terça-feira, 11 de junho de 2013

A lista de Pinto da Costa

Português, com idade inferior a 45 anos e sem curriculum relevante anterior como treinador principal (títulos ganhos, experiência nas competições europeias e/ou liderança de selecções).

A este perfil obedecem oito treinadores contratados pelo FC Porto na era Pinto da Costa:

Artur Jorge, contratado em 1984/85, com 38 anos.
Quinito, contratado em 1988/89, com 40 anos.
Fernando Santos, contratado em 1998/99, com 44 anos.
José Mourinho, contratado em 2001/02, com 39 anos.
José Couceiro, contratado em 2004/05, com 43 anos.
André Villas-Boas, contratado em 2010/11, com 32 anos.
Vítor Pereira, contratado em 2011/12, com 42 anos.
Paulo Fonseca, contratado em 2013/14, com 40 anos.

Desta lista, todos os que tiveram sucesso, maior ou menor, ao serviço do FC Porto – Artur Jorge, Fernando Santos, José Mourinho e André Villas-Boas – também tiveram, ou estão a ter, sucesso numa carreira internacional após saírem do FC Porto. Já os que se revelaram erros de casting – Quinito e José Couceiro – não foram longe. Não deve ser coincidência, porque quem falha no FC Porto...

Um outro padrão que podemos traçar é o dos treinadores estrangeiros, com mais de 50 anos e curriculum com algum relevo aquando da contratação. Neste perfil encaixam quatro treinadores da era Pinto da Costa:

Tomislav Ivic, contratado em 1987/88, com 54 anos.
Carlos Alberto Silva, contratado em 1991/92, com 52 anos.
Bobby Robson, contratado em 1993/94, com 60 anos.
Co Adriaanse, contratado em 2005/06, com 58 anos.

Será que é por não obedecer a nenhum destes dois perfis maioritários, que o anunciado interesse de Pinto da Costa em Jorge Jesus não se concretizou?...


P.S. Olhando para a lista de títulos conquistados pelos treinadores da era Pinto da Costa, o tão contestado Vítor Pereira não fica mal na fotografia e compara bem com Carlos Alberto Silva, Bobby Robson e António Oliveira.

Imagem: O JOGO

18 comentários:

Anónimo disse...

Creio que o interesse em JJ é e sempre foi bluff... coloca (muita) pressão no adversário saber que o FCP tem interesse em alguém dos seus quadros. Mais ainda o centro do projecto desportivo dos últimos anos.

Unknown disse...

Não acho que o interesse no JJ tenha sido bluff. Até acho que foi efetivamente feita uma proposta, mas o JJ ponderou e decidiu continuar onde estava. E ainda bem.

Para mim, a imagem de VP já estava muito desgastada e o seu espaço de manobra muito reduzido. Assim, a sua substituição surgiu em boa hora, no entanto, custa sempre ver sair um treinador campeão.

Em relação ao Paulo Fonseca, está tudo em aberto. O discurso inicial não me empolgou muito, mas pode ser só nervosismo que estabilize à medida que os jogos passam.

Joao Goncalves disse...

EU acho que está completamente errado, aliás nem ia ser aceite alguém no FC Porto pelos próprios adeptos, que constantemente vive a insultar a instituição e a fazer alegações contra nós.

No entanto é de todo o interesse manter esta pressão sobre o rival e obrigar o LFV a ficar na ponta dos pés e a cometer parvoíces.

Este anuncio foi estrategicamente feito para depois do Benfica anunciar a renovação e o LFV estava à espera que o Porto anunciasse treinador para ter manobra negocial com o JJ, coisa que o PdC não lhe deu.

No entanto, não quer com isto dizer que o Paulo tenha sido a 1ª opção... penso que o Paulo era uma das opções mas que provavelmente o Pellegrini seria a prioritária, exactamente por aquilo que fez em campo contra o FCP, mas a entrada em campo do Man City deu cabo de tudo.

Barba azul disse...

Além de muitas outras razões lógicas para apoio da tese de que PC nunca terá pensado (refiro-me às épocas recentes, passadas e próximas, pelo futuro não ponho as mãos no fogo...) em abordar JJ (entre as quais a referida acima pelo João Gonçalves: se nem sempre as escolhas do PC são as que estão nas cogitações possíveis dos adeptos, resultando às vezes em surpresas, nunca foram escolhas ao arrepio do sentimento dos portistas, ou mesmo "contra-natura portista", que é o que seria a escolha do JJ neste momento), parece-me a mim que nunca PC teria o mau gosto e a má-educação de desfeitear o VP, escolhendo para lhe suceder um antagonista, cujas opções táticas VP por mais de uma vez criticou (sempre com contenção); e que ainda por cima derrotou. Além de desfeitear o nosso treinador campeão, haveria algo de ridículo em contratar o vencido.

Portista Sec XXI disse...

Na verdade por mais de uma vez houve um efectivo interesse por parte de Pinto da Costa em contratar Jorge Jesus para o FC Porto; mas todas elas falharam com muita pena e frustração por parte de Pinto da Costa, como me garantiram.

