sábado, 30 de dezembro de 2017

Da série “Largos dias têm 100 anos”

PJ investiga jogo do Benfica, CMTV

Capa do 'Correio da Manhã' de 30-12-2017

«A Polícia Judiciária está a investigar suspeitas de pagamentos a jogadores do Rio Ave para perderem um jogo com o Benfica para a época 2015/2016, a 23 de Abril de 2016. Esta investigação insere-se no âmbito dos alegados esquemas de viciação de resultados que a PJ tem investigado, e que já fez quatro jogados do Rio Ave arguidos.
Segundo o Correio da Manhã, que avança a notícia, a Judiciária terá encontrado indícios de que um encontro envolvendo o Benfica poderá ter sido falseado. Testemunhas inquiridas pela PJ do Porto indicaram que, em Abril de 2016, empresários ligados ao Benfica terão abordado os jogadores agora constituídos arguidos no processo do Feirense - Rio Ave.
Além disso, a decisão da investigação ser transitada para Lisboa, apura o CM e a CMTV, foi tomada pelo magistrado do Ministério Público, que entendeu que este crime tem relação com outras investigações - como o caso dos e-mails que a SÁBADO tem abordado - que têm o Benfica como alvo e que estão entregues à Unidade de Combate ao Crime Económico e Financeiro da PJ


Capa de O JOGO de 30-12-2017

«O jornal "Correio da Manhã" avançou, na noite de sexta-feira, a notícia de que os jogadores do Rio Ave arguidos por viciação de uma partida com o Feirense são também suspeitos de terem recebido dinheiro para perder com o Benfica. Ao que O JOGO apurou, a investigação tem, no entanto, um âmbito maior e inclui, pelo menos, dois jogos com outras duas equipas da I Liga e pagamentos e tentativas de aliciamento a vários outros jogadores.
De acordo com o "Correio da Manhã", os intermediários seriam empresários ligados ao Benfica. No caso do jogo com o Rio Ave, a abordagem foi feita em abril do ano passado, antes de uma partida que os lisboetas viriam a ganhar por 1-0. Ao contrário do que adianta o CM, os futebolistas vila-condenses envolvidos não são os mesmos quatro que o Ministério Público constituiu arguidos no processo do jogo com o Feirense. Só Cássio e Marcelo constam de ambos; Roderick não jogou essa partida e Nadjack estava emprestado. Foi, aliás, nos telemóveis confiscados aos dois primeiros jogadores que a Polícia Judiciária descobriu os sinais de uma outra partida viciada. O JOGO sabe que foi a partir dessa investigação que a PJ chegou aos indícios de, pelo menos, mais dois jogos desvirtuados em favor do Benfica


´Título do Benfica investigado', RTP 1, 30-12-2017

«Os polvos são moluscos marinhos da classe Cephalopoda, da ordem Octopoda (…). Como o resto dos cefalópodes, o polvo tem um corpo mole, sem esqueleto interno (…). Como meios de defesa, o polvo possui a capacidade de largar tinta, de mudar a sua cor (camuflagem, através dos cromatóforos) e autotomia dos seus braços
in Wikipédia


2017 termina em grande e 2018 é um ano que promete. Até porque, com tantos e-mails, com tanta gente (ligada ao SLB) envolvida, com tantos indícios, com tantas evidências, parece-me que o melhor ainda estará para vir…

Votos de um bom ano 2018 e não se esqueçam: largos dias têm 100 anos!

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Marega e o mercado

JN de 19-12-2017

«Às costas de Marega».
Foi este o título escolhido pelo JN, para a notícia de capa referente à vitória (3-1) do FC Porto sobre o Marítimo.

É um título feliz, ilustrado por uma foto de Brahimi (duas assistências) às costas de Marega (dois golos e MVP deste FC Porto x Marítimo).

Com os dois golos que marcou no jogo de ontem à noite, Marega já leva 12 golos em 1150 minutos no campeonato português (1 golo a cada 96 minutos). E nenhum destes golos foi de penálti.

Marega é o melhor exemplo de como o Sérgio Conceição foi capaz de “esticar” um plantel curto (de cuja qualidade muitos desconfiavam), tirando o máximo partido dos jogadores à sua disposição.

Mas há mais. Do onze inicial de ontem, fizeram parte quatro jogadores – Diego Reyes, Ricardo Pereira, Aboubakar e Marega – que não serviram para outros treinadores do FC Porto e, por isso, foram dispensados (emprestados).

