quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A noite dos filhos do Dragão

A história continua. A invencibilidade em jogos em casa na Champions League segue com mais uma exibição de monumental categoria futebolistica. O Chelsea pode nem sequer estar a atravessar o seu melhor momento mas isso não minimiza em absoluta a brutal exibição de autoridade de um Porto que parece reservar sempre a sua melhor cara para os exigentes jogos europeus em casa, tal como sucedeu no ano passado. Se a equipa tropeça na liga em campos pequenos com equipas que nada propõem a não ser ver o tempo passar, ao som da versão futebolistica de "Zadok, the Priest", os dragões saem da toca e não poupam ninguém. Nem os milhões do Chelsea, nem o génio táctico de José Mourinho. Ontem, sob o céu da Invicta, foi tudo pela frente.


Os bailes de Brahimi pela esquerda vão correr mundo. A força tremenda de Aboubakar, atacado por todos os lados, já faz a muitos esquecerem o grande jogador que é Jackson. O trio do meio-campo, ajudado sempre por André, foi um pendulo sempre em movimento de um lado ao outro. O Porto tentou o golo por todos os lados. Conseguiu-o com o lance mais esperado - desiquilibrio de Brahimi, ressalto e presença da segunda linha na área - e com o mais inesperado - desvio ao primeiro poste depois de um canto - e ainda sofreu um balde de água fria com um livre perfeitamente anotado por Willian mas onde Iker devia ter feito mais (ainda que dificilmente chegasse á bola). Os golos puseram o sal no jogo mas a emoção durou os noventa minutos. O Porto foi mais ofensivo, mais hábil a gerir a posse, criou as situações de maior perigo - e o guarda-redes espanhol, quando foi chamado a intervir, teve duas defesas determinantes e a benção da barra - e controlou o jogo. Foi também mentalmente mais forte ao aguentar o jarro de água fria do empate e sair com vontade de comer o mundo na segunda parte. Soube enfriar os impetos dos ingleses, uma equipa anómala e sem um pingo de imaginação, e controlar a bússola que é Cesc. A partir de aí foi questão de impor a ideia de jogo e de ir empurrando a relva para a baliza de Begovic. O guarda-redes dos ingleses salvou a equipa em vários momentos mas também ele foi incapaz de travar um disparo oportuno (outro) de André e o golpe de cabeça do capitão brasileiro que voltou a exibir-se a grande nivel.

Este Porto é muitas coisas.
Uma equipa de fortalezas evidentes e fragilidades claras. Nada muda com um jogo, nem para bem nem para mal. Continua a existir muito trabalho pela frente nas bolas paradas (nota-se o esforço do treino, sobretudo nos cantos, mal falta mais, muito mais) apesar do golo de Maicon. Também convém ressalvar que as dúvidas sobre Casillas seguem. No um contra um é imparável. Nos centros para a área continua a ficar, demasiadas vezes, a meio caminho. Importante igualmente é o novo matiz táctico, uma especie de 4-1-4-1 sem bola que se assemelha muito ao desenho aplicado em 2004 por Mourinho quando entrou na fase a eliminar da Champions League.
Sem a bola a equipa ocupa mais espaços, graças ao trabalho de André, e Aboubakar tem-se revelado fundamental na capacidade de receber e aguentar a bola, esperando pela incorporação pelas alas dos seus colegas. Um esquema que encaixa perfeitamente no exigente palco europeu mas que de nada serve na liga. Talvez por isso a equipa continua a mostrar-se forte num cenário e com problemas noutro.
O que seguramente foi ontem o Porto no Estádio do Dragão, foi uma equipa superior ao rival. Já o tinha sido contra o Bayern (por ter a bola mais tempo no pé não se faz automaticamente com que se seja superior, já o sabemos todos a esta altura) e voltou a demonstrá-lo explorando todas as debilidades do rival.
Se Ivanovic é uma sombra do que foi? Põe-se Brahimi a trocar-lhe os olhos. Se Diego Costa só realmente causa perigo com espaços, dá-se-lhe poucas oportunidades para correr entre linhas. Se Mourinho reforça o meio-campo com músculo, coloca-se uma linha de quatro que, sempre entre ajudas, recupera o esférico e deixa o Chelsea seco de bola. Num exercicio puro de treinador, Lopetegui fez tudo bem. Escolheu os jogadores certos (o que não quer dizer que todos estiveram bem, basta lembrar os sucessivos passes falhados de um Danilo ou de Indi, jogadores esforçados mas que não estiveram ao mesmo - altissimo - nivel dos colegas) e a dinâmica a seguir. O triunfo foi o justo prémio.

Esta versão do Porto pode resumir-se em dois homens da casa. Ruben e André.
O primeiro é claramente um predestinado. Lopetegui poderá fazer muitas coisas no futebol mas uma das mais notáveis será sempre o olho de ave de rapina com que decidiu resgatar Ruben dos sub19 e lançá-lo ás feras. O futebol estar-lhe-á eternamente grato. O jovem é hoje em dia muito provavelmente o melhor do mundo na sua faixa etária. É dificil encontrar um futebolista sub19 á escala global que seja tão completo, tão competitivo, tão inteligente e com um caracter tão vincado. O FC Porto sabe que tem aqui uma pérola e esta convém não vender tão cedo. Primeiro, porque sair agora para outra realidade poderia travar a sua espantosa evolução. Todos sairiam a perder. E depois porque Ruben, enquanto quiser - e o importante é que parece querer-lo - tem tudo para ser um simbolo do clube e idade para sê-lo durante algo tempo. Todos sabemos que tarde ou cedo irá a outros pastos e é preciso sempre respeitar a decisão do jogador quando esse momento chega. Cabe ao clube - que o renovou sem avisar ninguém - dar-lhe todos os argumentos para que vá ficando.
Não há, agora mesmo, milhões no mercado que paguem um jogador como ele por tudo o que representa, dentro (é um Pirlo/Xavi em potência, cada vez há menos dúvidas) e fora do terreno de jogo. Ruben é da casa e da casa também é André. Custou pouco mais de 1 milhão de euros recuperar outro producto da formação (isto no meio do complexo negócio Hernani, com empréstimos ás meias duzias incluido) mas valeu bem a pena. André André é o motivo porque muitos gostam genuinamente de futebol, um desporto que se popularizou porque não era preciso ser o mais alto, o mais rápido, o mais atlético ou o mais artista para triunfar, ao contrário de outros desportos. Não, André não é nada disso. Seguramente é um jogador sem noves ou dez como já é Ruben, mas tem muitos setes e oitos e poucos seis e cincos. É um futebolista que se assume como um operário, não aspira a mais. Mas que dá tudo o que tem e não tem. Corre mais, grita mais, mexe-se mais, pede mais a bola, e aparece em todo o lado. Cada equipa necessita de um André, um jogador que represente algo mais que um atleta, algo mais que um artesão.

Ele, com Ruben, é um autêntico filho do Dragão e ontem a noite foi deles, dos que viveram mais de uma década no novo estádio, que começou a forjar a sua lenda de noites europeias com Mourinho ao leme. Do outro lado, o sadino apenas teve de contemplar como aquilo que ele começou continua a ser uma realidade indismentível que nem todos os milhões que o amparam podem travar. Pela terceira vez Mourinho voltou a casa para entender que os filhos do Dragão na sua toca continuam invenciveis.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O problema


No decorrer da época transacta, não obstante discordar de algumas das opções estratégicas do treinador, senti-me na obrigação de expressar todo o meu apoio a Julen Lopetegui. A época não foi fácil do ponto de vista desportivo: a uma excelente prestação na Liga dos Campeões (que em minha opinião não foi beliscada pela goleada que terminou com a nossa participação na prova, em Munique) somou-se uma frustrante prestação nas provas nacionais.

