segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A bola está na mão do Tonel


O Lopetegui pode ter muitos defeitos; o Porto pode não jogar um charuto, mas ao menos quando cair, cai de pé. Ganhámos 1-0 ao Tondela, mas não devemos nada a ninguém...

sábado, 28 de novembro de 2015

A bola está nas mãos do Presidente

Lopetegui no Tondela x FC Porto (fonte: LUSA)

Em complemento ao SMS do Miguel...

Acerca do jogo de hoje contra o último classificado (disputado em campo neutro), direi apenas o seguinte:

Remate e golo espantoso de Brahimi.

Defesa crucial de Casillas, num penalty corretamente assinalado contra o FC Porto, a poucos minutos do fim do jogo. Valeu 2 pontos.

De resto, sobre a exibição de hoje do FC Porto no estádio municipal de Aveiro, é melhor não dizer o que me vai na alma e poupar nos adjectivos.
Digo, apenas, que vi um conjunto de jogadores à deriva, sem saber o que fazer com a bola nos pés, sem saber para onde ir, sem rumo e sem timoneiro.
E isso, falta de um treinador, é o problema nº 1, nº 2 e nº 3 desta pseudo equipa.

Lopetegui parece completamente perdido e está de cabeça perdida.

Compete à Administração da FC Porto SAD e, particularmente, ao presidente Pinto da Costa, reflectir sobre a situação actual e avaliar se Julen Lopetegui ainda será capaz de levar a nau portista a bom porto.

SMS do dia

O patético nível de Lopetegui chegou ao ponto de, em Aveiro, o Porto precisar que o guarda-redes defenda um penalty para não se arriscar a perder pontos com uma equipa que nunca disputou a primeira divisão até este ano e cujo salário desse guarda-redes cobre os gastos de todo o plantel rival. Depois de ano e meio de máximos poderes dentro do clube, resistindo a tudo e a todos, até nas mais pirricas das vitórias fica claro o nível a que aspira este projecto.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Ao serviço da cidade, da juventude e do desporto

Na sequência de um acordo entre a Câmara Municipal do Porto (CMP) e o FC Porto, que prevê a passagem da gestão da Piscina de Campanhã para o clube (ao longo dos próximos 25 anos), o FC Porto efectuou uma candidatura a fundos europeus, através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), para suportar as obras de recuperação e remodelação que se impunham.

Candidatura aprovada, as obras foram executadas em cerca de seis meses e custaram 2,3 milhões de euros (a comparticipação foi de 70%).






A inauguração foi hoje.



Importa dizer que a nova piscina de Campanhã é a única da cidade com dimensão olímpica (50 metros) e com homologações para natação pura e sincronizada, bem como, para pólo aquático.



Como portuense, parece-me que era uma (enorme) lacuna a cidade do Porto não ter um equipamento destes.
E, como portista, não tenho dúvidas: há muito que os atletas da secção de natação do FC Porto – os golfinhos – mereciam um equipamento com esta qualidade.

Equipa de Natação Feminina 2014/2015 - Hepta campeãs nacionais

Mais. Aproveitando as obras, o FC Porto criou condições para que o novo equipamento também possa ser utilizado pelos atletas das secções de Desporto Adaptado e Pugilismo.



No total, o novo equipamento irá acolher cerca de 300 atletas de três modalidades.
E, porque faz parte do acordo CMP - FC Porto, também haverá períodos em que a piscina irá estar à disposição da população em geral.

Em resumo, como portuense, portista e ex-frequentador daquele espaço, não tenho dúvidas: hoje foi um dia bom para a cidade, para o clube mas, acima de tudo, para quem gosta/pratica desporto e natação em particular.


Fotos (fonte): Secção Natação FC Porto, FC Porto

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O Estranho Caso de Cristian Tello


No final da época passada este treinador dispensou Ricardo Quaresma e o jovem Hernâni, que tinha sido contratado em Janeiro ao V. Guimarães. No início desta época o mesmo treinador fez regressar ao plantel Silvestre Varela e a SAD ofereceu-lhe outro extremo: Jesus Corona. Além disso, o FC Porto contratou um avançado (Bueno) que marcou 17 golos na passada edição da Liga Espanhola.

Não contente com os jogadores que tem à disposição para o ataque, Lopetegui aposta continuamente em Cristian Tello. Jogue mal, muito mal ou jogue bem, Tello tem sempre o lugar de titular garantido. Nas semanas mais recentes Tello fez uma exibição paupérrima no jogo contra o Braga, no Dragão, e fez uma exibição pobre no jogo contra o Setúbal, também no Dragão. Anteontem, frente ao Dinamo Kiev, voltou a fazer uma exibição muito pobre. O denominador comum é que se manteve em campo 90 minutos em todos estes jogos.

O jogador tem um problema crónico: não se entrega a 100% e nunca mete o pé em bolas divididas. 

Até quando iremos assistir ao privilégio de um jogador sobre os demais do colectivo?
   

