sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Podia ter sido 10-0

Carlos Eduardo, FC Porto x Olhanense (fonte: Maisfutebol)

15 cantos;
33 remates;
4 golos;
3 situações de possível penalty a favor do FC Porto, que o arbitro de Lisboa, Hugo Miguel, não assinalou;
e contei, pelo menos, 12 boas oportunidades não concretizadas.

Tivesse o FC Porto marcado metade das oportunidades de golo não concretizadas (Belec, o guarda-redes do Olhanense, fez uma exibição notável e só não defendeu o que era impossível) e o resultado final teria sido 10-0!

Não foram 10, foram apenas 4-0, sem penalties, sem golos em fora-de-jogo (os calimeros marcaram uns 4 ou 5 no início do campeonato...) e com a equipa adversária a jogar os 90 minutos com 11 jogadores.

Herrera entrou bem (para o lugar de Lucho...) e, nos poucos minutos que esteve em campo, ainda foi a tempo de marcar o seu primeiro golo com a camisola do FC Porto. Conforme já disse, espero (em 2014) ver Paulo Fonseca a apostar mais vezes na dupla Herrera + Carlos Eduardo, a jogar à frente do médio mais defensivo (grande jogo do Fernando!).

De fora deste FC Porto x Olhanense (0 minutos de utilização) ficaram, entre outros, Alex Sandro, Defour, Josué e Quintero. E, mesmo assim, há portistas para quem o plantel à disposição de Paulo Fonseca é fraquinho...

E quanto ao "maestro", vou reproduzir, com a devida vénia, o que foi escrito no site Maisfutebol:

A FIGURA: Carlos Eduardo
Veio para ficar. Qualidade óbvia em tudo o que pensa e executa. Acelera o jogo como poucos, trata a bola com requinte, define linhas de passe de cabeça levantada e, não menos importante, preenche uma parcela de terreno impressionante. Cai na esquerda, sprinta para o meio, tabela e vai aparecer à direita. O seu aparecimento é a melhor notícia para o FC Porto nos últimos tempos. Mais duas assistências para golo e ficou a centímetros de fazer uma obra-prima, aos 74 metros. Para tudo acabar em beleza, um pontapé monumental a assinalar o seu primeiro golo de azul e branco. Tanto para só um jogador.

Ainda há quem tenha duvidas acerca da qualidade deste médio ofensivo brasileiro?
Digo apenas que, a mim, em alguns momentos dos jogos, faz-me lembrar o Deco!

35 comentários:

Bluesky disse...

Como uma simples peça podse alterar todo um esquema!!!!!
Não foi o melhor jogo do FC PORTO esta epoca, mas foi deveras, o mais alegre, o mais desprendido, o mais bem conseguido em linhas de passe... enfim foi um belissimo adeus ao Dragão em 2013...
Não vi nenhum penalti, apenas vi uma das melhores arbitragens... deixou jogar, não indo em quedas luso-brasileiras.

José Correia disse...

Atenção que eu não digo que ficaram 3 penalties por marcar.
O que eu digo é que foram 3 situações que não teria sido escandaloso, bem pelo contrário, o arbitro assinalar grande penalidade.
E, já agora, na 3ª situação pareceu-me mesmo penalty, porque o jogador do Olhanense movimenta o braço em direcção a bola.

Antonio Jesus disse...

Relativamente à comparação com o Deco, acredita que vendo o jogo hoje fiquei com a mesma sensação, a forma como tabela com os colegas, a forma raçuda como ultrapassa o adversário, impecável. De tirar o chapéu. Este jogador, sim senhor, de tirar o chapéu. Bom Natal.

José Correia disse...

Mas o que me irritou mais na actuação do arbitro Hugo Miguel, foi a facilidade com que marcou faltas, quando os jogadores do Olhanense se atiravam para o chão, não seguindo idêntico critério quando eram jogadores do FC Porto a cair no relvado.

rbn disse...