Pois bem, foi com estes que o FC Porto ganhou e é com estes que a EQUIPA liderada por Sérgio Conceição chegou à “paragem” do Natal 2017 na frente do campeonato, com o melhor ataque e a melhor defesa.

E depois, a gente olha para os jogadores que ontem estavam no banco de suplentes – Casillas, Felipe, André André, Óliver Torres, Hernâni, Corona, Soares – a que se juntaram, num treino após o jogo, mais alguns que ficaram de fora (Layun, Sérgio Oliveira, etc.) e começa a ser difícil acreditar que o plantel 2017/18 é curto.

Treino noturno com os jogadores menos utilizados

Reforços em Janeiro?
Não me parece que, nesta altura, haja muitos jogadores disponíveis melhores do que aqueles que ontem ficaram fora do onze titular (e, já agora, que estejam ao alcance da bolsa da FCP SAD).

Veremos o que o mercado de janeiro irá trazer. Da minha parte, os reforços que considero prioritários, são as renovações com a atual dupla de defesas centrais - Iván Marcano e Diego Reyes.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Surreal

Na época passada, após o cd tondela ser goleado por 4-0 no Estádio do Dragão, Pepa chegou à sala de imprensa com cara de caso e centrou as suas declarações numa crítica feroz, verdadeiramente surreal, à arbitragem desse jogo.

O jogo ficou estragado. Vi agora as imagens e nem quis acreditar no que vi. Foi surreal a expulsão e foi surreal o penálti

Ontem, seguindo uma tradição de vários anos, o cd tondela foi novamente goleado em casa pelo slb (1-5).

Contudo, ainda na 1ª parte, antes do slb chegar à goleada, aconteceu isto…

Fejsa atinge Murilo na cara

Cartão vermelho por mostrar a Fejsa (Tribunal de O JOGO)

E logo a seguir isto…

Penálti por assinalar contra o slb (Tribunal de O JOGO)

Pois bem, no final deste cd tondela x slb, o que disse Pepa sobre o trabalho da equipa de arbitragem (liderada por Tiago Martins) e sobre o VAR (Hélder Malheiro)?

Rigorosamente nada.
Surreal?
Não. Verdadeiramente surreal é haver um clube como o cd tondela na I Liga, que se comporta como clube-satélite do slb, cujo presidente assume descaradamente ser benfiquista e cuja característica comum à escolha dos treinadores (Vítor Paneira, Rui Bento, Petit, Pepa) é terem de ser ex-jogadores do slb.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A irregularidade que precedeu o 1º golo

A maré azul invadiu Setúbal e foi avassaladora, no relvado e nas bancadas.

Contudo, apesar da goleada (0-5), apesar de ter sido uma vitória sem espinhas, houve muito boa gente que ficou com uma “espinha” entalada na garganta e queira manchar a vitória do FC Porto, apontando o dedo ao primeiro golo dos “dragões”.

Houve alguma irregularidade no primeiro golo de Aboubakar?
Sem dúvida, há imagens que são muito claras. Basta olhar para a camisola do Aboubakar…

Edinho puxa a camisola de Aboubakar (Tribunal O JOGO)

P.S. O comentador de arbitragem da BTV2... perdão, da SportTv, só vê o que lhe apetece e no lance do 1º golo não viu a camisola do Aboubakar a ser puxada pelo jogador do Vitória Setúbal. Por outro lado, vê coisas que não acontecem. Ao contrário do que diz o senhor Pedro Henriques, é falso que o contacto do Aboubakar, com as mãos, nas costas do Edinho tenha sido feito quando o jogador do Vitória Setúbal está com os pés no ar. É só rever as imagens com os olhos abertos...

P.S.2 Antes do primeiro golo, já o Vitória Setúbal deveria estar a jogar com menos um jogador. Mas isso, claro, não é assunto para os “cartilheiros” ou para os comentadores da BTV2... perdão, da SportTv.

Entrada de sola ao tornozelo de Marega (Tribunal O JOGO)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Sem "os padres que escolhemos e ordenamos"…

Seis jogos, seis derrotas (capa de O JOGO de 06-12-2017)

Nos seis jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões 2017/18…

- o SLB marcou um golo; o FC Porto marcou 15!

- o SLB esteve cinco jogos seguidos sem marcar; o FC Porto marcou em todos os jogos.