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Lopeteguices e outros desastres

Acabou a invencibilidade. Acabou o estado de graça na Champions League. Tinha de suceder. Lamentavelmente aconteceu no pior momento e sem paliativos. O FC Porto perdeu e perdeu muito bem. Não porque o Dinamo de Kiev tenha sido uma grande equipa. Foi uma equipa, sobretudo, inteligente a aproveitar-se dos erros alheios - do do árbitro, do de Casillas e do esquema de Lopetegui - e em deixar a sensação ao rival de que eram mais frágeis do que a realidade escondia. O Porto tem apenas a si mesmo para se culpar por ter agora de ir a Londres vencer ou esperar por uma improvável ajuda do Maccabi. O preço de mais uma lopeteguice.

Uma equipa não pode ganhar na Champions League quando não tem um remate de perigo à baliza rival durante noventa minutos de jogo. Particularmente se joga em casa. Particularmente se é favorito. O Porto de Lopetegui tanto é cara como coroa. Pode crescer e acreditar no impossível como se viu contra o Basel, Bayern ou Chelsea mas também - e mais vezes do que não - cai na desesperante auto-complacência. Uma coisa é querer controlar o jogo. Algo que se pode fazer de muitas maneiras. Com ou sem bola, com linhas adiantadas ou recuadas, com jogadores abrindo ou encurtando o campo. Outra coisa, muito distinta, é transformar esse controlo em algo absolutamente estéril. E é isso que - e na Liga, mais do que em qualquer outro cenário isso se aprecia - o Porto de Lopetegui é na maioria das vezes. Uma equipa sem chispa, incapaz de fazer algo mais com a bola que tê-la e trocá-la em posições de confronto.
Passes a rasgar a defesa contrária? Contam-se pelas mãos. Jogadas individuais brilhantes? Idem. Levar o jogo a um lado para desorientar o jogador passando rapidamente a bola para o outro? Também. No esquema de Lopetegui, esse 4-3-3 que é cada vez mais um 4-4-2 musculado com menos arte e mais trabalho, o Porto é o rei e senhor dos primeiros três quartos de campo. O último terço é o karma da equipa de tal forma que o modelo aplicado tem o condão inclusive de desactivar um Aboubakar que acaba engolido e afogado pelos rivais, desconectado da equipa ou forçado a vir buscar a bola lá bem longe da sua zona de influência. Tudo isso é conhecido já de todos.
De certa forma, é habitual. Menos na Champions e menos ainda no Dragão onde, durante o mandato de Lopetegui, honra lhe seja feita, a equipa conseguia ser radicalmente distinta. Hoje não o soube ser e essa falta de atitude e inteligência de jogo pode ter custado muito, muito caro.


Lopetegui continua a ser um esqueleto, um fantasma no banco. Incapaz de dar a volta a resultados adversos, ainda estamos para ver o jogo onde o Porto começa a perder e ganha. O jogo em que o basco dá um golpe de asa desde o banco e rompe o esquema de jogo com mudanças tácticas ou substituições. Com ele os adeptos sabem que ou a equipa começa forte, marca e gere o marcador ou então o caos é o cenário mais provável. Bem pode gritar, agitar os braços e olhar para o céu com o seu ar de personagem de romance de Miguel Torga. Mas o que nunca sai dali é uma ideia de futebol que fuja ao livro do trabalho semanal. Hoje, a troca de Maxi Pereira - até ao momento não foi confirmada nenhuma lesão que a justifique - foi um tiro no pé porque abriu, ainda mais, o canal preferencial do jogo dos homens de Rebrov, os contra-ataques pelas faixas laterais onde Yarmolenko, sobretudo ele, fizeram a diferença.
Colocar Osvaldo ao lado de Aboubakar e Corona a abrir na direita podia fazer sentido se a equipa tivesse tido um meio-campo capaz de apertar o Dinamo para dentro da sua área. Isso nunca sucedeu. O meio-campo, partido, sem linhas de passe com os jogadores da frente, foi quase sempre superado e a perder, tanto por um como por dois, o Porto foi incapaz de cinco minutos de asfixia na baliza rival capazes de criar o pânico e forçar o erro. Esteve perto do golo numa das poucas jogadas que exigia o jogo, com André André (em vontade ninguém lhe ganha) quase a provocar um auto-golo. Mas isso é pouco, muito pouco, para quem quer ser uma equipa a sério no espaço europeu. O Porto não foi. Num péssimo momento.

