domingo, 10 de janeiro de 2016

Interrogações sobre o negócio FCP-Altice


O FC Porto acaba de anunciar um negócio histórico, sem dúvida um triunfo da SAD. Como diz Pinto da Costa, e bem, mais importante do que ter superado os números do Benfica e Sporting – que, digam o que disserem, foram efectivamente superados – o negócio colocou o FC Porto como primeira referencia na venda de direitos televisivos em Portugal. Mais ainda, a forma como o negócio foi estruturado – um pack com quatro variáveis: direitos de transmissão, exclusividade PortoCanal, publicidade nas camisolas e na estática do Dragão – permite evitar que o Benfica saque da NOS os 10% extra que tinham acordado em caso de um negócio superior de um rival directo. O Porto pode perfeitamente reclamar que o valor do seu negócio, no que diz respeito aos direitos televisivos, é igual ou inferior que o do Benfica, compensando-o nos outros campos (o Benfica negoceia, paralelamente, a questão do patrocinio e da publicidade estática na Luz), deixando Vieira de mãos a abanar.

Sobre esse negócio o José Correia e o Tribunal do Dragão já explicaram quase tudo o que se sabe – há muita coisa que ainda vive no segredo dos Deuses -  sobre o mesmo, não vale a pena alongar-me. Os números são inquestionáveis ainda que, pessoalmente, preocupa-me  o periodo que abarca o negócio. É extremamente raro que um clube se comprometa a vender os seus direitos num prazo fixo tão largo (nesse capitulo, o Sporting foi ainda mais longe, sinal do seu desespero). Há contratos que permitem negociações anuais, bienais ou trienais depois de um periodo minimo de quatro anos, mas fechar as contas num lote de dez anos – que, na prática, por motivos do acordo vigente com a Olivedesportos só arranca em 2018/19 – é um risco importante. Ou ausência de risco, como quiserem. A SAD garante com esta jogada um rendimento garantido por uma década tanto nos direitos da TV como na publicidade. Fá-lo com valores nunca vistos em Portugal. Mas joga com um valor fixo sem calcular as variáveis futuras.

O mundo de há dez anos era muito diferente do nosso e o de daqui a dez anos será mais ainda.
Há dez anos ninguém via futebol em Pc´s, telemóveis ou tablets. Hoje é uma realidade .Há dez anos era impensável que um clube pudesse colocar uma camara de telemovel num lugar no estádio transmitindo o jogo on-demand para adeptos em todo o planeta recriando a experiencia da “cadeira de sonho”. Esse projecto embrião já está a ser posto em prática em alguns clubes e para muitos analistas pode ser o futuro. A velocidade da internet vai aumentar, a dinámica da TV por cabo vai ser diferente e a própria estrutura das competições, sobretudo na Europa, poderá variar. O FC Porto, com este negocio, afasta-se de ter qualquer poder de decisão nesse sentido até 2030. Em troca de um excelente rendimento, diga-se, mas ninguém sabe se o que se paga hoje pensando em 2025 será ou não suficiente nessa altura.
Há uns anos atrás para muitos trabalhadores, se lhe dissessem que iam melhorar e depois congelar dez anos o seu salário para números que nunca tiveram muitos talvez celebrassem mas se calhar, dez anos depois, entre a inflação, as condições laborais e a dinámica do mercado de trabalho muitos podem pensar que fizeram um mau negócio. O dinheiro pago com vistas ao mundo de hoje pela Altice é fabuloso. Para o mundo de 2020 é uma incógnita. Para 2025 ou 2028 é um ponto de interrogação ainda maior.
Esperemos que a SAD tenha dado com o negócio perfeito e o mercado não se altere (ou até piore) e com isso tenha salvaguardado o futuro financeiro do Porto nesse sentido. Muitos indicadores apontam nessa direcção. Talvez não fosse sequer possível convencer a Altice a pagar esses valores se o casamento não fosse de longo prazo, o que é altamente provável. Mas fechar-se ao mercado de forma definitiva por uma década é ainda uma questão que está por ver se é um acerto, um erro ou apenas um pormenor sem relevancia na dinámica financeira do clube.