O campeonato estava destinado a ser entregue ao SLB que, logo na primeira volta, obteve 8 pontos adicionais na sequência de erros de arbitragem com influência directa no resultado dos 4 jogos em questão. Isto sem ter em conta um empate do FC Porto em Guimarães com a ajuda da equipa de arbitragem que anulou o golo da vitória a Brahimi por fora-de-jogo inexistente. Estava visto que o clube do regime, por pior que jogasse, iria ser o campeão nacional. E foi com este enquadramento que Lopetegui teve de gerir uma equipa e aguentar até ao fim, expressando publicamente a sua revolta e sem contar com tomadas de posição oficiais por parte do clube a criticar o estado das coisas. Lopetegui foi um homem praticamente só…


As 2 outras competições nacionais não terminaram nada bem. A Taça de Portugal nem sequer começou porque o FC Porto foi eliminado pelo Sporting, em casa, logo na primeira eliminatória. E aqui a responsabilidade do treinador foi capital. Subestimou a capacidade do adversário, trocou meia equipa e levou 3-1 no primeiro grande balde de água fria da época. Na Taça da Liga o FC Porto passou a fase de grupos para ir depois à Madeira disputar com o Marítimo o acesso à final. Depois de aí ter perdido para o campeonato alguns dias antes, pensava-se que o FC Porto iria à Madeira vingar-se e deixar o Marítimo pelo caminho, tendo a equipa insular feito uma época muito abaixo do normal. Engano. O FC Porto foi à Madeira perder outra vez depois de estar a vencer por 1-0. Pode dizer-se, portanto, que Lopetegui foi o grande responsável pela fraca prestação do clube nas Taças na época 2014/2015.


No decorrer da época passada fui percebendo que, não raras vezes, o treinador acabava por passar uma mensagem errada à equipa quando “poupava” jogadores titulares em jogos do campeonato ou das outras duas competições nacionais (as taças) entre (ou antes de) jogos da Liga dos Campeões, a competição que Lopetegui desde sempre assumiu como a principal (até pelos jogadores que utilizou e a quem foi dando mais minutos em prova). A gestão do plantel é necessária mas, em 2014/2015, principalmente na primeira metade, houve demasiada “rodagem” nas equipas titulares.

Depois de uma pré-época atribulada – no sentido em que houve 15 (ou mais) saídas e outras tantas entradas – o treinador conseguiu estabilizar um “onze” titular ao fim de um par de jornadas no campeonato. No entanto continua a haver um desalinhamento estratégico entre aquilo que são os interesses do clube e os interesses de Julen Lopetegui. O clube elege o campeonato como principal prioridade e o treinador entende que é na Liga dos Campeões que deve apostar “as fichas todas”. E qual é o problema deste desalinhamento de objectivos? Ao fazer a equipa para um jogo do campeonato antes de uma jornada da prova europeia, Lopetegui continua a entrar no jogo das poupanças na equipa titular, transmitindo uma mensagem errada à equipa. Na passada sexta-feira ouvi um comentário de café com o qual concordo inteiramente: “o nosso campeonato é o Moreirense, não é o Chelsea”. Mesmo sem o dizer, o treinador incute no subconsciente dos jogadores que um dos jogos é para vencer gerindo o esforço e o outro jogo é para vencer a todo custo. E depois acaba o jogo para o campeonato a apostar tudo na meia hora final com o risco de lesões de esforço e de contacto em jogadores nucleares e sem conseguir uma vitória. Lopetegui tem sido useiro e vezeiro neste tipo de abordagens e parece não querer entender o essencial: para ser campeão nacional tem de usar sempre os melhores jogadores à sua disposição, sendo preferível, no limite, fazer a gestão do plantel noutras provas. E não se trata aqui de discutir se o treinador apostou no jogador "x" no minuto "y" para tentar ganhar um jogo. Da gestão de um grupo de trabalho também fazem parte as atitudes e os exemplos dados pelo seu líder.

Além do exposto, e independentemente da qualidade e da composição do plantel, vejo que tem faltado à equipa qualidade no jogo técnico e táctico (com deficiente ocupação de espaços e falta de jogo interior, por exemplo) e que não há velocidade para entrar em transições rápidas nas defesas adversárias apesar de contar com diversos extremos rápidos. Os princípios de jogo deste FC Porto parecem imutáveis aos olhos do treinador, que os faz assentar excessivamente numa posse de bola estéril e sem a sua necessária circulação em zonas mais avançadas no terreno. Além disso, aos jogadores parece faltar maturidade emocional, dado não dominarem minimamente a gestão dos tempos de jogo.

A SAD do FC Porto fez um fortíssimo investimento nestas duas épocas (2014/2015 e 2015/2016) para proporcionar à equipa técnica um leque alargado de jogadores de qualidade inquestionável. Duvido que este modelo de negócio continue a ser sustentável por muitos mais anos. Talvez por isso a prova rainha em Portugal merecesse outro tipo de abordagem. A forma como o treinador tem encarado os jogos neste campeonato tem sido uma desilusão para uma parte considerável da massa associativa.

Por estas razões vejo que actualmente Lopetegui é mais uma parte do problema do que parte da solução. E que não aprendeu a lição na época passada: para ganhar em Portugal, não basta ao FC Porto ser melhor, tem de ser muito melhor. Os seus atletas têm de dar tudo, seja no Dragão ou em qualquer outro campo deste país. E, assim sendo, ou muda Lopetegui ou mudará o FC Porto no final da época, retirando o treinador daquela “cadeira de sonho”, porque lhe é exigido que seja, acima de tudo o resto, campeão nacional.

Não serão as (eventuais) vitórias na Liga dos Campeões que me farão mudar de opinião.
   

domingo, 27 de setembro de 2015

A estreia do “Johnny Depp”

Nem tudo foi mau no último Moreirense x FC Porto.
Para além da superior execução de Maicon, num livre direto a uns bons 25 metros da baliza, e do virtuosismo demonstrado por Corona, quando passou a jogar pela zona central, destaco a estreia de Pablo Daniel Osvaldo a titular.

E que bons sinais deixou “Johnny Depp”, num jogo sem espaços para os avançados do FC Porto, contra uma equipa que colocou dois “autocarros” à frente da baliza (com a excepção dos últimos 10 minutos).

Houve mesmo aspectos da exibição de Osvaldo em Moreira de Cónegos, que me fizeram lembrar Jackson Martinez, nomeadamente quando teve de jogar de costas para a baliza, dar apoios e linhas de passe, ou disputar bolas de cabeça com os defesas do Moreirense.


É verdade que, em termos de finalização e golos, Osvaldo não foi feliz, mas andou lá muito perto.



Mas entre todas as ações de Osvaldo, é esta recepção orientada, arranque e remate cruzado (aos 26m), que define a categoria deste ponta-de-lança.

Aboubakar tem estado bem, mas Osvaldo demonstrou que é uma alternativa muito credível e, contra equipas fechadinhas lá atrás (e são tantas no campeonato português), não sei mesmo se não será a melhor solução para o 4-3-3 habitual do FC Porto.

sábado, 26 de setembro de 2015

Tal como em Kiev...