Ironicamente este foi também o jogo em que as três maiores apostas do mercado falharam estrepitosamente quando, justamente, vieram para fazer a diferença. Isso não significa nem que tenham sido um erro - não foram - nem que estejam a ter um mau ano - não estão. Mas não deixa de ser irónico que o fado juntasse precisamente no mesmo dia um frango épico de Iker Casillas - o espanhol sempre foi proclive a momentos assim mas, como disse em Julho, para isso já havia Helton no plantel - uma fraca exibição com substituição incluída do lateral uruguaio e uma desastrosa exibição de Imbula. O francês pode ter um futuro brilhante pela frente mas ainda não conectou com os colegas e a ideia de jogo. Os remates de meia distância são inofensivos, o trabalho de pressão desastrado e no lance do penalty - que a meu ver não o é - Imbula peca de ingenuidade. Foi um erro a meias entre o jogador do Porto e o árbitro que o Dinamo aproveitou, dando seguimento a cinco minutos muito bons depois da primeira meia hora que foi um monólogo do Porto. Mas, cuidado, um monólogo lopeteguiano, daquele que mastiga mas não trinca. Porque o Porto vulgarizou o Dinamo em posse, mas foi sempre incapaz de criar perigo e os ucranianos contavam com essa realidade. Qualquer equipa que conheça o Porto de Lopetegui sabe que não é uma equipa de killers mas sim uma equipa que demora a dar o golpe. Por isso o Kiev não se assustou nem se preocupou e, como um boxeador encostado ao seu campo, contou os minutos até levantar o punho e dar o soco decisivo...
Com a segunda parte, já sem Maxi e a equipa tacticamente desorientada, o Dinamo decidiu ser mais pragmático mas nem teve sequer de se preocupar muito. O Porto atacava pouco e mal e contra o guião previsto, Casillas cometeu um erro de principiante e matou o jogo. A partir daí o Dinamo esteve sempre mais perto do 0-3 do que o Porto do 2-1 o que diz muito do mau jogo dos locais. Tello - alguém me explica quem é este Tello? - foi um desastre pela esquerda e Corona, pela direita, está demasiado verde para este nível de exigência. Ao Porto, no momento mais duro da temporada, faltou criatividade no meio (este ano não existe um Oliver e nota-se muito) mas também nas alas onde o Dinamo tinha um jogador desse perfil. Olhamos para o plantel e vemos em noites como esta precisamente os problemas que se adivinhavam em Agosto: excesso de um perfil de médio musculado mas sem jogadores capazes de marcar a diferença. Jogadores como Yarmolenko, um futebolista fantástico que no pior momento da sua equipa a pegou às costas e não parou até ao fim de ser um quebra-cabeças. Para tomar nota.

A derrota significa o fim da invencibilidade no Dragão. O Dinamo, uma equipa vulgar, conseguiu o que clubes muito maiores foram incapazes de lograr. E coloca-se em posição privilegiada para seguir em frente. Basta ganhar o seu jogo. Porto e Chelsea, empatando, colocam-se com 11 pontos, os mesmos que teria o Dinamo. Mas, nesse cenário, o Porto cai eliminado por ter um pior resultado agregado entre os três. Isso significa que os homens de Lopetegui - que nos jogos fora da Champions são, precisamente, a pálida imagem que hoje foram em casa, como já se viu em Kiev, Munich, Basileia ou Bilbao - têm de ir a Londres e dar a sentença de morte a José Mourinho que tem na Champions a sua única tábua de salvação. Os Blues estão, paulatinamente, a recuperar e hoje foram igualmente convincentes em Israel. Vão jogar a época nesse encontro, a pior posição possível para ir ao Bridge disputar noventa minutos de máxima intensidade, tanto física como psicológica. Um Porto como este será carne para canhão até mesmo daquela que é, seguramente, a pior equipa da carreira de Mourinho. Mas um Porto como já vimos, felizmente, em algumas ocasiões, pode perfeitamente superar o obstáculo. Se não tiver o azar de acumular erros individuais como hoje e, sobretudo, se conseguir evitar cair na enésima lopeteguice desse jogo pastelento, vomitivo e que pode custar, pelo segundo ano consecutivo, muito caro ao clube.
   

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lutar por títulos no presente

A época passada do hóquei portista foi, em termos de resultados, para esquecer.

Hóquei em Patins 2014/2015 (fonte: O JOGO, 03-05-2015)

Contudo, muito antes da época 2014/2015 terminar, já os dirigentes do FC Porto tinham decidido que estava na altura de avançar com uma profunda renovação no hóquei portista.

E assim foi.

Saíram: Tó Neves, Ricardo Barreiros, Caio e Pedro Moreira, todos para a UD Oliveirense e Reinaldo Ventura para OC Barcelos.

Entraram: Guillém Cabestany (espanhol, novo treinador), Gonçalo Alves (UD Oliveirense), Telmo Pinto (AD Valongo), Alvarinho (AD Valongo) e Reinaldo García Mallea (Barcelona).


Em Maio passado, numa das primeiras entrevistas como treinador da equipa principal de hóquei do FC Porto, Guillem Cabestany disse que o “FC Porto terá de reinventar estrelas”.

Guillem Cabestany (fonte: O JOGO, 05-05-2015)

É isso que está a acontecer?
Será que estamos no caminho certo?

O hóquei em patins não é uma das minhas modalidades favoritas e, por isso, para formar opinião, vou falando com portistas que acompanham de perto esta modalidade.

