terça-feira, 21 de outubro de 2014

Seleccionador Lopetegui

A principal critica que teci á escolha de Julen Lopetegui como treinador do FC Porto deveu-se á sua crónica falta de experiência. Imediatamente ao resgate do "Lopes" muitos vieram lembrar que nem Mourinho nem Villas-Boas (nem sequer Artur Jorge se quiserem) tinham demasiado experiência. É uma falácia (os três trabalharam directamente durante anos com os melhores treinadores da sua época) e mais ainda se temos em conta que a experiência de Lopetegui - salvo uma desastrosa passagem pelo Rayo Vallecano na 2º Divisão B (ou seja, ao nível do Coimbrões) e do Real Madrid Castilla - se centrava exclusivamente no mundo das selecções. 

É verdade que há grandes treinadores que funcionaram tanto ao leme de clubes como de combinados nacionais. Casos como os de Rinus Michels, Alf Ramsey, Otto Glória, Sven-Goren Eriksson, Valery Lobanovsky, del Bosque ou Telé Santana são bons exemplos. Mas o facto é que, na maioria dos casos, um treinador de clubes raramente se transforma num grande seleccionador e vice-versa. O desporto é o mesmo mas os mundos são totalmente diferentes. Fabio Capello e Arrigo Sacchi venceram tudo o que havia para vencer com os seus clubes mas foram vulgarizados internacionalmente como seleccionadores. O mesmo sucedeu com Alex Ferguson, Artur Jorge ou Don Revie. Inversamente o cenário também se repete. Desde que assumiu em 2001 a selecção do Brasil que o Scolari treinador de clubes se transformou numa farsa. Klinsmann foi incapaz de repetir o modelo que aplicou á Alemanha no Bayern. Para não falar nos Vogts, Camacho, van Basten e companhia. No caso do futebol de formação o exemplo mais gritante foi o de Carlos Queiroz, ganhador indiscutível com os putos da selecção das Quinas e um desastre completo ao leme do Sporting e do Real Madrid. Não quer necessariamente dizer que um treinador é melhor ou pior. Simplesmente que os mundos onde vivem são de tal forma diferentes que é difícil conseguir adaptar-se a uma nova realidade. Isso é o que está a passar com Julen Lopetegui.



Quando questionamos as dificuldades que tem tido Lopetegui em impor a sua visão esquece-mo-nos de que essa visão vem de um homem que está habituado a conceitos radicalmente diferentes. Como seleccionador espanhol, Lopetegui tinha muitas vantagens que o actual posto não oferece. Podia escolher os melhores, variar constantemente as suas escolhas e escolher para cada jogo (eliminatória, fase grupos, amigável, jogo importante ou não) os futebolistas que achava certos. Não tinha forçosamente de construir um onze base porque o facto da maioria dos jogos se disputarem com intervalos de meses deixava demasiadas variantes na mesa para assegurar que o seu onze tipo estaria totalmente disponível de Fevereiro para Junho. Era também um trabalho que não exigia demasiado treino físico e táctico. Os jogadores já vinham fisicamente preparados dos seus clubes (muitos, aliás, baixavam a carga física nessa quinzena) e a nível táctico traziam também a lição estudada do trabalho quotidiano. Lopetegui podia inclusive dar-se ao luxo de escolher aqueles que já falavam o seu idioma em vez de trabalhar ele jogadores que estivessem habituados a outro estilo de jogo durante a época. Paralelamente, Lopetegui, como qualquer seleccionador, não era um gestor de egos de balneário. Convocava quem queria e como queria (muitas vezes uma eleição pactada com os clubes e o seleccionador principal) e não tinha de prometer nada a ninguém nem gerir expectativas frustradas. A sua estação era de passagem, não o destino final.

