domingo, 30 de novembro de 2014

Raúl Gudiño, conhece?

Raúl Manolo Gudiño nasceu em Guadalajara, México, no dia 22 de abril de 1996 (tem 18 anos) e, para além de ser um guarda-redes grande (mede 1,95m) tem tudo para ser um grande guarda-redes.

Se duvida, veja Raúl Gudiño em acção, no FC Porto B x Académico Viseu:



Rául Gudiño, que foi titular da seleção de Sub-17 do México, vice-campeã do Mundo em 2013, está no FC Porto por empréstimo do Chivas.



Ainda é muito cedo para se dizer que Raúl Gudiño é uma ameaça para Fabiano mas, depois do que se viu ontem, parece que a baliza da equipa B tem um novo dono.

sábado, 29 de novembro de 2014

Derrota com sabor a vitória

«O FC Porto garantiu, este sábado, o acesso à fase de grupos da Taça EHF, depois de perder por 28-25 no terreno do Ademar León, em encontro da segunda mão da terceira eliminatória da Taça EHF. Os Dragões fizeram valer a vantagem de cinco golos conquistada no Dragão Caixa, na primeira mão, e são agora uma das 16 formações apuradas para a próxima fase da competição. Os portistas vão ser integrados num grupo de quatro equipas, que irão defrontar-se em casa e fora, em Fevereiro e Março de 2015. (…) os Dragões asseguraram o mais importante: será a primeira vez que disputam esta fase da segunda mais importante prova de clubes da Europa

Ficha do Ademar Leon x FC Porto (fonte: EHF)


«A falta de 7 minutos el marcador reflejaba un 22-24 que parecía definir la eliminatoria pues un gol más de los portugueses, obligaba a nuestro equipo a ganar por seis goles para superar la eliminatoria, pero nuestro equipo a base de lucha y garra lograba un parcial de 6-0 que dejaba a falta de un gol igualar la eliminatoria pero el Oporto logró gol en su último ataque, que le dio el pase de ronda.»

Ademar Leon x FC Porto (fonte: Javier Quintana | Fontun)


Depois de, na época passada, o FC Porto ter disputado a EHF Champions League (naquele que foi o regresso, 12 anos depois, de uma equipa portuguesa à maior prova do Mundo de clubes) hoje, em Leon, o andebol portista deu mais um passo na sua afirmação europeia.

A transferência de Mangala para Totós

O JOGO, 12-08-2014
Para quem duvidou do montante recebido pelo FC Porto na transferência de Mangala para o Manchester City;

Para quem não percebe a diferença entre o montante de uma transferência e a mais-valia gerada por essa transferência;

O Relatório e Contas Consolidado - 1º Trimestre 2014/2015, da FC Porto SAD, não esclarece tudo, mas dá uma ajuda:

«Alienação dos direitos de inscrição desportiva do jogador Mangala ao Manchester City, pelo montante de 30.503.590 Euros, que gerou uma mais-valia de 22.806.942 Euros, após dedução do valor global de 11.073.331 Euros relativo a:

(i) efeito da actualização financeira das contas a receber a médio prazo originadas por estas transacções;
(ii) responsabilidades com o mecanismo de solidariedade;
(iii) custos com serviços de intermediação prestados pela Gestifute – Gestão de carreiras de Profissionais Desportivos, S.A;
(iv) valores a pagar ao jogador a título de indemnização;
(v) do valor líquido contabilístico do passe à data da alienação.

Adicionalmente, o clube comprador assumiu a obrigação de pagar directamente à Doyen a proporção que esta entidade detinha sobre os direitos económicos do jogador pelo que o passivo reconhecido na rubrica de “Outros Credores” em 30 de Junho de 2014 (Nota 11), no montante de 3.376.684 Euros, foi revertido e reconhecido no cálculo da mais-valia.»

Fonte: Futebol Clube do Porto – Futebol SAD, Relatório e Contas Consolidado - 1º Trimestre 2014/2015

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O campeonato está viciado?

 
Artigos relacionados:
Os homens de vermelho
Maicon, Slimani e a falta de coragem
Há penalties e penalties (e também expulsões)
In dubio pro... benfica
Há uma linha que separa...
Na Amoreira, a história repetiu-se
Ele (Bruno Paixão) continua por aí...
Podiam ganhar de forma limpa?
A Liga Real e a Liga Mentirosa

2ª Jornada

Boavista 0-1 Benfica
Árbitro: Marco Ferreira
Aos 83’ e na ressaca de um alívio da defesa benfiquista Brito remata de fora da área para um grande golo do Boavista. O árbitro anulou o lance, não se percebe se por fora-de-jogo se por falta atacante. O Benfica saiu beneficiado do jogo do Bessa.


4ª Jornada

V. Setúbal 0-5 Benfica
Árbitro: João Capela
Com o resultado em 0-1 o jogador sadino Giovani isola-se frente a Artur e acaba por marcar mas o lance é anulado por fora-de-jogo. Giovani tinha dois jogadores adversários a coloca-lo em jogo, erro grave da equipa de arbitragem.

V. Guimarães 1-1 FC Porto
Árbitro: Paulo Baptista
Aos 30’ Brahimi isola-se, corre para a grande área, e quando se prepara para rematar à baliza é puxado por um defesa do Guimarães, saindo frouxo o remate. Penalty por assinalar contra o Guimarães que o árbitro não sancionou.
Aos 72’ Brahimi desmarca-se pela esquerda e faz golo. Está perfeitamente em linha com o último defesa do Guimarães mas o árbitro anula o golo por indicação do fiscal de linha. O FC Porto sai prejudicado deste jogo devido a erros grosseiros da equipa de arbitragem.


5ª Jornada

FC Porto 0-0 Boavista
Árbitro: Jorge Ferreira
Aos 25’ Maicon tem uma entrada ríspida sobre um adversário à entrada do meio campo do FC Porto junto à linha lateral, justificando-se a amostragem de um cartão amarelo. O árbitro opta pelo… vermelho. O FC Porto acaba por jogar mais de uma hora com um jogador a menos. Durante a 2ª parte o árbitro acabou por ser complacente com as perdas de tempo dos jogadores axadrezados.