Quem está por dentro destas coisas, sabe bem o apreço que o presidente tem há muito pelo treinador JJ e que este era a sua grande aposta para substituir Jesualdo Ferreira aquando da sua saída do Porto. Só que alguém se antecipou, uma das raras vezes que isso aconteceu, é verdade, mas aconteceu, dai a frustração. Ainda por cima quando essa falta de “timing” valeu a perca de uma liga para a equipa de JJ e permitiu o relançamento desportivo e até financeiro do ódio de estimação de Pinto da Costa.

Quando Villas-Boas informa o presidente que está de saída; mais uma vez a solução pretendida foi JJ… como me garantiram. Mais uma vez não foi possível a sua contratação, com muita pena por parte de Pinto da Costa. Agora o mesmo voltou a ser pensado aquando da substituição de Vítor Pereira; mas já na época passada, essa solução foi equacionada… como me garantiram.

E quem me garantiu tudo o que acabo de escrever, também me garantiu que a escolha do novo treinador do Porto, não se deveu só ás suas potencialidades e amplamente demonstradas em Paços de Ferreira; mas acima de tudo, porque Pinto da Costa, está a projectar em Paulo Fonseca um novo JJ em potência, mas com a vantagem de ser mais novo, logo com mais espaço de progressão e evolução em relação ao treinador, que foi reconhecido publicamente por parte de Paulo de Fonseca, como a sua referencia de modelo de treino e jogo.

Abel Pereira disse...

O Vitor Pereira tinha um timbre de voz desagradável, o Paulo Fonseca não tem facilidade de expressão. Estava nervoso, é certo, mas o mais provável é que não tenha mesmo facilidade de expressão. As mesmas afirmações podem soar mal ou bem consoante o modo como são ditas. Se repararem, são quase sempre bons oradores os indivíduos que chegam a lideres dos partidos.
Se me permitem gostaria que os participantes que se apresentam como portistas e parecem ter conhecimento dos méritos e deméritos dos vencedores e vencidos me informassem de campeonatos que tenham sido ganhos com mérito do 2º do classifado. Melhor dizendo: se o campeão fosse o Benfica, seria um campeão mais por mérito do FCP do que por mérito próprio?

iur disse...

Creio que Vítor Pereira terá conseguido, no campeonato, a segunda melhor época de sempre, apenas superada pela do André.


DC disse...

As suas garantias são pouco coerentes.

Tem que pedir ao homem que lhe anda a garantir isso tudo que dê uma olhadela aos jogos do Paços e veja que a táctica do Paulo Fonseca não tem nem nunca teve absolutamente nada a ver com a do JJ.

Portista Sec XXI disse...

Homem... mulher? Ou será o canário do meu barbeiro que me anda a garantir tudo isto. O que sei é que a fonte (s) já me deram provas que se movimentam e bem nestes círculos. Portanto não tenho por onde duvidar.

Quanto a tácticas. Uma coisa é jogar para se ser campeão e outra bem diferente é jogar para se tentar fazer a melhor classificação possível. Será que Paulo Fonseca vai colocar o FCP a jogar da mesma forma como o Paços Ferreira jogava? Se tal acontecer é sinal que vai falhar e que não vai conseguir potenciar os enormes jogadores que terá á sua disposição e muito menos cumprir aquilo que disse na sua apresentação; que era de fazer do FCP uma equipa dominadora do principio ao fim. Que como se sabe não era o que acontecia com a equipa do Paços de Ferreira.

Um treinador inteligente e capaz é precisamente aquele que coloca uma determinada táctica ao serviço da equipa, tendo em conta o tipo de jogadores que se tem de forma a potenciar as melhores qualidades de cada um ao serviço do todo. Uma coisa é a táctica utilizada por um treinador em determinado clube ou jogo; outra bem diferente é o modelo de treino e jogo, implementado e pretendido por esse mesmo treinador para as suas equipas, consoante a cultura do clube onde está inserido e dos jogadores que tem á sua disposição.

Por exemplo será que Mourinho ao longo da sua carreira mudou de modelo de treino e jogo? Não. Agora em relação á táctica utilizada, sim. Não só nos diferentes clubes por onde passou, mas inclusive na mesma equipa. É que o FCP de JM, não era nem de perto nem de longe igual ao Chelsea de JM e este também foi bem diferente do Inter de JM e como este era diferente do RM de JM… mas todas estas equipas tiveram o “selo” único de JM. Claro que não foi pela táctica utilizada que se colou este “selo”, a cola foi outra; o modelo de treino e jogo implementado por JM, pois é com este que se molda a verdadeira personalidade de uma equipa, independentemente do sistema tatico utilizado.


Anónimo disse...

Comparar o Sir Bobby com o VP é uma heresia, meter o CAS e o Oliveira no mesmo saco que o Sir Bobby é outra heresia (mesmo que seja em títulos).

Anónimo disse...

O Paulo Fonseca será um Jorge Jesus no futuro ? Pinto da Costa antevê no Paulo um JJ em potência ?

Desculpe, mas acho isso uma parvoíce, o FCP tem um modelo de jogo há muito definido, não é de agora ou de Vítor Pereira e o Paulo Fonseca disse mesmo que o futebol que ele gosta é de alta pressão e posse no meio campo adversário, aliás, li que a equipa preferida dele é o Barcelona.