Essa experiência acumulada foi-lhe extremamente útil para exercer o cargo de seleccionador mas nada disso vale no trabalho diário de um plantel que aspira a tudo, que está rodeado de egos, de jogadores que querem sempre mais protagonismo e onde as aulas tácticas e a preparação física são a base sob a qual se constrói tudo. Lopetegui carece de conhecimentos tácticos suficientes para por em jogo aquilo que ele quer ver que a sua equipa jogue. Antes não necessitava de dominar esses conceitos a um nível de expert porque muitos dos seus jogadores vinham de ter aulas diárias com os Guardiola, Simeone, Mourinhos, Benitez, Pellegrinis e companhia. Eles faziam o trabalho táctico por ele. Também não necessitava possuir os importantes conhecimentos de preparação física que definem o sucesso ou fracasso de muitas temporadas. A Queiroz isso passou-lhe nas suas duas etapas em Alvalade e Madrid. Os jogadores, fisicamente, deram o berro cedo demais porque na pré-temporada o treinador portou-se como seleccionador e não fez o que lhe competia que era preparar os picos de forma durante uma larga e dura época. 

Estes problemas levam-nos á situação actual. 
A incapacidade de repetir um onze não é necessariamente má. O problema é o motivo porque se produz. Lopetegui não escolhe um onze base - fundamental num projecto desportivo que quer começar e que vem de um ano com o mesmo problema - com os respectivos ajustes que seriam necessários porque não lhe foi necessário fazê-lo. Ele mesmo não se esconde e diz que escolhe os melhores para cada jogo - como faz um seleccionador - esquecendo-se de que ás vezes não devem estar em campo forçosamente os melhores mas os mais aptos, os mais preparados e os mais entrosados. A ausência de um triângulo estável entre a dupla de centrais e a posição 6 - que nenhum outro treinador no Mundo está preparado para abdicar - é um problema grave e parte desse principio errado que o treinador do FCP teima em insistir quando se defende, dizendo que os problemas individuais escondem um grande trabalho colectivo. Não é certo. O FC Porto perdeu com o Sporting por culpa própria - sem dúvida - mas também porque nunca foi uma equipa e porque o tridente do meio-campo dos de Alvalade engoliu o nosso meio-campo. A diferença? Entre a rotatividade e o desnorte táctico estava em frente um conjunto de jogadores que têm estado a somar quase todos os minutos da época, incluindo internacionais. 

Lopetegui tem na rotatividade o espelho do seu perfil como treinador. Um homem que está diariamente em contacto com o mais diversificado plantel que o FC Porto tem em muitos anos - piores figuras individuais do que quando havia um Moutinho, James, Hulk, Falcao, Lucho, Lisandro ou o primeiro Quaresma mas muito mais opções - continua a distribuir minutos entre os jogadores por uma questão de desnorte absoluto táctico e também para ganhar o balneário. Se todos jogam algo, nenhum se queixa, deve pensar. Isso vale nas selecções mas não nos clubes onde é importante que o treinador tenha a coragem de dizer que há onze que jogam sempre que estiverem bem, que há um grupo de jogadores que é a primeira opção e um terceiro lote que está no plantel para ocupar vagas e que quando chegar a sua hora deve demonstrar o que vale. Isso não tem sucedido. A equipa já trocou de todas as posições possíveis e raramente se viram três jogos seguidos com os mesmos protagonistas em acção. Oliver é uma gema de futuro, Brahimi um jogador fabuloso e Jackson um avançado para nos lembrar-mos durante muitos anos mas quantos jogos consecutivos fizeram no trio de ataque?



Creio que há qualidade suficiente no plantel para conseguir os principais objectivos do ano - ganhar o Campeonato e garantir o apuramento na fase de grupos da Champions League - mas contra um Benfica que mantém um treinador estável como nós nunca fomos capazes de lograr é preciso acabar com as experiências de seleccionador e começar a montar uma equipa com os seus conceitos tácticos bem definidos, os seus níveis físicos devidamente preparados e o seu espírito de união claramente tipificado. Todos serão importantes, de isso não há dúvida, mas Lopetegui tem de deixar querer agradar a gregos e troianos, de ser seleccionador e dar um passo em frente dizendo, este é o meu onze, este é o meu modelo e é com estes que vamos até ao fim. Sob o risco de, com tanta rotação, acabarmos a temporada todos zonzos e sem saber afinal se o Andrés Fernandez é avançado e o Adrián é defesa!  

10 comentários:

Pyrokokus disse...

