domingo, 31 de maio de 2015

Carlos Pisca


A propósito deste piscar de olho de Carlos Xistra a Maxi Pereira (após o árbitro de Castelo Branco ter mostrado um cartão amarelo ao jogador do SL Andor), a newsletter mais famosa do país reagiu (e bem!) nestes termos:

«O Dragões Diário não viu a final da Taça da Liga, porque poucos jogos podem ser mais desinteressantes do que um jogado entre Benfica e Marítimo, seja um jogo treino no Seixal, ou um jogo a sério em qualquer lado. O certo é que fomos avisados sobre este curto mas esclarecedor vídeo, com esta grande performance do árbitro Carlos Pisca. A Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem e responsável por mais esta nomeação perfeita, deixamos a pergunta: isto será colinho ou manto protector? A nós parece que ambas as respostas estão correctas…
Dragões Diário, 30-05-2015


Leitor atento da Dragões Diário, João Gabriel, diretor de comunicação do SLB, foi ao arquivo e não demorou a reagir no Twitter, colocando duas fotografias que mostram cumprimentos entre Pedro Proença e dois jogadores do FC Porto (Lucho e Hulk), no último jogo da Liga 2011/2012.

Há falta de melhor, comparar os habituais cumprimentos que Pedro Proença trocava com jogadores de diversos clubes (no final dos jogos!), com um piscar de olho cúmplice, estilo, “eu mostro-te este cartão amarelo, mas podes estar descansado que não te expulso”, é ilustrativo do incómodo crescente que a denúncia destas situações provoca no universo benfiquista.

Meus caros, eu sei que dava jeito abafar estes episódios, mas é melhor habituarem-se porque, pelo menos nós, adeptos portistas, não nos vamos calar.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

15 milhões? Não, obrigado!

Hoje o jornal As informa nas suas páginas interiores que o Real Madrid vai responder ao FC Porto - que anunciou há dias a intenção de fazer efectiva a opção de compra sobre o Casemiro - com um "ok, levem-no lá, nós não o vamos recuperar"! Dito de outro modo, Casemiro será jogador do FC Porto nos próximos quatro anos por um valor de 15 milhões de euros. Sim, de 15 milhões de euros.

O Real Madrid é um clube que aprecia menos o valor de um bom jogador e mais o valor de mercado que possa gerar. Por isso estão a pensar para a posição que ocupa Casemiro em dois jovens de classe mundial, Verrati do PSG e Pogba da Juventus. Jogadores superiores ao brasileiro mas, sobretudo, mais mediáticos. Rafa Benitez também quer trazer um médio defensivo do seu perfil e isso vai fechar as portas ao até agora Dragão. E aí entramos nós na equação.

Tal como sucede com Tello, o FC Porto detinha na altura da contratualização do empréstimo, uma opção de compra. Muitos especularam sobre o valor que nunca foi oficial. Falava-se entre 8 a 10 milhões de euros. Durante grande parte da temporada - até Março, sensivelmente - muito poucos (para não dizer nenhum) adepto do FCP estaria disposto a pagar isso por Casemiro. Mas o seu final de época foi, realmente, de encher o olho e notou-se muito o seu crescimento. Mérito indiscutivel de Julen Lopetegui (o mesmo passou, com um mês de antecedência, com Tello mas a lesão sofrida retirou-lhe protagonismo no final da época) que sempre manifestou internamente querer contar com o jogador. Afinal, nem havia no plantel alternativas (Campaña foi um erro de casting de ultima hora depois da teimosia de Lopetegui em insistir em jogadores inviáveis como eram Darder e Camacho e Ruben foi crescendo progressivamente mas ainda está verde) nem há, dentro da faixa etária de Casemiro, jogadores com a sua margem de progressão. Quem o segue, como eu, desde os dias do São Paulo, sabe-o.

Casemiro é um bom jogador que se tornou, durante o ano, num jogador muito útil e um dos pontos fortes da temporada. Ninguém o vai negar. Mas Casemiro não vale 15 milhões de euros. E, mesmo que os valesse, que é discutivel, o FC Porto não pode meter-se em negócios assim.

Tenho dito e repetido várias vezes.
A SAD vende internacionalmente uma mensagem que dista da realidade. O modelo de negócio que começou há 15 anos já não existe. O clube já não contrata por tostões e vende por milhões. Contrata por milhões - e cada vez mais muitos milhões - e vende por ainda mais milhões mas com uma margem de lucro progressivamente menor. E claro, com maior risco. 
Até este ano ninguém imaginava o Danilo a sair pelo valor que vai sair e com o Real Madrid como destino. Durante três anos duvidou-se muito do investimento feito. E com razão. O negócio saiu bem mas vai ser preciso sair um negócio muito mal para alguém acordar?
Pode o FC Porto arriscar todos os anos pagar muito dinheiro para um jogador quando temos empréstimos obrigacionistas que pagar, juros que abater, um passivo que urge reduzir de forma progressiva (progressiva, não abate-lo, cuidado) e, a nivel desportivo, posições onde estamos mais descalços e sem alternativas? 
A minha resposta é, claro que não!



O FC Porto tem de, ano após ano, pagar o preço de uma má gestão e isso significa aproveitar os ingressos das vendas para abater o que deve. Com o que sobra, manter a equipa competitiva. Isso significa negócios de baixo risco e negócios certeiros. Negócios a custo zero - os antecessores de Casemiro, desde Costinha, chegaram praticamente assim - ou de um valor de mercado reduzido. E se há que apostar forte num ou outro negócio, de tempos a tempos, que seja em posições onde o talento individual faz realmente a diferença. Num avançado como Jackson, num extremo como Hulk, num playmaker como James. Futebolistas que decidem temporadas e que têm sempre um cartel elevado. Nesses perfis o risco é sempre menor. Num médio defensivo (ou num lateral, ou num guarda-redes) o risco aumenta. O Casemiro vai á Copa America e fez um bom fim de ano. Mas e se sai da selecção, se baixa o nivel na próxima época ou se um futuro treinador não sacar dele tudo o que tem, pode o clube permitir-se ficar a arder com 15 milhões de euros na situação actual?

Desportivamente ficar com Casemiro era uma óptima noticia. Mas só se fossemos o Barcelona, com dinheiro para gastar no substituto do Jackson, no substituto do Oliver e no substituto do Danilo sem ter de fazer contas a dividas e mais dividas. Eu já sei que há muito medo entre os adeptos de que comprar barato, a custo zero ou nomes pouco sonantes pareça um risco. A esses peço-lhes que me digam quanto se gastou em 2003 ou em 2011 para que entendam que o dinheiro, por si só, não compra talento e competitividade. Também sei que quem dirige a SAD está-se a lixar para o futuro financeiro do clube porque quando a bolha rebentar já não vão estar aqui para prestar contas. Mas o clube, que é nosso, é-o hoje e será daqui a 20 anos. Com compras deste estilo, pode ser que o FC Porto 2018/19 seja muito pior do que imaginamos. E eu conta ser portista a vida toda e viver muitos Portos. Para os que pensam só no Porto do próximo ano, os Casemiro, Tellos (outro sobre quem se efectuará opção de compra), são bons negócios. A sua preocupação com a viabilidade financeira do clube não está claramente na lista de prioridades. Eu acho que começa a chegar a altura de entender que há momentos para por um ponto final ás loucuras efectuadas na última década. Esta operação - prestes a ser anunciada - só nos diz que a loucura não tem fim. 