E aquilo que tenho ouvido deixa-me optimista… para daqui a dois ou três anos.

2015/2016 é uma época de transição, em que é preciso integrar jogadores e consolidar processos

Temos um lote de jogadores jovens com um enorme potencial e, possivelmente, um futuro brilhante

A equipa está a crescer e, se continuar assim, dominaremos novamente a modalidade daqui a dois ou três anos

Admito que tudo isto seja verdade mas, honestamente, no FC Porto não estávamos habituados a projetos de futuro. O (bom) hábito no FC Porto era termos equipas para lutar por títulos no presente. Ora, no hóquei, parece que isso não vai ser possível esta época.

E, por falar no presente, este fim de semana o FC Porto foi a Barcelos e sofreu a 2ª derrota no campeonato.

Reinaldo "derrota" o FC Porto (fonte: O JOGO, 23-11-2015)

Depois do que vem mostrando com a camisola do Oquei de Barcelos e, particularmente, daquilo que mostrou neste jogo contra o “seu” FC Porto, talvez (talvez...) REInaldo Ventura ainda pudesse envergar a camisola azul-e-branca que suou durante 25 anos.

Reinaldo Ventura – 25 anos de dragão ao peito (clicar na imagem para ampliar)

Obviamente, não digo que, aos 37 anos, o REI ainda tenha condições físicas para jogar 50 minutos por partida, mas parece-me que ainda daria muito jeito à equipa actual do FC Porto.

Mas isto sou eu, que não percebo nada de hóquei em patins, a divagar…

domingo, 22 de novembro de 2015

Caçar passarecos nos Açores

foto: lusa / maisfutebol

Acordei, nesta bonita manhã de Novembro, com vontade de caçar.
Não estava chuva, nem orvalho, estava era um frio significativo. Mas o sol brilhava.
Falei a dois ou três amigos mas não consegui organizar uma rápida ida ao Alentejo.

A caçada ficou para a tarde, reservada para a passarada vermelha dos Açores. E arrear na passarada vermelha sempre me deu, também, muito gozo.

Às 18h00, lá começou.

Uma defesa tipo B, mas que, em minha opinião, foi honesta. Helton seguro. Marcano também.  Lichnovsky e V. Garcia cumpriram.
Um meio campo que soube jogar, com Imbula, Evandro e um promissor Sérgio Oliveira.
Na frente um Varela sem surpreender,  um Bueno cada vez melhor e um Osvaldo que vai deixar poucas saudades se sair em Janeiro,  como se tem falado.

Logo aos 6 minutos, Bueno centra de forma perigosa para a área, sem que ninguém apareça a finalizar.

Cerca de dois minutos depois começa a sessão de sarrafada do açoriano Stela: são-lhe poupados 7 cartões amarelos ao longo do jogo.
O primeiro aos 8 minutos.
O segundo também aos 8 minutos,  na jogada seguinte.
Ao minuto 23 entra sobre Varela, cortando um contra ataque.
Ao minuto 27, nova entrada aos calcanhares de Evandro.
Ainda no minuto 27, nova entrada sobre Imbula.
Aos 60 minutos,  numa entrada sobre Jose Angel, altura em que o árbitro lança sobre o pauliteiro um sério aviso (um jogador interpreta um aviso como "ok, ainda posso dar mais uma, que só levo amarelo na próxima").
E, finalmente, aos 73 minutos, com nova paulada em Bueno.
Se fosse contra os vermelhos do Continente, o Stela tinha ido tomar banho muito mais cedo.

Depois de um minuto 10 em que houve três cantos consecutivos, chega o golo ao minuto 13: excelente centro de Jose Angel e boa entrada de Bueno de cabeça (embora a guarda-redes pudesse ter feito melhor).

No resto da primeira parte, fizemos a passarada voar de um lado para o outro e ansiar pelo intervalo. Fizemo-los correr, cheirando a bola, mas pouco lhe tocando. Atuação racional.

E foi assim que, aos 39 minutos, Osvaldo no lado esquerdo do campo, centra com o seu pé direito para a área.  Um bom centro, com a bola a cair no peito de Bueno que, dominando-a,  remata de primeira também com o pé esquerdo. Um golo importante, bonito e de excelente recorte técnico.

Na segunda parte registei uma boa desmarcação de Evandro a passe de Sérgio Oliveira  (revelou boa visão,  o rapaz) aos 61 minutos, mas Evandro não foi suficientemente rápido nem hábil para passar o guarda-redes açoriano.

A partir dos 70 minutos a passarada já não conseguia correr, depois do muito que já tinha corrido.
No entanto, ainda tivemos o momento "mano de Dios" à portuguesa: os vermelhos conseguiram levar a bola às redes, mas fizeram-no após o avançado ter correspondido com a mão a um centro para a pequena área.