Concordo a 100% com o post.
Nas selecções nem o trabalho táctico é tão importante, como que os sistemas tácticos dos adversários são sempre mais frágeis, pois não existe tempo para preparar um modelo de jogo que seja eficaz para a maioria dos momentos do jogo.
E penso que é ai que está o problema do FC Porto. Agora que existe um melhor conhecimento da nossa forma de jogar, todos os adversários sabem o que têm de fazer, só os nossos jogadores é que não sabem o que deveriam fazer...

Mefistófeles disse...

Sugiro a leitura do seguinte artigo, que nega o excesso de rotatividade :
http://www.maisfutebol.iol.pt/fc-porto-lopetegui/544556520cf260a305ea50d1.html

Parece sim que o problema é outro. Ou do sistema, ou dos intérpretes. Ou, finalmente, dele próprio.

José Rodrigues disse...

Acredito que a inexperiencia de Lopetegui a nivel de clubes seja uma das razoes para alguns dos problemas que vemos, mas parece-me sinceramente haver algum exagero no artigo.

Antes de mais nada, eu nao costumo ver em seleccionadores uma grande rotatividade "escolhendo o jogador do momento". Os seleccionadores tambem costumam tentar ter uma equipa-tipo (ainda que menos, certo), chegando alguns ao cumulo de um Socolari que tinha filhos e afilhados.

Para alem disso e quanto 'a questao de egos, pelo menos para ja' nao me parece que isso seja um problema (e mais: a ser um problema, e' que o Lopetegui tenta agradar a gregos e troianos por antecipacao dando-lhes tempo de jogo a todos). Como disse anteriormente, so' com o passar do tempo e' q ele ira' ser verdadeiramente testado nesse aspecto.

De qualquer forma o q eu espero e' q o Lopetegui tenha uma curva de aprendizagem acelerada, e para isso muito deviam contribuir os dirigentes do clube (e adjuntos da casa) com a enorme experiencia acumulada que têm.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Zé,

No caso do Lopetegui, basta olhar para o que ele fez com a Espanha sub21.

No Europeu de sub21 de 2012 - que venceu e muito bem - não usou o mesmo onze duas vezes em seis jogos, algo que não sucedeu por questões de lesões mas sim por decisões técnicas. Não é o padrão mais habitual. Manteve a defesa estável (salvo pelo terceiro jogo, onde já estava apurado) mas no meio-campo e ataque foi rodando jogadores. Saiu-lhe bem e tinha talento suficiente para isso. O mesmo passou na fase de qualificação para o Euro 2015 em que esteve ao leme da equipa (até o Inverno do passado ano). E isso é falar só nos sub21 e só no que passou nos últimos dois anos.

Não é necessariamente uma critica mas os seleccionadores - por dependerem muito mais da disponibilidade dos clubes, dos jogadores, das lesões - têm muito mais dificuldade em organizar-se a nivel de trabalho com um onze chave na cabeça. Arrigo Sacchi, um homem que não mudava uma virgula ao seu onze titular do AC Milan nunca repetiu em quatro anos e meio um onze com a seleção da Itália. E isso não faz do Sacchi um mau treinador.

Sinceramente acho que a falta de gestão a sério de um clube é um handicaap para qualquer treinador que tenha desenvolvido a sua carreira apenas no mundo das seleções nacionais, seja ele quem for. E que esse primeiro passo deve ser dado num clube sem as urgências do FC Porto. São demasiadas mudanças conceptuais ao mesmo tempo para uma transição tranquila.

O que mais me preocupa é que Lopetegui continua a insistir no discurso de que as derrotas/empates resultam exclusivamente de erros individuais, que a equipa tem feito colectivamente um óptimo trabalho e que tudo está bem. Não é verdade. A equipa não joga bem, não joga organizada, não é coerente e salvo pelas grandes penalidades falhadas os erros habituais são resultados quase sempre desse desnorte posicional. São erros muito mais comuns de serem vistos em seleções - onde há jogadores que não se vêm durante meses - do que num clube onde treinam todos os dias!

Pedro ramos disse...

No inicio da época também pensava que o principal problema iria ser a operacionalização das suas ideias devido à sua inexperiencia, por isso disse que seria necessário tempo para que a equipa podesse funcionar. Neste momento o que me assusta sao mesmo as ideias que ele tem para a equipa.