Um médio de top internacional

Tal como já tinha acontecido aquando da saída de Paulo Assunção, há cerca de um ano atrás repetiu-se o mesmo “drama”, devido à inevitável saída do Fernando (foi para o Manchester City ganhar 5x mais do que aquilo que ganhava no FC Porto). De facto, o “polvo” era um jogador muito importante nas tarefas defensivas (na transição defensiva, como agora se diz) e a sua saída foi uma baixa importante, aparentemente difícil de colmatar.

Em meados de Julho de 2014 chegou Casemiro e, entre os adeptos portistas, não faltou quem torcesse o nariz.
Porque vinha emprestado pelo Real Madrid (clube onde jogava pouco).
Porque o Casemiro era um Nº 8 e não tinha rotinas de jogar a Nº 6.
Porque era um jogador que não tinha timing de entrada à bola e, por isso, fazia demasiadas faltas.
Porque quem devia ser titular era o Rúben Neves.
Etc.

Contudo, Casemiro cresceu muito com Lopetegui (tal como outros jogadores), ao longo da época foi-se adaptando à nova posição e atualmente já (quase) ninguém “chora” por Fernando.

Casemiro, a Figura do FC Porto x Basel (O JOGO, 11-03-2015)

Casemiro, a Figura do SLB x FC Porto (O JOGO, 27-04-2015)

De facto, Casemiro é um médio mais completo que o Fernando porque, para além das missões defensivas (marcar, dobrar os laterais, “limpeza” à frente da área, etc.), aspectos em que melhorou muito, mas ainda sem ser tão bom como era o Fernando, tem outras qualidades onde é muito superior ao anterior médio-defensivo do FC Porto.
Quais?
A colocar a bola à distância.
A rematar à baliza de fora da área.
Na marcação de livres a 20-25 metros da baliza.
A surgir na área a finalizar, na sequência de cantos ou livres laterais ofensivos.
(em apenas uma época, Casemiro marcou mais golos neste tipo de lances de bola parada, do que o Fernando nos anos todos em que esteve no Porto)

No final da época, Casemiro já era visto como um dos jogadores fundamentais no onze portista e, não por acaso, está entre os 23 eleitos de Dunga para a Copa América (onde também há um jogador do Manchester City, mas não é o Fernando, é o Fernandinho…).

Opção de compra exercida (O JOGO, 29-05-2015)

Esta época de empréstimo ao FC Porto foi, sob todos os aspectos, a melhor coisa que aconteceu ao Casemiro desde que saiu do Brasil para vir jogar na Europa. Falta saber se, para o ano, vai continuar no Porto. Eu espero bem que sim.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Eu vi, sofri, gritei e chorei… de alegria

O Futebol Clube do Porto é uma das paixões da minha vida e, naturalmente, interesso-me por factos, atletas, treinadores, dirigentes, modalidades, instalações, eventos, etc., etc., da sua história já bi-centenária.

De ler, ouvir e pesquisar, conheço factos que ocorreram aquando da fundação, em 1893, sei que o FC Porto foi o 1º campeão nacional (em 1921/22) e o 1º vencedor do campeonato da I Liga (em 1934/35), ouvi o meu pai contar-me estórias do “homão” (Yustrich), do Jaburú e do Hernâni, da “invasão” (pacífica) a Lisboa, por terra, mar e ar, feita por milhares de adeptos portistas, da marcha do FC Porto (“Porto, Porto, Porto, és a nossa glória,…”), que o meu pai punha a tocar antes de ir para os jogos no Estádio das Antas, mas tudo isto faz parte de um passado glorioso que eu não vivi, porque nem sequer era nascido.

Mas, há 28 anos atrás, a 27 de Maio de 1987, já era nascido e, sensivelmente a esta hora, estava em frente a uma televisão, a sonhar acordado, para ver, a cores e em directo, a equipa azul-e-branca, a equipa do meu querido FC Porto, no estádio do Prater, em Viena, na final da Taça dos Campeões Europeus 1986/87.

E, durante aqueles 90 minutos, sofri, gritei, sofri, disse palavrões, sofri, saltei e, quando o belga Alexis Ponnet deu o jogo por terminado, explodi num misto de emoções e chorei, chorei de alegria.

Estádio do Prater, 27 de Maio de 1987 (clicar na imagem para ampliar)

Naquele dia, de imensa felicidade para todos os portistas, lembrei-me de Pedroto (o “pai” do FC Porto europeu, que três anos antes tinha saído injustamente derrotado de Basileia) e pensei em todos aqueles que não tiveram a mesma sorte, a sorte de terem vivido aqueles 90 minutos e de verem o seu clube “voar nos céus de Viena” e consagrar-se como a melhor equipa da Europa.

P.S. Há adeptos de outras cores, cuja bazófia não tem limites, mas que nunca viram e provavelmente nunca irão ver, os seus clubes no topo da Europa e do Mundo (parafraseando o, agora, “simpático” Octávio Machado, vocês sabem de quem eu estou a falar...)

Um “passeio competitivo” na Proliga

Há pouco mais de um ano atrás, no dia 9 de Maio de 2014, o FC Porto venceu o Illiabum no 3º jogo da final do play-off 2013/2014 e sagrou-se campeão da Proliga.

Campeões da Proliga 2013/2014 (clicar na imagem para ampliar)

Mas, para além de comemorar um campeonato da II Liga, o que mais entusiasmou os adeptos portistas (os que gostam das modalidades e, particularmente, do basket), era o regresso do FC Porto (através da Dragon Force) ao escalão máximo do basquetebol português.

Contudo, alguns dias depois, veio o balde de água fria. Apesar de ser campeão da Proliga, o FC Porto declinou a subida à LPB em 2014/2015. E pior, de acordo com os regulamentos, corria mesmo o risco de ser despromovido ao Campeonato Nacional (a 3ª divisão do basquetebol português).

Numa Assembleia Geral do Futebol Clube do Porto, em que estive presente, questionei a Direção do clube acerca desta decisão. As explicações foram dadas pelo Presidente Pinto da Costa, mas não me convenceram.

FC Porto permanece na Proliga (fonte: JOGO, 10-07-2014)

O FC Porto acabou por ficar na Proliga e, tal como se previa, a época 2014/2015 foi uma espécie de “passeio competitivo”.

Nos 31 jogos oficiais, que disputou contra equipas da II Liga – 4 jogos para o Torneio António Pratas (II Liga) e 27 jogos para a Proliga – o FC Porto obteve 31 vitórias!

E, apesar de Moncho Lopez promover uma elevada rotatividade, dando bastantes minutos aos jogadores mais novos e/ou menos fortes, as 31 vitórias foram por uma diferença média de 33,45 pontos!

Jogos e resultados do FC Porto contra equipas da II Liga na época 2014/2015

Longe de mim desvalorizar a qualidade e o esforço dos treinadores e jogadores do FC Porto (Dragon Force).
Pelo contrário, estão de PARABÉNS!
Foram bicampeões da Proliga com todo o mérito e de uma forma absolutamente indiscutível.

