milhares de portugueses, além dos Super Dragões, que estiveram no St. Jakob-Park a apoiar o FC Porto. Foi bem audível na transmissão televisiva o apoio prestado à equipa, principalmente nos minutos finais.

fotos: maisfutebol

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

SMS do dia

Convenhamos que ser roubado lá fora, tem sempre outro encanto.

#clattenburgMembroAPAF

Prokop, o Special Stasi Officer

Quase 31 anos depois da Final da Taça das Taças, da época 1983/84, no dia em que os dragões regressam a Basileia…

Adolf Prokop
Temos bastas razões de queixa da arbitragem, que perdoou dois penalties aos italianos. O primeiro por um empurrão ao Vermelhinho, o segundo por uma mão [braço] do Scirea, que toda a gente viu…
António Morais (adjunto de Pedroto, o qual, muito doente, ficou no Porto), em declarações no final do jogo


Fomos espoliados por um árbitro da RDA, país onde se procuram divisas desesperadamente. Por isso, melhor era impossível…
Fernando Gomes (capitão da equipa do FC Porto), em declarações no final do jogo


É duplamente injusto [a UEFA suspendeu Zé Beto por um ano]. Depois do que aconteceu em Basileia, o FC Porto espoliado de forma vergonhosa, mais isto… É mentira que tenha dado pontapés ao fiscal de linha, que lhe tenha tentado dar com a bandeirola na cabeça, a ele e ao árbitro, foi disso que me acusaram. Se quisesse agredir um ou outro, ninguém me conseguiria deter, agredia mesmo.
Zé Beto (guarda-redes do FC Porto), declarações feitas em 1984


Fomos melhores. Esse lance [falta de Boniek que precedeu o 2-1] fez toda a diferença. O João [João Pinto] é carregado e fica fora da jogada. Fomos para o intervalo revoltados, a pensar no senhor Pedroto e nesse erro do árbitro
Mike Walsh (avançado irlandês que, aos 64’, substituiu Jaime Magalhães), declarações feitas em 2015


«East-German Secret Police (Stasi) leader Erich Mielke made the Berlin team BFC Dynamo his personal toy and took care it won 10 Championships. He managed it by for instance securing a Stasi affiliated referee to take charge of its matches. It is documented that as a referee, Prokop helped BFC win a match in at least four instances. Prokop went on to become an OibE (Special Stasi Officer)
Fonte: http://worldreferee.com/referee/prokop/bio


16 de Maio de 1984, Final da Taça das Taças (foto: 'Filhos do Dragão')
De pé (da esquerda para a direita): Eurico, Lima Pereira, Eduardo Luís, Jaime Magalhães, João Pinto, Zé Beto
Em baixo (da esquerda para a direita): Vermelhinho, Jaime Pacheco, Sousa, Gomes, Frasco




P.S. Arbitragem à parte, o FC Porto fez um grande jogo. A perder por 1-2, na segunda parte adiantou as linhas (como se diz agora), foi para cima da Juventus (expondo-se a alguns contra-ataques perigosos) e, durante largos períodos, os jogadores da equipa italiana nem passaram do meio-campo. O próprio treinador da Juventus, Giovanni Trapattoni, em declarações feitas no final do jogo, reconheceu isso mesmo: “Para nós [Juventus] foi muito difícil, nunca imaginamos que pudesse sê-lo tanto. O pressing do FC Porto, durante a segunda parte, exigiu-nos muito esforço e não menor atenção. Caíam em cima de nós e, quando tinham a bola, era muito difícil tirar-lha. Cheguei a sentir medo, muito medo…

Selecção italiana no Mundial de 1982
De pé (da esquerda para a direita): Zoff, Antognoni, Scirea, Graziani, Collovati, Gentile
Em baixo (da esquerda para a direita): Rossi, Conti, Cabrini, Oriali, Tardelli

P.S.2 A equipa da Juventus era a base da selecção italiana que, dois anos antes, se tinha sagrado campeã do Mundo. Claudio Gentile, Gaetano Scirea, Antonio Cabrini, Marco Tardelli e Paolo Rossi foram titulares indiscutíveis dessa fantástica squadra azzurra a qual, no percurso para o título mundial de 1982, deixou pelo caminho a Argentina de Maradona, o Brasil de Zico, a Polónia de Boniek e a Alemanha de Rummenigge. A juntar a este lote de campeões do Mundo, o colosso de Turim tinha dois estrangeiros de top mundial: Zbigniew Boniek (o melhor jogador polaco de sempre) e Michel Platini (triplo vencedor do Ballon d'Or entre 1983 e 1985). Foi esta constelação de estrelas que, a 16 de Maio de 1984, o desconhecido FC Porto defrontou em Basileia e, como se não bastasse, os dragões ainda tiveram de enfrentar mais dois obstáculos de monta: a Juventus praticamente jogou em casa (pelo menos 4/5 dos espectadores eram adeptos italianos) e a UEFA nomeou um árbitro da antiga Alemanha de Leste que, pelos vistos, era um apaixonado por automobilismo…