Benfica 3-1 Moreirense
Árbitro: Luís Ferreira
Com o resultado em 0-1 o árbitro mostra o 2º cartão amarelo e consequente vermelho a um defesa do Moreirense. Se esta falta por ele cometida poderá justificar sanção disciplinar, a falta que deu origem ao primeiro cartão amarelo nem por sombras. A jogar contra 10 o Benfica marcou 3 golos sendo o último apontado na sequência de uma grande penalidade marcada por falta inexistente sobre Lima.

6ª Jornada

Sporting 1-1 FC Porto
Árbitro: Olegário Benquerença
Aos 11’ o jogador Slimani, fora de si, agarra o defesa do FC Porto Martins Indi pelo pescoço e projecta-o violentamente para trás. Benquerença mostrou apenas um cartão amarelo ao enraivecido sportinguista…
Com o resultado em 1-1, aos 89’ Jackson remata de forma artística para a baliza e Maurício corta a bola com braço de forma ostensiva. Penalty por assinalar contra o Sporting e segundo amarelo e consequente expulsão a Maurício. O árbitro mandou seguir.



Estoril 2-3 Benfica
Árbitro: Vasco Santos
Aos 11’ Jardel salta por cima de Kléber atirando-o para o chão dentro da grande área dos vermelhos. Penalty por assinalar a favor do Estoril.
Aos 48’ Enzo Pérz comete falta dura sobre Kléber justificando-se a amostragem de um cartão amarelo, que seria o segundo e determinaria a sua expulsão. O árbitro nem falta assinalou.
Assim, depois de estar a vencer por 0-2 o Benfica acabou por permitir que o Estoril reduzisse e aos 53’ fizesse mesmo o 2-2 por Kléber. Claro que a partir daí qualquer falta daria cartão amarelo para os jogadores da casa (contrariamente ao que aconteceu com Enzo). Aos 66’ Cabrera viu o segundo amarelo e foi expulso devido a uma simulação do mesmo Enzo Pérez. O estorilista nem lhe tocou. Apenas 4 minutos volvidos, o Benfica marcou o golo da vitória por Lima.




9ª Jornada

Benfica 1-0 Rio Ave
Árbitro: Manuel Mota
Aos 68’ numa jogada de contra-ataque o Rio Ave chega ao empate por Esmael a passe de Wakaso. O golo é anulado por pretenso fora-de-jogo. Vê-se que no momento do passe o fiscal de linha está mais de 3 metros atrás do último defesa do Benfica e mesmo assim anula o golo. O jogador do Rio Ave está em linha, apesar de a Benfica TV, que transmitiu o jogo, ter colocado uma linha ligeiramente diagonal (e não paralela) em relação à linha da grande área para tentar iludir o espectador. Dois pontos “subtraídos” ao Rio Ave e dois pontos “dados” ao Benfica pela equipa de arbitragem (chefiada pelo “talhante benfiquista de Braga”).


10ª Jornada

Estoril 2-2 FC Porto
Árbitro: Artur Soares Dias
Já na época de 2013/2014 o FC Porto foi impossibilitado pela equipa de arbitragem de vencer na Amoreira. Nesta época a história repetiu-se. Com o resultado em 1-1 aos 55’ Danilo e Brahimi são derrubados consecutivamente na grande área estorilista. Penalty a dobrar que o árbitro não quis ver.

Nacional 1-2 Benfica
Árbitro: Bruno Paixão
Com o resultado em 1-1, aos 19’ e na sequência de um canto para o Benfica, a bola fica no meio da área, Luisão e Ghazal disputam a bola que sobra para Jonas que atira para o fundo das redes, no entanto está adiantado na altura do passe. O árbitro sancionou o golo.
Aos 69’ o jogador do Nacional Lucas João isola Marco Matias (que está 2 metros atrás do último defesa do Benfica) que faz o 2-2. Bruno Paixão anula o golo, numa decisão inacreditável. Os comentadores em directo aventam hipóteses: “terá sido por fora-de-jogo?” diziam uns, “ou terá sido pé-em-riste do jogador do Nacional?”. Nem uma nem outra, Paixão anulou o golo porque sim. Mais uma vitória com dedo dos árbitros.


Em 10 Jornadas o Benfica acabou por ser beneficiado em 6 sendo que, dessas 6, em 3 Jornadas os erros de arbitragem influenciaram decisivamente o resultado final das partidas. Já o FC Porto viu erros de arbitragem terem influência em 3 dos 10 jogos já realizados no campeonato.


O primeiro terço do campeonato está praticamente cumprido e as prestações da arbitragem marcam decisivamente a actual classificação: 1º Benfica 25, 2º Guimarães 23, 3º FC Porto 22.

A análise às prestações do Benfica desta época, se compararmos a Liga dos Campeões com o Campeonato, torna-se ainda mais confusa. Nesta fase de grupos da Liga dos Campeões o Benfica, em 5 jogos, conta com 1 vitória, 1 empate e 3 derrotas. Sofreu 6 golos e marcou apenas 2.
 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Os factos e a fé… em Jesus


Jorge Jesus na véspera do Zenit x SL Benfica:

Penso neste jogo, que é da Liga dos Campeões. Não vamos pensar noutras provas [Liga Europa], quando temos valor para estar nesta. O foco está no jogo com o Zenit, para continuarmos na prova que todos os jogadores e treinadores gostam, que é a Champions .”


Jorge Jesus após o Zenit x SL Benfica:

Na primeira meia hora não estivemos tão bem, não nos conseguimos adaptar ao clima (…) Não merecíamos, mas o que conta é que saímos daqui com uma derrota e estamos afastados da Liga dos Campeões (…). Na Champions jogam os melhores e isso não tira mérito ao Benfica.”


