sábado, 9 de janeiro de 2016

As escolhas da SAD no pós-Vítor Pereira

No dia 20 de Junho de 2011, a poucos dias do início da época 2011/2012, André Villas Boas, aliciado pelos milhões do Chelsea e com medo do fantasma Mourinho (Pinto da Costa dixit), abandonou a sua “cadeira de sonho”.

Vítor Pereira e André Villas-Boas (época 2010/11)

Apesar de convidado a acompanhá-lo na aventura inglesa, o seu Nº2, Vítor Pereira, optou por ficar. Ficou no Porto, mas herdou um plantel que, por ter ganho tudo na época anterior, estava repleto de jogadores cheios de expectativas e com a cabeça noutro lado (Fucile, Rolando, Álvaro Pereira, Guarín, Belluschi, Falcao, etc.).
Para complicar a coisa, Radamel Falcao foi vendido no final de Agosto de 2011 (e a SAD só contratou Jackson um ano depois), tendo Vítor Pereira de se desenrascar com pontas-de-lança do calibre de Kléber e Walter!

Aos poucos, e após ter sido feita uma “limpeza de balneário” a meio da época (em Janeiro de 2012), Vítor Pereira foi “colando os cacos” e construído uma equipa à sua imagem.
Com essa equipa e o seu modelo de jogo, Vítor Pereira superou Jorge Jesus, quer nos duelos diretos que travaram, quer na “maratona” que são os campeonatos.

No 1º ano ganhou o campeonato 2011/2012.
No 2º ano ganhou o campeonato 2012/2013.
E nesses dois anos, num total de 60 jogos para o campeonato, perdeu apenas uma vez (em Barcelos, num jogo tristemente célebre, arbitrado por Bruno Paixão).

Pelo meio, Vítor Pereira foi sendo contestado (principalmente nos primeiros meses da época 2011/12 e após a derrota em Málaga, na época seguinte), mas também recebeu fortes elogios, inclusive de adeptos de clubes rivais.

Com ele, foram vários os jogadores – Maicon, Danilo, Alex Sandro, Mangala, Fernando, Moutinho, James, Jackson – que evoluíram e, em alguns casos, cresceram para patamares de excelência.

E quando a SAD não quis renovar com Vítor Pereira, ele saiu do seu FC Porto como um Senhor, de cabeça erguida e com a satisfação da missão cumprida.

Estamos no 3º ano do pós-Vítor Pereira e, neste período, a equipa principal do FC Porto já teve três treinadores (brevemente terá um 4º).

Paulo Fonseca: 01-07-2013 a 05-03-2014

Luís Castro: 05-03-2014 a 30-05-2014

Julen Lopetegui: 01-06-2014 a 07-01-2016

Por motivos diferentes, estas três escolhas da SAD – Paulo Fonseca, Luís Castro e Julen Lopetegui – acabaram por não alcançar os objetivos pretendidos, tendo-se revelado apostas falhadas.

Será que à 4ª tentativa, Pinto da Costa e Antero Henrique irão acertar na escolha para um dos cargos mais importantes da estrutura de qualquer clube/SAD de futebol?

A fasquia está alta, mas convém lembrar que ainda há muito para ganhar esta época – Campeonato (faltam 18 jornadas, estão 54 pontos em disputa e o Sporting tem de vir ao Dragão), Taça de Portugal (o FC Porto é o único dos três “grandes” ainda em prova) e Liga Europa.

Mais. A FC Porto SAD investiu dezenas de milhões de euros neste plantel (na aquisição de "passes" de jogadores, em empréstimos e em salários), tem o maior orçamento do campeonato português (mais de 100 milhões de euros) e, por isso, tem obrigação de lutar até ao fim por todos estes objetivos.

Pinto da Costa é o presidente mais titulado do futebol mundial e terá um lugar, para sempre, na gloriosa história do Futebol Clube do Porto. Contudo, depois de não ter renovado com um treinador bi-campeão e após três falhanços consecutivos, a responsabilidade desta Administração da SAD (particularmente de Pinto da Costa e Antero Henrique) é enorme.

Para bem do FC Porto, não pode(m) voltar a falhar.

49 comentários:

a pessoa disse...

Caro José,

Erro histórico. VP é muito competente. É assunto que me entristece pela forma como (quase) todos os portistas o trataram num ou outro momento, eu inclusive.