Empatar com o Moreirense é mau.

Empatar com o Moreirense, após estar duas vezes em vantagem no marcador, é péssimo.

Sofrer dois golos de uma equipa do nível deste Moreirense é inacreditável.

E, não haja dúvidas, o responsável Nº1 por aquilo que a equipa joga, ou deixa de jogar, durante os 90 minutos é sempre o treinador.

Dito isto, e independentemente do discutível onze inicial escolhido por Lopetegui para este Moreirense x FC Porto, a realidade é que os dragões chegaram à vantagem no marcador (0-1). E se é verdade que, nos primeiros 45 minutos, o FC Porto teve apenas três oportunidades de golo, o Moreirense não teve nenhuma! (e quase não conseguiu entrar na área do FC Porto)

Maicon, de livre, marca o 1º golo do FC Porto em Moreira de Cónegos

Mais. Na 2ª parte, após o Moreirense ter chegado ao 1-1 (no primeiro remate enquadrado com a baliza de Casillas) Lopetegui reagiu, mexeu bem na equipa e fez tudo o que podia/devia para ganhar em Moreira de Cónegos.
Assim, após ter sido obrigado a queimar uma substituição ainda na 1ª parte, devido à lesão de Brahimi, Lopetegui "meteu a carne toda no assador". Substituiu um médio (Herrera) por um extremo (Tello), passando Corona para o meio e a ter uma frente de ataque com quatro jogadores e, no último quarto de hora, arriscou tudo, substituindo um defesa central (Marcano) por um ponta-de-lança (Aboubakar).

E estas mudanças resultaram. A pressão do FC Porto sobre o Moreirense passou a ser asfixiante e a equipa chegou mesmo ao 2º golo, precisamente por Corona (que me parece render muito mais no meio, nas costas do ponta-de-lança, do que como extremo).

2º golo do FC Porto em Moreira de Cónegos

Contudo, depois de ter feito o mais difícil e obtido o 2-1 aos 79' (apenas dois minutos após Lopetegui ter esgotado as substituições), a equipa do FC Porto foi incapaz de segurar a vantagem.
Porquê?
Por várias razões, claro, entre as quais destaco:

1º) Nos últimos minutos, pareceu-me que vários jogadores do FC Porto (Danilo, Corona, Maxi, …) estavam exaustos, no limite da capacidade física e houve mesmo dois – Osvaldo e Maicon (o único defesa-central em campo após a saída de Marcano) – que terminaram o jogo ao pé coxinho.

2º) Tendo esgotado as substituições aos 77', para tentar chegar ao 2º golo, Julen Lopetegui já não pôde refrescar e reequilibrar a equipa defensivamente.

3º) Tal como em Kiev, a equipa sofreu o golo do empate nos últimos 5 minutos (período de descontos incluído) e, tal como em Kiev, esse golo foi marcado de cabeça na pequena área portista, também conhecida por área do guarda-redes…
Por falar em guarda-redes, o que fez Casillas nesse lance?
Tal como em Kiev, ficou em cima da linha de golo, à espera não se sabe bem de quê.


Em resumo, foram mais dois pontos perdidos de forma inglória, para não dizer idiota.

P.S. Excelente a execução de Maicon no 1º golo do FC Porto. Em apenas seis jornadas é o 2º golo que marca de livre direto.

P.S.2 Na 1ª parte, ficaram, pelo menos, dois cartões amarelos por mostrar a jogadores do Moreirense, o primeiro dos quais logo ao 6º minuto, numa entrada por trás de Cardozo a Danilo Pereira. Não por acaso (em vésperas de jogo para a Liga dos Campeões), o árbitro Vasco Santos permitiu aos jogadores do Moreirense uma agressividade defensiva sempre muito elevada ao longo de todo o jogo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

No fim, as coisas nunca funcionam

Quer o FCP seja ou não campeão, e salvo uma grande reviravolta (daquelas que a nossa equipa nunca obtém), dificilmente Lopetegui estará por cá daqui a um ano.

Quando, no "11" hoje apresentado, sobram apenas 4 jogadores da época transacta e, ainda assim, parece que estamos a assistir ao Nacional X FCP ou ao Belenenses X FCP de 2014/15, fácil é descobrir o factor comum a mais um jogo sem qualquer atitude ou garra. Principalmente, e uma vez mais, nos primeiros 45 minutos, onde por qualquer razão obscura, o FCP teima em ter bola e mais bola e com ela fazer o mínimo dos mínimos ou mesmo abaixo disso.


Estes 75% de "posse" deveriam ser motivo de vergonha e não vangloriados.

E quando, por obrigação, finalmente acordamos para o jogo, o que é que invariavelmente sucede? Exactamente: os habituais erros defensivos.
Qualquer equipa lança o pânico na nossa retaguarda. Seja ela uma equipa com 2 golos e um empate em 5 jogos, como este fraco Moreirense, seja ela o Bayern Munique.
Tem pouco a ver com eles. O problema é mesmo nosso.

E quem realmente jogou alguma coisa esta noite?
Casillas parece querer dar razão à sentença de Mourinho: excelente debaixo dos postes, menos bom fora deles.
Danilo, Herrera e Tello são todos jogadores que se deveria ter grande reserva em utilizar.
O mexicano, então, é mesmo caso para chorarmos. Lopetegui, escudado na desculpa da "rotatividade", lá voltou a dar-lhe a enésima oportunidade. Descobrirá, demasiado tarde, que, tal como com Fabiano, andou enganado estes meses todos.

E, por falar nisso, que todos se conformem com a triste realidade: Quaresma era mesmo (ainda) o melhor de entre todos estes extremos. Novos e velhos.


SMS do Dia

Bem, já tenho o fim de semana estragado.

Maxi e a falta do manto protetor

Cartões vistos por Maxi Pereira no campeonato (fonte: O JOGO, 25-09-2015)


Estes números falam por si, particularmente os referentes à média de cartões amarelos por jogo.

José Manuel Freitas
«MAXI PEREIRA – como é que alguns se podem espantar agora com a virilidade do uruguaio? Andaram distraídos durante os anos que passou na Luz? Ou será que o excelente futebolista que continua a ser Maxi não fazia de vermelho muitas das coisas que tem feito de azul e branco? A questão é que agora é penalizado mais cedo. Mas, porque será? Desculpem-me os mais incrédulos, mas agora falta-lhe aquele manto protetor que tantas vezes fez dele um anjinho. Quanto ao resto tudo na mesma: grande futebolista, total entrega, garra para dar e vender, figura no Dragão como tinha sido na Luz.»
José Manuel Freitas, Maisfutebol, 24-09-2015


E ainda há quem diga que o “manto protetor” não existe, ou que foi uma invenção de Lopetegui para justificar a não conquista do último campeonato.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Estatísticas dos médios do FC Porto

O jornal O JOGO, na sua edição de 23 de setembro, apresentou os números totais de alguns tipos de acções efetuadas pelos cinco médios mais utilizados por Lopetegui no campeonato (o jogo disputado em Kiev, para a Liga dos Campeões, ficou fora destas estatísticas).