Cumprimos o nosso dever: descansámos a equipa; rodámos jogadores; abordámos  o jogo de forma séria; marcámos quando foi preciso; fizemos correr a bola quando preciso; tivemos personalidade e procurámos rigor.
Queríamos mais golos? Possivelmente. Mas prefiro ganhar por 2 e fazer um jogo sério e personalizado, lançando jogadores, do que ganhar por 4 com golos resultantes apenas de jogadas individuais.
Parabéns aos jogadores e, esta tarde, ao treinador.

Depois de abater passarada vermelha, foi tempo de limpar armas. Um arroz de favas e um tinto do Alentejo, que a caça cansa muito.

A propósito: eu vi um jogo da taça com algum desequilíbrio.  Alguém sabe como ficou o jogo - seguramente equilibradíssimo - entre o Real e o Barcelona?

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

E o maior é…

Pelos vistos, no “campeonato do facebook”, o FC Porto é o clube português que tem mais seguidores.

Os três grandes no facebook (fonte: O JOGO, 19-11-2015)

Os três grandes no facebook (fonte: capa de O JOGO, 19-11-2015)

Os três grandes no facebook (fonte: O JOGO, 19-11-2015)

Mas, mais importante que ser o maior (em número de sócios, número de adeptos, número de seguidores no facebook, …), interessa ser o MELHOR. E nesse aspecto há poucas dúvidas, os resultados (a nível interno e externo) falam por si.

domingo, 15 de novembro de 2015

Os sucessores de Danilo e Alex Sandro

Danilo e Alex Sandro foram duas contratações em que a FC Porto SAD investiu quase 30 milhões (uma "loucura", para os padrões do futebol português) mas, nos anos que passaram no Porto, cresceram como jogadores, tiveram um muito bom desempenho futebolístico, valorizaram-se e, ao serem transferidos para dois colossos europeus, renderam bom dinheiro (mais-valias) à SAD portista.

Apesar do significativo encaixe financeiro efectuado pela FC Porto SAD, as saídas dos dois laterais brasileiros (titulares indiscutíveis nos últimos três anos), ainda por cima simultâneas, causaram apreensão entre os adeptos, devido à grande influência que ambos tinham nas acções defensivas e ofensivas da equipa.

O peso de Danilo e Alex Sandro na UCL 2014/15 (fonte: GoalPoint)

Bem, após os primeiros três meses da época 2015/2016, penso que já se pode dizer que os piores receios eram infundados.
E porquê?
Porque a SAD conseguiu arranjar dois jogadores – Maxi Pereira e Miguel Layún – que, em termos de rendimento dentro do campo, superaram as expectativas (pelo menos as minhas).

Ora, se custa a crer como é que o SLB deixou sair Maxi Pereira para um rival (e a custo zero!), ainda é mais incrível como é que um jogador com o rendimento de Layún andava “escondido” no Watford.

Golos e assistências de Maxi e Layún (fonte: O JOGO, 12-11-2015)

Olhando para o desempenho que os dois novos laterais dos dragões tiveram na generalidade dos jogos já disputados, parece-me claro que não será por causa da “troca” de Danilo por Maxi e menos ainda de Alex Sandro por Miguel Layún, que o FC Porto 2015/2016 é (será) mais fraco que o FC Porto 2014/2015.

sábado, 14 de novembro de 2015

Jornal O Porto, do ano em que eu nasci…

Jornal O Porto (fonte: Paulo Bizarro)

Jornal O Porto de 19 de Maio de 1967. O ano em que eu nasci.

Em 1967, o Diretor e Editor do Jornal O Porto (jornal que foi substituído pela revista Dragões em meados dos anos 80) era o Dr. Fernando Cabral (1928 - 2008), o qual chegou a ocupar o cargo de vice-presidente de uma Direção do FC Porto presidida por Afonso Pinto de Magalhães.
Mais tarde, em Dezembro de 1985, foi eleito presidente da Câmara Municipal do Porto, sucedendo a Paulo Vallada e antecedendo a eleição, em 1989, do Dr. Fernando Gomes (atual vice-presidente do clube e administrador da SAD), para o seu primeiro mandato.

Na capa desta edição do jornal O Porto, os destaques são um treino, à chuva (!), dos atletas da equipa de natação portista e uma entrevista com um ex-futebolista do FC Porto nos anos 40 – António Santos – avô do meu amigo Paulo Bizarro (de cujo Facebook “roubei” a foto/imagem do jornal), a falar sobre o passado e o presente do FC Porto.

Já agora, em 1967, o Jornal O Porto custava 1 escudo e 50 centavos (1$50).
Vejam lá quanto é que isso dá em Euros (Cêntimos) …

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

APAF trata do inquérito aos árbitros

(Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol)

Árbitros garantem que todos os clubes dão lembranças
11 de Novembro de 2015

Os árbitros já responderam às questões colocadas pela Comissão de Inquérito da Liga sobre as alegadas prendas do Benfica. Nestas respostas, a que a TSF teve acesso, os árbitros não confirmam convites para refeições feitos pelo Benfica.