Mas o que é (teria sido) melhor?
a) Ser campeão (pré-anunciado) e terminar a Proliga invicto, “esmagando” vários adversários pelo caminho;
b) Com o mesmo plantel, disputar a LPB (I Liga), defrontar as melhores equipas portuguesas, obrigando a equipa do FC Porto (Dragon Force) a subir o nível do seu basket para patamares mais elevados e, consequentemente, acelerar a evolução de todos estes jovens jogadores.

Ou, dito de outra forma, o que é que o FC Porto ganhou em ter ficado mais um ano no 2º escalão do basquetebol português?

Na minha opinião perdeu-se um ano.

Nota: Acerca da renovação com Moncho Lopez até 2020 e sobre o futuro do basquetebol portista, falarei noutro artigo, a publicar brevemente.

terça-feira, 26 de maio de 2015

A mentalidade benfiquista-salazarenta

António Simões

Este senhor [árbitro auxiliar do SLB x Marítimo] tem de ser responsabilizado por uma coisa destas [golo anulado ao SLB por fora-de-jogo erradamente assinalado a Jonas]. Todos erram, mas uns erram menos que outros. Temos de premiar quem é mais competente e punir quem não é.
Não estou a questionar o mérito do jogador do FC Porto [Jackson Martínez]. Mas imagine que havia um prémio chorudo por ser o melhor marcador, que existe e está contemplado em contratos, e que este senhor, de bandeirinha na mão, tirou este dinheirinho ao Jonas. Mas isto faz-se?
António Simões , ex-jogador do SLB (entre 1959 e 1975), em declarações feitas ontem à Antena 1


Mas os benfiquistas não têm vergonha na cara?

Num campeonato que ficou manchado por inúmeros erros dos Auxiliares do Andor encarnado, muitos dos quais com influência decisiva nos resultados de jogos e que se traduziram em 8 pontos a mais para o SLB;


Como é que esta gente tem a lata, a enorme lata, de vir a público queixar-se de um fora-de-jogo mal assinalado?

Isto só tem uma explicação: a velha mentalidade benfiquista-salazarenta está de volta e em força.

A velha mentalidade do "quem não é do Benfica, não é bom chefe de família" e que, aplicada aos árbitros, pode ser adaptada da seguinte forma: árbitro que erra a favor do SLB é bom rapaz e pode ser promovido, mas se erra contra o clube do regime, além de incompetente, é má rês e tem de ser responsabilizado.

Errar contra o Benfica? Mas isso faz-se?…

segunda-feira, 25 de maio de 2015

(nem) Sempre Presentes

O Ballspiel-Verein Borussia 1909 e.V. Dortmund, mais conhecido por Borussia Dortmund, ou pelo acrónimo BVB, foi fundado em 1909 e é um dos grandes clubes da Alemanha.

Juntamente com o Bayern Munique, o Borussia Dortmund é o único clube alemão que já conquistou a UEFA Champions League (em 1996/97), tendo também sido finalista desta mesma competição em 2012/2013. E, para além da presença em várias finais de provas internacionais, o BVB conta ainda com uma Taça das Taças (em 1965/66) e uma Taça Intercontinental (em 1996/97).

A nível interno, o Borussia Dortmund tem no seu palmarés 8 campeonatos, 3 taças da Alemanha e 5 supertaças.

Sendo certo que, em termos financeiros, o Borussia Dortmund não está ao nível do colosso da Baviera (quantos clubes europeus estão ao nível do Bayern Munique?), também não se pode dizer que seja um clube remediado, bem pelo contrário.
Ocupa a 11ª posição da última edição da Deloitte Football Money League, correspondente à época 2013/2014, época em que o Borussia Dortmund teve receitas (sem contar com transferências) de 261,5 milhões de euros! (é o 2º clube alemão com mais receitas, a seguir ao Bayern)

Nas últimas quatro épocas, o BVB foi duas vezes campeão da Alemanha (2010/2011 e 2011/2012) e duas vezes vice-campeão (2012/2013 e 2013/2014), mas esta época foi uma quase calamidade. Depois de andar várias jornadas pelos últimos lugares do campeonato alemão, o Borussia ganhou o derradeiro jogo em casa e terminou a Bundesliga no… 7º lugar!!
Em consequência das 13 vitórias, 7 empates e 14 derrotas (!!!), o Borussia Dortmund ficou a 33 pontos do Bayern (e que facilmente teriam sido mais de 40, se a equipa de Munique não tivesse entrado em modo férias, após se ter sagrado campeã a cinco jornadas do fim).

E na Liga dos Campeões a coisa também não foi brilhante. Nos Oitavos-de-final, o Borussia foi a Turim perder por 1-2 e, na 2ª mão, quando lhe bastava ganhar por 1-0 para seguir em frente, foi goleado em casa pela Juventus por 0-3. Duas derrotas e 1-5 em golos!

Pois bem, apesar da época ter sido muito má, os adeptos nunca abandonaram a equipa e, nos jogos em casa, nunca deixaram as bancadas do imponente Westfalenstadion (mais de 80 mil lugares) vazias ou semi-vazias, bem pelo contrário.

No último jogo, foi assim que os ADEPTOS do Borussia Dortmund se despediram dos jogadores e, particularmente, se despediram do treinador Jürgen Klopp.

Adeptos do Borussia Dortmund no último jogo da Bundesliga 2014/2015

E foi assim (ver vídeo), que os ADEPTOS do emblemático “muro amarelo” do Westfalenstadion resolveram homenagear o treinador Jürgen Klopp, antes do início do encontro com o Werder Bremen.

Em contraponto, na última jornada do campeonato português, ao intervalo do FC Porto x Penafiel, foi anunciado que estavam 16009 espectadores no Estádio do Dragão. Uma assistência digna de um jogo da… Taça da Liga!

E, protestos à parte dos adeptos durante o jogo, cuja legitimidade eu não contesto (embora não concorde com o tom e conteúdo de algumas das mensagens), foram muito poucos aqueles que fizeram questão de ficar até ao final do derradeiro jogo em casa dos dragões para, pelo menos, se despedirem de jogadores como Danilo e (provavelmente) Jackson.

Despedida triste de Danilo e, provavelmente, também de Jackson

São dois jogadores de top internacional, dois campeões, dois atletas que honraram a camisola do FC Porto e, penso, mereciam uma despedida diferente por parte dos adeptos portistas, que não terão outra oportunidade para se despedirem deles.

É, também, nestes momentos e nestes “pormenores”, que se vê a grandeza de um clube e a força dos seus adeptos.

domingo, 24 de maio de 2015

TRI Jackson

TRI de Jackson

Jackson Martínez não foi feliz nos últimos 91 minutos deste campeonato. No último minuto do jogo do Restelo falhou um golo (aparentemente) fácil, que teria dado a vitória (por 2-1) ao FC Porto em casa do 6º classificado, e nos 90 minutos do derradeiro encontro desperdiçou 4 oportunidades de golo (três delas flagrantes) que, a serem concretizadas (bastava uma ou duas), teriam dado outro "colorido" ao resultado do FC Porto x Penafiel.

Mesmo assim, terminou o campeonato como melhor marcador, completando um TRI nas três épocas que passou em Portugal.

Eu fui um dos (poucos) milhares de portistas, que ficaram no Estádio do Dragão até ao apito final do FC Porto x Penafiel, porque não quis sair sem prestar o meu tributo a alguns jogadores.

Jackson Martínez foi um deles.

