quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Frustração!


É nas alturas complicadas que devemos ser mais sensatos, mas é difícil face à enormidade de erros cometidos pela equipa. Tudo acontece. Pior: quando pensámos que já vimos de tudo, acontece algo ainda pior. E esta derrota confirma o pesadelo desta passagem pela CL: o FCP não conseguiu quebrar esta onda de maus resultados e fica com o seu pior registo de sempre. A equipa rendeu-se a esse malfadado destino que lhe serve de desculpa ou desresponsabilização. Lamento, mas não sou capaz de negar o descontentamento, só porque se deve apoiar a equipa nos maus momentos. Nesta fase apoiar, significa não aceitar a resignação; a fase do conformismo para dar tempo a que a situação se arrume, já não é prudente. 

O azar e a sorte intrometem-se frequentemente no jogo, ora para nosso desespero ora para nossa alegria. Neste jogo com o Atlético de Madrid nada correu bem, mas temos de convir que foram cometidos alguns erros capitais que não devemos escamotear, porque aconteceram e são recorrentes. No primeiro golo, é estranho que um lançamento de bola fora executado pelo adversário, que se sabe consegue colocar a bola bem dentro da nossa área, não tenha merecido a atenção e a concentração dos homens nessa zona nevrálgica. A bola partiu, Maicon foi impotente para travar o movimento do atacante e o remate; Helton foi surpreendido e aparentemente mal batido, enquanto uma boa parte dos jogadores nas redondezas se limitaram a assistir à jogada; algo semelhante aconteceu no segundo golo: uma série de erros e Maicon parado, incapaz de acorrer ao lançamento em profundidade, por falta de reacção e de velocidade. Com o Nacional e o Belenenses, foi a mesma história. Foram falhas e não tiveram nada a ver com a sorte ou o azar.

Se o AM estava confortável com as linhas baixas e bem agrupadas à espera do erro para o qual labutavam como formiguinhas chatas e incansáveis, com o primeiro golo, mais confortável ficou. Geriu o jogo como quis e venceu bem. Como no Dragão, em que se contentava com o empate.

Nas estatísticas demos um baile de bola, só que mais uma vez ficámos bem longe nos quilómetros percorridos; na primeira parte com o jogo aparentemente controlado, sofremos um golo da primeira vez que o AM chegou próximo da nossa baliza; perdemos uma gp, tal como tinha acontecido com AAC. As palavras de PF, no final do jogo, foram uma clara demonstração da sua impotência, e do estado de espírito instalado na equipa, que não acredita nas suas capacidades e raramente parece capaz de mudar o rumo dos acontecimentos.

Individualmente destaco os bons desempenhos de Fernando, Defour, Martinez e Danilo; Varela esteve esforçado e Mangala razoável, mas distante dos registos da época passada ; Maicon e Alex Sandro estiveram desinspirados. Josué falhou. Helton esteve bem mas facilitou no primeiro golo. Os que entraram estiveram sofríveis: Licá que entrou bem, foi perdendo fulgor. Herrera e Ghilas nada acrescentaram. Faltou raiva e intensidade à equipa.

O Austria de Viena, pasme-se, perdeu com o FCP a possibilidade de chegar aos oitavos, e o FCP, com esse golo no Dragão, garantiu a Liga Europa. Aliás, é justo destacar que em Viena fomos muito felizes. Hoje, tivemos tudo para ser felizes, mas não fomos capazes ou não soubemos. Algo tem que mudar. Gostaria que o treinador e a equipa fossem capaz de reverter a intranquilidade que tomou a equipa. Mas tenho muitas dúvidas: tem a palavra a SAD.

50 comentários:

José Rodrigues disse...

Bem, à partida não ia ser este jogo que ia «enterrar» PF, sendo fora e contra o adversário mais forte da época. E para mim de facto não foi, discordando veementemente de que ontem «tínhamos tudo para ser felizes».

Tivémos tudos para ser felizes sim em vários jogos anteriores muito mal conseguidos contra adversários infinitamente mais fracos q o A Madrid, isso sim. Ontem, nem por isso.

Sendo assim não tiro grandes conclusões do jogo. Não jogámos assim tão mal como já li por aí, mas continuo a constatar que PF continua com alguns equivocos e com um trabalho de casa que me parece claramente (treinos) muito medíocre. E depois para variar tivémos azar (muito embora e como diz o outro, «a sorte dá muito trabalho»).

José Rodrigues disse...

Há um número considerável de portistas que considera que até é melhor ficarmos em 3o, podendo ir muito mais longe na Liga Europa.

Não sei, não. Tenho muitas dúvidas q este FCP vá longe na LE, e corremos forte risco de ser eliminados já na próxima eliminatória, em que não vamos sequer ser cabeças-de-série (fruto dos miseráveis 5 pts conquistados em 18 possíveis) e nao vamos defrontar nenhuma pera doce.

José Correia disse...

Nos seis jogos da fase de grupos da LC, o FC Porto esteve ao nível do Austria de Viena, conforme se viu nos dois jogos que disputamos contra os austriacos e conforme a classificação do final do grupo o demonstra.

Se nada for feito e se a equipa continuar a evidenciar os "defeitos de fabrico" que tem mostrado em quase todos os jogos, não será preciso um Napóles, uma Juventus, um Shakhtar Donetsk ou um Tottenham para, facilmente, eliminar este FC Porto de Paulo Fonseca.

Tiago stuve disse...

Caro Mário Faria,

Não foi o pior jogo do FC Porto nesta edição da Champions League, o que por si só revela muito das outras exibições, principalmente nos jogos com o Austria de Viena. Se formos honestos, o FC Porto não merecia ter vencido em Viena, assim como não merecia ter perdido os jogos em casa com o Zenit e com o Atletico, o que se traduziria nos mesmos 5 pontos que acabamos por alcançar.

Como diz o José Correia, este não era definitivamente o jogo para julgar o treinador do FC Porto (apesar de achar que já devia ter sido trocado há muito). No entanto, cada vez tenho mais a certeza que ele nao faz parte da solução, o que significa que faz parte do problema.

Cumprimentos

Tiago Stuve

http://opequeestamaisamao.blogspot.pt/

DC disse...

A capacidade do PF está ao nível daquela defesa em linha.
Era azar se fosse uma vez, quando é todos os jogos chama-se incompetência.
Ele pura e simplesmente não sabe treinar uma defesa. É do mais ridículo que já vi num campeonato de 1a liga a esse nível.
E depois no ataque também, ou sai jogada individual ou não sai nada.

Temos o que merecemos por ter escolhido um treinador destes.
Quanto à Liga Europa, o mais provável é cairmos já na próxima eliminatória. Não temos nível para a Champions e temos um nível no máximo aceitável para a LE. Qualquer outra equipa da Champions nos bate tranquilamente.

D.Liberal disse...

Penso que já se viu que com este treinador não vamos a lado nenhum.