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Bernardino Barros e os paspalhos


Bernardino Barros, durante o programa '90 minutos à Porto' de ontem (16-02-2015), comentou as afirmações de Bruno de Carvalho, acerca da "santa aliança" que lhe terá sido proposta por Luís Filipe Vieira, e aproveitou para se dirigir, sem papas na língua, a José Manuel Delgado e aos "paspalhos" que escrevem nos "pasquins" da capital (Correio da Manhã, A Bola, Record).

Quem ainda não viu/ouviu, pode ver aqui.

Pequenas afinações


«Será uma afirmação discutível, mas há momentos dos jogos do FC Porto que não estão ao alcance nem do Sporting, nem do Benfica. Ajuda muito, claro, ter em simultâneo bordadores como Óliver, Brahimi, Quaresma e Jackson, mais Danilo e Alex Sandro para o ponto de cruz. Durante uns bons vinte ou trinta minutos da desforra de ontem, com o Vitória de Guimarães, a bola pintou quadros renascentistas no relvado do Dragão (…) o mais impressionante não seja o que o FC Porto vai conseguindo fazer, por maiores ou menores períodos de tempo: é o que, vendo jogos como o de ontem, se imagina perfeitamente possível apenas com pequenas afinações.»
José Manuel Ribeiro, O JOGO, 14-02-2015


Apesar da mudança radical operada da época passada para esta – novo treinador, 17 jogadores novos no plantel, novo modelo de jogo; apesar da inexperiência de alguns jogadores; apesar da natural irregularidade de uma equipa ainda em fase de assimilar ideias e consolidar rotinas; não há dúvidas: o melhor futebol que se vê em Portugal é o praticado por este FC Porto “em construção”.

Ter a melhor equipa de Portugal vai chegar para vencer o campeonato 2014/2015?

Penso que não e a razão principal (que não a única) é conhecida de todos os adeptos que, semana sim, semana sim, assistem ao escandaloso andor encarnado, a impor a sua lei no campeonato português.

Mas, independentemente de ganhar, ou não, este campeonato, estou de acordo com o director de O JOGO: esta equipa tem “períodos renascentistas” e, com pequenas afinações, iria longe.

O problema são as eventuais (pré-anunciadas) saídas de Jackson, Óliver e talvez Brahimi no final desta época, as quais, a confirmarem-se, irão obrigar Lopetegui a reconstruir o meio-campo e toda a dinâmica ofensiva da equipa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Os casos e a 1ª página

Os casos do SL Benfica x Vitória Setúbal analisados em A BOLA (fonte: Tomo II)


Num jogo em que o próprio jornal A BOLA reconhece ter havido dois erros graves de arbitragem – penalty por assinalar contra o SLB e 2º golo dos encarnados precedido por uma falta claríssima – a 1ª página da mesma edição de A BOLA não faz qualquer referência a esses “erros” (vamos chamar-lhes assim…).


Limpinho, limpinho?

Claro! E branqueado por “especialistas” nestas coisas…

O novo "normal"

Há umas semanas atrás, a Bola publicou o seguinte na primeira página:


Uns dirão que tal parangona veio na sequência do Braga x Porto, para a Taça da Liga - como se a Bola algum dia se "tomasse das dores" do FCP; eu não descartaria que a razão fosse o facto de uma semana antes, e pela primeira vez esta época (e na primeira volta da Liga), um jogador do SLB ter ido "tomar banho mais cedo".

Curioso, fui tentar perceber o que faz "girar" a Bola, e compilei os números - vejamos:


Pese embora seja descendente de um árbitro, não me considero um especialista em Arbitragem, ainda assim, diria que estes números são, no mínimo, desiquilibrados. Em 17 jornadas, o SLB beneficiou só de mais do dobro das expulsões - directas ou por acumulação de cartões amarelos - que o Porto e SCP juntos - quase uma a cada 2 jogos: é obra. É certo que parte destas expulsões, no que ao SLB toca, ocorrem em momentos em que o resultado está feito, ou a poucos minutos do final dos jogos - se bem que, como os encarnados saberão, os jogos só terminam quando o árbitro apita, e que por 2 minutos se ganha ou se perde um jogo (e um campeonato ou uma taça).