A sair do Porto, como tudo indica, Cha Cha Cha vai deixar saudades.

sábado, 23 de maio de 2015

HEP7A

Dragão Caixa, 23 de Maio de 2015, 5º jogo da final do play-off...

Final do tempo regulamentar: 25-25
Final do primeiro prolongamento: 30-30
Final do segundo prolongamento: 34-32

... e, finalmente, pela primeira na história do andebol português, há um heptacampeão nacional!

A festa dos heptacampeões de Andebol

Ljubomir Obradovic ganhou o sexto campeonato seguido, como treinador do FC Porto.

E há três jogadores que são HEP7A campeões: o capitão Ricardo Moreira (marcou 10 golos neste 5º jogo da final do play-off), o guarda-redes Hugo Laurentino (de fora do jogo decisivo devido a lesão) e Gilberto Duarte (o MVP do campeonato português).

A falta de respeito do FC Porto pelos adeptos da Diáspora

Acordei ontem de manhã com a bela notícia de que o Porto decidiu retirar-se do maior e mais prestigioso Torneio de Verão neste defeso de 2015. Num ano sem Campeonato do Mundo ou Campeonato da Europa, de certeza que as atenções dos adeptos Portistas sedentos por bom futebol de Verão seriam saciados com a participação do nosso clube neste torneio.

Mas não, aparentemente o clube achou que uma deslocação à Cidade do México iria interromper o plano para a época. (Quem vai a Toronto e o Nordeste dos EUA sinceramente pode muito bem ir ao México). Não percebo esta decisão, de forma alguma. De certeza que muitos dos meus colegas neste blog, principalmente os mais prolíferos, irão falar mais sobre este assunto. Eu pessoalmente vou dar conta da desilusão que é para um adepto fora do país.

Comprei o bilhete para o FC Porto - Paris Saint Germain, jogo agendado para o dia 18 de Julho de 2015 aqui na cidade de Toronto. Ainda na Quinta tive que trocá-lo para um lugar com acesso para cadeira de rodas (parti a perna, mas isso não iria me impedir de ver o meu clube!) Estava cheio de pica para ver o jogo, já não via o Porto ao vivo há mais de …. nem quero confessar. Certamente que o meu caso não é único, mas além do azar de ter partido a perna parece que agora tenho o azar de ter comprado um bilhete para um jogo do meu maior rival.

Bilhete para o FC Porto x PSG


Isto, para mim, é vergonhoso. Como é que o clube faz uma asneira destas? Além da falta de respeito pelos adeptos que vivem nos EUA e Canadá correm o risco de não serem convidados para futuros torneios de prestígio. Como um dos nossos co-autores disse num email: “O Circo chegou ao Porto!”

Agora nem sei como reaver o meu dinheiro (e não foi pouco!). O site do Porto diz que não vamos participar mas tanto o ticketmaster (onde comprei o bilhete) ainda não mudou o calendário nem o site oficial dos organizadores do torneio fala sobre a nossa desistência.

Que bela porcaria. Obrigado Porto!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Os 10 Mandamentos do FC Porto 2015/16 (Parte II)

No seguimento da primeira parte, publicada ontem, aqui estão os outros cinco mandamentos a seguir no próximo ano!

6) Aprender a ter um plano B
Somos uma das melhores equipas da Europa em futebol de posse. Somos uma das melhores equipas da Europa em recuperação da bola após a perda. Somos uma das melhores equipas da Europa em jogo colectivo. Não vale a pena insistir, somos muito bons quando temos a bola e quando a recuperamos. Até chegar ao último terço do campo, o “futebol sem balizas” de que se falava nos anos 70 reencarnou no Dragão. O próximo ano exige um plano B (e C) urgente. Contra equipas que se fecham (e são tantas) temos de aprender a meter velocidade nos últimos metros, meter mais homens na área, abrir linhas. Acabar mais vezes a jogada, rematar, procurar a meia distância. Faltou-nos isso todo o ano. E não pode repetir-se o erro porque é fácil adivinhar que para a próxima época se repitam as mesmas posturas defensivas na esmagadora maioria dos jogos (Luz incluída).

7) Bolas paradas decidem títulos
Quem seguiu o Atlético de Simeone nos últimos três anos sabe que mais de 1/3 dos pontos e vitórias foram conseguidos em lances ensaiados. Idem para o Barcelona de Luis Enrique ou o Chelsea de Mourinho. Futebol de elite hoje é, mais do que nunca, futebol de estratégia. Cantos, livres, lançamentos laterais até. Jogadas repetidas, ensaiadas e eficazes. Não se viu nada disso este ano durante todo o ano no Dragão. Deu pena. Não se pode repetir e alguém tem de estabelecer uma meta de golos de bolas paradas já e trabalhar nisso. Prioritário.

8) Queremos a equipa B para quê?
O ano da equipa B foi lamentável. Luís Castro é um desastre e não faz sentido nenhum ter no cargo um incompetente crónico. Pouco se aproveita daquela equipa para a equipa principal e a forma como Ivo ou Otávio se portaram em Guimarães diz muito do que devemos esperar a curto prazo, pouca coisa. Gudiño e Leonardo devem ser protagonistas, são o futuro, e o modelo de jogo tem de ser variado. Exige-se sobretudo outra atitude a staff e jogadores. Para andar a sujar o nome do FCP por esse Portugal fora com exibições penosas sem produzir jogadores para a primeira equipa, não faz falta ter B.



9) Objectivos
A Champions dá prestigio e dá dinheiro. Prefiro ser quarto-finalista da Champions a ganhar a Taça de Portugal ou a Supertaça (a Taça da Liga só me interessa menos que o bilhar e a natação). Mas não há condições institucionais para ser objectivo prioritário como foi este ano. O titulo tem de ser a 1, 2 e 3 prioridade. Não para evitar um Tri do Benfica - isso é pensar pequeno - mas sim porque não travar um período de derrotas pode ter consequências sérias, a começar por perder jogadores de futuro. Dependendo do grupo – estaremos no pote 2 – falaremos em Setembro da Champions mas no campeonato não há desculpas. Tem de ser nosso.

10) Adeptos, calma, paciência e confiança

Somos o maior clube português dos últimos 30 anos. Um dos maiores da Europa. Isso cria uma cultura de vitória, de orgulho mas também de falta de perspectiva. Perdemos dois anos seguidos e há quem se queira atirar da ponte ou queimar o estádio com todos lá dentro. Não, não e não. 
Perder é parte do jogo. Saber perder é o primeiro passo para aprender a ganhar. Os portistas de vitórias devem estar preparados para ser portistas de derrotas com a ambição de ganhar. Ninguém pede que se baixe a ilusão e o sonhar, apenas para entender que estar outros 10, 20 ou 30 anos como estivemos até agora é impossível. Nunca passou em lado nenhum, não vamos ser excepção. Isso não significa falar em oásis de 19 anos. O cenário mais lógico é voltar aos anos 70 e 80, ao equilíbrio de forças. Há que aceitar isso, apoiar a equipa em todos os cenários e empurrar o clube para cima da mesma forma que ele empurrou os nossos sonhos nas ultimas décadas.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Mágico

12 anos hoje.