Todos os jogos são para julgar o treinador, em especial jogos em que nas palavras do próprio, era vencer ou vencer. Acabamos com 2 no bucho e duas oportunidades em que a sorte nos favoreceu no que toca aos resultados dos adversários. O track record desde Novembro tem sido uma desgraça, 2 vitórias, uma na taça e no campeonato, 2 empates e 2 derrotas se não estou em erro. Está tudo a dormir ou quê?

Claro que o guião da época Paulo Fonseca já está bem claro para todos os portistas, inclusive para a SAD que espero eu esteja somente à espera de melhores opções no mercado para treinadores.

Como portista penso que não dá gosto a ninguém ver aquela bagunça e fraco futebol em campo.

Foram 4 bolas no ferro, até podiam ser 40 que na prática não marcamos um golo sequer, e isso é o que releva, o resto são atenuantes irrelevantes. Já agora de mencionar que jogámos com a primeira equipa contra os suplentes do Atletico Madrid, o PF não vai também queixinhas para os media como sucedeu quando o zénit jogou com AM em casa?

DJ Louro disse...

Será que a culpa será só do treinador ?
Uma boa parte sim, mas para quem tem Helton na baliza e Maicon a defesa central não pode esperar melhor...a equipa precisa de ser renovada... a começar na baliza!
Histórico de frangos de Helton na Champions:
- 1\8 champions 2006\2007 frente ao chelsea ,Quaresma faz 1-0 e Helton oferece o empate com grande frango., perdemos 2-1 e fomos eliminados!

- 1\8 champions 2007 \2008 frente ao Shalke , perdemos 1-0 na 1ª mao com golo sofrido logo aos 4mns porque Helton defendeu mal e para a frente , na 2ª mao ganhamos 1-0 e perdemos nos penaltis.

- 1\8 Champions 2008 \ 2009 , em Madrid frente ao atletico local empate 2-2 com um grande frango de Helton! passamos a eliminatória (0-0 na 2ªmão)

- 1\4 Champions 2008 \ 2009 no dragão frente ao Manchester sofre um golo a 40 mts do Ronaldo porque estava mal colocado e não se fez ao lance da melhor forma! eliminados depois de empatar 2-2 em Manchester!

- 1\8 Champions 2009 \ 2010 em Londres frente ao Arsenal , levamos 5-0 com o 1º golo sofrido aos 10 mns após saída disparatada de Helton e com a ajuda de Fucile., eliminados depois de vencer 2-1 em casa!

- Champions 2011 \ 2012 fase de grupos frente ao Shakthar vencemos 2-1 apesar do golo sofrido por grande peru de Helton!

No jogo seguinte em Sao Petersburgo derrota por 3-1 depois de estar a vencer por 1-0, mas Helton resolve fazer uma defesa incompleta para a frente (!) 1-1....

-1\16 (Liga Europa) frente ao Manchester City no dragão perdemos 2-1 depois de estar a vencer ao intervalo por 1-0 , no entanto, Helton tem uma saída extemporânea da baliza com a ajuda de Alvaro Pereira e sofremos o golo do empate! eliminados por 4-0 na 2ª mao!

- fase de grupos 2012\2013 -
frente ao Paris St Gemain, com o resultado em 1-1 Helton dá um enorme frango após remate de Lavezzi...derrota 2-1|

- 2013\2014 o Porto esta a vencer 1-0 o Atl Madrid mas Helton sai mal a um centro na sequência de um livre e sofremos golo ...resultado final 1-2!

Agora em Madrid, nova sobranceria de Helton que nem se fez ao remate com a bola entrar no buraco da agulha!

Felizmente que o contrato termina esta época...

Miguel Pereira disse...

Só queria mencionar o lance do segundo golo do Atlético. Um canto a nosso favor, uma tentaviva de lance estudado (incrivelmente ridiculo), natural perda de bola, e na sequência golo do adversário. E depois foi tudo chorar para junto do fiscal de linha (Treinador incluído). É tremendamente sofrivel ver o Porto a bater lances de bola parada (Josué e Danilo têm sido uma desgraça neste campo) e isso é mais um aspecto que demonstra bem o desnorte desta equipa...

Pedro ramos disse...

Foi mais um jogo à Porto... de Paulo Fonseca.
É sempre especial ouvir o treinador antes dos jogos dizer que tem fé em que vai ganhar o jogo e depois do óbvio acontecer, a derrota, dizer que nao foi por este jogo que nao se qualificaram. Peço desculpa mas isso é falso, foi também por este jogo, num grupo em que teve todas as hipoteses e mais alguma para que o Porto se podesse classificar. O Zenit passou com 6 pontos!!! se PF nao sabe que alguém o diga.

Continuo a pensar que PF provavelmente vai sair ainda durante esta época, mas o normal será que isso aconteça quando tudo já esteja hipotecado. È o único desfecho possivel de uma equipa à qual falta trabalho e mais trabalho.

Quanto à triste LE, o normal será sermos afastados na 1º eliminatória.

SLBaficionado disse...

De verdade que não jogamos nada que preste !!!

José Correia disse...

«Paulo Fonseca reconheceu o óbvio no final do jogo com o Atlético Madrid: o FC Porto foi incompetente. Infelizmente para o treinador, a única novidade foi o reconhecimento do principal responsável.

Incompetente foi a palavra que utilizei em outubro, depois de ver o FC Porto perder com o Zenit, em casa.

Nessa noite, muita gente preferiu elogiar a entrega dos jogadores, privados durante quase todo o jogo do médio Herrera, justamente expulso pelo árbitro. No fundo, preferiram olhar para o lado em vez de atacar o problema.

De resto, nesta Liga dos campeões o FC Porto só não se revelou incompetente na Áustria. Nesse jogo foi apenas uma equipa expriente com um futebol aborrecido mas suficiente para derrotar um adversário para quem tudo aquilo era novo.

Este foi o segundo pior desempenho de sempre do campeão nacional na Liga dos Campeões. Num grupo onde estava o caloiro Áustria de Viena e a menos fiável das equipas, o Zenit. Foi necessária uma dose substancial de incompetência para chegar ao ponto de nem conseguir garantir o estatuto de cabeça de série num sorteio da Liga Europa.

A incompetência nos dois golos sofridos em Madrid, no penálti falhado, nas bolas que batem na barra em vez de se encaminharem, obedientes, para a rede. Tudo isso foi público e notório esta noite. Ao longo da campanha europeia percebeu-se o mau momento da defesa, a instabilidade de Josué (tantas faltas...), a inexperiência de Herrera, a certeza de que Quintero ainda não é para estas coisas, a inexistência de uma ideia para acrescentar Ghilas a Jackson, ao estilo de «puxar em caso de emergência».