Estatísticas dos médios do FC Porto no campeonato (fonte: O JOGO, 23-09-2015)

Com base nos números de O JOGO, elaborei o quadro seguinte (clicar nele para ampliar), no qual, para além dos números totais, incluí indicadores por “jogo” (por cada 90 minutos disputados):


Evidentemente, para além da amostra ser pequena, não é a mesma coisa jogar em casa ou fora, nem é a mesma coisa jogar contra o SLB ou contra um clube do meio da tabela.
Contudo, penso que alguns indicadores são interessantes.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

De profundis



"E digo-lhe uma coisa: acho que ele devia era ter posto o Rui Gomes da Silva de maneira a que mais nenhum orgão respeitável da Comunicação Social, lhe desse oportunidade para se manifestar, e que a única forma que ele tivesse para se exprimir em público fosse usando as próprias fezes e as paredes da sua casa como tela."



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Hipocrisia Encarnada no seu melhor

"Paulo Olavo e Cunha, antigo presidente da Assembleia Geral do Benfica, criticou a escolha de Artur Soares Dias para o FC Porto-Benfica.

Para o ex-dirigente do clube da Luz, "os árbitros não deviam apitar os jogos de clubes da sua cidade, porque a pressão é muito grande".

(...)

Olavo e Cunha recordou a agressão a Pedro Proença e disse que é preciso ter alguma cautela em decisões desta natureza . "Não foi por isso que o Benfica perdeu, mas há aspectos do jogo que, depois, se podem tornar relevantes”, frisou.

in Record 21/9/2015



Que lata. Recorda a agressão ao Pedro Proença que foi feita pelos energúmenos do seu clube mas insinua que os adeptos portistas teriam feito o mesmo caso o Porto fosse prejudicado (que até foi e bem mais que o Benfica).

Mas isto de ser antigo presidente da Assembleia Geral do Benfica dá para dizer cada barbaridade. Lembro-me bem que no fim do campeonato de 1993/94, que o Benfica venceu, veio o Sr. Dr. Juiz Desembargador Adriano Afonso (na altura presidente da Assembleia Geral do Benfica) dizer o seguinte:

"Foi a vitória do bem contra o mal"

Discurso adequado para um qualquer critico de livro de quadradinhos sobre super heróis.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Roubados e Indignados, o trauma do #Colinho!

Depois de um Clássico não demasidamente bem jogado (salvo por alguns periodos do segundo tempo) mas claramente dominado em todos os sentidos pelo FC Porto - a única equipa que quis ganhar e fez pela vida - era de esperar que se tentassem desviar os focos para mais um jogo onde o Benfica demonstra zero capacidade de gerar jogo. Inevitavelmente o foco estaria na arbitragem e, sobretudo, nas queixas em relação aos critérios arbitrais de Artur Soares Dias. Um exercicio de grande lata, tendo em conta o que se passou em campo, mas que não surpreende.

O jogo foi bronco e foi duro, sobretudo porque as duas equipas o quiseram. Provavelmente nenhuma equipa devia ter acabado com dez. A entrada a despropósito de Maicon antes do intervalo em algumas ligas mais "estrictas" pode ser vermelho directo. Falta e amarelo era, seguramente, e no segundo tempo houve um par de entradas que podiam ter, realmente, mandado Maicon para o chuveiro se tivesse já esse amarelo às costas. Mas as razões de queixa do Benfica ficam-se por aí. Já o Porto tem algo mais que dizer.

Em primeiro lugar era evidente a estratégia de Rui Vitória: picar o uruguaio do Porto para fazê-lo jogar "à Benfica" com entradas que, agora, seriam punidas com expulsão. Parecia confrangedor ver como, um por um, os jogadores do Benfica se iam picando com o antigo amigo e colega para o provocar. O lateral foi na conversa, um par de vezes, e mereceu o amarelo que recebeu mas fiquei com a sensação de que foi mais victima de uma perseguição orquestrada do que protagonista de lances anti-desportivos. Cada lance com ele era exagerado até ao limite de ter percebido ali, em algum que outro jogador do Benfica, potencial para entrar na próxima comédia do Parque Mayer. Há ali talento sim senhor...

O que se diz pouco é que o Benfica pode dar graças aos céus por ter saída com onze jogadores e não com nove do Dragão. Que se lho digam a André Almeida, que passou mais tempo a correr e a procurar as pernas dos rivais do que propriamente a jogar futebol. Foi engolido futebolisticamente e na sua incapacidade de reagir, como desportista, dedicou-se a repartir golpes. Levou um amarelo, podiam ter sido cinco ou seis. Que tenha sido, precisamente, ele quem mais reclamou no fim do jogo com a arbitragem é a prova viva de que o humor, na Luz, nunca esteve melhor.
Que o diga Luisão que teve de ouvir como Aboubakar lhe soprava ao ouvido algo como "se eu não fosse um estúpido do caraças tinha-me deixado cair e estavas lixado". Pois foi. No lance em que o avançado camaronês se isola à frente de Júlio César, a falta do central brasileiro é clara. Penalty e expulsão evidentes que podiam ter fechado ali o jogo. Aboubakar preferiu aguentar-se de pé, fintar Julio César e depois ter um gesto à "Eusébio" cumprimentando o guarda-redes. Só lhe fica bem o Fair Play.

No fim do jogo - nem vale a pena perder muito tempo com Samaris, Mitroglu ou Nelson Semedo e as suas faltas recorrentes quando não havia força e ideias para mais - o Benfica fez mais faltas, teve mais cartões e jogou claramente atrás da expulsão de um ex-jogador. Teve um penalty e vermelho directo perdoados, um par de jogadores que mereciam uns dois ou três amarelos no mesmo jogo e ainda assim conseguiu sair com onze e um empate até ao minuto 85, quando a justiça poética se encargou de por justiça no marcador. Mas o discurso já estava preparado. Perseguição arbitral, que o árbitro (muito fraquinho) é do Porto, etc, etc...

Vamos ser justos. O Benfica foi roubado, há que admitir o óbvio.
Só que foi roubado de uma maneira diferente do que têm querido reclamar, com essa indignação que só nos consegue sacar gargalhadas horas a fio. O roubo aconteceu mas foi desportivamente porque o Porto, ainda com todos os seus defeitos - continuam a ser muitos e vêm todos do mesmo vértice - efectivamente roubou-lhes a carteira a nível de jogo e deixou-os ali, despojados e nus de ideias e argumentos, para todo o mundo ver.

Que o Benfica tenha zero fio de jogo, zero variações tácticas da herança de Jesus, zero capacidade de improvisação importa pouco. Duas derrotas com o campeonato a dar os primeiros passos também é algo que convém não relembrar. A correr desde cedo contra o prejuizo e com um Sporting - até agora - regular, o Benfica vai ter um ano muito complicado pela frente, algo que já se perspectivava com a mudança de treinador e a politica de aposta na prata da casa, um nome bonito que funciona bem melhor do "não temos onde cair mortos financeiramente e temos de nos apanhar com o que há". Portanto, nesse cenário maravilhoso, sacar o victimismo do armário - alguém acabará por vender cachecois como com o #Colinho, seguramente - não é só um exercicio de cinismo como algo perfeitamente antecipável. Vai ser um ano divertido!

domingo, 20 de setembro de 2015

Na loja do mestre André

André André, o MVP do FC Porto x SLB (fonte: Maisfutebol)

Sabíamos que tínhamos menos um dia de descanso. Menos até, pois chegámos às sete da manhã. O André fez um esforço titânico, pois jogou em Kiev e agora.
Julen Lopetegui, em declarações à Sport TV