O guarda-redes do Olhanense é pra ficar debaixo do olho.

Carlos Eduardo está fazendo o que todos esperávamos que fosse Quintero a fazer.
Um camisa 10 habilidoso, com visão de jogo e bons pés para lançar, fintar, cruzar, jogar e fazer jogar.
O FCP andou a jogar durante muito tempo com o meio-campo recheado de formiguinhas-operárias, muita força, muita correria, muito pulmão e pouca técnica.

Sem criatividade, ousadia para tentar as fintas no um-contra-um, e principalmente, com meio campo musculado, fica difícil quebrar barreiras.

Pelo menos temos a sorte de ter 2 camisas 10 de raiz no plantel: o nº 20 já se mostra e encanta, o nº 10 ainda é novito, tem tempo pra aprender e se mostrar.
E encantar, pois todos já vimos que tem talento de sobra para vir a ser um Valderrama, um James, ou melhor...

Nem 8 nem 80, mas que a equipa já melhorou muito, está à vista de todos...

Ruca disse...

Antes de entrar o Ghilas, esteve o futuro 11 do FCP (com o alex em vez do Ota).

DJ Louro disse...

Finalmente, começamos a ver o Porto a jogar bom futebol. Tanta teimosia do treinador para encontrar a poção mágica no novo DECO. Quem via os jogos do Porto B ,não entendia porque razão não jogava na equipa principal.
É pena termos dado 7 pontos de mão beijada- havia necessidade?
Depois de tanta critica, deu a mão á palmatória, inverteu o triangulo do meio campo e colocou extremos a jogar nas posições naturais. Será para manter?
Nota: não vi nenhum penaltie a favor mas uma arbitragem habilidosa de mais um artista de Lisboa.
Bom natal para toda a nação portista!

João Pinto disse...

Por favor alguma prudência! Sobretudo quando se evoca um nome como Deco.

DC disse...

Grande exibição do meio-campo com Carlos, Lucho e Fernando. Muito mais próximos, muito mais apoios. A diferença que faz colocar os jogadores nas devidas posições.

Continuamos muito mal na transição defensiva (houve 3 ou 4 situações de igualdade numérica em contra-ataques do Olhanense que em pés de jogadores a sério podiam complicar), mas é bom ver melhorias.

Agora seguem-se 2 testes de fogo em Alvalade e na Luz. Vamos a ver se a equipa realmente está a melhorar ou se terá sido a valia dos adversários a disfarçar muita coisa.

O Carlos será provavelmente a melhor notícia da época. 3º golo: assistência de Kelvin para golaço de Carlos Eduardo. Ainda bem que temos um plantel tão forte que pudemos não inscrever estes dois na Champions e emprestá-los à equipa B até perdermos os 7 pontos de avanço que tínhamos. (e não, não acho que seja graças à equipa B que estão a jogar desta forma)

DC disse...

Eu acho que Carlos Eduardo e Quintero só têm que jogar juntos. A posição de Licá devia ser de Quintero na minha opinião.
Se anda o Varela a fazer constantemente de 4º médio, porque não joga o Quintero como falso extremo no lugar de Licá?

DC disse...

Deco aos 24 anos jogava o dobro no mínimo. E não estou a desvalorizar o Carlos.

rbn disse...

Também não vi penalty nenhum no dragão

No sado vi dois, mas apenas o 2º foi marcado, em lances exatamente iguais...as únicas diferenças é que o braço do 1º penalty, não marcado logo no início do jogo, estava rente ao chão e o braço do 2º penalty, que foi marcado aos 68 minutos, estava no ar...ambos nasceram de remate forte de pouquíssima distancia...

Entretanto quando se trata de colinhos e afins, já se sabe...

Luís Vieira disse...