Seja qual for a razão, este FC Porto falha de mais e parece uma equipa pouco trabalhada, o que talvez se compreenda se pensarmos que há quatro posições onde continua a não existir uma escolha sólida: o central que joga com Mangala, o médio que atua entre Fernando e Lucho e os dois alas.

Incompetência? Sim, também. Mas isso foi lá atrás, em outubro, para quem quis ver. A pergunta óbvia, quando estamos a chegar à reabertura do mercado, é esta: e então, que fazer? Até agora, Otamendi foi o único exposto publicamente pelo treinador, que o remeteu para o banco como se a origem do mal estivesse no argentino. Afinal, o problema é capaz de ser um pouco mais complicado do que isso.»

Luís Sobral, in Maisfutebol
http://www.maisfutebol.iol.pt/incompetentes-sim-e-entao

DC disse...

Curioso que com todo esse histórico e com Hélton na baliza, tivemos varios treinadores a conseguir passar a fase de grupos e até a ganhar uns joguitos em casa...

Miguel Lourenço Pereira disse...

Pois dá,

Um penalty muito mal marcado (foi mesmo à minha frente, a cara do Josué quando pegou na bola dizia tudo) e bolas ao poste que estiveram sempre mais perto de sair do que entrar porque foram esforços no limite e não lances trabalhados. O FCP esteve sempre com poucos jogadores dentro da área do Atlético e isso força situações limite. Ontem esses situações jogaram contra nós também porque não havia outras opções para as rematar, em melhores condições e o jogador que disparou viu-se sempre preso por uma marcação apertada. Das poucas vezes que o Atlético chegou à nossa área (não precisou de muito) fê-lo sem pressão defensiva. O Maicon adormeceu no disparo do Raul Garcia e há um livre que encontra a dois jogadores do Atlético sem marcação na área. Isso é treino. Não é sorte ou azar.

A equipa não jogou tão mal como noutros jogos mas nem jogou como devia ter jogado nem sequer se soube motivar quando as noticias que chegavam de Viena eram esperançadoras! Isso preocupa-me muito mais!

Miguel Lourenço Pereira disse...

Emocionalmente, alguém deve estar a pedir um sorteio "lixado" para ter uma boa desculpa se as coisas correrem mal - e a jogar assim, vão correr seguramente, não é preciso ser-se adivinho como não era preciso ser-se adivinho depois do jogo com o Zenit que a festa tinha acabado - do que cair com uma equipa de um pedigree muito inferior!

Miguel Lourenço Pereira disse...

Bem apontado,

O FCP estava a controlar o jogo, apesar de estar a perder. Desperdiçar um canto com um lance estudado que, claramente, não estava estudado, provoca uma desorganização colectiva de infantis e com o Alex Sandro a perder uma bola em zona proibida e depois o Diego Costa a mexer-se bem numa defesa que não conhece o conceito de linha (o ano passado conhecia-o muito bem) depois de um passo de 25 metros de um puto de 19 que nem sequer foi bem pressionado por quem devia.

Podemos ter tido azar com os postes mas sofrer golos assim nunca vi o FCP sofrer!

Bluesky disse...

Costinha quis um Paços de Ferreira á Porto; Paulo Fonseca quer um Porto á Paços de Ferreira!
Mas falando a frio a limpeza de balneário não será só pelo fraco treinador.
Apesar de termos ganho dois campeonatos com apenas 1 derrota no tempo de Vitor Pereira, a equipa já vinha dando sinais de desconforto perante os adeptos, sobretudo nos jogos europeus, já que (infelizmente) para consumo interno ainda vai chegando e bastando.
Na minha modesta opinião tudo isto se deve á sulamericanização da maquina portista! Num continente onde se pratica o melhor futebol do Mundo - não o mais técnico, atenção! - o mais rapido, o mais forte e mais direto, uma equipa com 9 ou 10 jogadores sulamericanos na sua estrutura base, está á espera de quê?
Dr-me-ão; mas o Brasil, a Colombia, o Uruguai, estão sempre na vanguarda do futebol mundial! Sim, mas com jogadores que atuam nos principais campeontaos europeus!
Deixemo-nos de lirismos; enquanto se assitir a esta proliferação de jogadores vindos do outro lado do Atlântico, com jogadores banalissimos como Danilo e Alex Sandro, que trazem com eles a mentalidade derrotista do "a equipa joga mal, eu jogo pior, a equipa joga bem, eu dou nas vistas", jamais em tempo algum o FC PORTO se reencontrará no futebol eurpoeu. E isto não é pedir titulos, apenas prestigio, honra e dignidade para com a camisola que envergam.

José Correia disse...

Podemos ter tido azar com os postes mas sofrer golos assim nunca vi o FCP sofrer!

Pois, Miguel, e se tivesse sido só ontem...

Em termos defensivos (concentração, posicionamento, compensações, corte de linhas de passe, pressão alta, etc.), o FC Porto passou do excelente, com Vítor Pereira, para o péssimo, com Paulo Fonseca, em poucos meses.
É obra! (de Paulo Fonseca)

José Correia disse...

no tempo de Vitor Pereira, a equipa já vinha dando sinais de desconforto perante os adeptos

Na época passada, nos 4 jogos que o FC Porto disputou no Estádio do Dragão perante os seus adeptos, ganhou os 4!

E em dois deles, contra os adversários mais forte - FC Porto x PSG e FC Porto x Malaga - a equipa atingiu niveis de elevado brilhantismo.

Mas pronto, como os adeptos estavam cansados de ganhar os jogos em casa para a Liga dos Campeões, o Paulo Fonseca fez-lhes a vontade e não ganhou nenhum!...

José Correia disse...

Eu acho graça que se fale em azar.
Por aquilo que se viu ontem, sorte teve o FC Porto por, nos dois jogos contra o Atletico Madrid, o Diego Costa só ter jogado 45 minutos...

Bluesky disse...

José Correia, com sinais de desconforto, não quero dizer que Vitor Pereira estivesse errado, mas diga a verdade, VP foi embora só porque quiz ir ganhar mais, ou por ter sido "corrido" pelos adeptos????

Joao Goncalves disse...

Caro Mário,

Como já tinha referido no post do jogo com o Braga em que o titulo era "depois da tempestade", onde eu referi que provavelmente vinha mais tempestade e veio!

E esta tempestade é uma tempestade de estupidez táctica, para que todos nos entendamos.

Mais uma vez e depois da grande segunda parte contra o Braga, em que jogamos com o "nosso" tradicional 4-3-3, PF meteu o rabo entre as pernas e volta a meter 2 trincos, que tantos maus jogos de futebol e tantos desequilíbrios tem causado.

Num jogo em que tínhamos obrigatoriamente de ganhar entramos com 2 médios de características defensivas e sem rasgo de criatividade ou sequer rotinas de apoio ao ataque.

Depois sofremos o 1º golo, que aì discordo por completo de ti Miguel... aquele golo é culpa inteirinha da genialidade do médio do Atlético, o segundo foi de um canto a nosso favor com má organização posicional após este ter sido perdido.