- o SLB teve um diferencial de -13 entre golos marcados e sofridos; o FC Porto teve um diferencial de +5 golos.

- o SLB obteve 0 (zero!) vitórias nos seis jogos disputados; o FC Porto obteve 3 vitórias no mesmo número de jogos.

- o SLB terminou a fase de grupos com 0 pontos (pior registo de sempre de uma equipa cabeça de série); o FC Porto terminou a fase de grupos com 10 pontos (e apurou-se pela 14ª vez para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões).

- o SLB foi a única das 32 equipas desta fase de grupos a terminar com 0 (zero) pontos; o FC Porto é a única das três equipas portuguesas a continuar em prova.

- o SLB encaixou apenas o valor do prémio de participação na fase de grupos (12,7 milhões de euros); o FC Porto já encaixou 23,7 milhões (e poderá encaixar mais).

Os factos são muito claros. Sem a colaboração da arbitragem (como disse António Rola), ou sem poder ter os “padres” que escolhemos e ordenamos (como diria Adão Mendes), este SLB fica reduzido à sua verdadeira dimensão.

"os padres que escolhemos e ordenamos"

Quanto ao FC Porto, tendo disputado a fase de grupos contra o melhor Besiktas de sempre e os atuais 2ºs classificados dos campeonatos alemão e francês, demonstrou na Europa a diferença real que existe entre as duas equipas.

Cartoon em A BOLA

Fica a dúvida: Qual seria a diferença pontual entre o FC Porto e o SLB, se os jogos do campeonato português fossem arbitrados por árbitros estrangeiros?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Que mais?

Não sei se a gravidade de tudo isto que tem acontecido ao FCP terá sido já avaliado na sua verdadeira dimensão.
Se após duas mudanças radicais, da época passada para a actual, como foram a introdução do VAR e também depois do FCP ter exposto, com provas factuais, parte do esquema de favorecimento ao slb, a situação, em termos de arbitragem, permanece praticamente inalterada, a pergunta lógica a fazer é quão mais teremos que jogar para, um dia, nos colocarmos a salvo destes factores externos e vencermos o campeonato?

Se, como nesta presente época, somos claramente superiores a slb e scp e, mesmo assim, deles não conseguimos descolar, o que mais teremos que fazer para o conseguir?

Se, como até ao momento, ganhámos todos os jogos contra as equipas fora dos "três grandes" (com excepção de um único, em que realmente não fomos superiores ao nosso adversário, naquele jogo na Vila das Aves) e merecemos claramente vencer em Alvalade o scp e também agora no Dragão o slb, começa a ser cada vez mais difícil melhorarmos para uma dimensão - tamanha - em que os erros arbitrais não nos façam mossa.

Se nesta nova "Era" que agora vivemos, com VAR e o "Polvo" vermelho exposto, continuamos a ser prejudicados como há um ano, a questão passa a ser como, ou se, iremos alguma vez re-conquistar o título de campeões nacionais. E não nos referimos sequer apenas a esta presente época.
Há um limite a partir do qual não poderemos fazer muito mais contra slb e scp. É de temer que esse limite esteja próximo. Basta ver o quanto jogámos nos dois últimos encontros, em casa, contra o nosso grande rival. Tanto futebol para apenas dois empates.

Os jogos do slb continuam a ser arbitrados sem que se cumpram sempre as regras do futebol.
Assim sendo, poderá perfeitamente acontecer que nem um futebol com a qualidade daquele que apresentámos aquando das nossas conquistas europeias, seja suficiente para quebrarmos de vez o estado actual das coisas no desporto em Portugal.

sábado, 2 de dezembro de 2017

"Roubo de Igreja" e "Roubo de Carteira"