Outro ponto importante que levanta este negócio diz respeito à centralização dos direitos de transmissão em Portugal.
Era algo necessário, quase fundamental para o futebol português. Algo que morreu com este negócio. Sim, é verdade que foi o Benfica e não o Porto quem deu o primeiro passo nesse sentido (que o Sporting imitou de imediato e entre os três sabiam perfeitamente que estes negócios levavam meses a ser tratados) mas o Benfica já era um player solitario com os jogos nas suas mãos e quando se falava em centralizar direitos muitos temiam que o clube dos “6 milhões” seguisse sempre o seu caminho.

O Porto tinha duas vías possiveis a seguir.
Imitar o Benfica procurando o melhor negócio possivel (neste caso, superando-o) marcando a linha do rival ou liderar o processo de centralização a nivel nacional, com os restantes 16 clubes a reboque (com ou sem Sporting) garantindo para si a fatia de leão dos direitos e uma divida de gratidão e sobrevivência eterna com muitos clubes que votam nas assembleias da liga e têm peso nas associações federativas onde a influência do Porto tem vindo a minguar. Atrair para a MEO todos esses clubes - que se negociassem os seus direitos colectivos somariam a totalidade dos jogos que compõem os negócios dos "Grandes" - teria sido um feito sem precedentes. Com esse gesto, tanto económico como político, o FC Porto dava um murro na mesa, isolava o Benfica (e eventualmente o Sporting) no mercado e mantinha uma boa legião de clubes que iriam viver melhor na sua esfera de influência. Inevitavelmente os números desse primeiro contrato seriam inferiores aos actuais – tanto por ser um contrato sem um dos dois major players como pela natureza da centralização de direitos, ainda que abrindo uma porta á venda ao exterior – mas também seria de menor duração e a médio prazo poderia ter sido uma jogada de mestre.

Além do mais parece-me evidente que o futebol português precisa, cada vez mais, de uma classe média forte e que sem a centralização dos direitos – e mais ainda com a fuga para a frente de Porto e Benfica que o Sporting procura acompanhar mas em bastantes piores condições, vendam dois negócios como um como quiserem– essa realidade esfuma-se. Com ela baixará, ainda mais, o nivel da Liga, o nivel da performance na Europa e, inevitavelmente, o ranking de Portugal com as respectivas vagas na Champions League. Na mudança do século viveu-se bem essa realidade e foi difícil dar-lhe a volta e quando o ranking positivo dos anos 2010-14 desaparecer das contas, haverá pouco a que Portugal se possa agarrar. Sem ter um Braga, um Maritimo, um Guimarães, um Belenenses capazes de fazer boa figura na Europa League e um Sporting preparado para competir, a sério, na Champions, esse cenário complica-se. No final as fortunas embolsadas por Benfica e Porto podem, no curto-médio prazo, ser extremamente importantes para a saúde financeira desses dois clubes mas a centralização resolvería muitos mais problemas a longo prazo, algo em que raramente alguém pensa em Portugal.


Negócio da China? Sem dúvida, com números espantosos.
Dúvidas sobre a longevidade do contrato? Inevitáveis, ninguém – nem o melhor analista ou guru pode perspectivar se em cinco ou seis anos o contrato terá um valor real de mercado.
Um golpe importante para a sustentabilidade do futebol em Portugal, e por consequência do próprio papel do FC Porto? Incontestável. Uma vez mais a Liga demonstrou que manda menos de pouco e que o seu papel é cerimonial.

Os tubarões ganharam o primeiro golpe, o tubarão azul mais do que qualquer outro!
   

12 comentários:

Azulantas disse...