Mas essencialmente o que foi visível foi outra vez o Jackson uma ilha, sem apoios e as transições lentas com pouca pressão no jogador que tem a bola... Ok manda-mos 4 bolas aos ferros e falhamos 1 Penalty... o Atlético falhou 2 ou 3 golos cantados... não esquecer...

Depois na segunda parte e em vez de mexer bem ao Intervalo (Herrera por Defour e meter Lucho a fazer aquilo que fez Carlos Eduardo contra ao Braga), pasme-se... mete o jogador com pior rendimento e sem confiança... Licá... E mantem 2 Médios Defensivos!!!

Fantástico!

Depois de ver isto, vi logo que a derrota era certa... aliás, após o 2º golo, Herrera devia ter entrado logo para o lugar de Defour ficando o Fernando sozinho atrás, o Herrera em pressão alta e o Lucho no Intermédio, tal como aconteceu com o Braga.

Em suma... Burro que é Burro nunca chegará a Boi... e é assim que nós andamos

DC disse...

Essa do Danilo e do Alex Sandro não entendo. O Danilo ontem foi o melhor em campo juntamente com o Fernando. Dois sul-americanos que, pelos vistos, não têm mentalidade para o Porto.

Já os portugueses Licá e Josué (e atenção que eu acho que este puto será no futuro capitão do Porto), tremeram como varas verdes.

Está-se a tentar arranjar desculpas por tudo e por nada, qualquer dia a culpa é do equipamento secundário. A culpa é uma e é bem clara: EQUIPA MAL TREINADA!
Tudo o resto advém disso. Motivação, erros, desleixo, azar, frangos, ect... todas essas desculpas surgem do facto de termos um treinador medíocre que retirou toda a confiança à equipa para fazer o que quer que seja. Desde uma defesa em linha a uma jogada ensaiada. A equipa não as faz, porque não a treinam devidamente para as fazer,

Unknown disse...

Na minha opinião, o VP não era grande coisa como treinador, muita posse de bola, poucas oportunidade de golo, o nosso jogo ofensivo parecia andebol, a bola andava da direita para a esquerda, mas não entrava na área. Mas, com o VP, não sofriamos golos, ou pelo menos sofriamos poucos. Ou seja, com o VP bastava marcar um golo para se ganharem jogos, por isso é que se foi embora, pois para o adepto azul e branco, não basta ganhar um jogo à "justa", ou à rasquinha (estamos mal habituados). Veio o PF, para dar um impeto mais atacante à equipa, mas (curiosamente) a equipa a nivel atacante não ganhou nada e perdeu (e muito) a nivel defensivo.

Muitos portistas falam do fraco plantel. Não concordo, para mim o plantel não é fraco. Temos bons jogadores, a nossa defesa já joga junta à mais de um ano. Sabem jogar (e bem) futebol (pelo menos sabiam).
Na nossa equipa acho preocupante é o facto de não haver tabelinhas, triangulções ou passes a rasgar; de serem raros os livres perigosos ganhos perto da área adversária, de as nossas bolas paradas serem "canja" para a defesa adversária. Acho preocupante, o nosso avançado ter só duas ou três oportunidades para rematar à baliza por jogo.

Acho que temos uma avançado fantástico. A quem não concorda, proponho que conte o número de bolas que o JM recebe dentro da área (em condições) e quanto golos marca. O Montero é o melhor marcado do campeonato, mas em média, por jogo, recebe mais 50 a 70% de bolas que o JM. O Benfas sempre que ataca mete sempre no minimo 3 tipos na área (1 no 1º poste, 1 no 2ºposte e 1 na marca de penalti). O nosso avançado está quase sempre isolado da restante equipa e não recebe bola, e quando recebe são bolas cruzadas do meio campo pelos laterais, ou pelos centrais.
Para terminar, o mais frustante é a qualidade que demostra o nosso treinador. Até podia manter lá a opinião dele antes do jogo, mas com o desenrolar deste, acho incompreensivel, as opções que tem tido. As substituições que faz são sempre homem por homem, só tem uma táctica para o jogo (para mim jogar com quatro avançados quando está a perder, não é tactica nenhuma), e não percebe que é obvio que jogadores que não jogam nas suas posiçoes não rendem tanto quanto se jogassem nas suas posições de origem.
Em suma a nossa equipa faz de conta que é uma equipa: os nosso laterais fazem de conta que são extremos, os nossos extremos fazem de conta que são médios (pois vêm para dentro quando os laterais avanças), os nossos médios fazem de conta que são laterais (têm de fazer as costas dos laterias quando estes sobem), e os centrais são os distribuidores de jogo (despejam bolas para o ataque).
Ah e o nosso treinador também é um treinador "faz de conta"

Cumprimentos a todos

Joaquim Lima disse...

No início da época, um amigo meu disse-me que o Paulo Fonseca numa conversa com amigos disse que os jogadores do Porto cometiam muitos erros infantis. Ora bem, se ele fez o diagnóstico acertado e atempado (início da época), porque está a demorar tanto o tratamento?! Os fármacos não actuam? Os jogadores não os tomam? Quando não se consegue tratar o problema, a solução não poderá ser mudar de médico?

José Lopes disse...

Excelente comentario. Das coisas mais hilariantes que ainda se le e' que o Jackson nao esta com a cabeca no clube, ou que tem a mania, ou sei la o que. Tivesse quem o servisse e marcava o dobro dos golos. Ontem lutou, sofreu faltas, mandou duas aos ferros e cavou um penalty

Anónimo disse...

Quatro bolas aos ferros e um penalti desperdiçado e ainda por cima o FC Porto teve sorte. Há cada uma...

O Atlético fez o primeiro golo no primeiro remate à baliza do FC Porto. O segundo é um erro da nossa defesa, com especiais culpas para Maicon que simplesmente desistiu do lance pensando que Diego Costa estava em fora-de-jogo.

Analisando o jogo jogado, o Atlético não foi superior ao FC Porto nos dois jogos realizados. É uma equipa muito competitiva. Compacta, solidária, defende e contra-ataca bem e sabe, sobretudo, aproveitar os erros do adversário.

O FC Porto teve oportunidade de ganhar os dois jogos. Perdeu, não porque o Atlético foi superior, mas devido aos (dois) erros defensivos que cometeu, no Porto e em Madrid.

Anónimo disse...

Esse Sobral é um prato. Ainda não descortinou que se Otamendi está no banco apesar de Maicon estar sem ritmo competitivo, a única razão plausível é que o jogador está a ser negociado.

siulloureiro disse...

A enterrar desde que chegou!!!
E não é que tarda em dar a vaga, vá-se lá saber porquê?

D.Liberal disse...

20 valores! Na mouche!

José Lopes disse...

