sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!



Votos de um óptimo 2011 em tons de azul para todos os nossos leitores!

Números da semana (e do ano) (XI)

3 derrotas do FC Porto durante todo o ano 2010 (no campeonato com o Sporting, na Taça da Liga com o slb e na Liga dos Campeões com o Arsenal).

7 assistências para golo já efectuadas por Hulk no campeonato 2010/11.

11 derrotas do slb no ano 2010 (três das quais contra o FC Porto).

13 golos marcados por Hulk nos 13 jogos que disputou para o campeonato 2010/11.

18 golos marcados por Cardozo em jogos do campeonato durante o ano 2010.

24 golos marcados por Falcao em jogos do campeonato durante o ano 2010.

35 triunfos do slb no ano 2010 em 50 jogos disputados.

43 vitórias do FC Porto no ano 2010 (34 em 2009) em 54 jogos oficiais disputados (tinham sido 52 em 2009).

103 golos marcados pelo slb no ano 2010 (102 em 2009), dos quais 67 em jogos do campeonato.

129 golos marcados pelo FC Porto no ano 2010 (99 em 2009), dos quais 75 em 30 jogos do campeonato.

2011 está a poucas horas (para quem está em Portugal). A todos um bom ano novo.

A frase do ano

"Já jogámos debaixo de um dilúvio em Coimbra e vencemos. Já jogámos com neve em Viena e vencemos. Já tivemos um jogo com um rival directo, em que sofremos um golo irregular, vimos um jogador mal expulso e outro ficou em campo inexplicavelmente, que foi um misto da tempestade de Viena e do dilúvio de Coimbra; foi um ciclone que passou com apito na boca por esse jogo e conseguimos resistir."
Pinto da Costa


Salvaguardando as devidas diferenças e proporções, esta parte da entrevista de Pinto da Costa a O Jogo (publicada em 25/12/2010) fez-me lembrar um célebre discurso de Winston Churchill, em 4 de Junho de 1940, numa altura em que a Alemanha nazi ameaçava estender o seu jugo sobre toda a Europa:

"We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and the oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be. We shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills. And, we shall never surrender!"

É este o espírito que me habituei a ver nas equipas do FC Porto, o espírito do dragão, que desde os anos 80 tão bem foi simbolizado por jogadores como João Pinto, André, Paulinho Santos, Baía, Jorge Costa, entre outros. "Jogadores-guerreiros", que tinham a mentalidade do antes quebrar que torcer.
E enquanto for este o espírito, por mais que nos ataquem, dentro e fora dos relvados, por mais que o centralismo nos cerque e seja cada vez mais sufocante, nós nunca baixaremos os braços, nós nunca nos renderemos!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Gestão de activos

Após ter sido jornalista, Carlos Freitas tem feito carreira como director-desportivo em vários clubes: Sporting, Braga e agora no Panathinaikos.
Numa grande entrevista publicada ontem no Record, disse algumas coisas interessantes e outras que me parecem contraditórias. Destaco, por exemplo, as seguintes perguntas e parte das respostas:

[Record]: Hoje olha-se para trás e 15 milhões parece pouco dinheiro na venda de Cristiano Ronaldo ao Manchester United.

[Carlos Freitas]: Não concordo. Foi por muito dinheiro porque só tinha mais um ano de contrato. Foi o negócio possível

[Record]: Um clube como o Sporting precisa de vender, mas vender o Miguel Veloso por 7 milhões não é pouco?

[Carlos Freitas]: Foi, seguramente, a melhor oferta que o Sporting teve naquele momento. Os preços dos jogadores são ditados por aquilo que o mercado oferece por eles. Se o presidente do Sporting entendeu recusar propostas superiores por ele, é porque no momento tinha condições para o fazer. Se o momento em que aceitou os 7 milhões tinha necessidades financeiras, teve de aceitar essa proposta.

[Record]: O Carlos Freitas tinha aceitado vender o João Moutinho para um clube rival?

[Carlos Freitas]: Nunca o fiz em termos de carreira. Desde 99 que nunca tomei uma decisão desse tipo.

[Record]: Mas tomaria neste caso?

[Carlos Freitas]: Se até hoje não o fiz foi por alguma razão, portanto, não venderia o Moutinho a um clube rival.

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Ponto prévio: É sabido que o João Moutinho já tinha manifestado várias vezes vontade de sair do Sporting, inclusive publicamente.

Após o Sporting ter feito uma época muito fraca e não tendo o jogador sido convocado para o Mundial da África do Sul, a pergunta que poderia (deveria) ter sido feita era a seguinte: Qual era o valor de mercado do João Moutinho em Julho passado?
Por acaso, o Sporting tinha alguma proposta para transferir Moutinho melhor que a do FC Porto? Aliás, tinha alguma proposta para além da apresentada pelo FC Porto?
Qual era a alternativa a não ter vendido Moutinho?


Já agora, na Inglaterra, Alemanha ou Itália, por exemplo, não há transferências de jogadores entre clubes rivais?

Seria interessante perceber, porque razão um gestor de activos tem uma visão lúcida e apresenta explicações racionais para os negócios do Cristiano Ronaldo e do Miguel Veloso e, em contraponto, critica a venda do Moutinho.

Numa altura em que a dupla Bettencourt-Costinha é cada vez mais contestada dentro do universo sportinguista, cheira-me que o Carlos Freitas se está a posicionar para o day after.

Zapping de madrugada

«[Fucile] deve a sua chegada ao FC Porto a Jesualdo Ferreira, pois foi a primeira contratação do professor, quando chegou ao Dragão, na época 2006/2007. O agora treinador do Panathinaikos, da Grécia, descobriu o lateral num jogo da seleção uruguaia na LG Cup, na Tunísia, enquanto fazia um “zapping”, numa madrugada de 2006.»
in record.pt

É o que dá (e ainda bem) não ter sono...

Poucas mexidas, num modelo ganhador


Em equipa que ganha, não se mexe, diz o chavão popular. Porém, no FC Porto, apesar do registo imaculado da primeira metade da temporada com Villas-Boas ao leme, não está descartada a hipótese de se proceder a ajustes pontuais num plantel que, por hora, tem dado garantias ao nosso técnico.

Historicamente, o mês de Janeiro no Dragão costuma ser tranquilo, mas a SAD tem utilizado sempre esta janela de transferências para reforçar o plantel em posições mais carenciadas, ou para “agarrar” atletas que, de uma maneira ou de outra, se destacaram em outras equipas da nossa Liga. Cissokho, Andrés Madrid ou Rúben Micael, são alguns exemplos de operações cirúrgicas que Administração fez avançar nos períodos homólogos de anos anteriores.


Presentemente o plantel azul e branco vive uma situação de aparente equilíbrio, pelo garante de bons resultados desportivos, mesmo com o técnico a impor uma alargada rotatividade do mesmo. Menos espaço, apenas, para os mais jovens da cantera, Castro e Ukra, em que o equacionado empréstimo acabará por ser a solução mais óbvia e… fácil. Digo fácil, porque, independentemente do treinador A, B ou C, os jogadores menos onerosos financeiramente para o Clube, são quase sempre os primeiros a ser preteridos em detrimento de “apostas” do catálogo empresarial sempre tão rico em promessas de além-mar.