Ora aí está: estabilidade no meio-campo, com os jogadores confortáveis nas suas posições; extremos de raiz e não adaptações forçadas; substituições acertadas; e, "last but not least", um grandíssimo Carlos Eduardo, cada vez mais a firmar-se como maestro da equipa. Resultado: excelente exibição, consubstanciada em goleada (a pecar por escassa). O caminho está encontrado, resta trilhá-lo com confiança, como hoje. Com a chegada do Quaresma e o crescimento do Kelvin, o problema das alas poderá igualmente ficar resolvido. Há luz ao fundo do túnel, enfim.

José Correia disse...

Atenção que eu não disse que o Carlos Eduardo é o novo Deco (não sou como os benfiquistas para quem cada novo ponta-de-lança é o novo Eusébio...), mas são dois jogadores que têm semelhanças na forma como jogam (e até no modo como falam e na simplicidade que evidenciam).

Para além do golo e das duas assistências, ficaram-me na retina o passe para a bicicleta do Jackson (teria dado o golo do ano), o passe de fora para dentro, para o espaço vazio, que Mangala não percebeu, e o remate de primeira, a entrada da área, que por pouco teria dado um outro golo de bandeira.

Este é dos que não engana.

Luís Vieira disse...

O Deco é uma lenda, um mito do FCP, como Madjer ou Cubillas, mas não é blasfémia encontrar algumas semelhanças no estilo de jogo, na maneira como se trata a bola. E o Carlos Eduardo apresenta, efectivamente, algumas parecenças.

José Correia disse...

«Paulo Fonseca mantém a aposta no "duplo pivô", mas a presença de Carlos Eduardo, acompanhado pela melhor forma de Danilo, Fernando, Jackson Martínez e até Silvestre Varela, deu finalmente cor ao futebol portista, algo ilustrado pelos números: 33 remates, 16 oportunidades de golo (recorde em 2013/14), 16 cantos e mais de 60 ataques. A goleada só não foi maior porque Belec, guardião do Olhanense, fez uma dúzia de excelentes defesas.»
in DN.pt

JOSE LIMA disse...

Caro José Correia
Pesadas as devidas distâncias, que pena não termos hoje apanhado o clube da treta e fazermos esta exibição. Afinal "eles" na semana passada viram-se aflitinhos para ganhar ao Olhanense por 3-2.
Abraço e Bom Natal

Unknown disse...

Estou muito satisfeito com o rendimento de carlos eduardo e com o rendimento e a alegria que a equipa tem em campo com ele. mas é fácil falar agora que a verdade nos é espetada na cara. lembro-me que quintero tinha de ser o titular na posição 10. isso era uma verdade indiscutivel na opinião dos portistas, eu inclusive. hoje ninguém diz isso.
Lembro-me que carlos eduardo e licá fizeram uma pré-época horrivel. horrivel mesmo. portanto a rotação na equipa b não é de desprezar. obviamente que a qualidade estava lá e o jogador soube aproveitar bem os jogos da b para evoluir e se sentir mais confiante. Concordo que é preciso ter cautela a apelidar este jogador de Deco. há génios que não têm comparação possivel e precisamos de ve-lo em jogos mais dificeis.
É pena esta pausa de natal nesta altura e logo pra abrir o ano aparecer logo benfica, que não anda a jogar nadinha.

Luís Vieira disse...

A equipa B tem sido importante na rotação dos jogadores menos utilizados do plantel principal. Penso, aliás, que este ano a relação entre a equipa A e a equipa B tem sido mais frutuosa. No ano passado, o caso mais evidente dos méritos da formação secundária foi o Kelvin. Este ano, o Carlos Eduardo, o Herrera e o Reyes têm sido os principais beneficiários. Até o Quintero quis agora jogar pela equipa B, porque viu o crescimento dos companheiros.

Anónimo disse...

Foram precisos tantos desaires, tantos pontos perdidos, tanta instabilidade causada para perceber o óbvio?? Sim, para perceber que aquele que, por exemplo, deu cabo do meio-campo do leixões, no leixões-fc porto b,tinha mais do que lugar no onze titular??

