segunda-feira, 13 de março de 2017

O 12º jogador

Milhares de portistas em Arouca (Fotos da Curva)

«O FC Porto levou quatro mil adeptos a Arouca, mas aí metade só conseguiu entrar já estava 2-0, porque a revista aos espectadores atrasou... Boa parte deles não volta a um jogo em Arouca, seguramente.»
Manuel Queiroz, O JOGO, 12-03-2017


«Ainda sobre o jogo de Arouca, mais uma nota, agora por maus motivos. Muitos adeptos do FC Porto só entraram no estádio depois dos golos de Danilo (15 minutos) e Soares (25), um facto que foi visível mesmo pela transmissão televisiva, já que no início se viam muitas clareiras. Já se sabia que a bancada visitante, com capacidade para mais de 3.000 pessoas, estaria lotada, pelo que se exigia uma melhor preparação da logística, nomeadamente no encaminhamento dos espetadores visitantes pelas duas portas existentes. É verdade que a chegada tardia terá sido potenciada por se tratar de uma sexta-feira, dia de trabalho, mas é de lamentar que tantos portistas não tenham assistido à partida na sua totalidade.»
Dragões Diário, 12-03-2017


Já se percebeu que a organização deste Arouca x FC Porto não estava devidamente preparada para receber e “processar”, em tempo útil, cerca de 4000 adeptos.

A questão é: o mesmo se passou noutros jogos, nomeadamente nas recepções ao SLB ou Sporting?
Se sim, por que razão a Liga/FPF nada fez?
Se não, podemos estar perante algo mais grave.

No caso dos adeptos portistas terem sido tratados de forma distinta (mais exigente) do que foram os adeptos de outros clubes é preciso perceber porquê e, se for caso disso, identificar os responsáveis (Liga/FPF? Organização do jogo? GNR?) e exigir explicações.

Após anos de algum adormecimento o dragão despertou, o que deixa muito boa gente assustada.
E uma das coisas que mais os assusta é a força deste 12º jogador.

Os dirigentes do FC Porto têm de estar muito atentos, porque o “polvo” não dorme.


P.S. A preocupação com o 12º jogador portista, já foi publicamente expressa por vários agentes do “polvo”. Foi, por exemplo, o caso do CM (no dia 26.02.2017), aquando do último Boavista x FC Porto:
«A venda de 10 mil bilhetes por parte dos Super Dragões para o dérbi de hoje com o Boavista está a gerar polémica e desconfianças, apurou o Correio da Manhã. Os dragões, que tinham apenas direito a 1500 bilhetes (12 euros cada), vão ter o apoio de mais 10 mil adeptos, com esses bilhetes a serem vendidos apenas a 15 euros. Valores muito abaixo dos praticados nos jogos com os outros grandes. Ao todo, os adeptos portistas deixaram nos cofres do Bessa cerca de 168 mil euros. Com os 10 mil bilhetes a serem vendidos no Estádio do Dragão e pelos Super Dragões na sua sede e no restaurante Nando, como Fernando Madureira publicou no Facebook, levantam-se as suspeitas sobre o negócio, nomeadamente quem pagou os 150 mil euros. Segundo o CM apurou, os bilhetes podem ter sido financiados por uma empresa externa ao FC Porto, mas com o objetivo de garantir o apoio à equipa.»

1 comentário:

Miguel Magalhães disse...

Felizmente cheguei com algum tempo e entrei uns 15 minutos antes de o jogo começar. A entrada foi anedótica.
Um cordão de GNR a cavalo que abria e fechava uma barreira que mais parecia um concurso hípico e que permitia entrar para a zona de acesso. Depois de passar essa barreira, começava a anedota maior. Um conjunto de policias a revistarem minuciosamente cada adepto. Tinhamos que tirar tudo dos bolsos, abrir pacotes de chicletes, maços de tabaco, etc. Pior que passar num aeroporto. Ao ver o meu espanto, perguntou o polícia com ar sobranceiro se era a primeira vez que via um jogo de futebol fora de casa. Disse-lhe que sim, há mais de 40 anos, em quase todos os estádios deste país e em vários no estrangeiro e com muito mais adeptos do que em Arouca. Pena é que a força policial não tivesse feito o mesmo...