James Rodriguez vive uma situação ligeiramente diferente. Apesar do pouco espaço, constata-se que o “miúdo” não tem pés de tijolo, e é perceptível que a equipa técnica quer o ter por perto nesta decisiva fase de maturação enquanto jogador. Já o outro Rodriguez, o Cristian, parece ter, definitivamente, as portas de saída escancaradas. Nem é muito difícil perceber o alívio que a SAD sentirá no dia em que alguma alma caridosa cubra o investimento realizado no Cebolita, e a alivie do encargo mensal que ele comporta.


Não é crível que haja avanços concretos para contratação de jogadores nesta fase. As movimentações trazidas à estampa pela comunicação social por estes dias parecem mais relacionar-se com jogadas de antecipação do que virá em pleno Verão. Há pequenas lacunas que nunca foram devidamente salvaguardadas, como as alternativas a Fernando ou Álvaro Pereira, mas soluções milagrosas não se vislumbram e a margem de manobra pelo limite de inscrições Uefeira é muito curta. Muito provavelmente, o reforço do plantel de Villas-Boas ficar-se-á pela integração do mal fadado Mariano.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Hipocrisia encarnada

«A Benfica SAD entende, à semelhança da seguradora Fidelidade Mundial, que a morte súbita de Fehér, ocorrida há seis anos, durante um jogo em Guimarães, resultou de causas naturais. Mas o Tribunal da Relação de Lisboa, num acórdão revelado ontem pelo CM, deu como provado um acidente de trabalho e determinou o pagamento aos pais do jogador de uma pensão anual vitalícia de 76 776 euros.
A SAD benfiquista, na sua contestação à decisão da 1ª instância, acompanha a posição da seguradora, "quer quanto aos factos quer quanto ao direito". Ou seja, considera que, "tendo a morte do atleta ocorrido por causa natural, sem causa externa, não pode integrar o conceito de acidente de trabalho".
No entanto, os desembargadores da Relação de Lisboa aceitaram o entendimento do tribunal inferior e decidiram condenar a Fidelidade Mundial ao pagamento da pensão, acrescida de juros e actualizações, desde 26 de Janeiro de 2004 – o dia seguinte à morte do atleta. A seguradora já recorreu da decisão para o Supremo Tribunal de Justiça.
Miklos Fehér estava ao serviço do Benfica desde 2002, com um salário mensal de quase 64 mil euros. Era o jogador quem sustentava os pais, enviando-lhes, para a Hungria, dinheiro com regularidade – quase mensalmente –, como refere o acórdão da Relação de Lisboa.»
in Correio da Manhã, 29/12/2010


Que a seguradora tudo faça para não pagar, recorrendo para instâncias superiores de todas as decisões judiciais desfavoráveis, é habitual e não me surpreende. Agora a posição do slb é incompreensível e mais ainda depois do choro, luto e posições públicas institucionais de há seis anos atrás. Na altura, os dirigentes do slb afirmaram estar muito chocados com a morte de Miklos Fehér e transformaram o funeral do atleta húngaro num espectáculo televisivo quase indecoroso. Seis anos depois, longe das luzes da ribalta e no recato dos corredores dos tribunais, os mesmos dirigentes (pelo menos o presidente é o mesmo) colocam-se ao lado da seguradora e tudo fazem para impedir que os pais recebam uma pensão.
Pudor? Vergonha? Hipocrisia? Sem mais comentários…

Foto: CM

O nosso primeiro milhão

Um milhão, ou mil mis, é um nome derivado do italiano, onde mille era 1000 e 1000000 milione.

Isto, mais a tabela do lado com a representação de um milhão em diferentes sistemas de numeração, vem a propósito de quê?
Esta não poderia ser a pergunta de um milhão de dólares, porque a resposta é fácil: ao fim de 35 meses de existência, o 'Reflexão Portista' ultrapassou um milhão de visitas.

É um número simbólico, mas não era uma fasquia que nos obcecasse, até porque o 'Reflexão Portista' nunca teve publicidade. Claro que é agradável saber que somos lidos diariamente por uma quantidade significativa de pessoas mas, sinceramente, o que me dá mais satisfação é termos chegado a este número de visitas sem cedermos nos princípios que orientam o RP desde o primeiro texto publicado. Além disso, não fomos por caminhos fáceis, não “aliciamos” leitores com chamarizes (por exemplo, a publicação regular de fotos de belas mulheres nuas), nem permitimos que a caixa de comentários se transformasse num espaço popular de troca de insultos gratuitos.

Resta agradecer a quem passa por cá para nos ler, prometendo apenas que vamos continuar enquanto nos der prazer.

Fonte: Wikipedia

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Futebolês do século XXI

Comunicado:
A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que prolongou por mais uma época desportiva, ou seja, até 30 de Junho de 2013, o contrato de trabalho que liga a sociedade ao treinador da sua equipa principal de futebol, André Villas Boas.


Trocado por miúdos: Aumentámos o salário ao treinador

Dar novos Mundos ao Mundo portista


Após uns dias de férias, regressaram hoje a Portugal e aos treinos no Olival os jogadores estrangeiros do plantel, entre os quais se destaca a legião de sul-americanos: os brasileiros Helton, Souza, Fernando, Walter e Hulk; os uruguaios Fucile, Cristian Rodriguez e Álvaro Pereira; os argentinos Otamenti, Bellushi e Mariano; os colombianos Falcao, Guarín e James Rodriguez.

Ao ouvir esta notícia, lembrei-me do seguinte: Quantos internacionais colombianos actuam fora da Colômbia? E para além do FC Porto, há mais algum clube onde joguem três internacionais deste país?
Ora, eu penso que este facto poderia ser aproveitado para promover a marca FC Porto na Colômbia, um país pouco conhecido em Portugal (e o recíproco também deve ser verdadeiro).

Nas últimas duas décadas, a Colômbia tem sido muitas vezes notícia e nem sempre pelas melhores razões. Narcotráfico, Cartel de Medelin, Cartel de Cali ou Pablo Escobar foram temas em destaque na comunicação social de todo o Mundo. Ultimamente, o que deu nas vistas foram as picardias e insultos entre os presidentes Hugo Chavez e Álvaro Uribe, tendo por pano de fundo os guerrilheiros das FARC e questiúnculas antigas entre os dois países. A este propósito, convém dizer que, até 1830, Colômbia, Venezuela e Equador fizeram parte da "Gran Colombia", cuja capital era Bogotá. Mas a República da Colômbia tem outro lado e, por exemplo, também é a pátria de Gabriel García Márquez e dos cantores Juanes e Shakira.

E no futebol?
Bem, eu lembro-me do Higuita, do Valderrama e, claro, do Once Caldas.
E do outro lado do Atlântico, o que sabem os colombianos de Portugal, do Porto ou do futebol português?
Os jogos do FC Porto, perdão, os jogos da equipa onde actuam Falcao, Guarín e James Rodriguez são transmitidos na Colômbia (em directo ou diferido)?
Não sei, mas sei que com uma população de mais de 45 milhões de pessoas, a Colômbia é “só” o país mais populoso da América do Sul hispânica, sendo o terceiro país de língua espanhola a nível mundial (a seguir ao México e à Espanha).