Os 180 árbitros, assistentes e observadores responderam todos da mesma forma. Seguiram uma minuta criada pela APAF (Associação Portuguesa de árbitros de Futebol) e confirmam que o Benfica e outros clubes ofereciam lembranças nos mesmo termos e contextos.

Neste mail de resposta às perguntas da Comissão de Inquérito da Liga, os árbitros nunca usam as expressões "voucher", "refeições", "almoços" ou "jantares". Dizem apenas que, por ser generalizada e circunstancial a entrega de tais ofertas, dependendo às vezes de factos tão concretos como aniversários de clubes, celebrações de feitos desportivos ou evocação de glórias, é impossível recordar ou localizar com precisão se em determinado jogo foi feita essa oferta.

Neste email a que a TSF teve acesso, os juízes explicam ainda que, ao longo da carreira, foi hábito generalizado os clubes oferecerem pequenas lembranças como porta-chaves, galhardetes, cachecóis, livros, camisolas ou produtos regionais como pão, doces e vinhos.

A maioria das vezes estas ofertas foram feitas no final dos jogos, à saída dos balneários e à vista de todos, sendo que nas competições profissionais também os delegados e assistentes da Liga os receberam.

Os 180 árbitros, assistentes e observadores concluem que estas ofertas, de valor irrisório, recebidas por boa educação e cortesia, não afetaram a imparcialidade até porque a entrega era feita no final dos jogos.


(Kit oferecido aos árbitros pelo Benfica. Inclui uma camisola, entradas em museu e vouchers para refeições)

Ou seja, a zelosa APAF fez uma minuta para orientar os árbitros nas respostas ao questionário da Comissão de Inquérito da Liga. E as conclusões são, obviamente, que todos os clubes dão presentes e que estes não diferem na sua natureza. A APAF e os árbitros mentiram porque não confirmam que o Benfica lhes ofereceu vouchers para refeições. É a própria associação dos árbitros que está a tentar desculpar o clube do regime e equiparar as suas acções e atitudes com a dos restantes clubes das competições profissionais. Resta saber se a Liga, enquanto entidade que representa todos os clubes, vai relevar estas respostas ou se finalmente vai tomar uma atitude correcta e independente distinguindo galhardetes e outros adereços simbólicos de almoços, jantares e entradas em museus, que são ofertas de valor pecuniário muito mais significativo.
   

terça-feira, 10 de novembro de 2015

"O árbitro marcava tudo para o Sporting"


"Não sei se vale a pena recorrer a Vítor Pereira, as coisas vão-se acumulando e assim é muito fácil o Sporting ser campeão. O árbitro marcava tudo para o Sporting e nada para o Arouca. Não marcou um penalti descarado. Não teve coragem", declarou, ao programa Bola Branca, Carlos Pinho, presidente do Arouca, lamentando as incidências do jogo de domingo.

O Sporting venceu o Arouca por 1-0, com o golo a ser apontado aos 91'. No entanto, aos 83', com o resultado em 0-0, um jogador do Arouca, Adilson Goiano, é derrubado por Naldo na área sportinguista quando apenas lhe bastava "encostar" para marcar golo. É uma grande penalidade óbvia - "descarada" como diz o presidente do Arouca - num lance que pode ser revisto aqui.

O árbitro do jogo foi Cosme Machado.

É este o estado da arbitragem em Portugal. Vítor Pereira lá vai passando por entre os pingos da chuva, levando a água ao seu moinho. Quando o beneficiado não é o Benfica, é o Sporting. E assim se mantém o poder da arbitragem ao serviço dos clubes de Lisboa.
   

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Posso rematar, mister?

foto: maisfutebol/lusa

Mais um jogo de nervos no Dragão. A equipa teima em repetir primeiras partes demasiado suaves, com pouco acerto e muitas dúvidas na hora de rematar à baliza. E lá foi o FC Porto, mais uma vez, com o nulo para o intervalo, o que retira confiança à equipa e aos adeptos. Porque não começar logo o jogo encostando o adversário às cordas, à Porto? Porque não utilizar aquele domínio avassalador da segunda parte logo na primeira parte? Porquê deixar André André no banco e pô-lo a aquecer aos 12 minutos de jogo?!

O que já começa a acontecer com demasiada frequência é os adversários virem ao Dragão com uma defesa muito povoada e perceberem que o FC Porto tem muitas dificuldades para furar muralhas defensivas por não jogar em velocidade. Não temos uma única jogada de contra-ataque ensaiada, e isto já vem da época passada, quando Óliver parava o jogo depois da recuperação de bola e permitia o reposicionamento do adversário. O jogo da paciência faz perder a paciência.

Temos alguns jogadores com baixos índices de confiança e motivação. O caso mais flagrante é o de Aboubakar mas é preciso não esquecer Brahimi. O camaronês nunca desiste, é muito esforçado, está a atravessar uma fase menos boa mas ontem acabou herói quando respondeu de cabeça a um cruzamento de Layun – o melhor em campo – e fez o primeiro golo do FC Porto. Estava desfeita, finalmente, a resistência sadina. Passados alguns minutos o mesmo Layun aproveitou uma bola de ressaca e faz um grande golo (depois de outro belo golo em Tel Aviv no jogo anterior).