Estou muito contente com o André. É um miúdo fantástico, está a criar a sua própria história no clube, depois de tudo o que o seu pai conquistou. Está sempre preparado para tudo.
Julen Lopetegui, na conferência de imprensa


«O MELHOR: André André
Mereceu mais do que ninguém o golo marcado, absolutamente decisivo. Nessa altura, tão perto do fim, ainda corria como um louco. Mas um louco bom, de coração nobre. Que grande exibição! O cruzamento, na direita, para o cabeceamento de Aboubakar ao poste é perfeito; o passe a isolar o mesmo Aboubakar, pouco depois, cirúrgico. Antes disso, porém, já justificara a entrada nesta lista com uma mão cheia de ações. Incansável na forma como pressiona, inesgotável na dimensão do terreno que cobre, certeiro a receber e tocar. Poucos futebolistas têm a intensidade competitiva deste internacional português. Terceiro jogo consecutivo a crescer e a conquistar um lugar na equipa.»
Pedro Jorge da Cunha, Maisfutebol


«MENÇÃO HONROSA: Rúben Neves
A lucidez incorporada em jogador de futebol. 18 anos e tanta classe, tanta certeza no passe e na circulação. No meio de tantas fogueiras de vaidade e cabeças perdidas, Rúben manteve o sangue frio, jogou e fez jogar a equipa. Deliciosa a forma como matou um balão com o peito e, sem olhar, entregou na esquerda com um passe longo. É essa perceção do jogo, e sobre o jogo, que torna este menino de 18 anos (!) tão especial. Meteu o pé, ganhou no ar, fez um jogo completo. »
Pedro Jorge da Cunha, Maisfutebol


«Iker Casillas: duas defesas importantes, em dois pontapés de canto mal defendidos pelos colegas, logo nos primeiros 20 minutos. Sinalizou nesses lances a serenidade que o FC Porto teria na baliza. Apenas um reparo: repôs uma vez mal a bola, com Jonas a desaproveitar a bondade e o lance a perder-se. Nota positiva no primeiro Clássico em Portugal.»
Pedro Jorge da Cunha, Maisfutebol


P.S. Podemos olhar para este FC Porto x SLB de duas formas (pelo menos): lamentando os aspectos negativos da exibição dos dragões (e foram alguns, individuais e colectivos, principalmente na 1ª parte), ou enfatizando os aspectos positivos dessa mesma exibição. Ora, como durante o jogo, no Estádio do Dragão, com os nervos em franja, me fartei de dizer mal, agora, depois de acalmar e saborear um cálice de Porto, apeteceu-me destacar o que a equipa do FC Porto teve/fez de melhor.

P.S.2 Ver (ouvir) o treinador do SLB e outros elementos do clube do "manto protector" a queixar-se da arbitragem é algo que, se não fosse ridículo, dava para rir. Ah, e a mim dá-me um gozo bestial...

P.S.3 Esta saborosa vitória sobre o clube do regime, além de permitir a manutenção da liderança do campeonato, vai dar a Lopetegui mais uns dias/semanas para afinar o muito que ainda há por afinar. E tempo é algo que me parece fundamental para este FC Porto 2015/2016.

LMS do Dia

Mais que o jogo de hoje, foi a enésima não-vitória na Madeira, que confirmou o meu "desconforto" com o Lopetegui. Eu simpatizo com o homem, mas o tempo avança e são cada vez mais as desconfianças do que as certezas.

Este ano a pressão é ainda maior, diria até demasiada e Lopetegui parece não saber lidar com ela. A equipa é nova - facto - mas isso não seria uma razão extra para apostar num onze, e gradualmente fazê-lo evoluir, ao invés de trocar 3 e 4 jogadores de um jogo para o outro? Isso é mesmo fruto de um plano previamente delineado ou de desespero?

Hoje até podemos vencer, mas isso não torna o futuro muito mais risonho; está época tem tudo para ser uma cópia da anterior, e 4 pontos de avanço não são nada para quem ainda tem mais umas viagens à Madeira para fazer, e não dá garantias nenhumas de não vir a repetir exibições como aquelas (só para citar algumas) contra o Belenenses ou Nacional na época passada.

Entrada criminosa na Tapadinha

Entrada inqualificável de Duarte Machado sobre André Silva

Aos 74' do Atlético x FCP B de hoje (vitória dos dragões por 2-3), disputado no estádio da Tapadinha, André Silva foi vitima de uma entrada inqualificável, que a imagem anterior ilustra de forma arrepiante.

O autor desta entrada brutal à perna/tornozelo do jovem avançado do FC Porto e da selecção nacional de sub-21, uma entrada indigna de um profissional de futebol, chama-se Duarte Machado e é jogador do Atlético CP.

André Silva a ser retirado de maca (foto: record.pt)

Segundo o site Maisfutebol, "o avançado do FC Porto foi transportado para o hospital ainda com o jogo a decorrer".

Ainda não se sabe o grau de gravidade da lesão de André Silva mas, num caso destes, espero que a administração da FC Porto SAD vá até às últimas consequências.
Sim, porque depois desta entrada arrepiante, deste autêntico crime de lesa futebol, o "profissional" Duarte Machado não pode sair disto a rir-se e apenas com um cartão amarelo.

Se quem morde os adversários fica meses sem jogar, o que deve acontecer a um individuo que tem uma entrada destas, a qual, inclusivamente, pode colocar em risco a carreira auspiciosa de um jovem profissional?


P.S. «Um primeiro diagnóstico, feito ainda em Lisboa, sob reserva, aponta para suspeitas de uma lesão grave, segundo apurou o Maisfutebol»

sábado, 19 de setembro de 2015

O perigo amarelo

Cartões amarelos nos jogos do SLB e FC Porto

Nas quatro primeiras jornadas do campeonato 2015/2016, os árbitros mostraram cinco cartões amarelos a jogadores do SLB e treze (13!) a jogadores do FC Porto.

Aliás, só no jogo que o FC Porto foi disputar a Arouca, o senhor João Capela mostrou mais amarelos a jogadores portistas, do que o número total de cartões que os jogadores encarnados viram em quatro jogos!

João Capela em acção no Arouca x FC Porto (fonte: Maisfutebol)

Mais. É interessante verificar as enormes diferenças (em termos de mostragem de cartões amarelos) nos jogos de SLB e FC Porto contra precisamente os mesmos adversários – Estoril e Arouca.

Qual a importância desta disparidade de critérios?

Há coisas que são óbvias. Ao sobrecarregar uma equipa de cartões amarelos, os índices de agressividade dos jogadores dessa equipa vão, naturalmente, diminuindo ao longo do jogo.
Por exemplo, quantos golos é que o SLB marcou ao Estoril (6 cartões amarelos) e ao Moreirense (4 cartões amarelos) nos últimos 15-20 minutos desses dois desafios?

Outro exemplo. Se Maxi Pereira não estivesse amarelado (3 amarelos em 4 jogos!), será que o jogador do Arouca teria passado por ele com tanta facilidade e cruzado à vontade, no lance do único golo dos arouquenses?

E Samaris, já repararam no seu papel?
É "apenas" o elemento fundamental para evitar os contra-ataques das equipas adversárias do SLB, mesmo que para isso seja preciso recorrer à falta.
Claro que se não beneficiasse do manto protector, dificilmente chegaria impune ao final dos jogos, ou então teria de fazer muito menos faltas.