Nao cometer erros e por outro lado aproveitar os que o adversario comete tambem faz parte de ser superior. Caso contrario, andaremos sempre com vitorias morais. Ontem convem dizer que o Atletico poupou meia equipa. E falhar aquele penalty nao e' azar nenhum, foi muito mal marcado. As bolas nos ferros sim, sorte nao tivemos, mas com mais pontaria iam la para dentro. Seja como for, sempre que vejo o Porto em mares de azar (fora circunstancias de jogos isolados) e' sempre com treinadores que nao estao a altura do lugar que ocupam. O azar, as bolas nos postes, etc., vem muito da falta de confianca.

Bardock99 disse...

O Plantel nao é fraco, é Horrivel!!!.

Começando na baliza temos um GR que na Champions (só este ano) deu um frango contra o ATM em casa, contra o Zenit fora, podia ter feito muito mais contra o AV e deu mais um frango ontem. Todos estes golos sofridos custaram pontos importantes! ...quanto ao que defendeu, um GR do Porto tem de estar sempre ao melhor nivel. Se o Campeonato começar a fugir é meter o Fabiano para fazer a mudança necessaria!

Na Defesa temos 4grandes jogadores, Danilo tem estado muito regular, Mangala e Alex Sandro desde o inicio da epoca tem estado uma Nodoa, Otamendi nao calça (so admito se estiver vendido!). Maicon é uma anedota, estilo Fernando Couto a despachar bolas quando está apertado, preferia mil vezes dar jogo e maturidade a Reyes ou fazer regressar o Abdu!

No Meio Campo temos um Grande Jogador : Fernando! Lucho já era, Carlos Eduardo ou Quintero no seu Lugar! Josue é uma NODOA, jogador reles que nao tem lugar nos 36 quanto mais no 11! Isso mostra o nivel do plantel ... Defour é outro jogador fraco, sem sal nem pimenta, pouco dá ao jogo ofensivo do Porto e a defender ainda mais fraco é! Soluçao? Tao pouco acho que Herrera seja já soluçao (no presente,melhor que Defour) e se vai ser uma grande opçao no futuro...O Meio campo é FRACO!!!

A Extremos nao se tem NINGUEM, Varela é uma anedota, entrega mais vezes a bola ao adversario ou se engana na finta e perde a bola do que cria jogadas perigosas. RUA! No Plantel nao há SOLUÇOES! Anedotico!

Na Frente de Ataque temos um Grande Finalizador, sendo que Ghilas para consumo interno poderá ser uma alternativa mas na EUROPA pouca utilidade terá.

Quanto aos treinadores : FRACOS!

Politica de contrataçoes da SAD : HORRIVEL, caso Reyes, Herrera, Quintero, Iturbe, Kelvin, Caballero, Lica,etc

Nao vejo isto a dar um giro de 90º, o plantel precisa de um Meio campo SOLIDO e de pelo menos um Bom Extremo para ter um ATAQUE muito mais forte. Neste momento até com o Guardiola seriamos uma equipa banal...

Soluçao : 1º Remendo - Fora com JOSUE e no lugar dele um EXTREMO!
2º Remendo - Trocar Lucho por Carlos Eduardo.

Operaçao Urgente - Mudar de Treinador

... mas pelo vistos vamos levar com uma aspirina Quaresma, nao sei o que esperar dele. Para mim o tempo dele já passou ... espero que demonstre o quanto errado pensava da forma dele!

Mas IMPORTANTE é continuar a APOIAR o PORTO, melhores planteis e treinadores virao nesses anos futuros!!! SÓ ESPERO È QUE O PRESI SEJA ETERNO!

Carrela disse...

"Na minha opinião, o VP não era grande coisa como treinador, muita posse de bola, poucas oportunidade de golo, o nosso jogo ofensivo parecia andebol, a bola andava da direita para a esquerda"

Mostra mesmo que não faz a mínima ideia dos números do FCP!!

O FCP de VP, o ano passado, foi DE LONGE a equipa que mais remates fez, que mais remates fez à baliza. E como tal, que mais chances de golo criou (teoricamente).
Continua-se a desvirtuar o Porto de VP!
Injustiça! Injustiça essa que empurrou para fora do Porto um excelente treinador! Daqueles que conseguia-mos manter pelo menos +1 ano!

Anónimo disse...

Quem está a falar em azar e vitórias morais é você. Repito, no jogo jogado, o Atlético não foi superior. O FC Porto enviou quatro bolas aos ferros e falhou um penálti, ou seja, criou oportunidades mais do que suficientes para ganhar o jogo.

Unknown disse...

Olá boa tarde,

Caro Bardock99, não concordo contigo quanto ao guarda-redes. É verdade que o Helton já facilitou, mas também quantos pontos já nos deu? O Vitor Baia também dava uns franguitos, mas não é por isso que deixa de ser um dos melhores GR da nossa história. Já falhamos mais penalties do que o Helton deu frangos... O Alex Sandro é só dos melhores jogadores do Porto. É ele que leva a bola para a frente. É dos poucos que tenta meter a bola no avançado. Faz de extremo, de medio e de lateral. Os nosso centrais são bons otamendi/maicon/mangala já provaram que sabem jogar. Parece-me pouco provável que um jogador se torne mau, ou desaprenda de jogar em 6 meses. Reyes admito que possa ser um bom jogador, mas com os minutos que tem, ainda não tenho opinião formada. O abdulay está a fazer uma boa época e acho que irá ser opção no futuro.

No meio campo concordo que temos um optimo jogador. Fernando é bom, tão bom que não precisa de ninguém ao lado. Quanto ao Lucho não concordo contigo. Dizem que está velho, mas aconselho a verem as estatiticas, é dos jogadores que mais Km corre durante os jogos. Pôr um jogador a jogar no meio dos dois médios defensivos adversários a kilometros dos outros dois médios, e quando só tem apoio (de vez em quanto) do Josue... Além disso Lucho é mais um 8 do que um 10. Concordo que tanto Quintero como Carlos Eduardo podiam ter mais minutos, mas mesmo estes, a jogar sozinhos no meio do adversário, tenho as minhas duvidas. Discordo totalmente em relação ao Josué e ao Defour. Desde quando o Defour é trinco ou médio defensivo? O defour é um médio que tem que levar bola, não é um médio para estar parado ao lado do Fernando. O Defour que chegou a jogar a extremo com o VP, e que aparecia muitas vezes na área, agora joga parado à frente da defesa, e o mais estranho é que das poucas vezes em que um médio defensivo subia mais, era o Fernando que o fazia, ficando o Defour a "vigia-lo" e todos sabemos que para fazer aberturas, não são os pezinhos do Fernando os mais indicados. Aconselho o PF a ver os jogos da Belgica. O Josué a par do Alex Sandro é dos poucos que tenta servir o JM e pelo menos tenta rematar. O Josué é daqueles jogadores que precisa de ter um colega perto para poder combinar, mas quando está toda a equipa parada é dificil. As poucas jogadas ofensivas (bola pelo chão) que o Porto faz passam quase sempre por este jogador. O Varela concordo, sinceramente nunca gostei muito da forma de jogar, tem muita bola, mas não faz um cruzamento de jeito. (Apesar de contra o Braga ter feito!). Na frente de ataque concordo. Dizer que o plantel é horrivel parece-me exagerado. A plantel do Sporting é muito mais fraco que o do Porto e eles jogam à bola. Não me venham dizer que os jogadores da academia do Sporting afinal eram muita bons. O Sporting tem é um treinador que sabe as fraquezas e forças do seus jogadores e tira partido disso. Se tivesse-mos um treinador que tirasse partido das melhores caracteristicas dos nossos jogadores, os nossos jogadores não pareceriam tão maus como parecem.