O treinador foi infeliz em deixar André no banco mas esteve bem quando fez entrar Imbula. O francês foi um verdadeiro tractor a recuperar bolas e a apostar na verticalidade do jogo, deixando sempre vários adversários para trás.

A ideia que fica deste Porto é a de uma equipa que troca a bola vezes sem fim antes de chegar à baliza do adversário e, quando fica perto da zona de finalização, os jogadores insistem em passar a bola sempre mais uma e outra vez. Há demasiada cerimónia para o remate por parte destes jogadores altamente dotados. Há sempre mais um passe, há sempre mais uma mudança de flanco. Na segunda parte, e após vários minutos de trabalho intenso para encostar o Setúbal atrás, com cantos consecutivos, foram vários os jogadores que “furaram” o esquema de Lopetegui e foram-se posicionando dentro da área contrária para tentar o golo. Parece que é preciso pedir licença ao treinador para rematar à baliza.
   

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mais uma? Sim, mais uma nomeação "estratégica"

(Tiago Martins)

Depois da nomeação de Bruno Paixão para o União da Madeira x FC Porto, que não surtiu o efeito desejado (para já) devido ao mau tempo que impediu que o avião que transportava os jogadores do FC Porto aterrasse no Funchal, Vítor Pereira não se deu por vencido e nomeou para o jogo do próximo Domingo, FC Porto x V. Setúbal, o árbitro lisboeta Tiago Martins.

Na primeira jornada desta época, este árbitro esteve no jogo Benfica x Estoril. Corria o minuto 10 quando Luisão empurrou um jogador do Estoril (Bonatini) pelas costas, desequilibrando-o e derrubando-o já dentro da área. Martins mandou seguir... Com o resultado em 0-0, ficou um penalty por assinalar contra o SLB, a que acresce uma possível expulsão de Luisão, o que deixaria os encarnados de Lisboa a jogar com menos um durante 80 minutos.

Luisão empurra Bonatini pelas costas (fonte: record.pt)

Mas o "artista" que Pereira agora nomeou já esteve em jogos do FC Porto e do FC Porto B e não conseguiu disfarçar o ódio primário que sente contra o nosso clube. Já em Fevereiro deste ano, num jogo Oriental x FC Porto B, o "artista" expulsou 3 jogadores do FC Porto B.

Tiago Martins em "grande" no Oriental x FC Porto B (fonte: O JOGO, 26-02-2015)

«Um FC Porto B reduzido a oito jogadores (por expulsões de Pavlovski, David Bruno e Pité) saiu esta quarta-feira do estádio do Oriental derrotado por 3-0, em encontro da 30.ª jornada da Segunda Liga. Tratou-se de um jogo em que os Dragões foram profundamente infelizes, não só porque sofreram golos fortuitos mas também devido à acção do árbitro Tiago Martins, que mostrou falta de bom senso e um critério disciplinar desequilibrado.»
in www.fcporto.pt

Luís Castro sobre a atuação de Tiago Martins (fonte: O JOGO, 26-02-2015)

A conduta de Vítor Pereira, o presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, demonstra bem o estado de putrefacção do sector, particularmente ao nível das nomeações e das classificações dos árbitros (vide caso do “saneamento” do ex-árbitro Marco Ferreira).

Para conhecer quem é este Tiago Martins:

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Apuramento quase garantido

foto: maisfutebol

O FC Porto venceu o Maccabi e está a um ponto do apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Na deslocação a Haifa os portistas marcaram 3 belos golos. Os marcadores dos golos (Tello, André e Layun) foram os melhores em campo, faltando a estes acrescentar Maxi, que mais uma vez deu o máximo em prol do colectivo.

Apesar da vitória expressiva o sector defensivo ainda sofreu alguns sustos, principalmente no início da partida. A entrada em jogo exige mais concentração por parte da equipa dado que, se o adversário fosse outro, poderíamos ter sofrido um golo. Passado o primeiro quarto de hora o FC Porto pegou no jogo e arrancou seguro para a vitória.

Na segunda parte Herrera voltou à equipa depois de uma longa hibernação mas acabou por mostrar que não tem ritmo competitivo para entrar no 'onze' titular. Quis mostrar serviço mas fartou-se de perder a bola e pouco acrescentou.
Aboubakar esteve desinspirado e falhou um golo de baliza aberta (e Evandro falhou outro)! O camaronês tem estado pouco confiante nos últimos jogos. A vencer por 3-0, Lopetegui poderia ter dado uma oportunidade para André Silva se estrear no lugar do ponta-de-lança.

Já perto do fim o árbitro grego resolveu dar uma Capelada e oferecer um penalty ao Maccabi, que assim aproveitou e fez o seu primeiro golo na prova este ano.