Pois é, o SL Benfica é um clube estável, tem o mesmo treinador há seis épocas, tem um modelo de jogo consolidado, tem “nota artística”, tem um plantel de luxo (caríssimo para a realidade portuguesa), recheado de consagrados, craques, “pérolas” e jogadores experientes, mas…

… quando ainda falta um jogo para a conclusão da fase de grupos, os encarnados de Lisboa já garantiram o último lugar do seu grupo e, mais uma vez, dizem adeus em Dezembro à prova onde estão os melhores.

Incrível! Como é possível isto acontecer (novamente!) a um “treinador excelente”, aliás, a um “treinador de top” (pelo menos no salário), aliás, a um “treinador que está ao mesmo nível de Mourinho”?

As explicações para um mistério destes são, com certeza, muito complexas e eu, como não tenho “formação na área” (apenas o conhecimento resultante de ter visto uns milhares de jogos nos últimos 40 anos), não me atrevo a avançar com explicações cientifico-técnico-tácticas, mas fico à espera que um dos “apóstolos” deste Jesus me elucide.

À falta de explicações mais ou menos elaboradas, avanço com alguns dados e factos.

Nas últimas cinco épocas – de 2010/2011 a 2014/2015 – o SLB, orientado por Jorge Jesus, disputou 33 jogos para a Liga dos Campeões, tendo obtido 12 vitórias, 7 empates e 14 derrotas!
E, nestes 33 jogos, os encarnados marcaram apenas 35 golos (para uma equipa com fama de dar espectáculo e ser muito ofensiva não está mal…), tendo sofrido 41 golos.

Em resumo:
Mais derrotas que vitórias.
Mais golos sofridos que marcados.
Mais fracassos que sucessos.
Mas pronto, como a prioridade é o campeonato, deve ser normal que, em cinco participações na Liga dos Campeões, apenas UMA vez a equipa de Jorge Jesus tenha superado com sucesso a fase de grupos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Herrera, o “rei” de Borisov


«Elementos criativos como Óliver (de regresso ao onze), Ricardo Quaresma e Brahimi não atuavam no palco certo para desenvolver o jogo que mais lhe agrada. Ao intervalo, Julen Lopetegui terá feito alguns ajustes, dando mais liberdade ao incansável Hector Herrera. Fator determinante.

O médio fez uma segunda parte de grande nível, ele que esteve há uma semana na Arena Borisov, ao serviço da seleção do México. Pouco após o reatamento, Herrera recebeu a bola na esquina da área, pela direita, e arriscou. Um belo remate cruzado, inaugurando a contagem.


Segundo golo de Héctor Herrera na fase de grupos da Liga dos Campeões (tinha aberto caminho para o triunfo por 2-1 sobre o At. Bilbao), terceiro na prova se englobarmos igualmente o play-off. Afinal, foi ele a marcar em Lille, 0-1, escancarando as portas da competição. (…)

De novo Herrera. Belo passe para Brahimi na esquerda e colocação na área. O argelino devolveu ao mexicano, este rodou e tocou para Jackson. Remate do colombiano com o pé esquerdo, certeiro, para o quinto golo na fase de grupos da Champions. Impressionante.

O BATE não esboçava uma resposta condizente, parecia estar no limite das suas capacidades, e pouco haveria a fazer perante um Héctor Herrera endiabrado, ao seu melhor nível. Ao cair do pano, foi Tello a beneficiar de uma grande abertura do médio


O texto anterior é um extracto da crónica do BATE Borisov x FC Porto, publicado no site Maisfutebol e é uma boa síntese daquilo que de melhor se viu hoje.
E, parece-me indiscutível, o que de melhor se viu hoje, na Arena de Borisov, envolveu ou saiu dos pés de Herrera.

A propósito do Herrera, esta época, após outros jogos da Liga dos Campeões, houve portistas, comentadores habituais deste blogue que, acerca deste internacional mexicano, disseram coisas como estas:

Ele [Herrera] falha [nos passes] porque é mau, ponto

Há muito que digo que aquilo [pés do Herrera] são tijolos

O Herrera simplesmente recupera a passo está sempre fora do sítio

O Herrera não é jogador para o Porto. Já o disse e reafirmo: era bom para o rugby, corre muito, mas corre mal

Não tenho a menor dúvida que [Herrera] não é jogador de futebol para uma equipa de topo

O tempo, como em tudo, estará aí para demonstrar o que ganhamos e perdemos com ele [Herrera] em campo


De facto, nada como o tempo (e nem foi preciso muito) para relermos este tipo de afirmações e… sorrirmos.

Mas, mais importante do que aquilo que cada um de nós disse acerca do Herrera (e mesmo os portistas que diziam o piorio dele, terão ficado satisfeitos com a sua excelente exibição no jogo de hoje), o que realmente interessa são as vitórias do FC Porto, com maior ou menor contributo do Herrera nuns jogos, do Brahimi noutros, etc.

E hoje, em Borisov, voltamos a ter um FC Porto em 4-3-3, com o meio-campo mais habitual – Casemiro, Herrera, Óliver – e um colectivo forte (o BATE não teve uma única oportunidade de golo), de onde emergiu Herrera.

Estatísticas do BATE Borisov x FC Porto (fonte: UEFA)

P.S. Qualificação para os oitavos-de-final após o 4º jogo; garantia do 1º lugar no grupo após o 5º jogo; nada mau…

A luta do Sporting pela “transparência”

«Presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA), Álvaro Sobrinho, tem 18 milhões congelados em vários processos e foi na tarde de ontem constituído arguido num processo que envolve suspeitas de burla ao estado angolano.
O gestor foi interrogado no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, pelo juiz Carlos Alexandre, e será suspeito do crime de branqueamento de capitais
DN, 16 novembro 2011


«Escreve hoje o Expresso que o BES Angola (BESA) não sabe a quem emprestou 5.7 mil milhões de dólares. A administração atual acredita que 745 milhões foram parar às mãos de Álvaro Sobrinho, presidente do banco até 2012. Dinheiro serviu para negócios da sua família e parte chegou a Portugal para financiar o jornal Sol.»
DN, 07 junho 2014


Pelos vistos, há fortes indícios que dinheiro emprestado pelo BES ao BESA, tenha ido parar às mãos de Álvaro Sobrinho, que foi o presidente do BESA entre 2000 e 2012.
E, pelos vistos, há suspeitas que parte desse dinheiro tenha servido para financiar o jornal Sol.