Os 10 Mandamentos do FC Porto 2015/16 (Parte I)

Dois anos sem um titulo de liga, algo inédito desde 2001. Um ano sem títulos, uma raridade que os mais novos não sabem sequer o que é. Uma SAD/Direcção calada perante os repetidos insultos e provocações, algo que não se via desde o “tempo da outra senhora”. 2014/15 foi um ano de contrastes para o clube e para os adeptos. Vendeu-se por um lado a falsa ideia do “ano zero” quando por outro se reforçava o clube como nunca em investimentos, aliados a empréstimos de jogadores provenientes de equipas de elite, para recuperar o titulo. Cedo se percebeu que o objectivo principal virou para a Champions League onde se superaram as expectativas apesar da despedida indigna. Não sendo um “ano zero”, esta foi uma época muito pouco “à Porto” por mil e um motivos e antes do desnorte tomar conta de todos, antes de que a “benfiquização” assalte o Dragão, convém ter em consideração 10 pontos chave para o próximo ano ser radicalmente diferente.

1) O Mister fica
Não sou nem sequer o fã 12.312 do Julen Lopetegui. Considero-o, já o disse, um treinador mediano. Trabalha bem a equipa durante a semana mas é espesso durante os jogos. Evoluiu bem os jogadores que tem mas no mercado não parece ser habilidoso. Tem um discurso “à Porto” como há muito não se via mas carece de auto-critica e de auto-exigência suficiente para ser um grande. Mas é o nosso treinador. E está na hora do clube deixar-se de brincar ao jogo do “macaco pode ser campeão com o FC Porto", e apoiar o homem que começou este projecto. O Benfica está onde está porque nos piores anos – e foram três seguidos sem títulos antes deste Bi – apoiou  o seu treinador. Rijkaard esteve a ponto de ser despedido, não havia dinheiro e um ano e meio depois era campeão europeu. O futebol é caprichoso e depois de ter dado o pontapé de saída, Lopetegui mereceu – sobretudo com as exibições europeias – o direito a cumprir o seu segundo ano. Isso sim, exige-se melhor abordagem ao mercado (não existe só a liga espanhola agora como antes não havia só o mercado dos “contentores”), maior concentração com rivais mais débeis (o jogo com o Boavista foi imperdoável) e maior auto-critica. Eu estou com ele!

2) Referências de balneario
Helton ainda não renovou e ninguém entende bem porquê. O clube dispensou (vendeu) jogadores da casa, vai perder dois lideres naturais – Jackson e Danilo – e carece de referências. O Benfica aguentou em todos estes anos a jogadores porcos, feios, maus e lideres como Luisão ou Maxi. E isso nota-se em campo e nota-se no balneário. Era o que fazia o Porto sobreviver à saìda dos Futre, Madjer, Kostadinov, Jardel ou Deco. A estrutura não estava só nos escritorios, estava também no balneario. E agora, puff, não há.
Ninguém vai sacar da cartola gente da casa que cumpra esse papel. É algo que vai demorar. O que sim é urgente fazer é trazer para o plantel jogadores de fora mas com essas características, jogadores como foram Lucho Gonzalez ou Pedro Emanuel. Sobretudo urge ter um líder na defesa com carácter, atitude e experiência. Emanuel chegou para ser actor secundário mas ganhou-nos a todos (e aos colegas) por quem era. Há mais como ele por aí, basta apenas procurar esse perfil e não o próximo negócio milionário. Sem espírito de união, não há vitórias.

3) Plantel com um plano bem definido
Oliver é um regalo aos olhos, Casemiro cresceu muito e Tello ídem mas esta política de empréstimos tem de acabar. Estamos a valorizar jogadores alheios, jogadores a curtissimo prazo e não ganhamos nada com isso se a época correr mal (como passou). Compensa o risco? Acho que não. O próximo plantel vai ter menos 5 (ou 6) titulares mas em troca tem já um fundo de armario importante. É preciso limpar os negócios desastrados da SAD – Quintero, Reyes, Adrian, nenhum mostrou estar á altura – fazer espaço para uma segunda linha mais barata e de consumo caseiro (onde poderá encaixar Sergio Oliveira ,André André ou os regressados Josué e Carlos Eduardo, jogadores que assumam o seu papel) e sobretudo ir ao mercado atrás de titulares e não oportunidades de negócio. Ninguém contratou Jackson a pensar que seria o próximo Falcao mas o colombiano ganhou a pulso o estatuto. Esse é o caminho, procurar jogadores acessíveis e de impacto imediato sem ter na cabeça a venda a curto prazo.



4) Uma posição, dois jogadores
Em Munique não havia laterais suplentes. Um não estava inscrito pelas limitações de jogadores locais e outro não parecia ser da confiança do treinador. O plantel deste ano esteve sempre descompensado, urge não repetir o erro. Sem Casemiro faltam DOIS médios recuperadores, sem Danilo (e talvez sem Alex), dois laterais que compitam com Jose Angel e Ricardo e continuamos coxos na defesa (quem confia em Reyes?) de uma figura que nos lembre o melhor Otamendi ou Pedro Emanuel. Se já temos extremos em condições (caso Brahimi fique), falta-nos un organizador de jogo que seja a alternativa a Oliver. E claro, Aboubakar não é nem nunca será Jackson. São pequenos mas importantes ajustes e, sobretudo, ajustes que apontem à titularidade mas que deixem claro que todos vão ter minutos nas pernas, vai ser necessário.

5) Não se calem, carago!
O FC Porto não precisa de um Pinto da Costa presidente para inaugurar casas e museus. Muitos temiam o pos-pintocostismo mas os últimos anos pareceram indicar que já está aquí. E não faz sentido ter ainda um activo histórico como PdC e tê-lo calado. Nem nos seus melhores anos o Presidente falava muito. Mas quando falava dizia o que tinha a dizer e o mundo tremia, o clube crescia e os adeptos entendiam a mensagem. Uma newsletter assinada por um jornalista vale zero por muito habilidosa que seja. Não é a palavra do clube porque ninguém o elegeu para nos representar. Antero fala apenas quando o clube ganha, para colar-se ao peito as medalhas. Por isso há mais de dois anos que ninguém o ouve falar e o resto da SAD também prima pelo silêncio. Lopetegui esteve só e exposto ao gozo alheio de uma maioria que se sentía intocável. Com um Porto que não se cala pode ser que pensem duas vezes mas para isso Pinto da Costa tem de sair da sua reforma antecipada e actuar como só ele sabe. Para ter um Fidel Castro em retiro espiritual, que venha a próxima geração.

Amanhã, os últimos 5 mandamentos
6) Aprender a ter um Plan B
7) Bolas paradas decidem titulos
8) Queremos a equipa B para quê?
9) Objectivos
10) Adeptos, calma, paciência, confiança

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Renovar com Helton? Obviamente!

O JOGO, 18-05-2015
«A cumprir a décima época de Dragão ao peito, Helton é uma figura incontornável da última década do futebol portista. O guarda-redes brasileiro, que chegou ao FC Porto no início da época 2005/2006 proveniente da União de Leiria, celebra esta segunda-feira 37 anos, um dia depois de ter cumprido o 321.º jogo oficial com a camisola azul e branca, registo que faz de Helton o terceiro jogador estrangeiro com mais jogos em toda a história do FC Porto. (…) No ranking geral, Helton é o 15.º jogador mais utilizado de sempre no FC Porto.
Nos 321 jogos que realizou pelos Dragões, Helton soma 220 vitórias, apresentando assim uma admirável taxa de sucesso de 69 por cento. Porque muitas dessas vitórias resultaram na conquista de títulos, importa recordar tudo o que o guarda-redes brasileiro acrescentou ao currículo desde há dez anos: uma Liga Europa, sete Ligas portuguesas, quatro Taças de Portugal e seis Supertaças
in www.fcporto.pt, 18-05-2015


No final do jogo em Belém, Helton, que está em final de contrato, desmentiu que já tivesse renovado com o FC Porto, assumiu a vontade de continuar, mas disse que ainda não tinham falado com ele.