Numa altura em que os grandes clubes europeus apostam cada vez mais na internacionalização das suas marcas, parece-me que a Colômbia e a sua vizinha Venezuela (país de forte comunidade portuguesa), são zonas do globo para onde os dirigentes do FC Porto deveriam olhar com atenção. Jogos, resumos, documentários com entrevistas, os golos de El Tigre, etc., é algo que seguramente interessaria a uma faixa significativa da população. E mesmo que não gerasse receitas a curto prazo, seria um passo em termos da expansão da marca e de potenciais receitas futuras.

O presente é importante, mas não podemos descurar o futuro. Portugal é um mercado pequeno e, tal como há 600 anos atrás, precisamos de descobrir novos Mundos para o Mundo portista.

James debaixo de olho

«James Rodriguez is one of the most requested scout profiles in recent times, having seen him move to Porto in the summer, the scout now takes his chance to check on the youngster.
The 19-year-old wide-man, who could also play anywhere in attack, has long been heralded as one of South America's finest young prospects. (...)»
in Sky Sports Scout


O James anda mesmo debaixo do olho de muita gente.

O artigo completo do Sky Sports pode ser lido aqui.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O (do) Benfica é o maior!


«Em Portugal, os clubes das ligas profissionais acumulam um passivo superior a 816 milhões de euros. Só à sua conta, os três grandes absorvem quase 90% do total. (…)
O Benfica agravou as contas de 125 milhões para 398,8 milhões. Este acréscimo deve-se à incorporação da Benfica Estádio e ao empréstimo obrigacionista. (…) Em contraponto, o activo subiu para 412,7 milhões.
O F. C. Porto também sofreu um agravamento, mas em muito menor escala, de 141,1 para 157,5 milhões. Esta verba inclui o corte de 2,6 milhões no primeiro trimestre de 2010/11. (…) Em Novembro, os portistas aprovaram um orçamento de 94,7 milhões, o maior de sempre em Portugal. (…)
A fechar o triunvirato dos grandes, o Sporting viu disparar a rubrica das dívidas para quase 173 milhões. (…)
Comportamento meritório nas finanças teve o Braga. Reduziu o passivo para 5,4 milhões, em boa parte à custa das vendas, onde angariou 11 milhões (…). Do mesmo não se pode gabar o V. Guimarães, retido na fasquia dos 15 milhões, embora ainda sem contabilizar a transferência de Bebé para o Manchester United, por 8,8 milhões.»
in JN, 27/12/2010

Os meus dez jogos da década


Os directores dos três diários desportivos foram desafiados a eleger os dez jogos da década do futebol português. São estas as suas escolhas:

Os dez jogos da década para Manuel Tavares (director de O Jogo)

Os dez jogos da década para António Magalhães (director-adjunto do Record)

Os dez jogos da década para Vítor Serpa (director do jornal A Bola)


Naturalmente, como vejo o futebol com óculos azuis-e-brancos, a minha escolha é diferente e envolve 10 jogos dos dragões:

20/03/2003: Panathinaikos x FC Porto, 0-2, ap (Taça UEFA, Quartos-final, 2ª mão) (ficha)

10/04/2003: FC Porto x Lazio, 4-1 (Taça UEFA, Meias-finais, 1ª mão) (video) (ficha)

21/05/2003: FC Porto x Celtic, 3-2, ap (Taça UEFA, Final) (video) (ficha)

09/03/2004: Manchester United x FC Porto, 1-1 (Liga Campeões, Oitavos-final, 2ª mão) (ficha)

26/05/2004: FC Porto x AS Mónaco, 3-0 (Liga Campeões, Final) (ficha)

12/12/2004: FC Porto x Once Caldas 0-0 (8-7) g.p. (Taça Intercontinental) (ficha)

07/04/2009: Manchester United x FC Porto, 2-2 (Liga Campeões, Quartos-final, 1ª mão) (video) (ficha)

08/12/2009: Atletico Madrid x FC Porto, 0-3 (Liga Campeões, Fase de grupos) (ficha)

02/05/2010: FC Porto x Benfica, 3-1 (Campeonato, 29ª jornada) (video)

07/11/2010: FC Porto x Benfica, 5-0 (Campeonato, 10ª jornada) (ficha)


Não foi fácil escolher estes 10 jogos e deixar de fora vitórias sobre o Manchester United, Lyon, Corunha, Chelsea, Arsenal ou, fora de casa, vitórias europeias em Marselha, Moscovo, Kiev, Istambul, etc. Também deixei de fora finais que representaram conquistas de várias Taças de Portugal e Supertaças, que para outros poderiam ser grandes momentos, mas para os portistas são vistas (nesta altura) como competições menores. Provavelmente terei esquecido alguns, mas pronto, são estes os meus 10 jogos da década. E os seus?

domingo, 26 de dezembro de 2010

Futebolista do ano JN










Já votaram no inquérito do JN para o futebolista do ano 2010?

O relógio suíço


Em dois dias seguidos, primeiro o presidente do FC Porto e depois o treinador que o lançou na equipa principal do Sporting, destacaram a importância que João Moutinho tem nas equipas em que joga e, particularmente, neste FC Porto 2010/11.

"[João Moutinho] É a mola, o motor de um relógio suíço. Ele não é do Porto, mas também não é de Lisboa; é do Algarve e, já agora, faço-lhe uma inconfidência dizendo-lhe que ele esteve cá a prestar provas antes de ir para o Sporting porque queria vir para cá. E só não ficou porque tinha um irmão que não foi aprovado, e os pais queriam que ambos ficassem juntos. Caso contrário, teria ficado cá. Quando disse que ele era um jogador à Porto, nunca sonhei que fosse possível que viesse para cá. Pela forma de ser, pelo facto de jogar sempre, de ser o primeiro a assumir os problemas, é o tipo de jogador que está de alma e coração em qualquer clube. (...)
Trocar o Raul Meireles pelo João Moutinho não é um risco
"
Pinto da Costa, O Jogo, 25/12/2010


Conforme escrevi em Julho, o FC Porto trocou um médio box-to-box por outro, que é três anos e seis meses mais novo e, além disso, encaixou uns milhões no diferencial das duas transferências. Eu era (sou) um apreciador das qualidades do Raul Meireles mas, quer em termos desportivos, quer financeiros, parece-me óbvio que o FC Porto ficou a ganhar com esta troca.