Agora, acredito que Pinto da Costa quisesse o Jorge Jesus, mas no passado, pois não me acredito sinceramente que um verdadeiro portista morresse de amores por um treinador que além de ter sido vencido tantas e tantas vezes pelo André Villas Boas e pelo Vítor Pereira, criticou e menosprezou tanto o nosso clube.

Pelo que sei, Paulo Fonseca não foi a primeira escolha, mas essa também não foi Jorge Jesus, mas sim Manuel Pellegrini. Como esta falhou, o Porto tentou renovar com o Vítor Pereira que não quis ser segunda escolha, com todo o direito, e recusou, também devido ao desgaste destes 2 últimos anos.

Portista Sec XXI disse...

Para mim o modelo de jogo é diferente do modelo táctico utilizado, em que o 2º está ao serviço do 1º. Uma coisa é colocar as pedras em 4.3.3, 4.4.2, 3.5.2 ou mesmo em 5.3.2, ou seja, num esquema táctico pré-idealizado que melhor sirva o modelo de jogo pretendido, como seja por exemplo um modelo de jogo que se baseia na posse de bola, pressão da equipa no meio campo do adversário, ataque avassalador etc… em conclusão nenhum esquema táctico garante estas premissas á partida, mas sim o modelo de jogo utilizado e incutido em cada um dos jogadores que fazem parte da equipa, individualmente e no seu todo. É que se pode jogar num esquema táctico de 2.3.5 e este não servir seguramente por exemplo um modelo de jogo de ataque e pressão no meio campo adversário, e o contrário com um 5.5.0 por exemplo, servir. A dinâmica individual e de conjunto é que vão conseguir alcançar o pretendido com determinado esquema táctico e não o contrário. Não sei se me fiz entender.

Quanto ao resto acredite ou não, está no seu pleno direito. É como a história do barbeiro, uns acreditaram outros não.

Anónimo disse...


Um Excelente artigo sobre o FCP escrito por Daniel Storey da Sky Sports, com o titulo " Porto - O verdadeiro Campeão da Europa".

A Reflexão tem fabulosos textos sofre as Finanças e o Marketing do FCP, para quem os segue tão atentamente como eu aconselho uma leitura a este artigo.

http://www.football365.com/f365-features/8770332/Porto-The-Real-Champions-Of-Europe

Barba azul disse...

Bem, a crer na fonte do Portista Sec. XXI, a preferência do PdC pelo JJ é compulsiva, uma obssessão! : )
Acredito e acho muito provável que goste especialmente dele, que o tenha querido contratar em várias situações como as descritas e que não ponha de parte essa possibilidade num qq futuro mais ou menos próximo. Aliás, o PC refere muitas vezes e não certamente por acaso a sua admiração e estima pelo JJ. Mas não acredito que o tentasse contratar para suceder ao VP, após esta época. De mau gosto, sem oportunidade, rebaixante, injustificável, etc.
E quanto a fontes "intestinais", passo a vida a ler certezas vindas de fontes seguríssimas e que não se verificam. Há gente que gosta de parecer mais importante do que é, mais por dentro do que está.

to13 disse...

Para quando uma publicação a discutir o plantel do Porto para a nova época, quem devia sair, quem deve ficar e quem deve ainda vir?

José Lopes disse...

Ia agora mesmo sugerir esse artigo.

Daniel Gonçalves disse...

Portista Século XXI disse às 12:35

"o apreço que o presidente tem há muito pelo treinador JJ e que este era a sua grande aposta para substituir Jesualdo Ferreira aquando da sua saída do Porto. Só que alguém se antecipou (...) dai a frustração"

Rectificação: JJ foi encarado com uma possiblidade no caso de Jesualdo não ganhar o título em 2008/2009, como Jesualdo foi tricampeão, a Administração do FC Porto decidiu continuar com Jesualdo e preteriu a hipótese Jorge Jesus, deixando-o como uma possiblidade futura. Luís Filipe Vieira soube desse interesse - e posterior preterência - do FC Porto em JJ e aproveitou para o contratar. Portanto não foi o slb que se antecipou ao FC Porto, mas sim o FC Porto que, com a renovação de Jesualdo, acabou por deixar JJ à mercê de outros clubes.

Meu Caro, avalie melhor as suas fontes.

Anónimo disse...

Ora agora é que o amigo acertou no argumento decisivo, que ainda não tinha visto escrito: tal como manda o manual que não se despede um homem que lidera o campeonato, passa pela cabeça de alguém que PdC se expusesse à situação de substituir o treinador bi-campeão por aquele que este derrotou dois anos seguidos? Alguma vez o presidente de algum clube se expunha ao fogo dos associados, opinião pública, media, etc., desta forma, sabendo que seria o responsável único e directo pela perda do campeonato seguinte?
O presidente até podia querer ver o VP pelas costas (e podia não lhe renovar o contrato, como o fez); até podia querer ver o JJ no Dragão; mas nunca poderia substituir um pelo outro, quando o substituído derrotou o (putativo) substituto nos últimos dois anos.