É caso para perguntar: estamos (FC Porto) à espera de quê?

Helton - Cultura de vitórias

Helton - Enorme experiência nas competições europeias

Helton - Cultura do clube

Helton - "Ponte" entre os novos e os "velhos"

Helton - Bom balneário e apoio aos companheiros de equipa

Perante tudo isto e vendo a boa forma desportiva que evidenciou após a grave lesão que teve em Março de 2014, nem me passa pela cabeça que a SAD não renove com o capitão Helton.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Mudanças no balneário

                Enquanto o treinador descarrega a fúria no banco, o CEO finge de nada se aperceber consultando o telemóvel...

O FC Porto tinha de ganhar este jogo no Restelo para salvar a honra. Tinha de o ganhar. Por muitos motivos, incluindo evitar a festa vermelha e derrotar um dos grandes aliados do inimigo, o Belenenses.

E convém não esquecer que o presidente da SAD do Belém, Rui Pedro Soares, que tem sido muito criticado pelos próprios adeptos, já foi agraciado com um Dragão de Ouro como "Sócio do Ano". Ele que esta época andou em negociatas de jogadores com o Benfica e permitiu a farsa que foram os dois jogos entre esses dois clubes lisboetas, desde a exclusão de atletas titulares nos azuis a atrasos mal feitos para o guarda-redes que permitiram um golo ao SLB. Enfim, uma javardice que recomendaria muito mais cuidado na atribuição do galardão, i.e., este deveria ser atribuído apenas a sócios e figuras do FC Porto que tenham uma vida dedicada ao clube, evitando o aparecimento de para-quedistas que hoje estão cá e amanhã estão do outro lado da barricada.

Conforme disse no início, o jogo em Belém era para vencer. Acabou por repetir-se algo que já tínhamos visto esta época, em especial na Madeira, no jogo contra o Nacional. O FC Porto entrou em campo sabendo que o SLB tinha perdido em Vila do Conde, e até esteve a vencer por 1-0 ao intervalo, fruto de um golo de Tello, mas fez uma segunda parte horrível, cheia de erros individuais que acabaram por custar 2 pontos. Também esta segunda parte em Belém foi uma vergonha. A equipa deixou de jogar futebol. Parece que os jogadores desligaram, passando 45 minutos a fazer disparates.

Por isso defendo uma limpeza de balneário com efeitos imediatos. Oliver, Herrera, Brahimi e Alex Sandro, fizeram péssimas exibições, com especial destaque para este último. Eles foram a face de uma segunda parte absolutamente vergonhosa. Como compreendo a reacção de desespero do treinador a dar murros no tecto de plástico do banco de suplentes – não havia fibra nem carácter em campo. São precisos jogadores que mordam a camisola nestes momentos, que liderem a equipa para que ela não fique perdida dentro do campo. Actualmente não há. Ou há mas estão em final de carreira, como Hélton e Quaresma.

O trabalho a fazer é imenso. “A messe é grande e os trabalhadores são poucos”.

Acredito que Lopetegui deve continuar. Mas também acho que não lhe devem ser dados mais jogadores espanhóis ou outros que não estejam 100% identificados com um projecto de longo prazo. Chega. Hoje temos um balneário descaracterizado pelas ambições de jogadores que estão cá de passagem. Hoje estão cá mas com um olho “noutras ligas mais importantes”. Isso não nos interessa porque esses são os primeiros a pouparem-se, a não “meter o pé”, a não honrar a camisola que vestem. Esses devem ser vendidos.

Há muito trabalho a fazer. Cabe a Pinto da Costa, como líder máximo, ajustar a estratégia.
   

segunda-feira, 18 de maio de 2015

À espera dos deuses...

FCP SAD na Euronext Lisboa

Ontem, passei-me. Hoje, estou pior porque nem o palavrão que serviu de tubo de escape me chega, por agora.

Poderá haver culpas do treinador, mas a equipa está de rastos e não temos segundas linhas, tão boas quanto proclamam. O FCP (e o presidente) está numa situação particularmente complicada: se fica com Lopetegui vai ser um calvário, porque o homem anda perdido, como Paulo Fonseca, o mau da fita da época passada; todos pareceram ficar convencidos que, extirpado o eixo do mal (sempre o treinador), a coisa entrava nos eixos, mas não entrou; e há quem pense que basta mudar de novo e contratar um Bielsa qualquer e que lá vamos nós de vento em pompa, a coberto de algumas promessas e do encantamento que as novas épocas provocam pelo fluxo de muitas entradas e saídas de activos, como agora se gosta de dizer, a caminho dos amanhãs que cantam; pode ser, mas não creio.

Depois de Belém, não sei bem qual a melhor decisão. Em suma: não vejo que mudar de treinador vá produzir qualquer milagre, mas temo que a continuidade de Lopetegui tenha acirrado os detratores e esmorecido os apoiantes, porque uns e outros estarão pouco disponíveis para lhe conceder o benefício da dúvida. A coisa está pior que na época passada, porque naquela altura se acreditou “que este ano é que ia ser” sobre o comando do PdC e da lavagem levada a cabo, mas neste final de época a nossa moral chegou perto do zero. E caiu com estrondo.

Salvo o campeonato que AVB ganhou, o FCP passou a gastar muito dinheiro e a ter más decisões na construção do plantel, que foram esquecidas porque o SLB derrapou na sua tendência autofágica. Quando JJ foi capaz de perceber o caminho, encostou-nos à parede. E não é só pelos campeonatos que ganhou. O SLB melhorou a sua estrutura e superou a nossa, abanada por facções que se digladiam. Por isso, vi com bons olhos a vinda de Lopetegui, que não conseguiu resultados satisfatórios e dividiu toda a gente. Gostaria que ficasse porque é inteligente e não tem medo. Sem ele vai ser muito pior.

Mas, como não sei o que se passa no balneário e nos bastidores, na SAD, na Doyen e com Alexandre o Grande, pouco mais me resta que ficar preocupado à espera que os deuses decidam a nossa sorte.

domingo, 17 de maio de 2015

Titulo oferecido pelo síndrome da ponte 2.0

Hoje o SL Benfica não foi campeão nacional. Hoje, o FC Porto de Julen Lopetegui fez do Benfica campeão nacional.

O dever do FCP era lutar até ao fim. Num campeonato com equipas com orçamentos ridiculos em comparação ao que gasta esta SAD, o FC Porto tem de ser em campo tão superior como o é nos relatórios de contas. Afinal, é para isso que se manejam estes orçamentos e se gastam estas fortunas. No entanto, durante todo este ano, o FC Porto de Lopetegui falhou nos momentos decisivos contra equipas de tostões. E quase sempre por culpa própria. Porque este foi o ano do #Colinho, e nada nem ninguém poderá nunca calar isso. Mas foi o ano que, se não fossem pelos sucessivos, repetitivos e inexplicáveis erros próprios de Lopetegui, nem o #Colinho dava o titulo ao Benfica. E isso deve deixar muita gente a pensar.