"Sempre disse que, ao contratá-lo, o FC Porto não corria risco nenhum, nem mesmo tendo em conta as elevadas verbas envolvidas. O João mostrou desde muito cedo que tem qualidades para jogar ao mais alto nível. Há jogadores que marcam mais golos do que ele, outros que são mais criativos, outros mais agressivos, mas difícil é encontrar um jogador como ele: com óptimo conhecimento do jogo e com uma enorme atitude competitiva. (...)
O que digo é que o FC Porto precisava de um jogador como ele, um jogador que participe na organização, que equilibre a equipa. Por exemplo, o Benfica perdeu o Ramirez e o FC Porto ganhou o Moutinho. Eles são idênticos, são jogadores de proteção. No caso do Moutinho, é o trabalho dele que permite maior liberdade ao Falcão e ao Hulk, aos laterais e até ao Fernando. Para haver um bom Belluschi, um bom Micael, um bom Hulk ou um bom Falcão, a equipa necessita de um jogador como ele.
"
José Peseiro, Record, 26/12/2010


Tenho dúvidas que a SAD portista venha a ganhar dinheiro, pelo menos de forma significativa, numa hipotética venda do Moutinho daqui a dois ou três anos. Não só teria de o vender por mais de 11 milhões de euros, como 25% da mais-valia (e os direitos de formação) pertencem ao Sporting. Mas, tal como Pinto da Costa afirmou na entrevista a O Jogo, também, prefiro que os "dez milhões sejam rendibilizados com muitas vitórias e mantendo o relógio sempre a funcionar".

P.S. 4,125 milhões de euros do investimento feito em João Moutinho já foram recuperados pela SAD, ao ter vendido 37,5% do passe à Mamers B.V.

A 1ª década do século XXI

Épocas futebolísticas 2000/01 a 2009/10:



No acumulado de 2000/01 a 2009/10, o FC Porto somou mais 83 pontos que o slb (+96 que o Sporting) e também nos golos marcados e sofridos a diferença favorável aos dragões é significativa.

Neste período, houve quatro equipas campeãs que alcançaram uma percentagem de pontos superior a 80% (FC Porto em 2002/03, 2003/04, 2007/08 e slb em 2009/10).
A percentagem de pontos alcançada pelo Braga na época passada - 78,9% - é superior à dos campeões das épocas 2000/01, 2001/02, 2004/05, 2005/06, 2006/07 e 2008/09.

O campeão com a maior vantagem foi o FC Porto de Jesualdo, em 2007/08, tendo em apenas 30 jornadas cavado um fosso de mais 20 pontos em relação ao 2º classificado.

No século XXI, nunca uma equipa terminou o campeonato com menos de duas derrotas. É um dos desafios que este FC Porto de André Villas-Boas pode superar.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A todos um bom natal!

Números da semana (X)

2,6 pontos por jogo foram conquistados pelo FC Porto de José Mourinho nos jogos disputados até à paragem do Natal das épocas 2002/03 e 2003/04 (39 pontos nas primeiras 15 jornadas, correspondentes a 12 vitórias e 3 empates).

2,71 pontos por jogo foram conquistados pelo FC Porto de André Villas-Boas nos jogos disputados até à paragem do Natal (38 pontos nas primeiras 14 jornadas, correspondentes a 12 vitórias e 2 empates).

18 golos marcados, quer por Hulk, quer por Falcao, nesta época, considerando todas as provas oficiais em que o FC Porto esteve envolvido.


36 jogos seguidos sem derrotas (a última derrota do FC Porto, em jogos oficiais, foi no dia 21 de Março de 2010, na final da Taça da Liga), correspondentes a 33 vitórias e três empates.

64 golos marcados pelo FC Porto esta época (dos quais 36 foram apontados por El Tigre e o Incrível), nos 26 jogos já disputados.

8816 dias (24 anos, um mês e 19 dias) perfaz hoje Alex Ferguson como treinador do Manchester United.

2,55 milhões de euros foi o valor pelo qual a FC Porto SAD alienou 35% dos direitos desportivos de James Rodriguez à Gol Football Luxembourg (comunicado à CMVM em 21/12/2010).

27,8 milhões de euros é o valor dos empréstimos bancários que a Sporting SAD tem liquidar no prazo de um ano.

39,6 milhões de euros é o valor dos empréstimos bancários que a FC Porto SAD tem liquidar no prazo de um ano.

92,2 milhões de euros é o valor dos empréstimos bancários que a SAD do slb tem liquidar no prazo de um ano.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Elogios...

(23/11/2009, no lançamento do livro "Filosofia do Futebol", da autoria de Manuel Sérgio)


(30/03/2010, entrevista no programa 'Grande Entrevista' de Judite de Sousa)


Esses elogios [que Pinto da Costa fez a Jorge Jesus em 20 de Dezembro] só servem para dividir a família benfiquista, mas os nossos sócios são inteligentes e percebem isso perfeitamente
Jorge Jesus, à margem de uma visita à Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro (Acreditar), em Lisboa

Sevilha FC ao raio x (I)

As últimas cinco épocas na liga espanhola:



Conforme se pode constatar no quadro anterior, nas últimas cinco épocas o Sevilha nunca ficou classificado abaixo do 5º lugar sendo, a seguir aos inalcançáveis Barcelona e Real Madrid, claramente a equipa com melhor desempenho no passado recente do futebol espanhol.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A isenção da RTP



Eu pensava que a RTP era uma empresa 100% pública, paga com os impostos de todos os portugueses, mas parece que me enganei.

P.S. Obrigado ao Ricardo Aguiar, que nos enviou mais esta prova da “isenção” clubista da RTP.

"Stewards são uma Gestapo"

(clique para ampliar)


Que injustiça! Os stewards do slb são tão bons rapazes... A época passada, sem nada terem feito, até foram selvaticamente agredidos pelo Hulk e Sapunaru, não foram?
E, segundo a muito credível versão do slb, agora voltaram a ser agredidos. Desta vez não foram os bárbaros do Norte. Parece que o autor foi um individuo isolado, o ex-tratador do símbolo, mas que, afinal, não passa de um "reles mercenário".
Coitadinhos dos stewards contratados pelo slb, fartam-se de levar pancada...

P.S. Gestapo é o acrónimo em alemão de Geheime Staatspolizei, significando "polícia secreta do Estado". Foi criada em 1933 e funcionou como polícia política da Alemanha nazi.

Fonte do recorte: Diário Notícias, 20/12/2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pôncio Monteiro 1940/2010


A notícia não é inesperada mas não deixa de ser triste. Pôncio Monteiro deixa-nos aos 70 anos, depois de doença súbita.


Na nossa memória de portistas ficarão para sempre a garra, a determinação e o pundonor deste ex-dirigente do clube que tão bem o soube defender em público, por vezes em circunstâncias extremamente difíceis. Quem não se lembra do famigerado programa "Os Donos da Bola"?


Pôncio Monteiro, reputado proprietário duriense, licenciado em Economia, fez parte da primeira Direcção do Futebol Clube do Porto encabeçada por Jorge Nuno Pinto da Costa em 1982, na qualidade de Vice-Presidente. Ocupou lugar idêntico na Direcção da Federação Portuguesa de Futebol.


Paz à sua alma.

Os penalties da polémica

Depois de ver que suspenderam o Lisandro por um penálti que o árbitro assinalou e que depois disseram que não foi, se fosse hoje deixava-me cair no relvado [lance com Reyes]. É evidente que esse lance foi penálti, mas na altura não me deixei cair porque vi o Fucile a correr em boa posição e pensei que lhe podia passar a bola em condições de ele finalizar. Não o fiz por uma questão de fair play, foi uma reacção instintiva por ver o Fucile bem posicionado. No futuro pensarei duas vezes, sobretudo pelo que se passou com a suspensão ridícula do Lisandro.
Lucho, Junho de 2009


Ao ouvir e ler os comentários acerca do Paços Ferreira x FC Porto, lembrei-me deste caso e destas declarações de Lucho (numa entrevista ao jornal O Jogo).