Explicações para a disparidade dos números, não tenho. Se calhar, os jogadores adversários jogam com mais afinco contra o SLB, descuidam-se e usam de violência contra o Maxi Pereira e companheiros, ou recorrem a faltas grosseiras porque a capacidade do Salvio ou do Talisca, ou da equipa em geral, é difícil de contrariar de forma legal - vejam-se os resultados nas competições europeias; eles são imparáveis! Também é possível que quando o SLB está em campo, tão grande que é, as regras se "dobrem", como a luz nas proximidades de um buraco negro. Ou então, os árbitros sabem que nunca terão uma carreira longa - como, por exemplo, o Bruno Paixão - se não impuserem respeito aos adversários quando defrontam o "glorioso" - fica bem mostrar demonstrar simpatia, e sempre se poupam a calduços do Diabo de Gaia ou cabeçadas no Colombo.

Desconheço se realmente os árbitros expulsam muito ou expulsam pouco; aquilo que é certo - não é teoria ou conjectura, mas facto - é há um clube, que "beneficia" mais de expulsões do que os outros. Uns chamarão a isso apenas coincidência, um fruto do acaso e até uma banalidade; outros chamar-lhe-iam a prova provada de um "sistema" obscuro, mas se, e só se, o clube beneficiado vestir de azul-e-branco.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A fraude continua…

Corria o 2º minuto do SL Benfica x Vitória Setúbal de hoje à tarde, quando Rambé foi travado por Jardel na área do Benfica.



Jardel trava Rambé na área encarnada

Perante um lance tão evidente (vejam o vídeo!), o árbitro de serviço (Manuel Oliveira) foi obrigado a assinalar penalty e a mostrar um cartão amarelo ao defesa encarnado…

… quer dizer, não foi bem isto que o associado da APAF fez… Na realidade, nada assinalou e mandou seguir…

Depois das impunes “patadas” da última sexta-feira, o campeonato mais viciado e fraudulento dos últimos 30 anos teve hoje mais um episódio, no sítio do costume.

Um novo Quaresma


Principais destaques de Quaresma no jogo contra o Vitória Guimarães:

4’: Quaresma cruza com peso, conta e medida para Jackson, que cabeceia ao lado.

9’: Quaresma pressiona alto sobre João Afonso e consegue interceptar a bola, a qual sobra para Jackson que, em boa posição, remata por cima.

11’: Quaresma é lançado em profundidade nas costas da defesa do Vitória Guimarães, mas Assis, atento, é muito rápido a sair da área e chega primeiro à bola.

O JOGO, 14-02-2015

18’: Quaresma temporiza, lê bem o jogo e, no momento exacto, faz um passe vertical a isolar Danilo, que remata cruzado, ao segundo poste, com a bola a passar ao lado da baliza.

30’: Quaresma cruza para Jackson que, em esforço, volta a cabecear ao lado.

72’: Livre do lado direito do ataque portista. Quando a defesa do Vitória esperava uma bola bombeada para a zona central da área, Quaresma coloca a bola teleguiada em Rúben Neves, que rematou, mas a bola foi cortada por um jogador vimaranense.

76’: Livre do lado direito marcado por Quaresma, que varia e coloca a bola ao 2º poste, onde surge Marcano a assistir Maicon, que cabeceia mas falha um golo de forma incrível.

83’: Livre indirecto dentro da área do Vitória Guimarães. Quando se esperava um pequeno toque para o lado, para um companheiro rematar, Quaresma surpreende e faz um passe para o outro lado da área, a isolar Danilo, que remata fraco e à figura do guarda-redes do Vitória.



Aos 31 anos, é notório que Quaresma já não tem a velocidade e o poder de explosão que tinha aos 24 ou 25 anos e, por isso, não é tão forte no 1x1 quanto foi mas, em contrapartida, tem melhorado, significativamente, outros aspectos.

Esta época, temos visto um Quaresma com outra atitude, a recuar, a ajudar o lateral, a defender, sem que isso implique fazer sempre falta e, nos últimos jogos, até o temos visto a pressionar alto ou a participar activamente na(s) zona(s) de pressão da equipa.