Mas são águas passadas. O que não são águas passadas é que aquilo que VP teve de suportar, já Jesualdo tinha suportado, e depois dele suportaram Fonseca e Lopetegui: carregar a defesa do FCP sempre sozinhos, dando o corpo a todas as balas, as justas (e oh, se as houve) e as injustas (que não foram poucas também).

A conclusão disto é que a SAD está fracturada. A desunião é real e ninguém se atravessa verdadeiramente pelo todo.

Acho que vamos ter de passar um período de nojo pós Pinto da Costa. Infelizmente, acho que quanto mais depressa esse período começar, melhor. Era muito bom que Pinto da Costa não concorresse a mais um mandato e obrigasse verdadeiramente alguns coelhos a sair da toca para que se lhe visse a cara...

PS: Fonseca terá dito em privado que o FCPorto o surpreendeu, na medida em que não se entende quem realmente manda... É um boato, que vale o que vale, mas que parece cada vez mais verosímel.

JON

Unknown disse...

Marco Silva, Vítor Pereira, Leonardo Jardim e Mourinho a 6 meses.

Um destes e ficarei contente e com toda a certeza lutaremos por tudo esta época.

DC disse...

Sublinho quase tudo no post, com a excepção de termos que lutar até ao fim pela Liga Europa. Para mim o Borussia é um colosso, uma equipa que na Champions seria candidata a vencer e portanto o resultado natural será cairmos já, na minha opinião.

José Correia disse...

"...aquilo que VP teve de suportar, já Jesualdo tinha suportado, e depois dele suportaram Fonseca e Lopetegui: carregar a defesa do FCP sempre sozinhos..."

Isto é um dos problemas do FC Porto, que não é de hoje, nem de ontem, e que se tornou mais notório há cerca de 10 anos atrás, aquando do processo Apito Dourado.

Anónimo disse...

O artigo toca em pontos fulcrais, pese embora andar em torno de Vítor Pereira, o qual, francamente, era aquilo a que se chama um "pé quente", como bem evidenciado no "Momento Kelvin", em 2012/13, sem o qual o José Correia teria de adicionar mais uma época à nossa frustração. Já para não falar na pobre qualidade do futebol então praticado, mas passemos à frente.

Também não acho que se deva incluir Luís Castro no rol dos falhanços, pois tratou-se apenas de um "tapa-buracos", tal como, agora, o Rui Barros (provavelmente, por menos tempo).

Escolher treinadores não é coisa fácil, claro, mas já por isso temos administradores pagos a peso de ouro, para tomarem essa e outras decisões fulcrais e difíceis.

Nunca se sabe o que um treinador vai dar, mas a hipótese de sucesso será mais ou menos directamente proporcional ao prestígio, competência e mérito do escolhido. Nesse sentido, as escolhas de André Vilas Boas e Vítor Pereira foram, também elas, tiros no escuro, só que, nesses casos, as coisas correram bem. É na sequência de tiros no escuro bem sucedidos (alguns, apesar de tudo, à luz do luar e não nas profundas trevas) que, normalmente, Pinto da Costa se entusiasma e acha que acertará sempre nos treinadores. E depois surgem os Quinitos, Fernandos Santos, Paulos Fonsecas e Julen Lopeteguis desta vida, cujo número começa a ser uma mancha no currículo pintista, infelizmente.

Nesta altura da vida, não será fácil contratar um treinador a título definitivo, e sinceramente espero que não se virem para o Nuno ES só pelo facto de estar disponível.

Uma ideia: peçam ao Artur Jorge que tome conta da equipa, com a ajuda do Rui Barros, até ao fim da época.

José Correia disse...

"Era muito bom que Pinto da Costa não concorresse a mais um mandato e obrigasse verdadeiramente alguns coelhos a sair da toca para que se lhe visse a cara..."

Caro JON, eu diria de outra maneira.

Era muito bom que Pinto da Costa não concorresse a mais um mandato, de modo a abrir caminho a um debate sério sobre a situação atual do FC Porto (Clube e SAD), que fosse esclarecedor e permitisse aos sócios escolher, entre várias alternativas, a que consideram melhor para o futuro do Clube/SAD.

José Correia disse...

O Borussia Dortmund tem um orçamento superior ao do FC Porto (sensivelmente o triplo) e, teoricamente, é uma das equipas mais fortes da Liga Europa 2015/16.