"O que mais me preocupa é que Lopetegui continua a insistir no discurso de que as derrotas/empates resultam exclusivamente de erros individuais, que a equipa tem feito colectivamente um óptimo trabalho e que tudo está bem."
É aqui que todos estao preocupados, porque eu penso realmente que ele está a ver as suas ideias serem executadas em campo, esta é a organizaçao proposta pelo seu modelo e ele nao entende o porquê dos erros individuais. Nao existe uma tentativa de corrigir lacunas porque ele nao as entende como tal.

Mário Faria disse...

Miguel desculpe a minha franqueza e a falta de erudição futebolística. Nestes últimos dias tenho lido tanta coisa notável que fico perplexo e invejoso perante tanta sabedoria. Já não é a desconfiança legítima em função da simples irregularidade do FCP e que os resultados e exibições têm evidenciado e/ou do experimentalismo que parece discutível. É mais do que isso: é fundada no conhecimento. Desde a receita para a saída da bola sem erro possíveis até outros cambiantes tácticos cuja assumpção poria o FCP numa correcta trajetória e o treinador desconhece. Leio agora que o pecado é original e que radica da falta de experiência, blá…blá, blá…blá, blá….blá. Desculpe Miguel mas a argumentação a que recorre não tem sentido. O Julen pode não ser competente, simplesmente porque não o consegue ser e isso poderá radicar de muitas considerações: ser pouco inteligente, ser arrogante, não aprender com os erros, não ser um bom gestor de recursos humanos, ser um mercenário, ser pouco respeitoso com o grupo de trabalho, arrotar a polvo ou andar a comer a mulher de um jogador ou de um qualquer director. Não traço uma relação de confiança ilimitada com qualquer treinador, mas esta depressão dos adeptos do FCP é mais doentia que as legítimas dúvidas quanto á competência de Lopetegui. Não me revejo nesta histeria.
Um homem que não seja burro e que acompanhe tão bem os desígnios da bola como fazem dezenas de adeptos comuns que por aqui passam e que julgam e condenam com provas de facto hipoteticamente sustentadas no conhecimento e que apresentam no tribunal da opinião pública e tenha jogado nos dois principais clubes de Espanha que lidou com muitos treinadores e que conviveu com os problemas e oportunidades que os grandes clubes projectam e acompanhe e actualize os processos e metodologias de treino e que tenha convivido com as mais diversas situações de pressão, porque não há-de estar habilitado a treinar uma equipa como a do FCP. Este homem contempla todas as condições e riscos de muitos outros treinadores que passaram pelo clube. Pode não estar habilitado, porque as suas qualidades não são suficientes, mas isso não tem a nada ver com o pobre curriculum ou falta de experiência de treinador de clube. Artur Jorge tomou conta do FCP, depois de ter sido adjunto de Pedroto e ter passado sem glória pelo Portimonense e Belenenses e chegou a campeão europeu, na mesma época em que foi batido pelo SLB que ganhou o campeonato e pelo SCP que nos despediu da taça. Não há experiência ilimitada nem que arranque sem um começo.
Gostámos de futebol e da sua imprevisibilidade, desde que não nos afecte. Acontece e acontecerá para o bem e para o mal. Pior do que o momento do FCP é o ambiente que venho observando dos sócios e adeptos desde o tempo de VP. Uns reclamam que temos o pior meio campo dos últimos 30 anos, outros reclamam dos processos, das escolhas, da rotatividade e da falta de experiência. E isso não me impede de considerar que a equipa me parece menos confiante e competente e que está a jogar sobre brasas, condição de que gostaria nada tivesse a ver com a cólera dos adeptos para com o treinador e que dessa forma legitima todos os erros dos artistas, ainda que involuntariamente.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Pedro,

Quando uma equipa não joga bem - e nós não estamos a jogar bem - e comete vários erros mas o treinador acha que está tudo bem (ou pelo menos tenta passar essa mensagem) das duas uma, ou temos um grave problema com o treinador ou esse discurso é inversamente proporcional com o que diz para o balneário e esparamos ansiosos por uma melhoria evidente a curto prazo. Espero que seja o segundo ponto o que está em questão mas tenho as minhas dúvidas.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Mário,

Não tenha esse sentimento tão português da inveja alheia nem procure essa falsa modéstia porque creio sinceramente que não há um só leitor do RP, eu incluido, que não tenhamos aprendido muito de futebol através da sua visão sempre organizada e coerente. Onde a virtude está habitualmente.