O melhor exemplo desta evolução foi o jogo contra o Vitória Guimarães. Quaresma não marcou qualquer golo, nem tão pouco fez assistências que tenham resultado em golo mas, quem viu o jogo sem preconceitos e com olhos de ver (eu vi-o no estádio e depois revi-o em casa), pôde observar um Quaresma que se fartou de jogar, mais para a equipa do que para ele, e em que a maior parte das oportunidades de golo do FC Porto saíram dos seus pés, ou tiveram a sua intervenção.

Lopetegui parece estar a conseguir um pequeno milagre: transformar um Quaresma prima donna, num Quaresma jogador de equipa e dos bons!


P.S. Tello entrou aos 65’ para o lugar de Brahimi, numa altura do jogo muito favorável às suas características (o Vitória Guimarães tinha adiantado as suas linhas e deixava muito espaço nas costas), mas eu pergunto: em 25 minutos (mais os descontos), o que fez Tello de positivo?

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Mostrar os pitons

«(…) o dilema maior são os jogos que precedem a agenda europeia, como o FC Porto - V. Guimarães de hoje. Não há como tirar da cabeça dos jogadores a oportunidade de glória que aí vem. Alguns adversários mais astutos, e menos escrupulosos, não perdem a hipótese de lha lembrar. Mostrar os pitons meia dúzia de vezes é bastante eficaz como remédio para a memória: nenhum jogador quer arriscar uma lesão a 72 horas de um grande serão europeu»

Este texto foi extraído de um artigo de opinião de Jorge Maia, publicado, em O JOGO, antes do FC Porto x Vitória de ontem à noite.

Análise do 'Tribunal de O JOGO' à "entrada assassina" de Cafú aos 69'

Depois do jogo, e perante o que se viu, é caso para dizer: Ó Jorge, pareces bruxo!...

P.S. Com o FC Porto a vencer pela margem mínima (1-0), eu percebo, ó se percebo, que o associado da APAF nomeado para este desafio, não tenha querido expulsar um jogador do Vitória Guimarães, quando ainda faltavam 21 minutos (mais os descontos) para o final do jogo. Nunca se sabe, não é senhor Nuno Almeida...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

“Tímidos”…


O FC Porto tinha três jogadores em risco de exclusão para o próximo jogo do campeonato: Danilo, Alex Sandro e Casemiro.
O árbitro Nuno Almeida, “inteligentemente” nomeado para o jogo de hoje, mostrou três cartões amarelos a jogadores do FC Porto.
A que jogadores do FC Porto foram mostrados os três cartões amarelos?
Precisamente! Na próxima jornada, no Bessa, frente ao Boavista, Lopetegui não vai poder contar com Danilo, Alex Sandro e Casemiro. Na mouche!


Recebemos muitas entradas. Demasiadas. Para mim foi o ponto negativo do jogo. Digo-o depois de ganhar. Os árbitros têm um trabalho difícil, mas uma das primeiras missões deveria ser preservar o jogo. Não devem dar nada a ninguém, mas devem proteger o jogo e a equipa que tenta jogar. Há uma entrada para vermelho claríssimo. Houve uma do Maicon contra o Boavista, com o campo em situações diferentes, que foi sancionada. Hoje foi diferente. Parece-me preocupante. Tenho quatro ou cinco jogadores magoados e levamos mais ou menos os mesmos amarelos. Três não vão jogar contra o Boavista, infelizmente.
Julen Lopetegui, comentando a atuação do árbitro Nuno Almeida


Só acho incrível que uma equipa que tenta jogar futebol, frente a um adversário que só dá patadas, e o árbitro não expulse ninguém. O V. Guimarães não podia acabar este jogo com onze jogadores em campo.
Julen Lopetegui, em declarações ao flash-interview da Sporttv


O FC Porto entrou muito forte, nós estivemos sempre tímidos, a abordagem não teve agressividade defensiva nem saída para o ataque. Na segunda parte perdemos a vergonha, jogámos, dividimos o jogo, não criámos as oportunidades de golo que queríamos, mas mostrando mais o nosso valor.
Rui Vitória, treinador do V. Guimarães, em declarações ao flash-interview da Sporttv


Tímidos? Imagina se os “caceteiros” tivessem entrado em campo desinibidos! Nas vésperas da 1ª mão dos Oitavos da Champions tinham, com a complacência do algarvio Nuno Almeida, enviado metade da equipa do FC Porto para o hospital…

P.S. O FC Porto não pode começar a jogar de encarnado? Pode ser que, dessa forma, os filiados na APAF se confundam e passem a arbitrar os jogos dos dragões como se fossem águias