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Tenho lido os artigos e os comentários do RP e percebo a indignação (em alguns casos), mas dar atenção aos Santos, Fedorentos e demais Manhosos é uma perda de tempo. Têm uma agenda, são do SLB, falam com a linguagem mais apreciada pela tribo e alguns receberão, provavelmente, encomendas e pedidos de que tiram bom proveito: reconhecimento e mordomias.
Nada que me possa admirar. Ficaria surpreendido se fosse diferente. Nesta altura, já não podem despir a camisola. Seria pior a emenda que o soneto. Aliás, quanto mais o FCP andar por cima, mais agressivos tenderão a ser.
Pelas nossas bandas, também ocorrem alguns excessos. Já li severas críticas de portistas, nomeadamente a Rui Moreira ou MST, só porque estes teimavam em manter-se independentes e, de vez em quando, remarem um pouco contra a maré. No início da época escrevi um artigo neste blog, de cariz pessimista, e alguns não perdoaram o meu cepticismo. Fui cilindrado.
Não creio que ao insulto se deva responder com o insulto. Quem aceita fazer ouvir-se (ou se apresenta para ser lido) publicamente, deve respeitar a audiência. A réplica que estes tipo de programas (ou escritos) proporcionam, ainda que tenha se ser contundente, deve ser feita lucidamente. Aos gritos ninguém se ouve. As permanentes insinuações e teorias da conspiração vulgarizam-se e perdem efeito. O melhor remédio é deixá-los cansar, (re)agir só em casos maiores e continuar a ganhar. E não seguir o método da chafurdagem.
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Fala-se demasiado da arbitragem, que o deveria ser só por excepção. E a maior parte das vezes há alguma “batotice” na apreciação. Decidir depois do recurso a inúmeras repetições, imagens em câmara lenta, lentíssimas e paradas, de ângulo inverso, com linhas virtuais e olho de águia para encontrar a melhor filmagem para justificar o erro irreparável, é muito mais fácil para ajudar a avaliação do lance e, ainda assim, anima tanta diversidade em doutas opiniões.
Espanta-me como ex-árbitros alinham nessas apreciações casuísticas, pois a arbitragem não se deve reduzir ao que se passa dentro das grandes áreas. Reconheço, porém, que há casos especiais, como o do Paixão em Vila do Conde, que até teve alguns acertos no desacerto global. Todavia o que sobressaiu, foi a impressão que o homem apitou por impulso ou se deixou condicionar por o quer que seja. Campo Maior não beliscou, bem pelo contrário, a chegada a internacional. O erro compensa e sabemos como.
Quanto à comunicação social, pouco ou nada se pode nem deve fazer. Podemos protestar para fazer prova que não nos deixamos comer por lorpas. O direito à indignação há muito foi institucionalizado. Só que já apanhei justos e pecadores a recorrerem ao mesmo princípio. O futebol, então, é pródigo na apropriação desse direito, nomeadamente pelos donos da verdade que pululam pelo país e são vedetas na TV.
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Tenho vindo a munir-me de maior paciência e evito assistir aos programas desportivos que se tornaram uma espécie de crónicas de escárnio e mal dizer, sem qualquer graça ou interesse, tudo demasiado déjà vu. O que conta e o que ganha é o que dá mais caneladas. Diga-se que quem ousar ter uma postura mais soft não será (provavelmente) tolerado pelos seus apaniguados. E, sendo assim, os programas correm sem surpresas, crispados e trazem pouco esclarecimento.
No passado fim de semana, vi a 2ª parte do jogo do VG/FCP (em basquetebol) e fiquei admirado com o relator/comentador do jogo: o professor Barroca que, em tempos, até foi treinador do FCP. O homem virou-se mesmo quando o VG mudou o sentido do jogo. O seu entusiasmo era tão sincero quanto o dos adeptos do VG; não assobiou os árbitros, mas suas críticas foram sempre contundentes quando erraram em benefício do FCP e, no fim, muito menos efusivo, reconhecia-se-lhe alguma desilusão porque o FCP acabou por ganhar, depois de recuperar de sete pontos de desvantagem. Um profissional, que não saiba controlar as emoções, os seus amores e os seus ódios de estimação, não presta um bom serviço. É o que temos e o Barroca está longe de ser intragável, como muitos outros. Sabe e gosta muito de basquete e lê, normalmente, bem os jogos. No futebol é bem pior, diga-se. Num jogo da CL que o SLB perdeu, ao comentador, antigo jogador do SLB, só lhe faltou chorar.
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Tenho acompanhado as intervenções de AVB, nomeadamente na TV, e fiquei com muitas dúvidas sobre a oportunidade de algumas declarações, por considerar que estaria a dar demasiada atenção a JJ. Depois de ter lido o Querido Manha fico com muitas dúvidas acerca das minhas dúvidas.
Constato que a vantagem de AVB decorre do facto de tomar a iniciativa, comandar o jogo e aos outros de reagirem (de forma grosseira e pouco inteligente), para logo a seguir os desarmar, recolocando na ordem do dia a competição e a qualidade do FCP, sem escamotear que este SLB é o melhor da década.
As palavras são como as cerejas e já me estendi. Palavras, palavras, futebol à parte. A saga continua, para a semana. Força Porto.