O penalty assinalado a favor do FC Porto e que Hulk concretizou é polémico? Claro, como são quase todos os penalties assinalados a favor dos azuis-e-brancos, os quais são esmiuçados e analisados à lupa por jornalistas, comentadores, ex-árbitros e todo o tipo de “especialistas”.
A bola bateu no pé, na perna ou nos braços do jogador do Paços? Eu já vi as imagens várias vezes e continuo com dúvidas, mas dou de barato que o árbitro foi iludido pelo movimento dos braços do jogador do Paços.

Terá o FC Porto ganho na Mata Real graças a um favor da arbitragem? Claro, então não é óbvio? Estava a ganhar 1-0 e, já em tempo de descontos, passou a ganhar por 2-0…
E contudo, se recuarmos 12 minutos… Ao minuto 78, Filipe Anunciação faz penálti sobre Hulk?

No estilo que lhe é muito próprio, Anunciação "chegou" atrasado, pontapeando, assim, o pé de Hulk e não a bola. Grande penalidade que ficou por assinalar.
Jorge Coroado

Hulk é tocado no pé, dentro da área, por Filipe Anunciação. Embora não chegue a cair, é uma infracção merecedora de grande penalidade.
Pedro Henriques

De facto, Filipe Anunciação rasteira Hulk
Paulo Paraty


Pois é, não é preciso ver N repetições para se perceber que o árbitro Artur Soares Dias errou neste lance. As imagens não deixam dúvidas. Deveria ter sido assinalado um penalty a favor do FC Porto ao minuto 78 e, a partir desse instante, o Paços de Ferreira deveria ter ficado reduzido a 10 jogadores, porque Filipe Anunciação teria de ver o 2º cartão amarelo. Analisando o jogo com frieza e um mínimo de imparcialidade, é evidente que este foi o erro mais grave do trio de arbitragem e com maior potencial de influência no resultado final (penalty + expulsão + 12 minutos e descontos ainda por jogar) mas, como é óbvio, o erro do árbitro que a “verdade oficial” (leia-se propaganda) irá registar para a história deste jogo será outro.

Razão tinha o Lucho…

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

SMS do dia - CXIX

Pinto da Costa:
A luta do FC Porto é pelo bom futebol e pelo espectáculo, deixando os outros a morder-se de inveja e a inventar questões para disfarçar os insucessos.

Tantas vezes vai o cântaro à fonte...

Episódios anteriores:
Portimonense
Setúbal

E tal como numa novela a história repete-se, e assim junta-se o:

Paços de Ferreira

Como disse o AVB, os jogos de Janeiro são essenciais, e é bom que a atitude mude e que voltemos a ter o Porto de Setembro, Outubro e início de Novembro. Senão arriscamos-nos a que as coisas corram mal.

Como escreveu o Carlos Tê na Balada do Tribunal (já uma vez escrevi isto e portanto repito-me aqui: mas por mim este CD faria parte de qualquer manual entregue aos jogadores, e era a banda sonora das viagens hotel - estádio):

(...)
venha o segundo!
não chega!
o 2-0 é um ilusão 
só terceiro sossega o coração do Dragão

Vamos lá: - Ó trompetista 
que a bola está a queimar
manda o recado ao artista
abre o livro e vem jogar
estamos a perder o norte
é hora de recital
não nos fiemos na sorte
só a arte é triunfal!
só a arte é triunfal!
(vamos lá carago!)

Um jogo sofrido

Começamos bem, reduzimos o ritmo e, aos poucos, o Paços começou a acreditar, a dividir o jogo e a ameaçar. Com James muito envergonhado, jogamos quase sempre mancos do lado esquerdo e as subidas do Álvaro nem sempre foram devidamente compensadas. Tivemos mais duas ou três oportunidades de golo, mas faltou sempre um espírito mais predador e um Falcão em pleno. Apesar disso, na primeira metade, fomos superiores, mas sempre algo indecisos na hora, no meio e na forma de matar o jogo.

Esperava que o intervalo fosse bom conselheiro, mas tudo piorou na segunda parte. Falcão não regressou e a não fomos capazes de blindar o nosso meio campo, demos espaços e bola em demasia. O Paços apareceu muitas vezes dentro da nossa área e com muita gente. Aliás, um dos aspectos que me preocupou foi o facto do adversário estar sempre em vantagem em todas as zonas em que se disputava a bola, mais perto e unido, apesar do reforço do meio campo do FCP, com Souza, o que me pareceu um erro de AVB, porque o jogador ainda não parece estar com ritmo suficiente, depois porque segura pior a bola que Ruben, que é, além disso, bastante melhor nas assistências. E quantas vezes apareceram os adversários na cara de Helton, que esteve muito bem.

O Paços foi melhor e encostou-nos às cordas. Mais uma vez a estrelinha de campeão cintilou e no final, acabámos por marcar dois golos, e respirei de alívio. Os campeões também sofrem, nomeadamente quando falta algum fulgor físico.

Esta semana AVB não foi muito assertivo nas declarações que lançaram o jogo e não me pareceu muito feliz nas substituições e na forma como remontou a equipa, e como os jogadores ocuparam os espaços.
Percebo que a equipa esteja cansada, pelo esforço e algum stress competitivo. Que o Natal e as rabanadas lhes alimentem o corpo e animem o espírito, porque temos de ser suficientemente bons para nos temerem.

De qualquer forma seria injusto não relevar os resultados, as exibições e a vantagem pontual que estão muito acima do que seria expectável. E é isso que queremos: temos feito história, que passou as fronteiras e agora só temos que corresponder às expectativas e validar esta fase. Contamos com a rapaziada. Queremos ser campeões.

Bom Natal a todos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Capangas, Stewards e Cª, Lda

2 de Janeiro de 2006, capangas no aeroporto
«Vieira e Dinis viajaram juntos para Lisboa e o segundo tinha à sua espera um "comité de boas-vindas": seis "seguranças" que, segundo o site MaisFutebol, acompanhavam um funcionário do Benfica, de seu nome Carlos Colaço. Mal apareceu Dinis, os tais "seguranças" rodearam-no, provocaram-no e um deles esbofeteou-o. A vingança está feita, e ao jeito mafioso.»
António Moura, PÚBLICO, 03/01/2006


30 de Agosto de 2008, a agressão ao team-manager do FC Porto
"A agressão de que fui vítima aconteceu depois do jogo, quando me dirigia para o balneário depois de ter ido verificar a 'flash-interview', que é uma das minhas obrigações. Comecei a ser empurrado por elementos do Benfica que nem podiam lá estar e depois levei um pontapé, tipo karaté. (...) A pessoa que me deu o pontapé é a mesma que deu um estalo no aeroporto de Lisboa quando foi aquela história do Moreto"
Acácio Valentim, team-manager do FC Porto


30 de Agosto de 2008, as imagens do túnel da Luz
Vídeo que mostra as imagens da agressão, bem como, imagens captadas umas horas antes do início da partida, onde é possível ver elementos do slb a levantarem o ângulo de uma das câmaras.