Caro Carrela

Continuo a achar o VP fraco. Não basta um treinador ser só bom defensivamente, também tem de ser bom ofensivamente, e isso vê-se pelos golos. Os números do Porto até podiam ser bons, mas as exbições eram horriveis. Mais remates à baliza? Quantos remates à baliza fez ontem o Atl. Madrid? Uma equipa quando joga bem, não precisa de muitos remates para fazer golo. Se o VP era assim um treinador tão bom, porque é que só garantimos o campeonato na ultima jornada, num dos campeonatos "mais felizes" da nossa historia? E se fosse assim tão bom aposto que tinha lugar num clube europeu. Esta época tivemos azar em ir buscar um treinador pior do que o anterior. Também não podem ser todos mourinhos.

DC disse...

O Porto de VP tinha uma média de golos à volta dos 2,5 golos por jogo, foi sempre um Porto ofensivo.
Simplesmente alguns pensam que atacar é estar sempre a mandar a bola rápido para a frente.
Depois levam com Paulo Fonseca e acham estranho...

Miguel Ribeiro disse...

Tapy Machado, exactamente. Essa é a minha crítica de há uns anos para cá. Só acrescento é mais uma coisa, não nos vale de nada colocar mais 3 jogadores em posição de rematar à baliza se esses mesmos jogadores não o sabem fazer. Ontem, salvo erro, fizemos 2 remates à baliza de fora da área, fracos e ao lado... Está tudo dito.

Daniel Gonçalves disse...

A desastrosa prestação do FC Porto nesta edição da Champions é consequência directa de termos um treinador incapaz para este nível. Quem escolheu este treinador foi a Administração portanto a responsabilidade pelo prejuízo financeiro e pelo desprestígio desportivo são da mesma e do seu Presidente. Não podemos acertar sempre mas temos de ser mais competentes na escolha de um treinador para a equipa do FC Porto e, sobretudo, não podemos basear a escolha de um treinador em ilusões, em emoções ou em análises pouco objectivas e nada racionais. A escolha, o processo de escolha, ou seja, os seus fundamentos, sempre foram o "calcanhar de Aquiles" da gestão de Pinto da Costa.
Há uns dias atrás o Miguel Lourenço Pereira escreveu um excelente artigo aqui no blog "O que queremos para o nosso Porto?", ora eu quero que sejamos mais racionais, mais competentes - baseados em análises o mais objectivas possíveis - na escolha de um treinador para a equipa. Que a Administração não se baseie em ilusões, por exemplo julgar que encontrou um “predestinado” para treinar a equipa. Em suma que sejamos mais cépticos nesta questão, pois aqui reside a diferença entre uma gestão amadora – familiar poderíamos dizer – e uma gestão profissional. Escolher um treinador inexperiente neste nível – seja o Paulo Fonseca ou qualquer outro – sem antecedentes numa instituição vencedora, e entregar-lhe uma equipa colocada no pote 1 da Champions foi um “acto de fé” e não uma decisão ponderada e prudente, estamos a ver os resultados.

Unknown disse...

Estatisticamente, Portugal tem dos salários minimos mais altos do mundo (quando comparado com África e América Latina), e se perguntar a algum português se acha se o salário minimo é elevado, qualquer pessoa lhe dirá que não. Estatisticamente VP é bom treinador quando comparado com o JJ;
Eu pessoalmente gosto de comparar aquilo de que gosto com os melhores. Assim em vez de ficar muito contente por o meu treinador ser melhor que o treinador das restantes equipas portuguesas, fico triste, por o meu treinador ser pior do que muitos treinadores por essa europa fora. Eu quero que o Porto seja o melhor, e para ser o melhor temos de nivelar por cima, temos de nos comparar com Barcelonas e Bayerns, não com Benficas ou Sportings. Temos de nos comparar com os mais fortes, e não nos contentarmos em ser melhores que os mais fracos. A direcção ao dispensar o VP quis ir buscar um treinador que para além de um campeonato fosse buscar uma taça, e fizesse boa figura na CL. Saiu-lhes o tiro pela culatra. A verdade é que comparando com PF, VP não parece tão mau, pois este ainda ganhava.

Daniel Gonçalves disse...

Fazendo uma breve retrospectiva dos treinadores da presidência de Pinto da Costa concluiremos que os grandes nomes nem sempre foram uma escolha deliberada e intencional do Presidente, vejamos: Artur Jorge foi escolhido por Pedroto como seu sucessor; a vinda de Tomislav Ivic foi conselho de um dirigente, já falecido, Teles Roxo que considerou que uma equipa que acabava de ser campeã europeia precisava de um treinador de créditos firmados e com experiência, para tal contamos com os contactos do empresário belga com que lidávamos na altura . Deixado aos seus devaneios provavelmente Pinto da Costa teria colocado um «Quinito qualquer» no pós-Viena e talvez nunca tivéssemos vencido a Intercontinental, a Supertaça Europeia e o campeonato. Já a vinda de Quinito foi uma escolha exclusiva e deliberada de Pinto da Costa; o regresso de Artur Jorge impôs-se pela força das circunstâncias – quando o próprio manifestou desejo de regressar - e não fruto da escolha deliberada da Administração; Carlos Alberto Silva foi aconselhado pela estrutura dirigente e ainda por Teles Roxo; Robson não foi uma escolha deliberada e intencional de Pinto da Costa, foi a “sobra” da burrice de Sousa Cintra, o escolhido de Pinto da Costa era Carlos Queirós, após o desaire da selecção em Itália na qualificação para o Mundial de 94. Quando Sousa Cintra soube das intenções de Pinto da Costa em contratar Carlos Queiroz aproveitou o desaire do Sporting, na Áustria, e despediu Robson e apressou-se - procurando antecipar-se ao rival - a contratar o Carlos Queirós. Ora Robson sobrou para o FC Porto, foi portanto fruto do acaso e das circunstâncias, sem o treinador inglês no FC Porto podemos especular - fazer uma análise contrafactual - e concluir que nunca José Mourinho e André Villas Boas teriam chegado a ser o que foram, e que teriam seguido percursos de vida diferentes dos actuais. Esta minha análise não procura desvalorizar a fenomenal gestão e acção de Pinto da Costa à frente do FC Porto, apenas procuro mostrar que a sorte, o acaso, os acontecimentos fortuitos, o conselho de outras pessoas desempenharam um papel crucial nessa mesma gestão e nem sempre foi a vontade de Pinto da Costa a ter o papel determinante no sucesso do FC Porto pós 1977.