Mas o que é que o Sporting tem a ver com os dinheiros de Álvaro Sobrinho?

O JOGO, 11-07-2014

«O empresário Álvaro Sobrinho detém quase um terço da SAD leonina. O angolano é o principal investidor e rosto da Holdimo, empresa que reforçou para 29,8% a participação na SAD, que absorveu a Sporting Património e Marketing, S.A., aumentando assim o capital social de 39 milhões para 47 milhões. Depois, com a incorporação do crédito de 20 milhões da Holdimo, o capital social subiu para os 67 milhões de euros, segundo informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A Holdimo tinha um crédito de 20 milhões resultante de percentagens de direitos económicos de jogadores, que transitaram para a SAD. Mas a sociedade que gere o futebol ‘pagou’ a recuperação dos passes com a emissão de 20 milhões de ações, o que torna a empresa de Sobrinho acionista de referência. As anteriores percentagens de passes de jogadores ficam agora diluídas em ações da sociedade que gere o futebol.»


Infograma de "Os Donos Angolanos de Portugal"

Quantos milhões de euros, Álvaro Sobrinho, através da Holdimo, já injectou no Sporting?
É só fazer as contas…

E de onde veio esse dinheiro?

Se os indícios trazidos a público pela comunicação social forem verdadeiros, é muito provável que parte desse dinheiro tenha saído dos bolsos dos accionistas do BES e, nos próximos meses, venha também a sair dos bolsos dos contribuintes portugueses (veremos o que vai acontecer ao 'Novo Banco').

Mas uma coisa é certa. Um clube que tem este tipo de relação com Álvaro Sobrinho é, sem sombra de dúvidas, o clube certo para pugnar pela transparência dos dinheiros no futebol e combater a nefasta influência dos Fundos…

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Podiam ganhar de forma limpa?

«O Moreirense FC concluiu a sua participação na actual edição da Taça de Portugal ao perder, por 4-1, com o Benfica, detentor do troféu, num jogo em que o Moreirense entrou praticamente a perder.
Depois de ter sofrido três golos em pouco mais de 20 minutos, o Moreirense reduziu e poderia ter ido para intervalo com um resultado diferente [3-2] caso o árbitro tivesse assinalado o competente penalty de Enzo sobre João Pedro.

Penalty de Enzo sobre João Pedro


O Benfica chegaria ao 4-1 depois de algumas boas iniciativas de Arsénio e Battaglia, mas mais uma vez uma decisão deficiente do assistente de Jorge Tavares impediu Cardozo [avançado do Moreirense] de bisar.»
(Fonte: www.moreirensefc.pt )


Segundo a comunicação social, o SL Benfica ganhou este jogo com toda a justiça mas, caramba, era mesmo preciso voltar a beneficiar dos favores da arbitragem?


Todos sabemos que o SLB é a mais melhor equipa do Mundo e arredores, joga esplendorosamente, sempre com “nota artística”, mas… quantos jogos ganhou esta época sem mácula de arbitragem, isto é, sem que tenha havido lances polémicos a favor dos encarnados de Lisboa?

domingo, 23 de novembro de 2014

Na frente em todas as Frentes

BASQUETEBOL

O FC Porto (Dragon Force) recebeu o Guifões, no Dragão Caixa, e venceu por 98-39, em jogo referente à 5ª jornada da Proliga, que os dragões lideram após cinco triunfos nos cinco jogos já disputados.

Moncho López fez alinhar os seguintes jogadores: João Ribeiro (6), André Bessa (13), João Grosso, Miguel Queiroz (15), João Gallina (8), Ferrán Ventura (5), Pedro Bastos (14), João Fernandes (11), João Torrie (8), António Monteiro (6), João Neves (6) e Luís Caetano (6).


HÓQUEI EM PATINS


O FC Porto foi a Espanha, ao pavilhão do Vendrell, vencer por 9-7, em encontro da 3ª jornada da Liga Europeia. Com este resultado, os dragões mantêm-se na frente do grupo D, com nove pontos, resultantes de três vitórias em três encontros.

Tó Neves fez alinhar os seguintes jogadores: Nélson Filipe (gr), Pedro Moreira, Caio (2), Ricardo Barreiros, Jorge Silva (5), Rafa (1), Vítor Hugo, Reinaldo Ventura e Hélder Nunes (1).

Nota: No Campeonato Nacional, após sete jornadas, o FC Porto obteve 6 vitórias e um empate e é um dos líderes (juntamente com o SL Benfica).


ANDEBOL


O FC Porto recebeu o Ademar León (quarto classificado da Liga espanhola), no Dragão Caixa, e venceu por 29-24, em partida da primeira mão da 3ª eliminatória da Taça EHF. A eliminatória decide-se no próximo sábado, no Palácio Municipal de Deportes de León.

Ljubomir Obradovic fez alinhar os seguintes jogadores: Hugo Laurentino (g.r.), Gilberto Duarte (10), João Ferraz (1), Daymaro Salina (3), Alexis Hernandez (3), Ricardo Moreira (1), Mick Schubert (7), Alfredo Quintana (g.r.), Nuno Roque, Yoel Cuni Morales (4), Edgar Landim, Wesley Freitas, Nuno Gonçalves e Miguel Martins.

Nota: No Campeonato Nacional, o FC Porto é líder isolado, com 10 vitórias em 10 jogos.