O FC Porto no Restelo foi o FC Porto da Madeira, de Estoril, uma equipa a anos-luz do seu potencial real, capaz de cometer erros infantis e sem um timoneiro. Lopetegui tem um discurso potente, que agrada á esmagadora maioria dos adeptos. E está certo em quase tudo aquilo que diz. E está só nessa batalha também. Mas Lopetegui é treinador de futebol, não director de comunicação. E em campo, onde desenvolve o seu trabalho, tem momentos como os de hoje e desses jogos já citados (para não falar dos duelos com o Benfica, onde podia ter calado o "bocas" JJ mas acabou engolido) em que se empequenece. Porque hoje este FC Porto comportou-se como um clube pequeno. Ainda para mais, fê-lo num estádio onde era fundamental dar um golpe moral. Porque o Belenenses foi o principal parceiro da vergonha que foi o #Colinho e que o RP tem vindo a denunciar durante o ano nas crónicas do José Correia. Foi o clube dos jogadores com cláusulas de preferências, dos atrasos para o guarda-redes, dos adeptos que se envergonham de como o seu presidente se vende fácil ao Benfica. Presidente que é Dragão de Ouro, porque para ser Dragão de Ouro não é preciso ser-se portista. Basta ser-se compadre. 
Ora com esse Belém o FC Porto de Lopetegui que tropeçou sempre quando se exigia um golpe de força, tinha de vencer. Não para evitar o titulo lógico do Benfica. Nem sequer para adiar o titulo até ao ultimo dia porque em Guimarães poucos pensavam que o Benfica não ia ganhar (e o facto de não o ter feito diz muito do seu nivel de "medo", tal como no ano em que o "super-Benfica" precisou do último jogo para ganhar o titulo ao...Braga). Não, o FC Porto tinha de ganhar no Restelo porque era infinitamente superior e melhor que o Belenenses. Só que não foi. E não ganhou. E olha-se para o terreno de jogo e percebe-se porquê. 



A absoluta falta de empenho, atitude e capacidade competitiva da esmagadora maioria desta equipa continua a ser assustadora. Foi-o na Madeira, nos jogos decisivos da época. E foi de novo hoje onde parece evidente que Jackson Martinez - obrigado por tudo "Cha Cha Cha" - não merece os colegas que tem. O colombiano marcou, lutou e chamou os colegas á luta mas quem o ouviu? Os seus companheiros seguramente que não, apáticos, desconectados, incapazes de serem sequer alentados pelo empate do Benfica em Guimarães (convém falar mais á frente daqueles cinco minutos á Calabote já preparados, por se era necessário algum truque sujo) e sem vontade de lutar. E o seu treinador? Também não. Em momentos de máxima tensão, Lopetegui quebra. Desfaz-se como manteiga. Não tem um golpe de asa, não tem um grito de ordem. Deixa-se levar. Foi assim na Luz, no Dragão com o Benfica (convém dizer a Lopetegui que antes dos mantos, bastava ter feito o seu trabalho e pontuar nos dois jogos contra o rival para ser campeão). Foi assim em Munique quando começou o diluvio e foi assim na Madeira e com o Estoril. Sempre que a equipa se desconectou do jogo o treinador foi incapaz de compor as peças, de mudar o esquema de jogo, de meter algo diferente para dar a volta. Lopetegui é um bom treinador quando se encontra a ganhar e um treinador incapaz de orquestrar reviravoltas no marcador desde o banco. E isso diz claramente que nunca será um grande treinador. Capaz, competente, util, seguramente. Grande? Esqueçam isso.

O empate no Restelo diz também muito do que é este FC Porto.
Quando Jorge Nuno Pinto da Costa chegou ao departamento de futebol, primeiro como director e depois como presidente, todos os portistas sabiam que cruzar a ponte da Arrábida e rumar ao sul era pesadelo certo. Muitos temiam o pós-pintocostismo, muitos temiam voltar a esses anos onde o Porto deixava de competir longe de casa, em Lisboa. Onde o Porto deixava de controlar os bastidores - não para beneficiar-se mas para que não o prejudicassem, que é bem diferente. Onde o Porto deixava de ser uma voz silenciosa, a levar porrada a torto e a direito sem gritar "basta". Não se preocupem portistas. O pós-pintocostismo já está aí. O Porto este ano - e o passado - não ganhou um só jogo a sul do Mondego (ilhas incluidas). O Porto este ano - e o passado - foi totalmente superado nos bastidores pelo Benfica. O Porto este ano - e o passado - esteve calado sempre que atentaram contra a honra e dignidade do clube (dois tweets e uma mailing list é para Associações de Estudantes caros amigos do Dragões Diário ou lá o que aquilo seja).



Lopetegui não é, nem de longe nem de perto, o maior problema para o próximo ano. Eu, desde logo, acho que o clube necessita mais do que nunca de estabilidade. Longe vão os dias - ou deviam ir - em que os dirigentes do clube, entre boite e boite, pensavam que até um macaco fazia do Porto campeão. O problema não é, sequer, o facto de que - pelo enésimo ano (e olhem para o Benfica por uma vez), vão sair cinco ou seis titulares (Fabiano, Danilo, Sandro, Casemiro, Oliver, Jackson, talvez Brahimi) e vai-se falar de novo de "revolução". O problema é que aquele FC Porto que temiamos que chegasse, já está aqui. O Benfica, sem merecer por futebol, acabou por fazer o trabalho de casa e aproveitar-se dos tiros nos pés que pensavamos que nunca dariamos até daqui a alguns anos. Hoje no Restelo houve pouco futebol como tem havido na esmagadora maioria dos jogos do Porto de Lopetegui longe do Dragão. Hoje no Restelo houve apenas e só o reflexo de uma temporada de liga que nos fala mais de um futuro cinzento do que dá boas perspectivas para o ano que vem. E isso sim é o grande problema a resolver!  

Distracções Diário

O campeão é outro; ninguém deve estar mais feliz que aquela malta que entrou hoje em campo com a camisola do Porto.

25 anos de dragão ao peito

Reinaldo Ventura (clicar na imagem para ampliar)

Após 25 anos de dragão ao peito, ontem, no derradeiro jogo do campeonato 2014/2015, REInaldo Ventura fez o seu último jogo com a camisola do FC Porto.


Nas 20 épocas em que representou o FC Porto a nível sénior, REInaldo Ventura conquistou 13 Campeonatos Nacionais, oito Taças de Portugal, dez Supertaças e uma Taça CERS.

No dia em que completou 37 anos de idade, REInaldo Ventura despediu-se dos adeptos portistas. Alguns dos adeptos que o acompanharam nas últimas duas décadas não puderam estar presentes (à mesma hora estavam a caminho de Odivelas, para apoiar a equipa de Andebol), mas muitos outros quiseram despedir-se do “careca”.

Entre eles esteve Cristiano Pereira, também ele um símbolo do hóquei portista, também ele capitão da equipa azul e branca, que fez questão de ir ao Dragão Caixa para dar um abraço ao “Rei”.