Eu sei que os mercados e o producto em si não tem comparação, mas só de pensar que o Porto vendeu os direitos televisivos mais os do estádio, mais os das camisolas por cerca de 40 M Euros por época (1 terço do orçamento anual do clube) enqunato que por exemplo o modesto Bournemouth, que tem um estádio com lotação máxima de 11 mil espectadores, e a manter-se na Premier League este ano vai receber só de participar na próxima época pelo menos 107 M Euros só dos direitos domésticos... dá que pensar.

Eu penso que não foi um bom negócio, foi o negócio possível dentro da realidade pequenina de Portugal.

Quanto à questão da centralização, totalmente de acordo. Mas como "nem se governam nem se deixam governar..."

Pedro ramos disse...

Para mim é um péssimo negócio.
A centralização deveria ser imposta, e se os clubes pequenos tivessem tomates, faziam greve aos jogos e deixava os 3 grandes a medir pilas sozinhos.

10 anos é um absurdo. Não tenho a certeza sobre números, mas li à algumas semanas que 6 milhões era o valor que o clube recebia à 10 anos atrás pelas suas transmissões, liga dos campeões inclusive.
Parece-me mais uma jogada de desespero dos clubes, que mais uma vez não conseguem ver além do seu umbigo para delírio dos seus adeptos, ou seja nada de novo por aqui.

Portista Sec XXI disse...

Caro Miguel, vamos por partes; sem poder entrar em pormenores por respeito ao meu dever de sigilo profissional posso esclarecer que sem qualquer sombra de dúvida e tendo em perspectiva o presente e diferentes evoluções e cenários futuros em especial o tecnológico e o económico; o Benfica foi aquele melhor salvaguardou a sua independência estratégica, o valor da sua marca, como igualmente a sua privilegiada posição de líder de mercado, presente e futura.

Algumas dessas defesas têm a premissa da não inclusão por parte do Benfica no contrato com a NOS a exploração da publicidade das camisolas (tem contrato com a Emirate) da publicidade estática da 1 ª e 2 ª Linha no estádio entre outras que nós incluímos no nosso com a MEO.

Um pequeno exemplo para perceber como é que eles se defenderam:

"evitar que o Benfica saque da NOS os 10% extra que tinham acordado em caso de um negócio superior de um rival directo"

Poderia lhe dizer que são várias as cláusulas existentes no contrato entre as partes que permitem ao Benfica e à própria NOS dar a volta a isto.

Uma delas posso lhe dizer que está associada precisamente com os valores que o Benfica possa a estar ou vir a pedir por estes diferentes veículos publicitários e que a NOS se comprometeu a cobrir se o Benfica não conseguir os valores mínimos expectáveis no presente quer no futuro.

E aquela cláusula da renovação automática de três em três anos que ambas incluíram no contrato posso lhe dizer que não é por acaso e tem muito a ver com o final do nosso contrato com Joaquim Oliveira e igualmente o do Sporting... mas também com o da Emirates daqui a dois anos.

Infelizmente o que a FCP Sad fez foi tentar salvaguardar algo que não tinha forma de condicionar ou controlar.

Pela minha experiência profissional e se me tivessem pedido uma opinião, diria que o melhor que haveria a fazer era precisamente aquilo que o Benfica fez,ou seja, ter incluído no seu contrato clausulas de salvaguarda que estivessem mais dependentes de nós que nos outros... se bem me fiz entender.

Agora tudo isto não invalida que nós não tenhamos feito pelo menos e como disse e bem no PRESENTE um excelente negócio; principalmente e tendo em conta qual a nossa real cota de mercado e que até agora não tínhamos tido e nada indicava, bem pelo contrário, tendo em conta o nosso desempenho desportivo que iríamos ter até ao final desta época propostas para a publicidade das nossas camisolas perto da última que tivemos da parte da PT.

Agora a médio e longo prazo este contrato como disse é uma incógnita em vários aspectos, menos naquela que é uma evidência... hipotecámos a médio e a longo prazo grande parte das nossas receitas, o que vai condicionar para o bem ou para o mal a estratégia de futuros elencos directivos.