Unknown disse...

Ir buscar a lista de frangos do Helton é obra...
realmente quando as coisas correm mal há pessoas que gostam de tocar os sinos todos da igreja!

Anónimo disse...

O Sr. está a divagar e a contradizer-se. Se a sorte, o acaso e acontecimentos fortuitos desempenharam um papel crucial, então a gestão de Pinto da Costa não pode ser classificada de fenomenal. Pelo contrário.

Da sua "análise" - baseada em "ses" e "talvez" - poderíamos concluir que o presidente do FC Porto é, de facto, incompetente, visto que, segundo a sua narrativa, o único treinador que ele escolheu "deliberada e intencionalmente" foi Quinito, curiosamente um dos treinadores mais mal sucedidos no FC Porto.

Este tipo de raciocínio só faz sentido para quem vive na ilusão de que o FC Porto é uma autocracia, que Pinto da Costa é omnipresente e a sua vontade é lei.

Procure gerir uma organização em que a sorte, o acaso, acontecimentos fortuitos e outros factores aleatórios desempenham um papel fundamental e eu garanto-lhe que se vai afundar.

Unknown disse...

Daniel Gonçalves,
Desculpe mas você deve ter bebido uma pinga e das boas, eheheh. Tanto disparate junto. É claro que, felizmente, ainda estamos num país livre e democrático e portanto pode dizer o que lhe apetecer. Pelo menos teve uma vantagem: já me fartei de rir.

Agora mais a sério, você acha mesmo que o Porto só ganhou nos últimos 30 anos com a sorte e as coincidências que aponta? Não tenho dúvidas que PC sabe mais de futebol a dormir do que muita gente acordada (Daniel Gonçalves incluído) embora erre como todos os humanos mas você chama-lhe incompetente com todas as letras. Segundo a sua teoria o Porto é o clube mais sortudo do mundo por ter um incompetente à frente e mesmo assim ganhar o que ganha.

Agora deixe-me perguntar-lhe: Você é mesmo portista ou é um daqueles gayvotas que enquanto PC viver será sempre um frustrado?

Daniel Gonçalves disse...

Caro zzzzz às 08:57

Quem faz uma interpretação contraditória, e errada, das minhas palavras é o Sr., pois se eu afirmo que Pinto da Costa ouvia e respeitava, ao ponto de as acatar, as opiniões de pessoas como Pedroto, Teles Roxo e outros dirigentes e conselheiros portanto não pode ser um autocrata, que só confia na sua própria opinião, não respeitando as dos outros e exercendo um poder absoluto. Onde é que viu nas minhas palavras a ideia de que Pinto da Costa era um autocrata?

Uma gestão pode ser fenomenal em muitos aspectos e noutros não ser tão competente. O que eu disse é que o ponto fraco, da gestão de Pinto da Costa, foram os fundamentos da escolha de treinadores. Foi fenomenal na recuperação financeira do Clube quando herdou, em 1982, uma complicada situação de tesouraria; foi fenomenal em afrontar os poderes estabelecidos e vigentes nos organismos desportivos nacionais; foi fenomenal em criar uma nova mentalidade – ambiciosa e vencedora – no seio e a alma do Clube; foi fenomenal em conseguir renascer o FC Porto da frouxidão e tibieza em que o Clube se encontrava, ou seja, no cômputo geral foi fenomenal apesar de ter errado a avaliar treinadores, não é um ponto negativo da gestão que vai desvalorizar a totalidade dos outros pontos.
Sim, na minha opinião Pinto da Costa errou na escolha de treinadores (Quinito, Octávio, Couceiro e agora Paulo Fonseca), porque valoriza o aspecto pessoal e emocional na avaliação dos mesmos. Compreendo a posição dele, porque ficou marcado indelevelmente – como uma marca de fogo no corpo e na alma – pela relação pessoal com Pedroto no renascer do FC Porto, daí que tenha sempre a perspectiva emocional de ver no treinador um “companheiro de combate” para derrotar os rivais.

Daniel Gonçalves disse...

Caro zzzzz,

Não brinque com coisas sérias e pense um pouco. Acha mesmo que é possível aos humanos controlarem - e dominarem o desenrolar - todos os factores e todas as forças externas que perpassam no meio envolvente no qual temos de viver. Só uma pessoa ignorante sobre a História e do passado da humanidade pode não considerar que o ocaso não possui um papel determinante no decurso da nossa vida. Passava aqui um dia inteiro a relatar factos do passado demonstrativos de tal teoria, mas vou só fornecer aqui alguns exemplos, não por jactância ou vaidade da minha parte mas para lhe fazer reflectir um pouco:
- Se os Cruzados, a caminho da Terra Santa, não tivessem passado por aqui – usando o Atlântico e o Mediterrâneo quando poderiam ter ido pela rota do Mar Negro - aquando da conquista de Lisboa por Dom Afonso Henriques e ajudado em tal conquista será que a relação de forças em nosso desfavor não implicaria uma derrota para as nossas forças e até a morte em combate de Afonso Henriques? Se esses mesmos Cruzados tivessem enfrentado um tempestade no mar (algo que escapa ao controlo humano) nas frágeis embarcações da altura e perecido antes de terem chegado à nossa costa? Se os reforços muçulmanos não tivessem ficado retidos no norte de África, devido ao mau tempo, e tivessem chegado a tempo de enfrentar D. Afonso Henriques? Será que o passado e portanto o futuro não teriam sido completamente diferentes? Existiria hoje Portugal?
Se as forças leais a Castela, e aos Filipes, não tivessem displicentemente, e contra toda a coerência, abandonado o Paço da Ribeira aquando da conjura de 1640 será que ainda hoje não seríamos uma Província espanhola? Um mero acaso não estarem naquele preciso instante as forças militares que derrotariam os “independentistas”, e tudo seria diferente.
Se Hitler, casualmente, não se tivesse deslocado uns centímetros num preciso instante ou se o artilheiro adversário tivesse mais pontaria, ou até se fosse outro o artilheiro, Hitler tinha tombado mortalmente – em vez de ser ferido na coxa esquerda - nas trincheiras da Flandres e a História da Europa teria sido totalmente diferente. Se um oficial das SS não tivesse pontapeado, sem intenção e acidentalmente, deslocando-a uns meros metros a mala cheia de explosivos que Stanffenberg colocara na “Toca do Lobo” para matar Hilter não teria a II Guerra Mundial tido outro desfecho a nível político e fronteiriço? Tantos acasos fortuitos que escapam ao controlo humano e que são imprevisíveis, acabando por influenciar o rumo dos acontecimentos.
Ficava aqui toda a noite a dar exemplos…….