Contudo, um FC Porto no máximo das suas capacidades (este plantel pode render muito mais) terá, não diria obrigação, mas boas possibilidades (aí uns 40-50%) de eliminar o Borussia.
Até porque, sendo muito forte, o Borussia não é o Bayern.

Anónimo disse...

Este artigo é sobre a questão do treinador. Atendendo a que está a passar aqui tangencialmente a questão da presidência, seria interessante um artigo sobre essa matéria - sem querer interferir em vossa casa, claro; é apenas uma sugestão.

Soluap disse...

Na escolha do próximo treinador não pode haver precipitação pois este ano ainda podemos ganhar tudo.Nuno Espirito Santo não!

Hugo Mota disse...

José, o que se passa actualmente, é como quando fazes uma saída com os amigos às Francesinhas, e chegas ao restaurante e dizem-te que só há febras ou prego em prato. No momento, não há nada, ou ninguém no mercado que te dê boas (ou mesmo moderadas) garantias de sucesso. Só gente que anda com a cabeça noutra galáxia, poderá achar que Marco Silva vai abdicar de ser campeão grego, ou AVB dos oitavos da champions, para vir para cá. Para mim, esta época kaput. Excepto talvez a taça, onde pela sorte que temos tido com os sorteios e quedas dos rivais, temos hipóteses mesmo com o Rui Barros à frente da equipa.
Na minha opinião, a SAD só tem um caminho para fazer bem as coisas.
1. Contratar um treinador competente e com experiência de futebol português até ao final da época. Sim, pode ser um Sérgio Conceição, um Pedro Martins, um Fabiano Freitas ou algo do género. Quem sabe até não conseguiriam uma gracinha. Fujam de Paulos Bentos, Couceiros, Peseiros e afins... É importante aceder aos play-offs da Champions do próximo ano.
2. Começar a trabalhar a sério num projecto para 2016/17, com um treinador escolhido entre todas as hipóteses disponíveis, e não somente entre refugo.
Escolher um treinador para o futuro hoje, é como querermos casar com uma rapariga que conhecemos na noite passada. Até pode dar certo. mas a probabilidade é muito pouca.

Unknown disse...

"após três falhanços consecutivos, a responsabilidade desta Administração da SAD (particularmente de Pinto da Costa e Antero Henrique) é enorme"

É, sem dúvida.
No entanto, no meu entender, este momento é ainda mais difícil e enormemente mais sujeito a "erros", "falhanços" ou "tapa-buracos".
Os responsáveis poderão (e deverão) ter legítimas e obrigatórias ideias dos projectos e capacidades do clube e aí terem a responsabilidade de escolher acertadamente - pelos menos com dados suficientes para se aproximarem desse objectivo.
Os treinadores, não estão numa prateleira de supermercado, à espera que alguém (clubes) os contratem. Logo, surgem no imediato algumas questões:
- quais os que estão livres e descomprometidos que se enquadram nesse perfil ?
- Ou, não estando agora, quando virão a estar ?
- Pode o Clube esperar ?
- Ou opta por período de transicção ?
Por fim, como em todos os processos de negociação, é obrigatório que a outra parte esteja disposta a aceitar (partindo do pressuposto que é o Clube a procurar no mercado e não o mercado a oferecer-se ao Clube…).
Por isso, esta é provavelmente mais difícil de decidir. E, mais arriscada.
Ou talvez não… se acreditarmos em “coelhos a sair da cartola”…
Como eu desejava isso possível !!! O que “eu – adepto” quero é que o Futebol Clube do Porto, se levante o mais rápido possível, e “me” volte a dar a confiança, garra, força de alguns anos atrás – felizmente não muitos.

Luis (Coimbra)

Buíça disse...