A minha posição sobre o Lopetegui fi-la saber no momento em que foi anunciado. Não mudei uma só virgula desde então. É a minha posição pessoal não parte nem de um seguidismo que parece fazer querer que todas as escolhas tenham de ser boas porque sim (porque foi uma escolha do "NGP", porque é bom para o clube, etc..) sem um pingo de análise mas também não é nenhuma antipatia nem por Lopetegui nem pelo seu estilo. No meu blog pessoal escrevi, e reitero, que algum do melhor futebol que vi jogar em torneios de formação foi o da sua Espanha sub21 em 2013. E mantenho-o. Mas nem essa Espanha é o FC Porto nem ser seleccionador é ser treinador de clubes. Usei exemplos no artigo e há muitos mais. A história tem esse condão de se repetir sempre. Não estou a colocar em causa a valia do Lopetegui treinador - não o poderia fazer, nem eu nem ninguém, porque era um mistério - da mesma forma que não a podia fazer com Capello ou Sachi, por exemplo. Pedroto foi treinador da selecção juvenil portuguesa com muito sucesso antes de arrancar a sua carreira como treinador principal, uma coisa nunca é impedimento da outra. No entanto os principios que Lopetegui aplica, a forma como geriu a revolução de um plantel que não era tão mau como se vendeu e a forma como tem interpretado jogos importantes não me dá motivos para pensar de outra forma.

Não acho nem de longe nem de perto que a situação seja dramática e quero que Lopetegui cumpra não só este ano mas os 3 que tem em contrato e que o seu projecto triunfe. Ainda não gostando da opção seria um óptimo sinal para o clube. Mas para isso suceder, especialmente num mundo em que o rival interno mantém a competitividade, é preciso também ter a perspectiva de que a escolha que fizemos não é a de um treinador feito que dá um murro na mesa ou porque é uma jovem promessa (como eram Artur Jorge, Mourinho ou AVB) que quer comer o mundo. É a de um elemento externo ao mundo dos clubes. Á gestão diária desde o posto de lider, não sentado como suplente do Barcelona e do Real Madrid - o que nos permite equacionar que um qualquer suplente de um grande clube acabará por dar um grande treinador - ou de onde quer que seja.

Uma coisa é certa, da minha pena não vai sair agora nenhum comentário que não seja coerente com o que foi dito em Junho ou Julho. O mesmo não se poderá sempre dizer de quem vai com as marés!

João Machado disse...

Pois eu em Junho nada disse, por desconhecimento. Em Julho devorei cada minuto dos particulares, cheio de curiosidade (e esperança). Em Agosto, mantive alta a esperança. Em Setembro tentei arranjar desculpas várias para o que estava a (não) ver em termos de organização. Em Outubro, e depois do último sábado, estou petrificado de medo de ver uma reedição da época anterior.

É que até o modelo "bola no extremo" é idêntico, bem como a desculpa com erros individuais e a não assunção e correcção de erros próprios... Se meter gel no cabelo e se trocar em geografia, é o tio do Paulo Fonseca que nos anda a treinar.

Luís Vieira disse...

O Luís Sobral do Maisfutebol faz artigos a pensar que os leitores são mentecaptos, mas engana-se. Ensaio sobre a rotatividade:

Equipa titular do 1º jogo oficial da época – Fabiano, Danilo, Maicon, Indi, Alex Sandro, Rúben Neves, Herrera, Óliver, Quaresma, Brahimi e Jackson;
2º jogo – 1 alteração no 11 titular;
3º jogo – 4 alterações;
4º jogo – 4 alterações;
5º jogo – 3 alterações;
6º jogo – 3 alterações;
7º jogo – 3 alterações;
8º jogo – 6 alterações;
9º jogo – 5 alterações;
10º jogo – 4 alterações;
11º jogo – 1 alteração;
12º jogo – 5 alterações.

Se isto não é R-O-T-A-T-I-V-I-D-A-D-E, eu vou ali e venho já. Não comamos toda a palha que nos dão a comer.