Contra o nacional foi gritante, o miúdo a pastar no banco, enquanto MM restaurava a sua equipa e PF batia palmas a um Fc Porto que se afundava em múltiplos erros e equívocos.

E depois a culpa foi do Ota por ter perdido uma bola no meio-campo.

Triste sina a nossa que há três anos não temos um treinador ao nível do clube que somos. E PF ainda é pior que o antecessor

Marco Morais disse...

Tenho exactamente a mesma opinião. Desde que o mágico foi para Barcelona, Carlos Eduardo é o mais parecido que encontrei. Pode confirmá-lo aqui, na crónica "No sapatinho do FC Porto estava uma bússola mágica": www.facebook.com/agambeta

Bluesky disse...

E os cantos?????
Carlos Eduardo bateu dois ou três cantos ao primeiro poste causando calafrios ao guarda-redes e defesas algarvios... no canto seguinte, decidiu-se por um cruzamento bem largo, ao 2º poste, que deu... golo do Jackson, pois todos contavam com um canto ao 1º poste!!!!!

José Correia disse...

Carlos Eduardo bateu dois ou três cantos ao primeiro poste causando calafrios ao guarda-redes e defesas algarvios...

Sim, num dos cantos, o Carlos Eduardo ia marcando um golo directo.

A equipa era praticamente inofensiva nas bolas paradas e, em dois jogos, o FC Porto marcou 3 golos na sequência de cantos.
Foi outro dos problemas que a titularidade de Carlos Eduardo ajudou a resolver.

José Correia disse...

Continuamos muito mal na transição defensiva (houve 3 ou 4 situações de igualdade numérica em contra-ataques do Olhanense que em pés de jogadores a sério podiam complicar)

Sim, há ainda bastante espaço para a equipa melhorar na transição defensiva e essa é outra das razões porque eu gostaria de ver um meio campo formado por Fernando, Herrera e Carlos Eduardo entrosado e bem trabalhado por Paulo Fonseca.

José Correia disse...

Esta semana toda a gente diz que o Olhanense é uma equipa muito fraquinha mas, cinco dias antes, fez a vida negra ao slb, a quem marcou 2 golos, esteve a ganhar por duas vezes e perdeu pela diferença mínima, com um dos golos do slb a ser obtido em posição de fora-de-jogo.

DC disse...

Eu, além da capacidade do Carlos, acho que também ajuda bastante ter um pé direito a marcá-los do lado esquerdo, ao contrário do que se vinha passando.

DC disse...

O Quintero veio hoje dizer que quer sair em Janeiro, portanto ele não quer a equipa B e é, claramente um caso que está a ser muito mal gerido.

Quanto aos restantes, Herrera evoluiu pouco ou nada na equipa B e Kelvin joga muito melhor na A do que na B (veja-se o nº de golos e assistências que fez em tantos jogos na B e compare-se com na A), Reyes enterra em quase todos os jogos na B, etc...
E não me parece que o façam por serem maus jogadores mas porque não têm o mínimo de motivação para jogar ali. Nem é sequer lógico que alguém ganhe rotinas a jogar com 10 jogadores diferentes dos que vai jogar na A.

Depois, custa também muito ver jogadores sem qualidade como Kléber, a tirar oportunidades a miúdos como o André ou o Caballero.
A equipa B do Porto tem melhorado muito, tem claramente jogadores que podiam estar na A (os 2 laterais e Tozé principalmente), mas ainda há muita aresta a limar.


José, Lucho tem muitos anos de Porto sempre a defender muito bem. Não percebo porque é que o jogador com menos qualidade de passe e menos ritmo europeu do Porto melhoraria a transição defensiva desta equipa no lugar do Lucho. Aliás, parece-me que Herrera é forte sim, na transição ofensiva (em condução principalmente).

Miguel Lourenço Pereira disse...