Não acho que haja injustiça para com algum dos treinadores (e são mais de uma mão cheia) que foram à sua vida depois de os fazermos bicampeões. O Presidente tem a sua maneira de ver as coisas e sempre que ganha 2 campeonatos, pensa em trocar. Na minha opinião pessoal tem a ver com só aceitar um treinador "cativo" se for do nível do Pedroto, são lá coisas dele, e o único em que verdadeiramente acreditou que tal fosse possível desiludiu totalmente, embora não desportivamente.
Embora isto seja um erro do Presidente (afinal de contas se o Pedroto ganhasse uma uefa e uma champs seguidas e tivesse ofertas como as que há hoje em dia, quase de certeza marcharia tambem), não tenho nada contra que mantenha essa utopia, que partilho.
E é aí que entra AVB, que é da casa e tem todo o direito de, muito novo, saír e ir ser milionário em poucos anos, não deixa de ter muito tempo para ainda voltar ao clube. VP coloco ao mesmo nível no trabalho de campo e de banco, embora o futebol não seja o mesmo, não há 5-0 aos milhafres ou 3-1 no galinheiro. Só acho que o Vilas tem muito mais potencial além de ser só bom treinador, seja na sala de imprensa ou a negociar com presidentes, empresários ou uefas.
Sobre a direcção acho, como sempre achei, que não é tema para debater quando a equipa perde. Eu não posso ver o Antero à frente mas ao mesmo tempo acho que se o Presidente quiser morrer Presidente merece essa honra e lá estarei para ajudar a que isso seja possível sem o Porto ficar menos bem por isso.
Treinadores para o momento actual há muitos e bons e acho que a prioridade tem de ser campeonato e taça, mais uma razão para ser um português, de preferencia um que nao seja comestivel em ceboladas.

RS disse...

Nestas alturas ha sempre mil e um desejos mas no fim vem um Paulo Fonseca qualquer... Esqueçam lá o AVB, o MS e o Jardim. Aposto que vamos ter mais um treinador improvável a que o nosso presidente dará o rotulo de "primeiríssima escolha"...

agostinhop disse...

Deveriamos, nós que gostamos do clube e queremos o melhor para ele, começar a pensar seriamente, no futuro. Esta coisa tão simples parece não ocorrer ao seu quase ancião líder. Ora não há maior demonstração de egoismo do que saber que se está a chegar ao fim de um longo "reinado", sem das 2, 1, ou deixar claro que a pessoa x, é da sua confiança para lhe suceder, ou então abrir um debate interno que leve a eleições, onde os melhores não tenham medo de se chegar `a frente. É muito importante que o FCP pós-PC, que chegará em breve, seja um momento de afirmação clara do nosso clube e não aquilo que os abutres da capital desejam, ou seja, o fim do FCP ganhador e dominador, com o qual têm sonhos tórridos.

José Correia disse...

"...acho que se o Presidente quiser morrer Presidente merece essa honra..."

Mesmo que já não tenha a saúde e energia necessária para ser presidente de um Clube e de uma SAD que, em conjunto, abrangem um grupo de empresas que movimentam cerca de 150 milhões de euros por ano?

Mesmo que isso seja mau para o Futebol Clube do Porto e, no fundo, para o próprio Pinto da Costa?

José Correia disse...

"...pode ser um Sérgio Conceição, um Pedro Martins..."

Caro Hugo Mota, se o FC Porto contratasse, agora, o Sérgio Conceição ou Pedro Martins e este "treinador temporário" ganhasse o campeonato, o que é que o Hugo faria?

Fernando B. disse...

A " narrativa" da saída de AVB do FCP em 2011, nunca foi cabalmente explicada.
Será que a tese corrente "" aliciado pelos milhões do Chelsea e com medo do fantasma Mourinho "" é a verdade toda?
Será que a SAD tão ansiosa e carente de M€, não se deixou seduzir pelos 15 M€ - é que nessa data as grandes verbas teimavam em demorar, demorar...
Será que a narrativa verdadeira é um pouco de cada uma destas teorias?
É que a primeira encaixa manifestamente mal nas palavras e na entrega do Dragão de Ouro passados uns meses...
Tenho pena que o pateta do Rui Santos da SIC, tenha sugerido AVB para um futuro Presidente - quase queimou a hipotese, e a mim parece-me sinceramente a solução mais meritória para tudo isto.Já o penso há muito...
Deixemos JNPC candidatar-se, mas ele que altere a estrutura da Direção e crie o lugar de Vice-Presidente, e opte por AVB.
É bem dos nossos, sabe futebol, conhece mundo...
E não tem atrás negócios privados ruinosos, pelo que o lugar não será nunca para " Salvar o que for possivel " Espero que me compreendam.

miguel.ca disse...

Nenhum "grande treinador" virá por seis meses por isso já sabem que o próximo anúncio vai-nos deixar desiludidos e apreensivos mas de facto a asneira está consumada e agora só podemos aspirar a alguma tranquilidade, algum futebol e à champion's League da próxima época.
Na minha modesta opinião, para 16/17, Vitor Pereira em primeiríssima opção e Marco Silva como principal alternativa se o primeiro não for possível. Não quero mais experiências, mais futuro-Mourinhos ou jovens técnicos com margem de progressão. Quero o Porto "back on track".

miguel.ca disse...