26 de Outubro de 2009, intimidação no túnel da Luz
"Há câmaras e delegados da Liga para analisar o que se passou. Não vou falar, perguntem aos delegados."
Rúben Micael, jogador do Nacional

Nas acusações que fez, Rúben Micael visou Rui Costa (Director Desportivo do slb), Jorge Jesus (treinador do slb) e Nuno Pedro, o delegado da Liga que estava no túnel da Luz no jogo slb x Nacional.


19 de Outubro de 2010, Juan Bernabé agredido por stewards
«A cena passou-se ao intervalo do jogo: um grupo de crianças carenciadas dirigiu-se a Juan Bernabé para tirar uma foto com o tratador da águia Vitória, atrás da baliza para onde o Benfica atacou na primeira parte. O espanhol acedeu ao pedido mas de pronto foi bloqueado por stewards. "Disseram-me que eu não podia estar naquela zona, mas eu mostrei a minha credencial que me permite aceder ao local, contou Bernabé aos jornalistas. Na discussão, o espanhol foi agredido, a águia soltou-se do braço e permaneceu no relvado a esvoaçar, enquanto o alvoroço continuava. Os adeptos não gostaram e protestaram de imediato.
Entretanto começou a segunda parte, mas no final do jogo Juan Bernabé relatou à imprensa ter pedido à PSP para "identificar quatro stewards, dois deles supervisores, garantindo ainda que irá apresentar queixa contra os agressores. Admitiu ainda ter "reagido" fisicamente às agressões.»
in abola.pt


18 de Dezembro de 2010, humilhado, ameaçado e novamente agredido
«"Proibiram-me de entrar pelo túnel dos jogadores e estou sempre a ser humilhado. Neguei entrar pela porta da maratona, porque estava a chover. Passámos muito mal pelo parque de estacionamento, com insultos e agressões. O chefe de segurança Rui Pereira dificulta-me sempre a vida e está sempre a humilhar-me", disse Barnabé às rádios ainda antes do embate.
No final, Ricardo Felgueiras, seu advogado, ampliou o rol de acusações. "Foi proibido de fazer voar a águia, agredido e deitado ao solo por três seguranças. Além disso, recebeu ordem directa do administrador, Domingos Soares Oliveira, para abandonar as instalações. Se não, ia saber quem ele era", referiu.»
in jn.pt


Se em vez de estarem ao serviço do slb, estivessem a trabalhar para um certo clube do Norte, os episódios em que capangas e os "stewards" da Luz têm estado envolvidos já teriam sido motivo para um filme, três livros e 437 inflamados artigos de opinião. Assim, no pasa nada, tudo continua na santa paz do Senhor e até é provável que esta semana alguém se lembre e ressuscite as histórias do guarda Abel.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Números da semana (IX)

1 golo de James Rodríguez na Liga Europa, no seu jogo de estreia nas competições europeias.

4 é o número de penalties falhados pelo FC Porto esta época, dois na Liga Europa e dois no campeonato.

0,66 milhões de euros é o valor do salário anual de André Villas-Boas.

1,97 milhões de euros é o montante em prémios monetários já arrecadado pelo FC Porto na Liga Europa (um milhão de prémio de participação, 700 mil euros pelas cinco vitórias, 70 mil pelo empate e mais 200 mil pela qualificação para os 16-avos-de-final).

2,7 milhões de euros por ano é o valor do contrato de equipamentos entre a Nike e o FC Porto.

10 milhões de euros é o valor do salário anual de José Mourinho.

30 milhões de euros por ano é o valor do contrato de equipamentos entre a Nike e o FC Barcelona.

18912 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x Vitória Setúbal.

22930 espectadores estiveram no Estádio do Dragão a assistir ao FC Porto x CSKA Sofia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O factor sorte

Este podia ser um jogo da Liga dos Campeões, com duas boas equipas
Gregorio Manzano, treinador do Sevilha

É um facto que, quer o Sevilha, quer principalmente o FC Porto, são clientes habituais da Liga dos Campeões, mas também é verdade que, em Agosto passado, o Sevilha foi eliminado pelo Braga e que actualmente ocupa o 11.º lugar do campeonato espanhol (a operação ao tornozelo do campeão do mundo Jesus Navas foi um sério contratempo). Seja como for, daqui até 17 de Fevereiro faltam dois meses e muita coisa pode acontecer. Um acoisa é certa, a equipa sevilhana é praticamente a mesma que brilhou nos últimos anos, quer em Espanha, quer na Europa e continua a dispor de um plantel de grande nível, particularmente do meio campo para a frente, onde actuam jogadores como Diego Perotti, Renato, Jesus Navas, Luís Fabiano, Kanouté e Negredo.

É um dos adversários mais prestigiantes que podíamos encontrar. Havia boas equipas no segundo pote, como o Sevilha, o Nápoles ou o Rubin Kazan.
André Villas-Boas

Olhando atentamente para a lista dos 14 opositores que poderiam ter calhado ao FC Porto, é uma evidência que esta equipa da Andaluzia estava entre as mais difíceis. De facto, não havendo propriamente “peras doces”, à partida, nomes como Glasgow Rangers, Anderlecht, Basileia, Young Boys, Aris Salónica, PAOK, Lech Poznan ou Sparta Praga proporcionariam uma eliminatória bem mais acessível.

Mas se para os dragões a sorte foi madrasta, para outros a estrelinha continua a acompanhá-los. É o caso do slb, que já tinha calhado no grupo mais fácil da Liga dos Campeões (um grupo sem “tubarões”); já tinha sido salvo pelo Lyon ao minuto 88 do derradeiro desafio; e agora, não sendo cabeça-de-série neste sorteio dos dezasseis-avos-de-final da UEFA Europa League, poderia ter de enfrentar equipas como o Liverpool, Manchester City, Villarreal (3º classificado do campeonato espanhol) ou Bayer Leverkusen (2º classificado da Bundesliga). Havia também várias possibilidades que obrigariam os encarnados a longas viagens e a enfrentar o frio soviético em Fevereiro – Dínamo Kiev, Spartak Moscovo, CSKA Moscovo ou Zenit – mas o sorteio voltou a bafejá-los, com uma viagem curta e um adversário a atravessar uma profunda crise: Estugarda!

Os números não mentem. O actual penúltimo classificado da Bundesliga, averbou dez derrotas e apenas três vitórias nas primeiras dezasseis jornadas, e já acumulou 30 (trinta!) golos sofridos. A coisa tem sido tão má, que ainda não chegamos ao Natal e já vai no terceiro treinador.
Depois do Hertha Berlim na época passada, continua a tendência de sorteios europeus simpáticos, a colocarem na rota do slb os últimos classificados do campeonato alemão.

Apesar de tudo isto, apesar da sorte ser um factor importante em competições a eliminar (nunca me esqueço do Man Utd x FC Porto e da forma como o Costinha marcou o golo do empate ao minuto 89), quero acreditar que não irá ser determinante.

P.S. Não percebo porque razão o jogo da 2ª mão, FC Porto x Sevilha, foi antecipado de 24 para 22 de Fevereiro. É por causa da transmissão televisiva?