DC,

Já estás a pedir muito arrojo ao mister.
Parece-me claro que este sempre seria um ano de transição e que acabaremos o ano com um meio-campo Fernando-Herrera(Defour)-Carlos Eduardo e com Quintero-Jackson e alguém mais (Varela, provavelmente) como o onze nuclear. Com o Lucho, o Licá, o Josué a terem minutos.

Qualquer outro cenário foge completamente da lógica, do estado de forma e potencial presente e real dos jogadores disponíveis!

Miguel Lourenço Pereira disse...

O Deco é, provavelmente, o melhor jogador do FC Porto dos últimos 20 anos. O Carlos Eduardo jamais será um Deco, isso podem esquecer.

No entanto, o que pode e tem potencial para ser, é um jogador do seu perfil. Já tem uma idade onde a margem de crescimento é menor mas ganhando o seu espaço na equipa pode tornar-se cada vez mais influente - nas bolas paradas, nos remates de meia distância, nas transições com a bola - que foi onde o Deco começou a ganhar pulso à equipa, depois de dois anos em que andou meio perdido (e a aprender).

O Deco chegou ao FC Porto com 20 anos mas explodiu, verdadeiramente, três anos depois. O Carlos já está nessa franja etária mas tem muito mais para oferecer que qualquer outro jogador em Portugal do seu perfil. É um jogador para agarrar, trabalhar e fazer crescer. Pode não ser digno de um Ballon D´Or como o Deco foi nem valer um grande negócio (no caso do Deco até acho que ficamos a perder) mas será importante no futuro da equipa.

O problema é que eu, o Zé Correia, o DC e tantos outros que somos oficialmente amadores já o diziamos desde Agosto e o responsável pela equipa demorou quase cinco meses a ver o mesmo. São esse tipo de coisas que não se podem esquecer no futuro.

João Pinto disse...

Caro José Correia,

percebo o seu argumento. Há semelhanças no estilo de jogo (desde as bolas paradas à passada com bola passando pela capacidade superior em provocar mudanças de ritmos) e, oxalá, essas semelhanças também se possam traduzir num papel cada vez mais relevante na equipa do FC Porto. Até agora o saldo é francamente positivo a nível individual (3 assistências, 1 golo em 180 minutos) e a nível colectivo (é notório que o FC Porto joga de forma diferente para melhor com Carlos Eduardo)

Bardock99 disse...

PF demorou muito tempo a ver que Josue nao é jogador para jogar a titular (na minha opiniao, nem para compor o Planel serve), sendo que isso custou a elimninaçao da CL e mais alguns pontos perdidos no Campeonato.

O problema da equipa está/estava no meio campo e nas alas.

Neste momento o meio campo só precisa de mais um retoque que é a substituiçao do Lucho por um jogador com mais intensidade e verticalidade.

Nas alas o problema persiste : Licá nao é jogador para o Porto, nem a sua posiçao em campo é a extremo! Outra invençao que prejudica a EQUIPA! Quanto a Varela é um jogador mediano que no campeonato Portugues e a jogar no Campeao, faz de tempos a tempos um bom jogo. Se neste momento o Porto tinha um James+Hulk a jogar nas alas ....

Claramente que o jogo exibicional do Porto é melhor quando os jogadores jogam nos lugares a que estao habituados. As invençoes sempre deram mau resultado. Chega de inventar com o Lica a extremo! Chega de incompetencia na hora a contratar jogadores que nao fazem tanta falta!

Quanto ao jogo, boa exibiçao do DRAGAO contra um adversario fraco. O proximo teste contra os lampioes servira para demonstrar se esta consistencia (que ainda é ténue) adquirida com a entrada no onze de C.E é para manter ou se voltamos á estaca zero. Estou confiante e á espera de um grande exibiçao no salao de festas da mouraria.

