sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ano novo, vida nova?

Infelizmente, não me parece...

Há tradições e superstições que dizem que as coisas podem mudar simplesmente com a mudança do digito do ano, como se o universo se preocupasse com um dos vários calendários que a humanidade criou.

No FC Porto passa-se o mesmo. Com uma paragem de um pouco mais de 15 dias, alguns de nós tínhamos esperança que fosse possível recarregar baterias, aproveitar o tempo de família para recuperar a motivação, e conseguir esconder algumas das lacunas do plantel.

O primeiro teste do ano, contra o Sporting, mostrou mais uma vez uma equipa sem solução no eixo do ataque e sem um meio campo capaz de dominar. Valeram alguns clássicos dos últimos tempos (como Helton) para salvar a honra da casa. A equipa está descaracterizada, e apesar de se ver alguma da garra que se pensava perdida nos tempos idos de Outubro e Novembro, não é possível descortinar fio de jogo ou algo que se assemelhe a um plano dentro do campo.

Mas nem tudo está mal... Nos últimos jogos recuperamos alguma da garra perdida, parece haver um crescendo de forma na defesa e S. Helton continua a manter o nível da época passada.

O que necessitamos para fazer deste FC Porto diferente do que vimos, com pesar e até com algum sentido de obrigação? Precisamos de uma referência perto da baliza adversária, precisamos que os jogadores acreditem que podem ser melhores, precisamos que os jogadores confiem em quem comanda a equipa.
Algumas situações não são da responsabilidade do treinador, como ter meios para novas contratações; outras são da sua responsabilidade mas não da sua capacidade; e outras são da sua responsabilidade e capacidade como o treino e a melhoria dos princípios de jogo.

Da administração, peço acção, dentro das possibilidades do clube, para disponibilizar a este ou a outro treinador as condições necessárias para o sucesso. Este ano, ainda vamos a tempo de mudar...

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