Neste processo, a única coisa que desejo é que não haja uma espécie herança por dinastia, isto é, vir alguém lá colocado por quem lá está actualment. O modelo PC está espremido e esgotado e o caminho tem de ser outro, longe da Doyen, do entreposto de jogadores, das comissões e das negociatas. Temos de voltar a ser Porto e a matar e morrer pelo Porto e procurar de novo a estrada que nos levou a 1987, 2003 e 2004.

Paulo Marques disse...

Mas seria sempre melhor que não o faça a um mês das eleições...

Paulo Marques disse...

Seja quem for o morto-vivo que se siga, cá estará o Reflexão Jesuíta para o meter no sítio.

Anónimo disse...

«O Presidente tem a sua maneira de ver as coisas e sempre que ganha 2 campeonatos, pensa em trocar.»

Eu acho que isso não obedece a nenhuma preferência ou estratégia de Pinto da Costa. Jesualdo Ferreira, por exemplo, esteve quatro épocas e foi campeão nas três primeiras. Artur Jorge, na sua primeira passagem, foi campeão nas duas primeiras épocas e ficou para a terceira (com o apogeu que conhecemos). Assim sendo, quem foram os treinadores bi-campeões dispensados ao fim de duas épocas? Além do Vítor Pereira, só me lembro do António Oliveira, cujo tempo tinha claramente chegado ao fim (a equipa arrastava-se no final da 2ª época, tendo até perdido 3-0 na Luz). Não me lembro de mais nenhum: Mourinho e Robson sairam porque quiseram e não por opção presidencial.

Essa tese é, portanto, um mito.

Anónimo disse...

Lembrei-me agora de um terceiro: o Carlos Alberto Silva. Outro caso parecido com o do Oliveira.

Unknown disse...

Escolher um treinador interino tem muito que se lhe diga... deve ser tão fácil como escolher o elefante certo num salão de cha... a equipa foi escolhida por outro, a desmoralização é geral, os adeptos já perderam a paciência... um contrato de 6 meses para levar com esta situação em cima? Quem é o maluco que se atravessa? Na altura em que podiam escolher, escolheram... mal...

bruno disse...

se é para 6 meses, que fique o rui barros e se aposte num bom preparador físico
não vale a pena inventar muito.
reforçar a defesa, 2 centrais e um defesa esquerdo, isso é muito importante.
já o suk.. vamos a ver. começa bem, preferível ao Osvaldo.

miguel.ca disse...

Não creio que este blog possua esse grau de influência ;)

miguel.ca disse...

Entretanto parece que a contratação do Kléber... quer dizer, do Suk, é agora oficial. Aparentemente, Walter... quer dizer, Suk, vai ter um contrato de 5!!! (Cinco) anos!
Vai ser engraçado quando se realizar que Janko... quer dizer, Suk, é mais um daqueles barretes incompreensíveis que vai andar anos emprestado por todo lado e a pesar na nossa folha de salários.

Hugo Mota disse...

Essa era a parte mais simples. Se efectivamente tivesse um treinador de recurso a ganhar campeonatos e por a equipa a jogar bem, era um iluminado. Não haveria dúvidas na manutenção da aposta.
O que eu não me acredito é em contos da carochinha.
Isso só acontecerá se por um acaso da fortuna, os nossos adversários começarem a perder mais pontos do que o fizeram na 1ª volta.
Lopetegui perdeu 1 jogo e empatou 4 numa volta. Dúvido que qualquer treinador no mundo, inclusivé Mourinho ou Guardiola, conseguisse fazer melhor no FC Porto neste momento e com este plantel.
De qualquer forma, para um treinador médio como Pedro Martins, Conceições ou outros que tais, qualquer êxito no FCP seria sempre um impulso muito maior na carreira do que levar Guimarães ou Rio Aves à europa, que ninguém quer saber. Nada teriam a perder, só a ganhar. Por isso digo que é mais possível do que ir buscar treinadores com créditos firmados, a outras equipas europeias, a meio da temporada.

Antonio Jesus disse...

Gostaria de ver justificada tanta apreensão relativamente a hipotética contratação do NES?

Anónimo disse...

