O relógio andou para a frente: 15 de Novembro de 2008, Alvalade XXI, Sporting-Leixões: já no ocaso da partida um jogador leixonense esgueira-se pela direita e faz um cruzamento rasteiro que, a ter chegado ao seu destino, teria sido mortífero. Mas não chegou: um jogador do Sporting interceptou a bola e, tal como Polga 15 meses antes, cortou/atrasou a bola na direcção do guarda-redes, desta vez Rui Patrício. Até aqui tudo normal. Mas eis que Patrício, talvez para demonstrar que, até nisto, é tão bom quanto o seu colega eslavo do sul, agarra a bola. Proença vê o incidente e, imagina-se, num repente passa-lhe pela mente o lance do Dragão e desabafa consigo próprio: "Outra vez! Estes gajos hão-de fazer isto sempre comigo a arbitrar!?" E prefere fazer de conta que nada de anormal se passou. A histeria sportinguista de há um ano fez efeito.
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Eu acho que a questão se resolve com uma simples pergunta: se Rui Patrício não estivesse ali o seu colega teria cortado à mesma a bola naquela direcção, assim, muito provavelmente, marcando um golo na própria baliza?
Então - segunda pergunta - a bola foi ou não passada ao guarda-redes, mesmo que num misto de corte/passe?
Quanto a Pedro Proença, terá ainda dito com os seus botões, lembrando-se do "escândalo" do ano passado: "Homem prevenido vale por dois".
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