José Correia disse...

custa também muito ver jogadores sem qualidade como Kléber, a tirar oportunidades a miúdos como o André ou o Caballero

Eu ainda não percebi a lógica da titularidade de Kleber na equipa B.

Ainda pensei que a ideia fosse tentar recupera-lo, para ser mais uma opção para a equipa principal, mas não parece ser o caso.

Mas isto é off-topic e talvez mereça um artigo.

José Correia disse...

José, Lucho tem muitos anos de Porto sempre a defender muito bem. Não percebo porque é que o jogador com menos qualidade de passe e menos ritmo europeu do Porto melhoraria a transição defensiva desta equipa no lugar do Lucho

DC, a classe e leitura de jogo do Lucho são características que o distinguem, mas o Lucho está a menos de um mês de completar 33 anos e, naturalmente, já não é o mesmo jogador que era em 2007, 2008 ou 2009.
Continua a ser um jogador de passada larga e a percorrer muitos quilómetros por jogo, mas fá-lo sempre a mesma velocidade e cada vez a um ritmo mais baixo.

Eu não sei se algum dia o Herrera irá ser um motorzinho no meio-campo portista, um médio box-to-box desempenhando um papel parecido com o do Maniche, nos dois anos em que jogou ao lado do Deco, mas vejo nele características para isso.

Herrera é um jogador mais vertical e mais agressivo do que o Lucho e consegue fazer as mudanças de velocidade que Lucho já não faz.

Evidentemente, ainda tem um longo caminho a percorrer na sua adaptação ao futebol europeu mas, mesmo do ponto de vista defensivo, tem mais intensidade que o Lucho para fazer as compensações defensivas.

Luís Vieira disse...

DC, passo a citar o Quintero: "É normal querer isso para adquirir ritmo competitivo, ainda para mais por não ter minutos na equipa principal. No meu caso, pedi para aproveitar o dia (contra o Atlético) e a oportunidade." Obviamente, que o objectivo de qualquer jogador da equipa A é ser aí titular e não na B, mas até os jogadores entendem a utilidade de jogar pela 2ª equipa, para ganharem rotação, tal como referi. É muito diferente treinar de fazer um jogo na 2ª liga. A insatisfação do Quintero é alheia a este episódio; ele ambicionava ser titular, as coisas não lhe estão a correr de feição e agora viu a aparição fulgurante do Carlos Eduardo na sua posição; em ano de Mundial, é natural que pense noutras hipóteses para a carreira no futuro imediato. Quanto aos restantes, excluindo o Reyes (porque ainda não lhe pudemos medir o pulso na equipa A), os factos desmentem essa tese peregrina: o Kelvin, o Carlos Eduardo e o Herrera mostraram mais predicados depois de passarem pela equipa B. Ninguém falou em rotinas de jogo, porque essas adquirem-se nos treinos e nos jogos da A, apenas em rotação, ritmo competitivo, bem entendido. Do ponto de vista físico, são inegáveis as vantagens. Do ponto de vista emocional, depende da abordagem dos jogadores: se encararem como um espaço de afirmação e transição para a equipa principal e como uma forma de se sentirem úteis nesse hiato de tempo, tudo muito bem (o que tem acontecido); se encararem como uma despromoção, está o caldo entornado. Exemplos práticos desta dupla-vertente: Kelvin (deu-nos um título) e Iturbe (não serviu de nada). Quanto à motivação casuística, jogo-a-jogo, acaba por ser quase irrelevante, desde que os objectivos sejam conseguidos (frescura física e anímica). Talvez o Kelvin não tivesse sido capaz dos brilharetes na época passada senão tivesse jogado na B, assim como o Carlos Eduardo este ano. Em relação ao Kléber, nada a apontar, concordo, embore aprecie o brio do jogador e a vontade em recuperar-se no FCP.

Alexandre Burmester disse...

Carlos Eduardo é grande jogador mas não o acho parecido com o Deco. É um jogador explosivo, enquanto que o Deco tinha um futebol mais compassado.