Veremos, pois, qual vai ser o critério disciplinar do árbitro no clássico de amanhã.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Emprestados

Número de total de jogadores emprestados (fonte: O JOGO, 18-09-2015)

SLB (32) e FC Porto (31) têm quase tantos jogadores emprestados como o Chelsea (33), mas estão ainda longe dos 48 jogadores que a Juventus tem emprestados a outros clubes.

Da época passada para esta, o FC Porto aumentou de 25 para 31 o número de jogadores emprestados.
É um número bastante elevado. Veremos se algum regressa ao Dragão (como foi o caso de Silvestre Varela) ou, em alternativa, se são transferidos em definitivo, proporcionando receitas para a FC Porto SAD (como foram os casos de Carlos Eduardo, Kléber e Rolando).

Olhando para o gráfico seguinte, correspondente aos jogadores que cada clube da I Liga recebeu por empréstimo, é interessante constatar:

Jogadores por empréstimo nos clubes da I Liga (fonte: O JOGO, 18-09-2015)

O FC Porto emprestou dois jogadores ao Vitória Guimarães; o SLB emprestou um jogador ao SC Braga.

O FC Porto emprestou dois jogadores à Académica; o SLB emprestou três jogadores ao Tondela (o número máximo que os regulamentos da Liga permitem a clubes do mesmo escalão).

O FC Porto “reatou” relações com o Marítimo (empréstimo de Tiago Rodrigues); o SLB mantém excelentes relações com a SAD do Belenenses.

O Paços de Ferreira é o único clube que tem, simultaneamente, jogadores emprestados por FC Porto e SLB.

O FC Porto tem cinco jogadores - Ivo Rodrigues, Gonçalo Paciência, Kayembe, Leandro Silva, Roniel - que atuaram na equipa B 2014/2015 e que, agora, estão emprestados a clubes da I Liga. Veremos qual vai ser o seu desempenho ao longo desta época.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ainda não foi desta...

...que Lopetegui conseguiu uma reviravolta. Segundo jogo mais complicado na presente temporada e segundo empate. Continua a faltar muita coisa a esta equipa.
Desde logo, convém que Brahimi deixe de começar a fintar tão perto da nossa baliza e o faça no lugar próprio: uns bons 60 metros à frente.


Bem longe do relvado, do alto do seu lugar no camarote, era de esperar que o basco fosse mais lesto na terceira substituição. Enquanto pensou e voltou a pensar no assunto, no relvado Danilo cometeu um erro de principiante e, do nada, este monocórdico Dínamo lá conseguiu a tal bola parada que tanto necessitava. Depois, a passividade de Casillas e o árbitro fizeram o resto. Sim, o marcador do golo veio de trás mas, se o atacante que se encontra parado e em posição de fora-de-jogo, não interfere na jogada (a bola veio direitinha para ele), então isto tudo começa a deixar de fazer qualquer sentido.
E os amarelos, senhor? Mais uma catrefada deles para as nossas cores. E isto contra Aroucas e Dínamos de Kiev. O que acontecerá quando encontrarmos um verdadeiro "grande"? Muito possivelmente não chegaremos ao fim com 11 em campo. Houve dualidade de critérios, sim, mas tal não explica tudo.

De positivo temos Maxi que continua a surpreender pela positiva e Aboubakar que se confirma como um avançado de qualidades interessantíssimas. Teve apenas o azar de aparecer após um "monstro" como Jackson Martinez, o que poderá dar azo a comparações absurdas.
Não será por ele que as coisas não funcionarão.

Mas que dizer da defesa e destes tremeliques de Casillas? Que dizer de um Danilo verde-verdinho para este tipo de (altos) voos? Idem aspas para Rúben Neves. Todos nós desejamos muito ver portugueses (e portistas) no nosso "11" inicial mas, a não ser que se tenha a qualidade ímpar de um Futre ou Domingos, a um jovem promissor com apenas 18 anos aconselha-se outro tipo de percurso.

O pequeno-grande Rui Barros, sentado naquela cadeira de sonho por uma só noite, que o diga.


A revolução no onze tipo

Casillas em vez de Fabiano (Fenerbahçe);
Maxi Pereira em vez de Danilo (Real Madrid);
Layún em vez de Alex Sandro (Juventus);
Danilo Pereira ou Rúben Neves em vez de Casemiro (Real Madrid);
Imbula em vez de Óliver (Atlético Madrid);
Aboubakar em vez de Jackson Martinez (Atlético Madrid);

São estas as seis alterações (obrigatórias) que O JOGO contabiliza em relação ao onze tipo da época passada.

Mudanças no onze tipo (O JOGO, 16-09-2015)

Contudo, olhando para o onze inicial que alinhou no último jogo (na deslocação a Arouca), poderá haver mais duas alterações:

André André em vez de Herrera;
Corona em vez de Tello / Quaresma (Beşiktaş);

Ou seja, poderão ser oito (!) as alterações em relação ao onze tipo da época passada. E já nem conto com o castigado Ivan Marcano (que, tudo indica, vai ser substituído no onze inicial por Martins Indi).

Mais do que as certezas acerca do valor dos jogadores que saíram e das dúvidas (naturais) em relação à valia dos jogadores que entraram, este é, na minha opinião, o grande problema que Julen Lopetegui tem de resolver, não só no jogo de hoje em Kiev, mas neste início de época.
O desafio é conseguir fazê-lo sem comprometer os objetivos do FC Porto no campeonato e na Liga dos Campeões.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Uma exibição ao nível dos adeptos

Moncho López e os adeptos, Dragão Caixa, Junho de 2011


Contra o Oviedo [vitória do FC Porto por 100-58!], quase fizemos uma exibição ao nível dos nossos adeptos, que são fundamentais para nós

Moncho López, em declarações ao Porto Canal e www.fcporto.pt, na antevisão do FC Porto x Cáceres CB (terça-feira, dia 15, às 21h00, com entrada livre)

domingo, 13 de setembro de 2015

André André e mais 10

1. RELVADO
Relvado muito mal tratado e cheio de buracos (como é possível, em pleno Verão, o relvado do estádio/campo do Arouca estar neste estado?). Ficou na retina um passe rasteiro de Maxi Pereira para Aboubakar, em que a bola apanha um dos muitos alçapões do relvado e, na sua trajetória, dá um “salto” de quase um metro.
Também por causa disto, é (seria) bem mais fácil jogar no estádio de Aveiro, do que no "campo de batatas" de Arouca.

2. EXIBIÇÃO
Mesmo levando em conta o estado do relvado, a exibição dos dragões ficou aquém do desejável, com alguns altos e ainda muitos baixos.

Onze inicial do FC Porto em Arouca

3. EQUIPA
À 4ª jornada e a poucos dias do início da fase de grupos da Liga dos Campeões, Lopetegui ainda anda à procura de um onze base.
Ontem, no 4º jogo do campeonato, tivemos o 4º lateral-esquerdo (Layun), um meio-campo com duas alterações (Rúben Neves em vez de Danilo Pereira e André André a jogar de início) e dois alas/extremos diferentes em relação ao onze inicial do último jogo (Corona e Brahimi em vez de Varela e Tello).
Esperemos que, daqui para a frente, as coisas comecem a estabilizar e isso contribua para exibições melhores ao longo dos 90 minutos.