Em resumo, num fim de semana sem futebol, as modalidades de alta competição do FC Porto estiveram em grande e, em todas elas, os dragões continuam na frente em todas as “Frentes de batalha” (competições internas e externas).


Fonte (texto e imagens): www.fcporto.pt

sábado, 22 de novembro de 2014

As “más” decisões de jogadores “irresponsáveis”

O JOGO, 19-11-2014
Há portistas que não gostam do Ricardo Quaresma, entendem que não tem lugar no plantel do FC Porto e, inclusive, contestam a sua utilidade para a equipa (nem que seja como “arma secreta”, nos últimos 20-25 minutos dos jogos) recorrendo, para isso, a todo o tipo de argumentos.

Desde a estafada tese do “mau balneário”, à falta de “critério”, passando pela estatística dos “bons” e “maus” cruzamentos, valeu (vale) quase tudo para denegrirem o que o mustang, com ares de Harry Potter, faz em campo.

Uma das críticas mais frequentes, que esses críticos de Quaresma lhe fazem, é baseada na tese das más decisões.

Cruzou para a cabeça de Ronaldo, mas foi o defesa dinamarquês que fez autogolo e, por isso… blá, blá, blá.

Cruza, perdão, “bombeia” muitas vezes para a área, mas mesmo quando resulta em golo, Quaresma não devia ter cruzado porque, perante a posição dos defesas versus a movimentação dos avançados, conclui-se que… blá, blá, blá.

Rematou, a bola passou por baixo do guarda-redes do Athletic e entrou, mas Quaresma não devia ter rematado, porque o Brahimi fez um movimento interior e… blá, blá, blá.

Ontem, o jornal Record publicou uma extensa entrevista de Vítor Pereira.

Ao ler, nessa entrevista, o que o ex-treinador do FC Porto disse acerca do golo do Kelvin (num célebre FC Porto x SL Benfica), não pude deixar de pensar no “clube de críticos do Quaresma”.

[Vítor Pereira]: Pensava-se que já não ia acontecer nada e aconteceu tudo. E aquele menino, se fosse responsável, tinha cruzado em vez de rematar (risos). Portanto, naquela altura era preciso aquilo: um bocadinho de irresponsabilidade.

Kelvin, FC Porto x SL Benfica (2-1) da época 2012/2013

[Record]: Foi isso que lhe pediu no momento da substituição?

[Vítor Pereira]: Claro que sim. Era o que estava a faltar. Por isso é que eu digo: ser treinador tem muito de racional, mas também de intuitivo. E até de espiritual. (…) o Kelvin, porque é irreverente, capaz de pegar na bola, sair num 1x1 e… dar qualquer coisa. Foi o que aconteceu.

Vítor Pereira e Jorge Jesus, após a "irresponsabilidade" de Kelvin


Irreverência, capaz de pegar na bola, sair num 1x1, um bocadinho de irresponsabilidade são tudo coisas que também poderiam ser ditas em relação a Quaresma.

A mensagem (ensinamento) de Vítor Pereira é que há determinados jogos, ou momentos dos jogos, em que as equipas precisam de outro tipo de soluções, entre as quais, recorrer a jogadores com estas características.

Mas, claro, a competência e currículo de Vítor Pereira, não se compara com a de alguns “especialistas” sem rosto (com “formação na área”…) que, do alto da sua sapiência, usam “blogues laterais” para doutrinar o povo…

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Quem nomeia os Brunos…

Bernardo Ribeiro (Record)

«… quem nomeia Bruno Paixão e Bruno Esteves para os jogos mais importantes da ronda, de facto, ou está a brincar ou procura algo.»


Muito bem. Ao diretor adjunto do Record só faltou dizer/lembrar um "pequeno pormenor": quem exigiu (junto de Fernando Gomes) manter Vítor Pereira como presidente do Conselho de Arbitragem da FPF?

Isto de mandar bocas para o ar, tendo como alvo o nomeador-mor dos árbitros, é fácil. Mas, para um jornalista desportivo e, particularmente, para um diretor adjunto do Record, é preciso coragem para apontar o dedo ao "rosto do atual Sistema" (ou deverei dizer Dono Disto Tudo?) – Luís Filipe Vieira.


10 jogos, 10 vitórias

Sporting x FC Porto (fonte: O JOGO)

Ainda “bem” que a Federação Portuguesa de Andebol se lembrou de, esta época, alterar o modo de disputa do campeonato, introduzindo um Play-off final.

De outro modo, com a superioridade que os hexacampeões nacionais têm demonstrado, o país “corria o risco” dos dragões conquistarem o hepta lá para Fevereiro ou Março e isso seria “muito mau”, não acham?

Classificação do campeonato de Andebol (fonte: O JOGO)

Assim, com um Play-off, é muito mais fácil haver surpresas, até porque, mesmo a melhor equipa de andebol portuguesa, sente dificuldades quando, em vez de sete adversários, tem de jogar contra nove

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O “9 base” de Lopetegui

Ao fim de quatro meses e após 17 jogos oficiais, penso que já se podem tirar algumas conclusões.

Uma delas é que Lopetegui privilegia um sistema em 4-3-3 e já tem (definiu) um “9 base”, composto por:

Guarda-redes: Fabiano
Quarteto defensivo: Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro
Trio do meio-campo: Casemiro, Herrera, (médio ofensivo)
Trio de ataque: Brahimi, Jackson, (extremo/avançado)

Conforme se pode ver no quadro seguinte, os elementos do “9 base” foram titulares em, pelo menos, 13 dos 17 jogos oficiais e têm todos mais de 1000 minutos de tempo de jogo.

Quadro com a utilização dos jogadores do FC Porto na época 2014/2015 (clicar para ampliar)

Nesta altura, salvo lesões ou castigos, os dois lugares em aberto no onze titular, são o de médio ofensivo e o de extremo/avançado do lado direito do ataque.