Por último concordo com tudo o que escreveu com a centralização dos direitos na Liga a serem liderados pelo nosso clube e tudo de bom que isso iria trazer para nós em termos políticos.

Um grande abraço e que continue a defender o nosso querido clube de forma exemplar como o tem feito até aqui, ou seja não colocando o individuo acima do todo.

Buíça disse...

Não acho que seja "melhor" em termos absolutos que o do benfas, mas tendo em conta que eles achavam que deviam receber no mínimo o dobro do Porto e andaram a gastar dinheiro em canais e jornalistas caros para acabarem quase no mesmo valor que a Olivedesportos ofereceu há uns anos, em termos relativos o valor está bom.
Digo o valor porque do contrato em si não sei nada, também me preocupa se forem 10 anos sem possibilidade de renegociaçao (outros são 3 renováveis).
Também concordo que há campeonatos que se vendem como campeonatos e outros que se vendem como o dos 3 grandes ou do real-barça, etc. Em inglaterra o primeiro recebe 2X o que leva o ultimo, na Alemanha 2x ou 2.5x nao me lembro bem, em Itália também está a mudar embora ainda haja ponderadores de "prestígio" e tamanho da cidade.
O resultado é que há campeonatos onde todos podem ganhar a todos, toda a gente é do clube da sua terra e os estádios estão todos cheios até em divisões inferiores.
Isto só é possível centralizando os direitos. E já agora regionalizando o país...

Anónimo disse...

Buíça (salvo seja!),

O "toda a gente é do clube da sua terra" nada tem a ver com centralização de direitos televisivos ou com regionalização. Em Inglaterra sempre foi assim, mesmo antes da Sky/Premier League, e não há por lá regionalização.

Se calhar, é ao contrário: se Portugal não fosse um país de parolos, onde pessoal do Noroeste e do Nordeste é adepto de um clube de Lisboa, a preponderância dos "6 milhões" não faria sentir-se do memso modo, e a centralização dos direitos televisivos seria mais fácil.

Saudações

a) João Franco

Portista Sec XXI disse...

"andaram a gastar dinheiro em canais e jornalistas caros para acabarem quase no mesmo valor que a Olivedesportos ofereceu há uns anos, em termos relativos o valor"

O que o caro Buiça não sabe ou se está a esquecer é que o contrato proposto por Joaquim Oliveira aos Benfas incluía também como acontece com todos os contratos que PPTV tem com os clubes, a exploração da publicidade estática no estádio, que bem explorada e devidamente cruzada com outros veículos de publicidade como seja na TV, net, entre outros veículos, pode acrescentar e muito o valor dessa mesma publicidade e esta por sua vez origina o mesmo em todas as outras.

Se ainda não reparou, atente bem onde e como é dada a visibilidade à Emirates por parte dos canais de publicidade do Benfica.

Para melhor compreender onde quero chegar dou-lhe o seguinte exemplo.

Determinado clube pede 5 milhões por época para determinada empresa ter o seu logotipo na sua camisola.

Se essa empresa quiser inserir x nº de publicidade estática de 1ª linha durante a época são mais 2 milhões.

+1 Milhão em y de publicidade de 2 ª linha

+4 milhões em spots na TV do clube dos quais 2 milhões são na altura que esta transmite os jogos.

Em conclusão são 12 milhões de euros época a preço de mercado que vai custar o pacote total ao possível patrocinador.

Agora coloque-se no lugar desse possível patrocinador e em vez desse valor lhe fizerem uma contraproposta por esse mesmo pacote de 8 ou 10 milhões, ou até manter o valor dos 12 milhões mas oferecendo muito mais espaço e visibilidade à sua marca... correspondendo por exemplo a 15 ou 16 milhões a preço de mercado.

Quem tem contratos 4G ou Triplay com operadoras TV sabe bem do que falo.