André André

4. MVP
André André.
Jesus Corona foi o homem do jogo, com dois golos e quase um terceiro (impedido por uma grande defesa do guarda-redes do Arouca e… se fosse necessário, pelo árbitro auxiliar de João Capela, que assinalou um fora-de-jogo inexistente) mas, na minha opinião, o melhor foi o filho do grande António André.
Ao longo dos 90 minutos, André André ocupou várias posições diferentes e jogou sempre bem, tendo estado diretamente envolvido no 2º e 3º golos do FC Porto.
O André André tem coisas que me fazem lembrar o João Moutinho e outras o Óliver, o que, só por si, já diz muito.
Depois desta exibição, penso que não vai ser fácil tirarem-lhe a titularidade.

Até o sereno Helton se passou com as capeladas

5. ARBITRAGEM
A actuação da equipa de arbitragem, liderada pelo “limpinho, limpinho” João Capela, agradou, seguramente, a quem o nomeou.
As faltas e faltinhas que o árbitro da AF Lisboa inventou… perdão, descortinou contra o FC Porto, foram o mote para um critério para a mostragem de cartões inacreditável, o qual deve ter feito corar de vergonha até quem o nomeou para ir a Arouca fazer este servicinho.

sábado, 12 de setembro de 2015

A Capela de Arouca


Diz-se que na Capela de Arouca se fazem milagres. E que há um(a) Pereira que dá bons frutos. Diz-se que aquela localidade se enche de emigrantes no Verão e que fica a deitar por fora, de tal forma que as gentes locais vão procurar “abrigo” ali ao lado, em Aveiro. Diz-se que os forasteiros vindos de Lisboa são muito apreciados por aquelas bandas. Diz-se…
   

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O calendário

Na defesa do título conquistado na época passada, o SLB iniciou o campeonato no estádio da Luz (frente ao Estoril).
Uma semana depois, os encarnados continuaram a jogar em casa, visto a Direção do Arouca ter optado por receber o clube do regime num campo “neutro”, de modo a encher o estádio de Aveiro com… benfiquistas!
Na 3ª jornada o SLB regressou ao estádio da Luz, para enfrentar o Moreirense, onde irá continuar na 4ª jornada (Belenenses) e no 1º jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões (Astana).

Cinco jogos em casa seguidos!
Alguém se lembra de um outro clube, português ou estrangeiro, alguma vez ter tido um calendário de início de época semelhante?

Em contraste, logo à 2ª jornada, o FC Porto teve uma deslocação à Madeira (onde o efeito emigrantes-agosto não se faz sentir) para enfrentar o Marítimo, a qual é, tradicionalmente, uma das deslocações mais complicadas para os dragões (veja-se os resultados alcançados nos últimos anos).

E, após duas semanas com grande parte dos jogadores a viajar pelo Mundo, o calendário do FC Porto, no que resta do mês de Setembro, é o seguinte:

O JOGO, 06-09-2015

Cinco jogos em 17 dias, começando por jogar com o co-líder Arouca em… Arouca, a que se segue uma viagem “curtinha” a Kiev, antes de regressar a Portugal para jogar no Estádio do Dragão contra o SLB.

Ou seja, uns têm um início de época “protegido” por um calendário extremamente favorável, outros nem por isso.

É mais uma dificuldade, entre outras (veja-se os árbitros que foram nomeados por Vítor Pereira para os jogos da 4ª jornada), que Lopetegui e o FC Porto terão de superar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Queimar etapas

A propósito de elogios recentes a André Silva (e Ruben Neves), vi a seguinte afirmação de um adepto do FCP;

"Nada de cair em euforias e queimar patamares de evolução bem necessários a um jogador de futebol."

Quantas vezes não vimos este tipo de afirmação para justificar empréstimos de «prata da casa»? É de facto muito frequente, já se tornando um cliché.

Ora o que acho engracado é que quando o FCP contrata um estrangeiro de 18, 19 - a idade de André Silva - ou 20 anos para o plantel A nunca se vê gente a torcer o nariz dizendo que se estão a «queimar etapas». Pelos vistos «queimámos etapas» quando incorporámos um Fucile, um Reyes, um Alex Sandro, um Anderson, um James, um Pepe, um Oliver, etc etc etc. 

Parece-me pois que muitos adeptos (e, suspeito, muita gente na Direção da SAD) usam 2 pesos e 2 medidas neste assunto - e isto independentemente de eu achar que o jogador X ou Y deve ou não ficar no plantel A.

Sem dúvidas que o Ruben Neves (para dar um exemplo, e este até era 2 anos mais novo qdo entrou no plantel no ano passado do q o André é agora) teria evoluido muito mais se tivesse passado mais um ano nos juniores, depois 2 anos a «pastar» na B seguido de 2 anos emprestado a um Moreirense e depois mais 1 ano emprestado a uma Académica (e quem sabe depois mais outro ao Estoril)... Claro.

Aí sim, ia estar no «ponto» ao chegar ao plantel A do FCP aos 21 ou 22 anos (quer dizer... se algum dia chegasse, o que duvido muito. Se se perdesse pelo caminho - devido a mau acompanhamento, ou equipa sem condições, etc etc - a conclusão seria logo; «estão a ver, não serve para o FCP»). Há que processar as «etapas» todas, carago!

Pois bem, o que eu acho em geral?

Antes de mais nada como já disse, acho que muita gente usa dois pesos e duas medidas. O argumento da idade ou serve para todos ou não serve para ninguém. Ponto.

Acho também, para dar uma Lapalissada, que o mais importante é a qualidade do jogador. Tenha ele 17, 20 ou 33 anos.

Acho ainda que se alguém saído dos escalões tem qualidade q.b. para fazer parte do plantel (e potencial para melhorar, o que quase todos têm) - i.e. nem que seja para ser 2a ou 3a escolha, não precisa de ser fora-de-série da mesma forma que ninguém exige a todos os estrangeiros contratados que sejam foras-de-série e venham para ser titular - em princípio é para ficar no plantel.

Acho também que quando temos casos desses não ajuda ninguém - nem o jogador, nem o clube - que se vá gastar muito dinheiro em mais 2 ou 3 jogadores para a mesma posição, tapando completamente o tal jogador da casa. Quer dizer... quando digo «ninguém» minto: é capaz de ajudar os intermediários nas transferências, já que ninguém recebe comissão quando se aproveita alguém da formação.

E finalmente, também acho que um jogador saído dos escalões não deve ficar mais do que 2 anos a fio no plantel A jogando muito poucos minutos (mas um ou dois, porque não). Nesses casos deve ser de facto emprestado - ou vendido.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Vontade de vencer


A vontade de vencer foi algo que sempre caracterizou as nossas equipas. Por vezes, onde faltava o resto, sobrava garra.

Não é necessário citar nomes de jogadores que, ao longo dos tempos, personificaram essa característica, pois são inúmeros os exemplos e todos os conhecemos.

Também hoje, no Estádio, damos o mesmo aplauso ao jogador virtuoso que faz algo que mais ninguém, tecnicamente, consegue fazer, como ao jogador que deixa “tudo em campo” (eu, muitas vezes, confesso que aplaudo mais este último do que o primeiro).

A vontade não é, obviamente tudo. Mas faz muito. Em especial, quando ela falta, torna-se muito complicado vencer uma competição de fundo, como é a Liga.