O FC Porto vai ser campeão.
Depois de um dos mais inacreditáveis "roubos de Igreja" que a Invicta já viu a convição não podia ser mais forte. Pedroto estaria pouco surpreendido ao descobrir que mais de quatro décadas depois da sua mítica expressão ter dado à luz, tudo continua igual e a impunidade grassa sobre o futebol português. As pistas estavam lá, nos jogos do Benfica e, sobretudo, nos jogos do Porto. Um ano mais uma equipa sem ideias, sem futebol, sem talento e sem treinador, em condições normais, chegaria a Dezembro fora da corrida do título como lhe aconteceu dezenas de vezes (e aos vizinhos do lado) durante os anos noventa e dois mil. Mas estamos na era do Vieirismo, da amizade com os poderes do governo, da justiça e da polícia, dos relatórios secretos sobre os árbitros, dos sms com mensagens comprometedoras, da espionagem sobre o presidente da Federação e afins, a era dos Guerra, dos Marinho e da impunidade absoluta. E por isso mesmo, um ano mais, uma equipa vulgar, colocada no seu devido sítio na Europa, onde tudo isso vale zero, está a três três pontos da liderança e bem dentro da corrida. E vai continuar a estar, por muito mal que joguem. Porque é imperioso que estejam. Porque este Portugal, "pos-democrático", é mais salazarista e centralista que o Portugal contra o qual Pedroto lutou e denunciou. E essa realidade, por muito que se denuncie em prime-time, não se apaga com um sopro de vento. Será preciso outro terramoto para varrer a escumalha que nos meandros do futebol português adultera, ano atrás ano, a competição. Até lá estes "roubos de Igreja" vão continuar a ser frequentes e a sobranceria dos Vitória, jactando-se da sua própria incompetência, agradecendo aos VAR que ficam calados quando devem falar. Dos golos limpos anulados. Das mãos que são peito ou dos peito que são mãos. Dos empurrões, cuspidelas e socos aleivosos. A isso pode agradecer Vitória, que de futebol entende tanto como de matraquilhos, ter saído vivo de uma caldeira que estava preparada para cozer o Polvo mas que se encontrou com tentáculos que ainda são mais fortes do que podemos imaginar. Tentáculos que, ainda assim, serão insuficientes em Maio.



Porque o FC Porto vai ser campeão.
Contra os "roubos de Igreja" e também contra os "roubos de carteira". Ler entrevistas ou declarações inoportunas e oportunistas de Pinto da Costa tornou-se num dos melhores exercícios de stand-up comedy de Portugal. Há uns tempos queixou-se de que Lopetegui, o treinador que tanto elogiou na imprensa internacional e que lhe convenceu até a comprar Ferraris que hoje, vê-se, são Corsas noutras paragens, não era treinador para ganhar, ao contrário de Conceição. Também disse, algures no tempo, porque ao ouvir Pinto da Costa o tempo perde dimensão e lógica, como se fosse uma Matrix, que qualquer treinador seria campeão com os "Falcão, Hulks, James" e companhia, numa bicada seguramente aos Villas-Boas e Vitor Pereiras - os últimos treinadores campeões nacionais, é preciso lembrar - e que ser campeão com um plantel actual é que era. Pois era. Vitor Pereira saiu em 2013 do FC Porto. Há quase cinco épocas. Nesse espaço de tempo essa sumidade elegeu como treinadores nomes distintos, perfis distintos e com mentalidades distintas. Deu-lhes jogadores pedidos, deu-lhes jogadores que não queriam mas que tinham de ter e foi vendendo os anéis. Dos dedos, dos colares, da alma. Foi estripando o FC Porto, abrindo-o por dentro e sacando, gota atrás de gota, o sangue. O FC Porto, o mesmo clube que durante uma década foi considerado um exemplo de gestão, sobretudo como comprava muito barato, vendia muito caro e mantinha uma boa prestação desportiva, hoje está sob a alzada da UEFA. Não pode gastar nem um cêntimo sem avisar, não pode cometer nenhuma loucura, não pode investir sem somar, subtrair e contar com muitos dedos os números. Durante estes quatro anos e meio sem títulos o Porto vendeu tudo e não ficou com nada, salvo Brahimi, que ninguém parece querer, felizmente, e Herrera, que ninguém parece querer, infelizmente. Já vendeu jogadores com um ano de casa, da formação, sem sequer garantir o 100% da sua mais valia e já vendeu apostas falhadas e logradas. O que não conseguiu foi investir bem porque o supra-sumo das declarações inoportunas, seguramente com a cabeça e o corpo metido noutro lado, perdeu tudo aquilo que o ligava á sanidade da gestão futebolistica. E a carteira do FC Porto foi sendo "roubada", desde dentro, e o dinheiro ganho, as transferências milionárias, foram desaparecendo num buraco onde já cabe o Dragão e, daqui a nada, o azul e branco se for preciso. Ontem, num jogo decisivo, Sérgio Conceição, um homem que faz milagres mas a quem não se pode pedir sempre o impossível, realmente não podia deixar de olhar com inveja para os que o precederam. Os que tinham na área a jogadores como Derlei, McCarthy, Lisandro, Falcão, Hulk, Jackson ou André Silva e não Moussa Marega. Há uns tempos atrás escrevi que Marega era o exemplo desta equipa e nada pode ser mais certo. Todo o querer do mundo e toda a dificuldade do mundo incluídas num jogador que dá 200% mas que há coisas que não pode dar. A culpa nunca será sua. A culpa é de quem foi sangrando o clube a ponto de que tenha de lutar contra o maior rival de sempre, o Polvo, com Marega, com Otávio, com Aboubakar e com Herrera quando durante uma década teve jogadores de um nível muito superior, cujo dinheiro das vendas foi mal gasto, negócio atrás negócio, para não falar naquele que, misteriosamente, desapareceu e foi parar a outras mãos. Ontem o FC Porto mediu-se nu contra o Polvo. Despido por quem devia ter procurado dar-lhe o melhor traje de batalha e o despojou das armas. Conceição, os seus e os adeptos no Dragão foram à luta na mesma, porque esse é o nosso ADN, e lutou com os punhos e com a alma. E ganharão, ganharemos, esta batalha. Contra tudo e contra todos, inclusive contra aqueles que nos despiram e nos deixaram nus para, mais á frente, virem reclamar os despojos e o traje do imperador.