Isto já para não falar em outros aspectos de grande valor económico e patrimonial como o arquivo TV dos jogos que são pertença de Joaquim Oliveira e não dos clube... e que os Benfas com o contrato actual com a NOS mais uma vez ficaram na posse dos mesmos... garantia que eu não sei se o nosso clube fez valer no contrato com a MEO.

Onde eu quero mais uma vez chegar com isto tudo é que quem ainda não percebeu; durante anos e anos Joaquim Oliveira andou a pagar ao preço da uva mijona um vinho do Porto de qualidade superior.

E goste-se ou não foi o aparecimento em 1º da BTV que quebrou o seu monopólio e que uma vez por todas demonstrou até que ponto os clubes eram "sugados" por Joaquim Oliveira e como algumas das cláusulas dos contratos efectuados iam contra a lei de mercado livre e concorrencial.

Beneficiaram os consumidores e hoje os clubes como se pode observar pelos novos contratos efectuados. Mesmo que a médio prazo se prove que foram maus, serão sempre muito melhores aqueles que tinham com Joaquim Oliveira.

Luís Vieira disse...

As proximidades entre os grandes e os clubes amigos (estilo Porto-Vitória), impediriam qualquer reunião Porto + 15. Uma coisa é o dever-ser, outra é o ser. Daí que a centralização ou se fizesse com todos ou então nada feito. Em todo o caso, o Braga e o Vitória, por exemplo, também conseguiram bons acordos, à escala, se forem verdadeiros os valores de 100 e 90M, respectivamente.

Unknown disse...

LOL! Viva o Lopetegui! Vamos construir uma estátua ao homem à entrada do Dragão!

João disse...

Portista Sec XXI pagam-lhe bem por essas infiltrações de 2a categoria?

Reconsidere a sua carreira amigo. Começa no nome e não dura mais de 2 parágrafos, na o tem lá muito jeito para a coisa. Vá, de volta à vara e rápido.

Buíça disse...

Caro XXI, tem razão no mecanismo e não fazia ideia que o sócio Joaquim também tinha a publicidade estática do galinheiro, tanto melhor para ele.
Mas por isso disse que o benfas recebe mais (potencialmente), embora muito longe do dobro que alguns sonhavam. Basicamente o Meo fica com a possibilidade de rentabilizar as transmissões que tem vendendo a publicidade estática ao preço que conseguir. No caso do benfas já ouvi que são 5 milhoes por época e já ouvi que são 20 o valor dessa componente publicitária. E tal como no 4G não faz muito sentido um dos G serem vendidos a outro provedor, a Nos deve pagar mais para ficar com eles ou em caso se zanga também pode dar sarilho e as transmissões evitarem a publicidade estática :)
Veremos, como as bolsas demonstram, nem sempre o preço sobe eternamente e o dinheiro da Ns não é ilimitado...
Em todo o caso agradeço as informaçoes e os bons exemplos (talvez detalhe a mais, cuidado).
Cumps

Buíça disse...

Eu acho que tem, o todos poderem ganhar a todos passa por não terem orçamentos tão diferentes (ver NBA tb) e o país não ser centralizado em tudo ajuda a fixar os adeptos na sua terra. Mas concordo que em inglaterra existe sõ a parte dos orçamentos e o resto é mais tradiçao do que regionalizaçao.

Fernando B. disse...

Só agora li este Post e respectivos comentários. Veremos o desenvolvimento de tudo isto, mas uma coisa ninguém refere, e para mim é verdadeiramente estranho.
Refiro-me ao " largar " Joaquim Oliveira! Pensemos cada um o que entender sobre JNPC, mas uma coisa ele não faz: trair um amigo! Isso ele não faz, nunca fez...Zanga por atitudes, sim, corta mesmo, mas penso que não é o caso. Além da posição Acionista que tem na SAD...estranho, muito estranho.
Por exemplo, o negócio NOS»»BRAGA foi conduzido por JO. Alguém sabe o que se passa, e quer deixar aqui umas dicas?