De facto, mesmo que sejamos superiores ao adversário, há jogos em que o adversário tem a sorte de nos marcar um golo e em que precisamos de recuperar da adversidade; ou em que o árbitro inclina o campo contra nós e precisamos que o elemento da vontade nos ajude a superar essas dificuldades; ou em que, pura e simplesmente, não estamos a acertar e precisamos de acreditar.

Esses jogos valem exatamente os mesmos três pontos que os demais. E também precisamos de preparar esse tipo de jogos (nos demais, o mais normal é que a nossa superioridade se imponha).

Muito se tem escrito, no Reflexão Portista, sobre a maior ou menor qualidade da equipa de este ano, quando comparada com a do ano passado. Acho que ainda é cedo para fazer o saldo dessa análise, embora, de forma genérica e ainda precoce, me pareça que ganhámos mais “raça” e “grupo” (Danilo Pereira, Maxi, André e Aboubakar) e perdemos algum virtuosismo (Danilo, Alex Sandro, Oliver, Quaresma e, naturalmente, Jackson).

Isto sem querer dizer que os primeiros não são virtuosos (por exemplo o Aboubakar aparenta ter menos técnica do que a que, na verdade tem e André, lutando muito, parece encobrir o “mar de futebol” que lhe corre nas veias e que já mostrou sempre que entrou) ou de que os segundos não eram lutadores. Afirmar isso seria, a meu ver, uma injustiça, que não corresponde ao meu entendimento.

Queria apenas salientar que a vontade de vencer cada jogo (eu diria, cada lance) deve ser um ponto de trabalho para Lopetegui. Custa-me, por exemplo (e já aqui o referi) ver um jogador como Tello tirar o pé em lances divididos.

Penso que o treinador percebeu já que o campeonato se pode perder num lance, ou num jogo, e que não temos margem para a perda de pontos (embora a saída de Aboubakar, na Madeira, para a entrada de Osvaldo, não tenha sido por mim compreendida).

Na Champions há um natural impulso de superação. Espero que este seja um ponto bem trabalhado pelo treinador também para as demais competições. Jogador que “tirasse o pé” num jogo da Liga frente a uma equipa menor, seria um jogador que, para mim, não mereceria jogar no jogo seguinte da Champions.

“Querer” não é uma condição suficiente para vencer mas é, sem dúvida, uma condição necessária, que se trabalha no dia-a-dia e que também se contagia do banco para o campo.

Estamos bem a tempo de trabalhar isto.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Modalidades de alta competição: antevisão da nova época

[Artigo de autor convidado: José Pedro Costa Lima]

Este fim de semana tivémos o primeiro jogo da época de Andebol, marcando o regresso das modalidades do Caixa. Começo aparentemente dificil, com uma visita a Aguas Santas mas resolvido competentemente com a primeira vitória da época. Nada então como um pequeno “preview” sobre as nossas equipas que vão evoluir no Caixa este ano:

Andebol: Porto reforçou-se muito bem, com dois jogadores cruciais retirados a Benfica e Sporting, Areias e Rui Silva à cabeça das contratações para esta época. Outra grande “contratação” foi a manutenção de Gilberto Duarte, claramente o melhor jogador do campeonato passado. De saídas destacam-se Joao Ferraz e Mick Schubert. No entanto a noticia aqui é a saida do homem que nos levou a 6 dos 7 titulos do hepta. Obradovic pela sua competencia e carisma vai fazer falta mas acredito que seja bem substituido por Ricardo Costa que já foi seu pupilo. Na baliza Tino e Quintana, os dois melhores guarda redes portugueses de muito longe, continuarão a ser garante de muitissima qualidade.

Do lado do adversário Sporting também se reforçou bem e com uma mudança de treinador para alguem (Zupo Equisoain) de inquestionavel competencia, ABC, Carnide e Aguas Santas parecem-me correr por fora. Acredito que o P0rto terá o favoristismo mas o Sporting promete dar muita luta. Não esquecer que desde ano passado esta modaliade se decide num playoff final o que dá (como já deu) espaço para que as coisas possam ser “equilibradas” doutra maneira, como quase foram ano passado.
Relevo também para a entrada direta na fase de grupos da Liga dos Campeões, o que só prova o enorme prestigio que esta equipa adquiriu nos ultimos anos.


Hoquei: Finalmente a verdadeira “vassourada” no Porto que já há 2 anos era necessaria. To Neves não era o único problema e concerteza que não foi o único culpado dos insucessos dos ultimos 2 anos mas não conseguiu como treinador imitar os enormes sucessos que teve como jogador.Sai quase um plantel inteiro (pedro Moreira, Caio Ricardo Barreiros…) e na minha opinião lamentavelmente o nosso REI Ventura sai também.
As contratações dão esperança: um treinador competente (Cabestany) e contratações como Gonçalo Alves ou o regresso de Reinaldo Garcia são excelentes apostas para um novo ciclo de sucesso.
Quanto aos adversarios, o Recreativo de Carnide mantem plantel (saem Lopez e Tuco) e ainda o reforça com duas contratações brutais como Marc Torra e JordiAdroher. Não esquecer que mantem Nicolia no plantel ainda a rir-se do golo marcado à selecção no ultimo Mundial. Oliveirense alem do To Neves foi buscar Ricardo Barreiros, Caio, Pedro Moreira e ainda Carlos Lopez e será um adversario fortissimo.
Não há como negar aqui o favoritismo do 5LB e precisaremos de uma grande época para o contrariar, Veremos se a equipa liderada pelo veterano Edo e pelo sangue novo do Helder Nunes o conseguirá fazer
Não esquecer que disputaremos e com legitimas ambições, a Liga dos Campeões que há muito nos foge.

Basquete: Grande revolução para um muito ansiado regresso do Basquete de primeira depois de tres anos de sucesso do Dragon Force. POrto reconstroi o plantel e mantem Moncho, alias como tinha de ser para um ataque ao titulo. Várias entradas (3 americanos,1 comunitario e ainda 2 portugueses, Silva e Hartmann). Não posso comentar a qualidade das contratações (não conheço nenhum dos americanos) mas confio plenamente na avaliação que certamente o Moncho Lopez fez. A sul, um investimento completamente milionario incluindo um ex-finalista da NBA e segundo melhor marcador em França, no que parece ser uma medida acertada dado que tem de disfarçar a incompetencia tecnica e moral do treinador. Apesar desta reconstrução creio que será um ano de transição para o Porto, pelo que atribuo 90% de favoritismo ao Carnide e 10% ao Porto (essencialmente porque Lisboa é um treinador miseravel). Não me parece que nenhima outra equipa tenha hipotese.
Disputaremos também as competições europeias o que certamente será um factor adicional de motivação para todos.

Tudo dito, agora... vamos ao Caixa! Muito portistas me dizem que nunca lá foram o que me parece um bocado incrivel. Não só é um espaço quase perfeito, como as equipas que jogam lá são nossas tanto quanto o futebol, dentro do que é um ambiente muitas vezes absolutamente fantastico. Mais, é um sitio ideal para levar crianças. A aproximação ao jogo e proximidade dos jogadores bem como o excelente habito de no final todos cumprimentarem o publico leva a que os mais novos tenham lá uma experiencia muito melhor da que tem no Estadio. Alem disso é barato os bilhetes costumam ser 2€ para socios…

Não há desculpa para não ir. Dia 12 primeiro jogo-treino da equipa de Basquete contra o Oviedo.

PS - O Reflexão Portista agradece ao José Pedro a elaboração deste artigo.