O FC Porto vai ser campeão.
Contra tudo e contra todos. Dentro e fora. Salvo o plantel - um exemplo de atitude mesmo quando o talento e a capacidade individual não dá para mais - e o treinador, o motor desta recuperação espiritual de uma ideia de Porto perdida desde a época das vacas gordas, contra tudo e contra todos. Contra os interesses da capital, os negócios ocultos da trama e os tentáculos nas esferas do poder. Contra as manobras rasteiras de Alexandre, contra a ressaca do "Anterismo", contra os interesses dos Teixeiras. Contra o vitimismo dos Vieira e dos Carvalho, contra a violência dos Fejsa e os braços de Luisão. Contra os fundos que andam a apropriar-se, pouco a pouco, do futuro do clube, os que hipotecaram o estádio e o negócio com a Altice e os que fizeram com que a UEFA tivesse direito para apresentar-se à porta a pedir contas. Contra o VAR calado do Polvo. Contra o silêncio oportunista de Pinto da Costa. Contra tudo e contra todos. Campeões.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Vitória moral que não nos serve de nada



O FCP merecia ter ganho em Alvalade e hoje no Dragão. Não o fez e, com todas as ajudas arbitrais e do VAR das passadas jornadas, eis que, subitamente, voltamos ao ponto zero e o campeonato, até aqui dominado pelo nosso clube, está agora relançado e com prognóstico difícil para as nossas cores.

Marega escolheu a pior altura para mostrar as insuficiências técnicas e o slb lá saiu, uma vez mais, sorridente do nosso estádio. Há um ano, foram dominados em praticamente toda a partida. Hoje, em parte e meia. Que outro clube, que não o slb, para sair deste sufoco, em duas épocas consecutivas, com dois empates? É um mistério que a ciência, um dia, terá que responder.

Não é que o nosso adversário tenha começado mal o jogo. Entrou até melhor e, durante mais de 20 minutos, dominou a partida. Porém, o FCP foi subindo de rendimento com o passar dos minutos, quando o meio-campo, finalmente, conseguiu construir jogo. Antes disso, vivemos apenas e só dos lançamentos longos paras as corridas de Marega pela direita.

Com a entrada de Otávio, o desequilíbrio atingiu o seu auge. Pelo meio, árbitro e juíz de linha não viram um jogador do slb, junto à linha lateral, a colocar toda a gente em jogo e, assim, anularam - mal - um lance que terminou com a bola no fundo das redes benfiquistas. Já na primeira-parte tinha existido um toque, junto à linha de fundo sobre Marega, que deixou muitas dúvidas.

Com o passar do tempo, o domínio era de tal ordem que parecia que o FCP iria mesmo acabar por marcar. Especialmente quando o slb ficou reduzido a 10 elementos, a partir do minuto 82.
Marega, jogando agora como verdadeiro ponta-de-lança após troca de Aboubakar por Soares, assim não o quis.

Nota ainda para uma monstruosa defesa de José Sá, já perto do final da partida, que, a entrar, seria o cúmulo dos cúmulos do azar para o FCP
E vão duas grandes defesas, do nosso jovem guarda-redes, em duas partidas consecutivas. Conseguiria Casillas evitar tais golos?