Cristiano Pereira no Pavilhão Américo de Sá

Numa altura em que faltam referências e as modalidades do FC Porto não estão a viver o seu melhor momento, faço votos que o REInaldo Ventura não seja o último dos moicanos e que, nos próximos anos, possamos ter outros Reinaldos, quer no hóquei, quer nas restantes modalidades do FC Porto.

Campeão nacional de Sub-19

Campeões nacionais de Sub-19 / Juniores A (foto: FC Porto)

sábado, 16 de maio de 2015

Exclusivo para crentes

Marco Silva "contratado" pelo FC Porto (fonte: CM, 16-05-2015)

«O “Correio da Manhã” revela este sábado que o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, se reuniu com Marco Silva num hotel de Lisboa para manifestar ao atual treinador do Sporting o desejo de o colocar no comando técnico do plantel dos dragões na próxima temporada.
A notícia dá conta que os dois homens não se importaram de serem vistos juntos e que na reunião foram já debatidos aspetos do planeamento para 2015/16. Ao contrário de Julen Lopetegui, Marco Silva, escreve o “CM”, gera unanimidade entre a SAD portista.»
in record.pt, 16 maio de 2015 | 10:10


Presumo que Pinto da Costa irá ignorar esta “notícia bombástica” e, mais uma vez, deixar sem resposta o Lixo da Manhã, mas o actual treinador do Sporting ficou incomodado e já reagiu:

É totalmente falso [que queira sair], pois a minha vontade ficou bem vincada no ano passado, quando assinei contrato. Neste caso, em que colocaram o meu nome e a minha vontade, é completamente falso

E, quando foi confrontado com o alegado encontro com Pinto da Costa, Marco Silva inquiriu o jornalista:

Sabe dizer-me qual foi o hotel? O dia da semana? Assim ficava a saber onde estive a essa hora. Vocês [jornalistas] terão as vossas fontes, mas essa, obviamente…

Já agora, e para quem não acompanha este “jornalismo de ficção”, quero lembrar que esta não é a primeira vez que o FC Porto “contrata” o Marco Silva. Há 14 meses atrás…

Marco Silva "contratado" pelo FC Porto (fonte: CM, 06-03-2014)

E pronto, quem quiser acreditar e continuar a consumir este jornalixo… perdão, este “jornalismo de investigação” de alto quilate, está à vontade…

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Liga Real 2014-15 - Jornada 32

Num campeonato sem "colinho", sem "manto protector", sem andor encarnado, a classificação à 32ª jornada seria (segundo o jornalista/comentador Rui Santos) a seguinte:

Liga Real 2014/2015, Jornada 32 (fonte: Rui Santos / SIC)

Tirar a gravata e arregaçar as mangas

«Vítor Pereira nomeou um árbitro internacional para o Guimarães-Benfica, no caso Artur Soares Dias, mantendo o critério que já tinha utilizado aquando do Guimarães-Sporting, arbitrado por Hugo Miguel. Curiosamente, ou talvez não, no jogo Guimarães-FC Porto, logo nas primeiras jornadas, o mesmo Vítor Pereira nomeou Paulo Baptista, um árbitro que tinha sido despromovido e por uma questão administrativa reintegrado no quadro principal.

E o que acontece a um árbitro despromovido que é reintegrado por uma questão administrativa? É nomeado para um jogo entre os dois primeiros da classificação de então, comete erros atrás de erros, em prejuízo de uma equipa, no caso o FC Porto, com clara influência no resultado, e o senhor Vítor Pereira finge que não é nada com ele. Mas é.

Vitória Guimarães x FC Porto, golo anulado a Brahimi

Vitória x FC Porto, Tribunal de O JOGO

Para completar a incoerência – se calhar até é coerência – de Vítor Pereira, para o Belenenses-FC Porto foi nomeado Rui Costa, o mesmo árbitro que apitou malzinho o Belenenses-Benfica e que anteontem teve nota máxima na carreira de tiro, ao acertar na mouche nos amarelos aos jogadores do Guimarães. O seguro morreu de velho e manto maior do que este não há
Dragões Diário, 13-05-2015


A Dragões Diário é uma boa iniciativa do Departamento de Comunicação do FC Porto e acho muito bem que, nos últimos dias/semanas, através desta newsletter diária, seja posto o “dedo na ferida” da arbitragem, das nomeações, das “amizades”, etc.

O impacto mediático destas denúncias tem sido notório, sendo várias as referências nos jornais, rádios e televisões. E, inclusivamente, algumas motivaram respostas de incómodo/irritação (ver reacções de João Gabriel e Carlos Pereira).

Capas de jornais com referências à Dragões Diário

Infelizmente, para efeitos práticos neste campeonato fraudulento, é tarde demais.

A propósito da nomeação de Paulo Baptista (e do auxiliar Valter Rufo!) para o Vitória Guimarães x FC Porto recordo que, no próprio dia desse jogo fraudulento, eu escrevi o seguinte:

«Há 40 anos atrás, o grande José Maria Pedroto, que nunca teve medo nem papas na língua, denunciava, e muitíssimo bem, os roubos de igreja de que o FC Porto era alvo.
Hoje, no final de uma autêntica roubalheira em Guimarães..., perdão, de um "jogo muito bem disputado" em Guimarães, os jogadores do FC Porto foram, amistosamente, cumprimentar os senhores de vermelho e, quer na flash interview, quer na conferência de imprensa que se seguiu, o treinador do FC Porto, muito compreensivo, disse que os árbitros se equivocaram, mas que ele também se equivoca todos os dias.
Eu não sei o que a estrutura do FC Porto disse ao senhor Lopetegui, mas se vamos fazer o papel de bons rapazes, se vamos levar e dar a outra face, digo já que podem esquecer o campeonato porque, assim, não vamos lá

O artigo completo (‘Os homens de vermelho’, publicado a 14-09-2014) e os respectivos comentários (alguns muito interessantes…), pode ser (re)lido aqui.

E porque pressentia que a arbitragem iria ser (como foi) decisiva na atribuição do título de campeão desta época, no dia seguinte voltei ao tema e escrevi:

«Vejo com muita preocupação este silêncio de Pinto da Costa, de Antero Henrique e da estrutura do FC Porto.
O que ganhamos em ser bem comportados e compreensivos com os sucessivos “erros” das arbitragens?»

Quem quiser, poderá (re)ler esse artigo (‘Em memória de Pedroto’, publicado a 15-09-2014) aqui.


Paulatinamente, desde o tempo em que Cunha Leal foi colocado na Liga até às mudanças estruturais que culminaram com o regresso da Arbitragem e da Disciplina à FPF (leia-se, a Lisboa), os encarnados passaram a ter um controlo total sobre o Sistema e, particularmente, sobre o sector da arbitragem – árbitros, elementos que nomeiam os árbitros, observadores dos árbitros, avaliação, classificação e (des)promoção de árbitros.

Perante esta situação, que tão cedo não irá sofrer alterações, se o FC Porto quiser ter hipóteses reais de disputar o título de campeão nacional da próxima época, os seus dirigentes terão de mudar de postura, terão de tirar a gravata e arregaçar as mangas e, particularmente, terão de ser ativos nas denúncias, falando alto e bom som desde o primeiro dia.

Porque, se há coisa que esta época provou de forma inequívoca, é que, para ganhar campeonatos em Portugal, deixou de ser suficiente ter melhores jogadores e melhor equipa.