E há ainda outro aspecto no que diz respeito à ida de André Vilas Boas para o Chelsea, caro Fernando B.: reduzir essa decisão ao aliciamento dos "milhões do Chelsea" é mesquinho, e diz mais de quem profere tal opinião do que do próprio AVB. Um convite de um dos principais clubes actuais de Inglaterra é, por si só, aliciante, muito para lá dos "milhões". Quem acha que os milhões terão sido o principal motivo da escolha do AVB é porque, provavelmente, se move principalmente por "milhões". E do Mourinho digo o mesmo: não foram os "milhões do Chelsea" a principal razão da sua decisão, mas sim a ambição de treinar um dos principais clubes do melhor campeonato do Mundo.

Anónimo disse...

Ora bem: diga lá então, o que acha que recomenda o referido NES, se é que acha.

Mas eu digo o que o não recomenda: foi um treinador inventado pelo Jorge Mendes. Fez um bom trabalho no Rio Ave (como o Lito Vidigal está a fazer no Arouca, o Manuel Machado já várias vezes fez no Nacional, e o Paulo Fonseca fez no Paços). Esse seu representante impingiu-o ao Valência, tal como fez com o Lopetegui ao Porto (o Jorge Mendes lembrou-se de inventar treinadores de topo). No Valência fez um trabalho que poderá comparar-se ao do Lopetegui no Porto: a primeira época foi razoável, e a segunda estava a ser um descalabro. Perante isto, que o qualifica para treinar o Porto?

Pedro ramos disse...

Só um off-tópic.

Baía defende que o sucessor de Lope deve ser um "treinador português, de métodos modernos, devidamente identificado com a realidade do nosso futebol e com a real dimensão do FC Porto, algo que o técnico anterior nunca percebeu."
“Importa ainda que seja alguém capaz de fazer frente aos rivais em todos os tabuleiros, ou seja, não só dentro das quatro linhas, mas também na capacidade de comunicação para dentro e para fora do grupo de trabalho. Nomes como Marco Silva, André Villas-Boas e Leonardo Jardim encaixam perfeitamente nesse perfil, tal como Nuno Espírito Santo ou Sérgio Conceição”.

Ou seja, mais um que qualquer coisa serve, desde que seja tuga...O que é que ele tem mesmo para oferecer, enquanto futuro candidato a presidente?

João disse...

Custassem todos os Klébers (13J a titular, 9 golos), Jankos, Walters e, já agora, Ghilas 1.5M€ e estávamos nós muito bem.

Buíça disse...

José, a ideia é, como disse, que a continuidade do Presidente nao prejudique o clube. Evidentemente isso passa por o sucessor ser competente sem desrespeitar quem tudo deu a vida inteira para tanto sucesso.
Pedro, há tb o Robson, mas há mais factores que às vezes o fazem manter o treinador mais tempo (amizade, falta de alternativa) ou menos tempo.

Enfim, como dizia um amigo, noutros tempos ao meio-dia já tinha mandado vir o JJ de Lisboa e seguiam os dois pra matosinhos abater uma dobrada, mas voltando ao que interessa, se não vier um bom e definitivo agora, continuo a preferir o Luis Castro, ninguém o vai desrespeitar em salas de imprensa, basta a equipa estar motivada e não minar o treinador para termos boas chances na Taça e no campeonato que me parece ir ser decidido nos confrontos directos (algo que o burro do espanhol nao parecia entender, achando que ter mais pontos que no ano passado serve de consolo a alguem) pode ser que nos dê uma alegria.

bruno disse...

tem de ser português, as maiores conquistas do clube foram com treinadores e jogadores portugueses!

e o baia terá bastante para oferecer ao clube, deveria estar na estrutura do clube.

e já li algures nomes de treinadores como bielsa, enfim, se queremos circo, o lopetegui deveria ter ficado, poupava-se a indemnização

José Correia disse...

Pedro disse:
«Vítor Pereira, o qual, francamente, era aquilo a que se chama um "pé quente", como bem evidenciado no "Momento Kelvin", em 2012/13, sem o qual o José Correia teria de adicionar mais uma época à nossa frustração.»

Vítor Pereira era um "pé quente"?

Eu podia dar tantos exemplos que contrariam esta ideia, mas vou dar o exemplo de um jogo decisivo e que é flagrante.