Já fui muito feliz em Sevilha

E lá vamos nós outra vez a Sevilha, na mesma competição (ou na sua versão pós-plástica para tirar as rugas da idade) mas para defrontar a equipa da casa.

A 17 de Fevereiro regressamos a uma casa que já foi nossa, retribuindo a hospitalidade no dia 24 de Fevereiro.


O sorteio não foi favorável para o FC Porto, tendo-nos calhado um dos piores adversários possíveis do pote, mas podemos contentar-nos em jogar a segunda mão em casa, e que depois desta eliminatória já teremos eliminado um dos favoritos ainda antes de chegarmos à final de Dublin.

Na próxima eliminatória teremos ou o frio moscovita ou o calor mediterrânico, visto que defrontamos o vencedor do jogo PAOK/CSKA Moskva (nos dias 10 e 17 de Março).

Os lucros da Sport TV


«A Sport TV pagou o empréstimo de 33,3 milhões de euros que contraiu junto da sua accionista Zon Multimedia, refere o relatório e contas da operadora liderada por Rodrigo Costa. Além disso, a empresa que detém os direitos de transmissão televisiva dos jogos da Primeira Liga viu os seus lucros triplicarem no ano passado, para 20,3 milhões de euros.
Segundo o relatório e contas da Zon Multimedia, que controla a Sport TV em parceria com Joaquim Oliveira, a empresa fechou 2009 com um resultado líquido de 20,3 milhões de euros, uma subida de 232% face aos 6,1 milhões de euros registados no final do ano anterior. (…)
"O mercado tem crescido muito nos últimos anos. Além disso, a Sport TV subiu o preço das mensalidades dos seus cerca de 600 mil assinantes", afirmou ao Diário Económico um dos responsáveis contactados.»
in Diário Económico, 06/04/2010


Um assinante da Sport TV paga cerca de 300 euros por ano (25 euros por mês), o que significa que 600 mil assinantes proporcionam uma receita bruta anual de 180 milhões de euros, a que acresce a publicidade que a Sport TV tem nos seus canais. Perante isto, não surpreende que, em 2009, a Sport TV tenha mais do que triplicado os lucros e pago um empréstimo de 33,3 milhões de euros à Zon Multimedia.
Crise? Qual crise? Olha-se para estes números e a conclusão é óbvia: a forma como os direitos televisivos são negociados em Portugal e o valor global que é pago pelos mesmos, traduz-se num negócio da china para Joaquim Oliveira e para a ZON, enquanto que os clubes, principalmente os pequenos, continuam com a corda na garganta.

A realidade noutros países é muito diferente. Vale a pena olhar para o estudo feito pelo site Futebol Finance, acerca das receitas televisivas nos principais mercados do futebol europeu.

Premier League – As receitas TV dos clubes Ingleses 2009/10

1.Bundesliga – As receitas TV dos clubes Alemães 2009/10

Liga BBVA – As receitas TV dos clubes Espanhóis 2009/10

Ligue 1 – As receitas TV dos clubes Franceses 2009/10

Bem sei que estes países têm uma dimensão superior à de Portugal, mas a (des)proporção dos valores dos direitos televisivos é bastante maior que essa diferença. E o argumento de que esses países “exportam” o seu futebol para todo o Mundo não explica tudo, porque também a Sport Tv não se limita ao mercado português. Voltando à entrevista de Bessa Tavares ao JN (publicada em 15/09/2008 e já aqui referida):

[JN]: Qual o balanço que pode ser feito em relação à Sport TV África?

[Bessa Tavares]: Neste momento, estamos em toda a África subsariana, na ordem dos 56 países, da Nigéria até à África do Sul. O "feedback" que temos tido é bastante simpático.

[JN]: A estratégia de internacionalização fica-se por África?

[Bessa Tavares]: África era onde sentíamos uma necessidade maior de chegar. Internacionalização de produtos temos para mais de 110 países, da Rússia ao Canadá.


Enquanto os clubes, principalmente os três grandes, continuarem hipotecados (subjugados?) aos interesses de Joaquim Oliveira e os adeptos andarem convenientemente entretidos a discutir as arbitragens (é para isso que servem os programas semanais de desporto na televisão), o homem que em Saltillo andava a carregar painéis de publicidade, pode continuar descansado a fumar charutos e a jogar golfe com os seus amigos do futebol, da política e da banca.


P.S. «Os presidentes de Benfica e Sporting, Luís Filipe Vieira e José Eduardo Bettencourt, respectivamente, deram nas vistas ao chegarem juntos à palestra do gestor espanhol [Ferran Soriano, ex-vice-presidente do Barcelona], ladeados pelo presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, e do líder do Marítimo, Carlos Pereira. Mais tarde chegariam o agente FIFA Jorge Mendes e também o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, Vítor Pereira. Sem qualquer representante máximo do FC Porto, Vieira e Bettencourt não se largaram, formando um muro intransponível.»
in abola.pt, 17/11/2010

Fotos: abola.pt, DN

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

André, afixa isto à entrada do balneário

"Parece que se segue [em Paços] a final da Liga dos Campeões. As declarações que têm surgido apenas servem para nos dar uma motivação extra. Querem meter a nossa cabeça a prémio. Criou-se um clima ideal de provocação de alguém que prefere ver a nossa derrota do que ver a vitória da sua própria equipa, mas outras 25 equipas tentaram vencer-nos e não conseguiram."

Estas declarações de André Villas-Boas, no final do FC Porto x CSKA Sofia, são uma resposta às afirmações do presidente do Paços de Ferreira que, de forma desafiante, pré-anunciou a derrota do FC Porto no jogo de próximo domingo na Mata Real.

Contudo, a resposta do FC Porto tem é de ser dada dentro de campo e, por isso, preferia que em vez de responder publicamente ao presidente do Paços, o AVB tivesse seguido o exemplo do José Mourinho há sete anos atrás, quando o Vilarinho prognosticou que os encarnados iriam às Antas ganhar por 3-0. O "especial" não esteve com meias medidas, mandou fotocopiar e ampliar as declarações do presidente do slb e afixou-as à entrada do balneário durante toda a semana.
Escusado será dizer que os jogadores azuis-e-brancos entraram em campo ainda com mais vontade do que o costume e, claro, ganharam o desafio.

É isso que eu espero no próximo domingo, uma equipa cheia de vontade em fazer o presidente dos canários engolir aquilo que disse.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Favoritismo e estatuto confirmados


Como se esperava, o FC Porto termina esta fase de grupos da Liga Europa com mais uma vitória, diante de um CSKA Sofia que, em 90 minutos de futebol, apenas deu um fogacho de bom trato na bola. Um jogo que não foi muito exigente, e sem obrigações de maior, bem à medida das necessidades da nossa equipa, gerindo o esforço para aquilo que de mais importante aí vem, já no próximo fim de semana na Mata Real.

À já anunciada titularidade de James Rodriguez, André Villas-Boas escalou para o onze inicial Souza para a posição de pivô defensivo. Fucile, Otamendi e Walter completaram a lista de escolhas, que visava não só a rotatividade que vem sendo implementada pelo nosso treinador, mas também a adopção de um sistema algo alternativo, numa espécie de 4-1-3-2.