Apesar de uma lesão (luxação no ombro), que o afastou durante três jogos, o médio ofensivo mais utilizado tem sido Óliver (tem mais tempo de jogo e foi mais vezes titular do que Quintero e Evandro juntos).

Quanto a Rúben Neves, um outro médio muito utilizado no início da época, perdeu claramente espaço na equipa e, desde o dia 26 de Setembro, não voltou a ser titular (nos últimos oito jogos, apenas foi utilizado em 124 minutos).

Relativamente ao trio de ataque, surpreendentemente (pelo menos para mim) Cristian Tello tarda em afirmar-se como titular indiscutível do FC Porto. Sei que teve duas pequenas lesões mas, mesmo assim, estava à espera de bastante mais deste jogador emprestado pelo Barça (a sua exibição em Bilbao foi mesmo decepcionante e destoou da dos seus companheiros de equipa).

A tendência, parece-me, será Óliver e Tello juntarem-se a este “9 base”, fazendo-o evoluir para um “11 base”, mas é provável que jogadores como Quintero e Adrián López (até agora, a grande desilusão desta época) continuem perto da titularidade.

Numa coisa estou certo. Quando este “11 base” estiver a carburar em pleno, não vai ser fácil parar a equipa do FC Porto, nomeadamente no campeonato português.

domingo, 16 de novembro de 2014

A Liga Real e a Liga Mentirosa

Após as primeiras 10 jornadas, a classificação do campeonato nacional, de acordo com Rui Santos (ex-jornalista de A BOLA e actual comentador da SIC, insuspeito de ter qualquer tipo de simpatia pelo FC Porto), deveria ser a seguinte:

Liga Real (fonte: "Tempo Extra", SIC)

Contudo, devido a isto…


… a classificação oficial, a classificação mentirosa é esta…

Campeonato, classificação à 10ª jornada (fonte: Maisfutebol)

Agora fechem os olhos e imaginem que tudo aquilo que se passou nestas 10 jornadas, esta autêntica escandaleira, tinha sido ao contrário, isto é, imaginem que estávamos a assistir a um campeonato em que, simultaneamente, o FC Porto estivesse a ser levado ao colo e o Sport Lisboa e APAF… perdão, o SL Benfica a ser sucessivamente prejudicado.

Conseguem imaginar?
Bem, eu sei que é difícil imaginar um cenário desses mas, seguramente, iríamos assistir a “semanas de luto”, a dezenas de programas sobre a “verdade desportiva”, a ameaças de queixa à UEFA, FIFA e ONU, a pedidos de audiência ao Ministro da tutela e o nível de cacofonia seria insuportável.

Contudo, como o prejudicado é o “clube lá do Norte” e quem tem sido levado ao colo é o clube do regime (o clube de todos os regimes!), não há qualquer problema. É futebol…



sábado, 15 de novembro de 2014

A “arma secreta”

Dinamarca x Portugal, resultado em 0-0.
Quaresma entrou em campo aos 84 minutos e, 8 minutos depois, fez um centro perfeito para a cabeça de Cristiano Ronaldo: Golo!

FC Porto x Athletic, resultado em 1-1.
Quaresma entrou em campo aos 70 minutos e, 5 minutos depois, rematou e a bola só parou no fundo da baliza: Golo!

Portugal x Arménia, resultado em 0-0.
Quaresma entrou em campo aos 70 minutos e, 2 minutos depois, conduziu uma jogada pelo lado direito, a bola ainda passou por Nani e Cristiano Ronaldo empurrou-a para lá da linha de baliza: Golo!

Quaresma, A Figura do Portugal x Arménia (fonte: O JOGO, 15-11-2014)

3 jogos complicados.
3 jogos que estavam empatados.
3 jogos com Quaresma a entrar nos últimos minutos.
3 jogos em que as acções de Quaresma foram determinantes para a sua equipa marcar e ganhar.

Ele diz que não é uma “arma secreta” e eu estou de acordo, porque isto já são coincidências a mais para ser um segredo.

Aos 31 anos, mais maduro e menos explosivo, saltar do banco para abrir a frente de ataque, enfrentando, em duelos de 1x1, defesas já desgastados é, na minha opinião, o modelo em que Ricardo Quaresma, nesta fase da sua carreira, poderá ser mais útil, quer no FC Porto, quer na Seleção.

Desde que, claro, Quaresma não desanime por ser o “novo Juary” do FC Porto.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Na Amoreira, a história repetiu-se

Ganhámos onde um dos rivais [FC Porto] empatou
Jorge Jesus, em 06-10-2013, no final do Estoril x SL Benfica da época 2012/2013


E esta época a história repetiu-se.
De facto, nas deslocações que fizeram ao Estádio António Coimbra da Mota, FC Porto e SL Benfica repetiram os mesmos resultados da época passada.

Tal como em 2013/2014, o SL Benfica voltou a ganhar pela diferença mínima (2-1 e 3-2), enquanto que o FC Porto repetiu exactamente o mesmo resultado (2-2).

Mas não foram só os resultados que se repetiram.
Os designados “erros normais” de arbitragem, nestes quatro jogos disputados na Amoreira, também se repetiram e sempre com a mesma “tendência de erro”, isto é, duas vezes em prejuízo do FC Porto e duas vezes em beneficio do SL Benfica.

Coincidência? Pois… há quem finja acreditar nisso.


Época 2013/2014

No Estoril x FC Porto, Otamendi, Mangala, Alex Sandro e Fernando (todos jogadores com missões defensivas) foram “cirurgicamente” amarelados, alguns em lances que nem sequer eram falta, ficando condicionados para o resto do desafio;
No Estoril x SL Benfica, a partir dos 55 minutos, os encarnados passaram a jogar contra uma equipa reduzida a 10 elementos, devido à expulsão de um jogador canarinho.