Daniel Gonçalves disse...

zzzzz às 08:57 disse "Procure gerir uma organização em que a sorte, o acaso, acontecimentos fortuitos e outros factores aleatórios desempenham um papel fundamental e eu garanto-lhe que se vai afundar."

Se fosse mesmo possível à Humanidade, e às organizações, controlar, dominar tudo e todos os factores que existem como explicar as tragédias? Como explicar a crise que actualmente estamos a viver? Masoquismo ou sadismo? Gosto pelo sofrimento? Não usaríamos esse conhecimento abrangente para impedir as coisas más de acontecerem e que só o prazer e as coisas boas triunfassem? Só os totalitários e os utópicos vivem na ilusão de conseguir controlar e prever todos os acontecimentos e todas as causas que intervêm na vida humana. O século XX está tragicamente cheio das consequências dessa paranóica ideia. Não digo que sejamos marionetas reféns de forças ou factores que nos escapam, existe sempre a liberdade humana para alterar o rumo dos acontecimentos mas até um limite, pois o conhecimento humano é limitado e não pode abranger ou prever tudo, senão viveríamos num paraíso, evitando as coisas más que nos assolam. A condição humana implica sofrimento e imprevisibilidade. Pessoas, e as organizações, que pensam como o zzzzzz vivendo na ilusão de que o acaso, e o fortuito, não intervém no rumo dos acontecimentos acabam por ter um duro embate no muro da realidade.

Daniel Gonçalves disse...

Nuno Queiroz às 11:44

parte da minha resposta ao seu comentário foi dada na argumentação que desenvolvi ao comentário do zzzzz. Pinto da Costa foi competente e brilhante em muitos aspectos da sua gestão que não implica que tenha sido competente em todas, senão como explicar os equívocos Quinito, Octávio, Del Neri etc? Como explicar despedir o Fernandez para contratar José Couceiro,treinador pior ainda? Ninguém está imune a erros, a ilusões ou a ser incompetente em certas ocasiões.
Eu não disse que o FC Porto só ganhou nos últimos 30 anos devido à sorte ou ao acaso. Leia novamente e interprete correctamente as minhas palavras e a lógica da minha argumentação. Pinga das boas bebeu talvez o Nuno Queiroz para tirar esse sentido das minhas palavras, mas também o Sr. Nuno possui o direito a dizer disparates, já deturpar as minhas palavras sem reparo é que não.

Não sei a sua idade, mas permita-me dizer mais um disparate: ainda o Sr. Nuno Queirós andava de faldras já eu visitava regularmente o Estádio das Antas. Se o Nuno consultasse regularmente este blog não me acusava de benfiquismo, e permita-me ainda dizer o disparate de que a sua capacidade de interpretação é semelhante à dos benfiquistas básicos que pululam pelo País.

Daniel Gonçalves disse...

No meu comentário das 20:58 deveria ter escrito "pode considerar que o ocaso não possui um papel determinante no decurso da nossa vida"em vez de

pode «não» considerar que o ocaso não possui um papel determinante no decurso da nossa vida.

Daniel Gonçalves disse...

Desculpem-me estar a ser chato, mas só mais umas ideias para reforçar a minha posição: Se Vilarinho, na altura presidente do Benfica, não tivesse despedido José Mourinho para contratar Toni (um fetiche do presidente benfiquista) como treinador, será que Mourinho teria vindo treinar, passado algum tempo depois, o FC Porto? Se Luís Duque, na altura director de depart. Futebol do Sporting, não se tivesse amedrontado com as ameaças da claque sportinguista e colocasse Mourinho como treinador em Alvalade, será que teríamos ganho a Taça UEFA e a Champions sem Mourinho e com outro treinador? Se em vez de Luís Duque fosse outro o dirigente sportinguista, alguém menos medroso e mais corajoso que não receasse contrariar os desejos da juventude leonina de não contratar José Mourinho? Tudo isto serve para mostrar que a vinda de Mourinho para o FC Porto não se ficou a dever unicamente, ou exclusivamente, à vontade de Pinto da Costa, mas que factores alheios – perpetrados por terceiros – a ele e ao FC Porto, portanto um acaso, confluíram para que José Mourinho viesse a ser treinador do FC Porto. Ninguém é sábio, nem um Einstein, ao ponto de prever e conseguir dominar o desenrolar dos acontecimentos futuros, mas isto em nada desvaloriza a sagacidade e inteligência de Pinto da Costa, que soube aproveitar erros de terceiros para contratar - mesmo que a ideia para tal fosse oriunda de dirigentes portistas próximos de si - José Mourinho.

Anónimo disse...

@ Daniel Gonçalves

Não vou entrar numa discussão sobre os méritos/deméritos da análise contrafactual que é utilizada diariamente nas mais diversas áreas e nos mais diversos contextos. Há historiadores que se dedicam à chamada história contrafactual (os críticos chamam-lhe história especulativa ou virtual). O Governo português defende que devemos apertar o cinto hoje para podermos viver melhor amanhã, argumentando que a situação contrafactual (isto é, a situação na ausência dos cortes) seria muito pior. Na mesma linha de raciocínio, o Sr. levanta outros "ses" cuja resposta leva-nos irremediavelmente para o campo do "talvez", "eventualmente", "não sabemos", etc.

O FC Porto teria passado para a fase seguinte se Josué não tivesse falhado o penálti?

Um problema com a abordagem contrafactual é que conduz rapidamente a meras especulações, o que lhe retira todo o valor explicativo. Além disso, pressupõe que os acontecimentos são determinados por factores únicos, o que raramente é o caso. O Sr. estabelece uma correlação directa entre a vinda de Mourinho e a conquista da Taça UEFA e da Champions, mas nada nos diz que o FC Porto não teria conquistado os mesmos títulos com outro treinador igualmente competente, atendendo à qualidade da equipa. Se considerarmos essa possibilidade como plausível, a contratação de Mourinho e os acontecimentos que a precederam tornam-se secundários. O centro da questão passará então para um outro plano: critérios de contratação, capacidade do FC Porto se movimentar no mercado de treinadores, perfiz, etc.

Para esclarecer uma situação, um acontecimento ou um acto de gestão é essencial fazer boas perguntas. Não acho que questões do tipo "o que teria acontecido se..." sejam adequadas.

Daniel Gonçalves disse...

Caro zzzzzz às 17:52,

o seu comentário tem sentido, eu só usei a análise contrafactual para rebater/refutar a sua afirmação de que o acaso e os factores aleatórios não desempenhavam um papel fundamental no desenrolar dos acontecimentos. Também considero que tal tipo de análise pode cair na especulação e levar a equívocos, não dou a uma análise contrafactual 100% de garantias de veracidade.

Cumprimentos.