Málaga x FC Porto (2ª mão dos Oitavos da Liga dos Campeões 2012/13)
- Izmaylov e Liedson foram os "reforços" de Inverno oferecidos pela SAD a Vítor Pereira;

- James: estava em fase de recuperação da forma física e ritmo de jogo, após uma paragem de cerca de 2 meses;

- Moutinho: o "motor" da equipa estava lesionado e só aguentou (com dificuldades) os primeiros 45 minutos;

- Defour: autoexpulsou-se, estupidamente, no início da 2ª parte, obrigando uma equipa já de si fragilizada, a jogar a passagem aos Quartos-final da LC com menos um jogador durante os últimos 42 minutos da eliminatória.

Não há dúvida, Vítor Pereira era mesmo um "pé quente".

Ah, e também tinha muita sorte com as arbitragens.
Para além do jogo de Barcelos (que refiro no texto), lembra-se das arbitragens "limpinho, limpinho"?

José Correia disse...

"...se não vier um bom e definitivo agora, continuo a preferir o Luis Castro..."

O Luís Castro é uma solução que já foi testada (como treinador de transição) em 2013/14 e não resultou.

Além disso, está a fazer um muito bom trabalho na equipa B, que não convém estragar.

José Correia disse...

"...a única coisa que desejo é que não haja uma espécie herança por dinastia, isto é, vir alguém lá colocado por quem lá está actualmente"

Compete aos sócios (e o Futebol Clube do Porto tem cerca de 100 mil) evitar que isso aconteça.

O miguel.ca é sócio?
O que está disposto a fazer?

Pedro ramos disse...

O meu melhor carro foi azul. Quando comprar um novo nada mais interessa desde que seja azul.

Anónimo disse...

Quando disse que o Vítor Pereira é um "pé quente", estava a pensar no que me parece o mais óbvio: o modo afortunado como acabou por ganhar dois campeonatos que pareciam perdidos definitivamente. Essas vitórias é que o definiram, diga-se, e que permitiram a criação de uma espécie de culto em torno dele, muito devido ao insucesso dos seus sucessores. O futebol de Vítor Pereira era do mais enfadonho que algum dia se viu, embora, claro, haja quem, desde que se ganhe, não tenha preocupações estéticas.

O que Vítor Pereira claramente não era, era um "pé frio", mesmo com Málaga, Barcelos e "limpinho" à mistura. Arbitragens tendenciosas e azares com lesões acontecem a todos. Artur Jorge, por exemplo, ficou sem o patrão da defsa (Lima Pereira) e o goleador (Fernando Gomes) pouco antes de Viena. Diga-se que também acho que o AJ era um "pé quente", e que esta expressão nada tem de depreciativo. Quem me dera que todos os treinadores do FC Porto o fôssem.

Anónimo disse...

Buíça (salvo seja!),

Eu falei no Robson. Ele saíu do Porto porque quis, para ir para o Barcelona. Não foi decisão de Pinto da Costa.

José Correia disse...

"...o modo afortunado como acabou por ganhar dois campeonatos que pareciam perdidos definitivamente..."

Mais do que a sorte ou o azar, em ambos os campeonatos houve duas coisas que foram determinantes:
1) regularidade - 1 derrota na época 2011/12; 0 derrotas na época 2012/13.
2) confrontos diretos com o SLB - em ambas as épocas o FCP derrotou o SLB nos jogos decisivos da 2ª volta (que no caso da época 2011/12 até foi disputado na Luz).

José Correia disse...

"Essas vitórias é que o definiram, diga-se, e que permitiram a criação de uma espécie de culto em torno dele, muito devido ao insucesso dos seus sucessores"

O insucesso dos sucessores de Vítor Pereira, pode ter feito mudar de opinião alguns dos adeptos que não valorizaram, devidamente, o trabalho que o VP fez no Porto.
Mas não é o meu caso.
Eu elogiei N vezes o VP enquanto ele era treinador do FCP (no artigo coloquei três links, mas podia ter colocado muitos mais) e, obviamente, defendi que a SAD devia renovar com Vítor Pereira.

DC disse...

É realmente risível que digam que um treinador com uma derrota em 60 jogos teve sorte. Só no Porto mesmo. Noutro clube qualquer teria uma estátua à porta.

João disse...

E só andava a 4 ou 5 pontos do Benfica antes deles escorregarem porque as vitórias deles valem 3,5!

João disse...

Qual é o FC Porto deste momento e com este plantel?

O melhor, de muito longe, da Liga?

João disse...

Pedro, não diria melhor. Incrível...

DC disse...

Sim, porque o tal treinador do slb, como se vê este ano, era muito fraco. Este ano também está farto de ter derrotas.

bruno disse...

azul é uma boa escolha