A pouca réplica dos Búlgaros não esclarece a eficácia do novo modelo de jogo. Ainda assim, foi possível vislumbrar entre as diversas alterações que, por detrás daquela aparência “balofa” de Walter, se esconde um jogador capaz de deambular com afinco pelas laterais e, com capacidade de gerar perigo na baliza adversária. James e, especialmente Otamendi, fizeram também questão de demonstrar a Villas-Boas que estão na luta por uma vaga na equipa.

Como já se disse, a vitória não merece o menor reparo. Apenas um ligeiro parêntesis no jogo provocado por Delev, com a complacência de Maicon, que sofre por hora do síndrome “eu é que sou bom”, lançou um pouco de poeira no resultado. Os números finais pecam por escasso, dado o caudal e as oportunidades criadas pelo Dragão.



Por entre os pormenores de classe de Falcao – que contrasta com a sua aselhice na marca de 11 metros – da vivacidade de James, da fogosidade de Walter, do ritmo de Álvaro Pereira ou da intensidade de Moutinho, neste jogo apenas Souza pareceu perdido no campo, mergulhado num mar de dúvidas do que é ser “volante” no futebol Europeu. A perder espaço no plantel azul e branco, tal como o já aqui referido Maicon. Mas esse, não por falta de qualidade, mas por viver no presente alguns dogmas existenciais.

O brilhantismo com que o FC Porto encerra as contas da fase de grupos da Liga Europa, faz jus aos seus pergaminhos internacionais. O destaque e atribuição de algum favoritismo à nossa equipa nesta prova, parece, até ao momento, não assustar os nossos jogadores. Mas, a realidade, é que só agora vai começar a verdadeira competição.

Fotos: uefa.com

A Sport TV não gosta de hóquei?

Extractos de uma entrevista de Bessa Tavares, administrador da Sport TV, publicada no JN de 15 de Setembro de 2008.

[JN]: Como será o futuro na programação [da Sport TV]?

[Bessa Tavares]: Garantir os maiores eventos da maior parte dos desportos, sobretudo os que têm mais adeptos, mas também abranger nichos de mercado e satisfazer os gostos de minorias, como é notório na Sport TV 3.

[JN]: É a TV mais bem colocada para saber que modalidades os portugueses preferem. Quais são?

[BT]: Temos a preocupação de saber as preferências dos nossos subscritores e, como já temos 600 mil - entre lares, cafés, bares, restaurantes, etc., o que significa que chegamos a milhões de pessoas -, é claro que o futebol está em primeiro lugar, com 92% das preferências, sem grande concorrência.

[JN]: E depois do futebol?

[BT]: Segue-se o basquetebol, os desportos motorizados também estão muito bem qualificados e, depois, com uma repartição equitativa, o futsal, o andebol, o voleibol, o ténis e o atletismo. O ciclismo, como é sazonal, perde por isso.

[JN]: E o hóquei em patins?

[BT]: Tem perdido expressão e é um jogo que, em termos televisivos, teria muito a evoluir, mas estagnou e é difícil ao espectador acompanhar uma pequena bola escura, sobre um pavimento escuro, pelo que mesmo no recinto só se percebe que foi golo quando é levantada a bandeirinha.

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Lendo esta entrevista do braço-direito de Joaquim Oliveira na Sport TV, somos levados a pensar que os portugueses, amantes de desporto, não gostam de hóquei em patins e que as audiências das respectivas transmissões são muito piores que em modalidades como o basquetebol, andebol ou voleibol. Ora, isto são duas rotundas mentiras.

Desde os anos 40, pelo menos, que o hóquei em patins tem uma enorme tradição em Portugal e, fruto dos muitos sucessos da Selecção, sempre foi uma das modalidades mais acarinhadas pelos adeptos, inclusive os emigrantes. Das outras tradicionais modalidades de pavilhão, há mais alguma que encha pavilhões como no hóquei?


Quanto às audiências, nada melhor do que recorrer aos números das transmissões televisivas. Para evitar manipulações ou distorções e de modo a que os números sejam comparáveis, seleccionei um conjunto de jogos de três modalidades – Andebol, Basquetebol e Hóquei em Patins – correspondentes a finais, todos transmitidos à tarde, pelo mesmo canal (RTP2) e envolvendo um clube comum – o FC Porto.

18/05/2008, Andebol, ABC - FC Porto (final da Taça de Portugal)
Início da transmissão: 15h00
Fim da transmissão: 16h30
Audiência média: 1,1%
Audiência média (indivíduos): 100.900
Share de audiência média: 4,9%

24/05/2008, Basquetebol, Ovarense - FC Porto (final do Play-off, último jogo)
Início da transmissão: 17h00
Fim da transmissão: 18h45
Audiência média: 1,4%
Audiência média (indivíduos): 130.100
Share de audiência média: 7,5%

01/06/2008, Hóquei em Patins, FC Porto - Benfica (final do Play-off, 1º jogo)
Início da transmissão: 17h00
Fim da transmissão: 18h40
Audiência média: 1,5%
Audiência média (indivíduos): 145.600
Share de audiência média: 7,8%

29/06/2008, Hóquei em Patins, HC Braga-FC Porto (final da Taça de Portugal)
Início da transmissão: 17h00
Fim da transmissão: 18h45
Audiência média: 1,8%
Audiência média (indivíduos): 166.800
Share de audiência média: 10,9%

Conforme se pode constatar, todos estes jogos foram disputados entre Maio e Junho de 2008, uns meses antes da entrevista de Bessa Tavares ao JN, e os números são claros: não é verdade que os jogos de hóquei em patins tenham menos audiência que, por exemplo, os de andebol ou basquetebol (já nem falo no voleibol).

Sendo estes os factos, porquê então o desinteresse do único canal de desporto português relativamente ao hóquei em patins?


aqui escrevi sobre este assunto e, tendo entretanto obtido os dados de diversas transmissões televisivas, reforço a convicção que manifestei na altura: o problema não são as audiências, mas sim o facto do FC Porto dominar a modalidade há quase uma década. Isso sim, é determinante para não haver interesse das televisões e, particularmente da Sport Tv (um canal cada vez mais dominado pelos interesses dos benfiquistas).

Querem que os jogos do campeonato de hóquei regressem à televisão?
É fácil, arranjem maneira do slb ser campeão. Vão ver que, milagrosamente, resolve-se num instante o problema da “pequena bola escura, sobre um pavimento escuro”…

Fotos (clique para as ampliar): Século Ilustrado, Nº 484, 12/04/1947; SuperPorto (www.superporto.com)

Fonte das audiências televisivas: MMW (Markdata Media Workstation) - Telereport - Audipanel

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

António Feliciano


Morreu António Feliciano, antigo internacional português, ex-jogador do Belenenses e do FC Porto. Tinha 88 anos de idade.

Como jogador, fez parte das Torres de Belém – defesa composta por ele, Vasco e Serafim -, e contribuiu para a conquista do único título de campeão nacional do Belenenses (em 1945/46).

Ao serviço do FC Porto, onde permaneceu durante muitos anos, destacou-se como treinador e mais tarde coordenador nas camadas jovens.

Paz à sua alma.