A ganhar por 1-0, o FC Porto sofreu o golo do empate através de um dos penaltis mais escandalosos dos últimos anos (não havia um único jogador azul-e-branco dentro da área!);

Estoril x FC Porto, penalty contra o FCP por mão de Otamendi

A ganhar por 1-0, o SL Benfica beneficiou de um penalty mentiroso para poder fazer o 2-0, mas Lima foi incompetente e falhou.

E, cereja em cima do bolo, a ganhar por 2-1, o FC Porto viu o Estoril empatar perto do final do desafio, com um golo marcado por um jogador em posição de fora-de-jogo.

Tribunal de O JOGO do Estoril x FC Porto (época 2013/2014)


Época 2014/2015

Em vez de ser eu a dissertar sobre os erros de arbitragem desta época, convido-vos a analisar as situações de jogo que, de acordo com o Tribunal de O JOGO (por unanimidade ou maioria dos seus membros), foram mal ajuizadas pelos árbitros do Estoril x SL Benfica e do Estoril x FC Porto.

Tribunal de O JOGO do Estoril x SL Benfica (época 2014/2015)

Tribunal de O JOGO do Estoril x FC Porto (época 2014/2015)

“Relvado inclinado”?
Pois claro, num dos jogos em beneficio dos encarnados e noutro em prejuízo dos dragões. Assim, o Estoril não tem razões para se queixar…
E quem o diz não são fanáticos adeptos portistas. São os ex-árbitros que constituem o Tribunal de O JOGO.

É, também, com a ajuda desta “tendência de erros” (o já famoso “colinho”), que se tem escrito a história dos últimos campeonatos.


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os condicionalismos de Óliver e Quintero…

Capa de O JOGO de 11-11-2014
«O espanhol [Óliver] até foi um dos dois que saíram da equipa por comparação com a vitória na Champions três dias antes.
Lopetegui explicou que Quintero não jogou por culpa de uma gastroenterite, mas Óliver também estava com problemas, mas no tornozelo esquerdo. O emprestado pelo Atlético de Madrid levou uma pancada no jogo europeu e teve queixas nos dias que antecederam o jogo. Estava em condições de alinhar, mas com dor e as limitações inerentes a isso.»
André Morais, André Viana, O JOGO de 11-11-2014


Afinal, Quintero e Óliver estavam, ou não, em condições de jogar na Amoreira?

Se estavam com problemas e não estavam em condições de jogar, então não deviam, sequer, ter ido para o banco de suplentes e deveria(m) ter sido chamado(s) outro(s) jogador(es), até porque, esta época, o plantel à disposição de Lopetegui tem muitos médios de qualidade (e não só).

Contudo, os problemas não deviam ser graves porque, durante a 2ª parte do Estoril x FC Porto, ambos (primeiro Quintero e depois Óliver) foram chamados a dar o seu contributo à equipa.

E mais. Ontem, O JOGO escreveu o seguinte:

«Uma pancada sobre Brahimi lançou o pânico no banco do FC Porto logo ao segundo minuto de jogo. O argelino ficou muito tempo a queixar-se e Óliver saltou imediatamente para o aquecimento

Ou seja, com dores ou sem dores, não sei se Óliver estava em condições de jogar de início mas, pelos vistos, estava em condições de jogar a partir do 2º minuto…


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Eusébio e Tozé, descubra as diferenças

«Tozé, médio cedido pelo FC Porto ao Estoril [o empréstimo é válido por duas temporadas e o Estoril garantiu 35% do passe do jogador], esteve em destaque neste domingo. O jovem internacional português foi titular frente aos dragões, sofreu uma grande penalidade na reta final do encontro e converteu-a com eficácia. A equipa de Julen Lopetegui perdeu dois pontos na Amoreira (2-2).
O jogador não festejou o golo e pediu desculpa aos adeptos do FC Porto, clube que representa desde 2005
in Maisfutebol, 10-11-2014


O Porto é o clube do meu coração e foi difícil para mim, mas tentei ser profissional e ajudar o Estoril
Tozé, no final do Estoril x FC Porto, em declarações à SportTv


O jogador [Tozé] estava sereno, embora toda a situação tenha mexido com ele, pela história que tem com o FC Porto e que possivelmente ainda não acabou. Se o FC Porto o quiser de volta vai contar com um profissional de alto gabarito.
Ele é profissional e demonstrou isso, acima das paixões clubísticas ou do histórico da formação.”
Tiago Ribeiro, presidente do Estoril, em declarações ao Maisfutebol



«Eterno adepto do Benfica, o “Pantera Negra” revelou, numa entrevista a ser transmitida esta quarta-feira pela RTP, que na sua carreira chegou a fazer “birra” para não marcar um golo contra o clube do coração.
Eusébio interrompeu um período de 14 anos de ligação ao Benfica, dois meses depois da “Revolução dos Cravos”, para passagens curtas pelos Estados Unidos da América, México e Canadá. Um ano depois de ter abandonado Lisboa, Eusébio regressou a Portugal, em 1976, para jogar no Beira-Mar. Mas avisou o seu treinador que jamais marcaria um golo ao Benfica.
Não me peçam para marcar um penálti, nem um livre. Se for para marcar um penálti eu mando um pontapé para fora”, revelou o ex-futebolista, que acabou por não ter feito um único remate quando defrontou o Benfica, que viria a sagrar-se campeão na mesma temporada.
Eusébio contou ainda que, a 15 minutos do início da partida, foi ao balneário do Benfica “tranquilizar” os ex-companheiros. “Malta, eu vou jogar mas estejam tranquilos porque não vai haver golos”, disse o então avançado do Beira-Mar.»


Que história exemplar!

É caso para dizer, principalmente aos benfiquistas, descubra as diferenças entre estes dois casos…

Mais. Enquanto o Tozé está emprestado, tem contrato com o FC Porto e a maior parte do seu passe pertence à SAD portista, no caso do Eusébio, quando, em 5 de Janeiro de 1977, defrontou o “seu clube do coração” ao serviço do Beira Mar, já há mais de dois anos que não tinha qualquer tipo de vínculo ao SL Benfica.

