segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ainda sobre mais um bailinho na Madeira



Qualquer equipa competente, com todas aquelas oportunidades nos primeiros 20 minutos, teria resolvido tudo logo ali. Porém, como frequentemente nos sucede, a pior escolha possível aquando do momento do último passe, fez com que toda aquela velocidade de Hernâni acabasse por se traduzir em nada.
A péssima qualidade dos cruzamentos é aliás o nosso grande drama do momento, para além do velhinho problema do fraco aproveitamento das bolas-paradas.

Começam sempre assim as nossas derrotas: não se resolve quando se tem oportunidades para isso e depois lá surgem as tradicionais abébias defensivas. Normalmente surgiam na segunda-parte, agora parece que nem na primeira metade delas estamos livres.
Primeiro, Ricardo ainda se julgaria a actuar pelo Vitória quando teve aquele momento de principiante, depois Aboubakar considerou que não precisava de se preocupar  mais com o adversário que lhe cabia marcar no pontapé de canto e Óliver também não teve paciência para esperar um pouco mais junto ao poste que lhe competia guardar.
Depois, claro, encontrando-se em desvantagem, quantas vezes consegue o nosso clube dar a volta?
Exactamente.

Contudo, uma segunda parte assim, com apenas meia-oportunidade de golo, não lembraria ao mais pessimista dos portistas.
Bem poderia Lopetegui meter toda a carne no assador no ataque que a bola nem sequer lá chegava.
Era no segurar do jogo a meio-campo que estava o busílis da questão. Brahimi e Gonçalo, ambos sem bolas jogáveis, faziam assim apenas figuras de corpo-presente. O desacerto era de tal modo que, às páginas tantas, Maicon era o jogador mais esclarecido em termos...atacantes, quando por lá se aventurava.

Está assim definitivamente quebrado o excelente ciclo vitorioso Bessa-sporting-Braga-Basileia.
Nesta própria Taça da Liga, aquele nosso jogo épico em Braga, com apenas 9 jogadores, também ele afinal não serviu para muito.
Ao contrário do que se julga, mais importante que "rodar" e fazer descansar jogadores, é ganhar. É nisto que nunca se deve "poupar".

Certamente que não irá suceder, pois este grupo dá habitualmente "o litro" nos jogos da Champions, mas um futebol e uma atitude destas contra um Bayern, poderá ter consequências devastadoras.

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