Agora há que pensar já no jogo do próximo Domingo, no Dragão, contra o V. Setúbal. O FC Porto terá de imprimir maior intensidade ao jogo desde o primeiro minuto para não chegar ao intervalo a zero e trazer maior nervosismo e pressão para a segunda parte. As entradas em jogo, a jogar em casa, têm de ser de maior pressing sobre os adversários. A equipa não pode desperdiçar 45 minutos à espera que um golo caia do céu.
   

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Bullying institucional

Ao longo da sua história, o FC Porto sempre foi alvo de ataques vis da comunicação social maioritariamente lisboeta. Neste país, uma grande parte daqueles que possuem uma carteira de jornalista não tem a ética nem a coluna vertebral para informar com isenção, rigor e imparcialidade. E os sócios e adeptos do FC Porto apercebem-se disso desde muito novos.

Nos últimos anos, fruto talvez do crescente ressabiamento pelas conquistas aquém e além-fronteiras, o clube tem sido alvo de um verdadeiro comportamento de “bullying” por parte daqueles que se deveriam limitar a informar com rigor e objectividade.

Se a alguns meios informativos (se assim se podem chamar?!) já nenhuma “notícia” ou atitude nos espanta, como é o caso do ignóbil Correio da Manha, a outros, até pela sua natureza jurídica, se exigiria um tratamento respeitoso e com o devido distanciamento como são o caso a RTP, uma televisão pública, ou a SIC e a TVI, televisões privadas detidas pela Impresa e pela Mediacapital, respectivamente. Mas mesmo estas, com o caso vergonhoso da RTP, financiada pelos impostos de todos, não têm tido o respeito e a imparcialidade que o FC Porto, como qualquer outra instituição, merece.

Os “erros” ou os lapsos de linguagem com o nome do FC Porto têm sido muitos. De tal forma que o Clube se viu obrigado a apresentar uma exposição à ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) no passado mês de Setembro. Certamente que teremos de esperar sentados por consequências para os “jornalistas” responsáveis por esses “lapsos”, até porque a ERC costuma reagir tarde e mal.


“Moutinho já treinou com o “Porco”… com o Porto, no centro de estágios do Olival…”



“…esperar que o FC Porco perca…”



“Julen Lopetoqui” por Pedro Pinto

Página oficial do DN no Facebook

Já muito se discutiu sobre qual seria a melhor forma de o Clube lidar e combater estes abusos de confiança e desrespeito grosseiro. A verdade é que se os tribunais e os reguladores, cuja existência serve a protecção dos cidadãos e das instituições de outros mal intencionados, nada fizerem, acordará muito provavelmente nos sócios o instinto natural de autodefesa às reiteradas agressões exteriores. "Quem semeia ventos, colhe tempestades".
   

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Convém que JJ diga tudo o que sabe


Há um vídeo a circular na net que mostra um diálogo curto entre Jorge Jesus e o 4º árbitro, supostamente no recente jogo em Alvalade entre o Sporting e o Estoril.

"Eu conheço-o...
Eu sei muita coisa, atenção!
Eu sei muita coisa do ano passado… Beeeeem!"

Não é preciso ser um especialista em leitura labial para perceber que Jorge Jesus diz, em tom de aviso e ameaça, que conhece o árbitro e que sabe “coisas” do ano passado acerca dele. Ora, o “ano passado” é na prática a época desportiva 2014-2015, em que Jorge Jesus treinou o Benfica. E foi precisamente nessa época que ocorreram pressões sobre os árbitros para favorecerem o Benfica. O ex-árbitro Marco Ferreira já o denunciou publicamente por diversas vezes e, tanto os responsáveis federativos como os do Ministério Público assobiaram para o ar. O que está a acontecer é impensável mas demonstra bem que em Portugal há um clube do regime a quem tudo é permitido e que tem de vencer quase por decreto e há um clube de corruptos, a Norte claro, a quem tudo é penalizado mesmo sem nexo de causa-efeito dentro das quatro linhas. É este o nosso triste país que ainda guarda vícios nocivos do Estado Novo como as corporações, da qual o SLB é o maior exemplo vivo.

Convinha que Jorge Jesus viesse esclarecer as “coisas” que sabe do “ano passado” porque a suspeita está lançada e é preciso investigar o que se terá passado para, eventualmente, punir o Benfica e Vítor Pereira, o presidente da Comissão de Arbitragem. Todos vimos os favorecimentos de que foi alvo o clube do regime. Foi tudo tão óbvio que é perfeitamente possível documentar lances de favorecimento grosseiro.

Esses lances e essas situações foram denunciadas aqui no Reflexão Portista em diversos artigos:
Só não viu quem não quis ver.

Depois de tudo o que foi dito e feito na mega-investigação “Apito Dourado” e sobre a necessidade de haver “verdade desportiva”, não há outra alternativa que não seja a investigação pela polícia e a punição do SLB com a descida de divisão. O campeonato de 2014-2015 foi viciado no campo pela actuação das equipas de arbitragem. E isso o tempo nunca apagará.