domingo, 5 de março de 2017

Como nos bons velhos tempos


E eis, finalmente, um jogo em que o FCP transpôs para o terreno de jogo toda a sua superioridade abissal para equipas como este Nacional. Nos anos 80 e 90, jogos como estes aconteciam a uma boa cadência. Hoje em dia, resultados assim, só de uns 5 em 5 anos. Os clubes mais pequenos estão mais fortes? Sim, mas isso não explica tudo.

Foi um FCP com um "11" quase na máxima força e isso ajuda muito. Ainda para mais, um elo em teoria mais fraco,  como por exemplo André André, ontem esteve uns furos acima de tempos mais recentes, principalmente na vertente do passe.
Também ajuda, e muito, poder contar com toda a inteligência de Layún no terreno de jogo. Maxi, repetimos, é um jogador que dá tudo o que tem, mas o tudo que ele actualmente tem, muitas vezes já não é o suficiente para uma equipa com as ambições da nossa. Trata-se de um jogador útil ao longo de uma época, quanto mais não seja pela sua vasta experiência, mas a titularidade nas alas da nossa defesa só pode ser mesmo de Telles e Layún.

Com um Brahimi ontem particularmente inspirado, pareceu sempre uma questão de tempo até as coisas se resolverem. Tivemos também a felicidade de ver dois remates deflectidos garantirem um tranquilo 2-0 ao intervalo. Depois, já na segunda parte, a expulsão, justa, de Tobias Figueiredo abriu largas avenidas para a goleada. Foi tudo tão fácil e evidente que até deu para Bruno Paixão fazer-se passar por um árbitro como qualquer outro....

Mas quantos de nós não trocaríamos um destes golos todos por apenas um por parte do Feirense?...

Com esta nova abordagem ao jogo em que a posse de bola deixou de ser uma doentia obsessão e, sem dúvida, com a excelente aquisição de Soares, o FCP não deixa agora qualquer dúvida de ser a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. Porém, o nosso adversário directo continua, inacreditavelmente, sem perder qualquer ponto, o que torna tudo muito complexo em termos de previsões a curto prazo. Quem perder os próximos pontos ficará em maus lençóis, no que ao título diz respeito.

Ninguém quer trazer o Kelvin, nem que seja para passar um simples fim-de-semana por Portugal?...

3 comentários:

Pedro disse...

O calendário do Porto é incomparavelmente mais difícil que o do SLB. Saídas à luz, barreiros, chaves, braga... O mal esteve numa primeira volta com alguns empates disparatados em jogos fora. E esses pontos podem custar caro.

Acredito no entanto que se o Porto vencer em Arouca e depois o Setúbal, pode chegar à Luz com muita confiança.

Já Soares... bom, é fácil falar agora, mas se em vez de Depoitre tivesse chegado logo no início da época...

eumargotdasilva disse...

Não sei do Kelvin, mas que dá inspiração ter o Jardel na bancada, dá! E, fica bem mais barato !

Só gostava de o corrigir num ponto: essa das avenidas largas, não é bem assim- quando o incauto Tobias foi expulso já estavam 4 lá dentro e sem resposta! Para goleada não lhe chega ?

João Martins disse...

Concordo com alguns pontos mal desperdiçados na primeira volta, mas ir a Chaves e Barreiros não pode ser desculpa para quem ser campeão.
É só um feeling, mas acho que quem nos vai dar o campeonato são os lagartos...