Mas o pior de tudo é saber que a generalidade dos benfiquistas – adeptos, comentadores, jornalistas, ex-jogadores, etc. – em vez de vergonha, têm orgulho nesta história.
Isto é que é (foi) amor ao “glorioso”, dizem eles.

SIC volta a “derrotar” o FC Porto

O desejo deles é tão grande que, tal como já tinha acontecido no jogo com o Shakhtar Donetsk…



… ontem à noite a SIC voltou a “derrotar” o FC Porto… por antecipação.



Só vos digo uma coisa: não fossem as invenções de Lopetegui e o facto de, semana após semana, o SLB estar a ser levado ao colo por arbitragens escandalosas e a comunicação social lisboeta ia ter muito para “chorar” ao longo desta época.

domingo, 9 de novembro de 2014

Lopetegui voltou a inventar

Onze inicial do FC Porto em San Mamés

Na passada quarta-feira, o FC Porto foi a Bilbao disputar um importante jogo da Liga dos Campeões e apresentou-se no habitual 4-3-3, com o seguinte onze:
Fabiano
Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro
Casemiro, Herrera, Óliver
Brahimi, Jackson, Tello

Ou seja, em San Mamés, Lopetegui optou pelo habitual modelo de jogo, com um onze inicial constituído pelos jogadores que mais vezes foram chamados a interpretar este modelo.

A muito boa exibição do FC Porto em Bilbao (uma das melhores, senão a melhor exibição da época) foi alicerçada em vários aspectos mas, indiscutivelmente, um dos pontos mais fortes esteve no trio do meio-campo, constituído por Casemiro (na posição 6), Herrera (como médio de transição) e Óliver (como médio mais ofensivo, a jogar entre linhas).
Este trio, para além de três boas exibições individuais, jogou muitíssimo bem em conjunto, ao ponto do Athletic ter parecido uma equipa menor (nota: hoje, o "fraquinho" Athletic Bilbao foi ao Mestalla impor um empate a zero ao Valência).

Ora, depois do jogo da passada quarta-feira, quando se pensava que, finalmente, mais até do que estabilizar um onze, havia um modelo de jogo consolidado, Lopetegui decidiu voltar a inventar.

De facto, com a excepção do Tello (que foi o pior jogador do FC Porto contra o Athletic e, além disso, devido a problemas físicos, ficou fora dos 18 convocados), contra o Estoril, Lopetegui poderia ter repetido o onze de Bilbao (eventualmente com Quaresma em vez de Tello).

Mas não, Lopetegui decidiu mudar o que estava bem e apostar num meio-campo com apenas dois jogadores - Casemiro e Herrera - pedindo ao médio mexicano para fazer parte do papel que foi de Óliver em Bilbao.

Obviamente, não sei o que pensou a generalidade dos adeptos portistas, mas eu, quando olhei para o onze inicial que o FC Porto apresentou na Amoreira (com apenas dois médios), fiquei perplexo ao ver três médios ofensivos - Óliver, Quintero e Evandro - como suplentes (e já nem falo no Rúben Neves, um 4º médio que também foi suplente).

Por que razão Óliver (que fez um enorme jogo em Bilbao) não repetiu hoje a presença no onze inicial?
Estava em condições para estar no banco de suplentes, mas não para jogar de início?

E Quintero, também não estava em condições de jogar mais de 30 minutos contra o Estoril?

Na eventualidade de quer Óliver, quer Quintero não estarem em condições de jogar de início, poderia, perfeitamente, ter jogado Evandro (no lugar que foi de Óliver em Bilbao), mantendo-se um meio-campo a três, com Casemiro e Herrera nas suas posições habituais, mantendo-se as rotinas (dentro do possível) e mantendo-se o modelo de jogo habitual (que já deu provas).

Ao colocar Adrian Lopez de início e ao alterar o habitual modelo de jogo, Lopetegui deu um enorme tiro (de canhão!) nos pés porque, para além de ter mexido no modelo e rotinas da equipa, voltou a apostar num jogador - Adrian Lopez - que está numa forma péssima e, nos looooooongos minutos que esteve em campo (pareceram-me uma eternidade), foi uma absoluta nulidade.

Lopetegui no Estoril x FC Porto
Mais. Se as coisas não estavam a correr bem (e não estavam), por que razão Lopetegui não aproveitou o intervalo para substituir Adrian Lopez por Quintero ou Óliver, pondo, na 2ª parte, a equipa a jogar no modelo habitual?

Contudo, Lopetegui deve ter gostado do que viu na 1ª parte (devemos ter visto um jogo diferente...) e apenas mexeu aos 60 minutos, não para reconstruir o modelo habitual, mas para inventar ainda mais, passando o meio-campo a ser constituído por Herrera e... Quintero!
O coitado do Herrera passou a ter de correr por três e, ainda por cima, sem poder fazer faltas, porque já tinha um cartão amarelo.

Como seria de esperar, a "equipa" azul-e-branca ficou completamente partida e, por exemplo, Jackson passou a jogar não sei muito bem aonde (cheguei a vê-lo junto à linha... lateral).
Aliás, mais do que uma EQUIPA, o FC Porto transformou-se numa anarquia colectiva e, tendo o Estoril vários jogadores rápidos, correu o enorme risco de ser derrotado, algo que esteve quase para acontecer, não fosse um golo marcado por um dos jogadores (Óliver) que "não estavam em condições" de jogar de início...

As invenções de Lopetegui custaram ao FC Porto mais dois pontos e eu estou farto.
Farto das invenções de Lopetegui.
Farto de um treinador que parece ser incapaz de apreender com os erros.
Farto de um treinador que, depois de fazer o mais difícil (ver jogo de Bilbao), consegue estragar tudo no jogo seguinte.
Farto de perder pontos de forma estúpida.


P.S. Sobre a arbitragem de Artur Soares Dias, direi o que penso noutro artigo.