terça-feira, 23 de setembro de 2014

O Clube, a SAD e o Estádio (II)



«Considerando que:
(a) Se mostra oportuna a aquisição, pela Sociedade ao Futebol Clube do Porto, de acções representativas de até 50% do capital social da sociedade EuroAntas – Promoção e Gestão de Empreendimentos Imobiliários, S.A., sociedade cujo principal activo é o Estádio do Dragão
Fonte: Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, em “Propostas a apresentar em Assembleia Geral extraordinária [da SAD], a realizar em 2 de Outubro de 2014”


Numa altura em que a SAD considera oportuno que o Clube abdique (lhe venda) 50% do Estádio do Dragão (formalmente, irá vender 50% do capital social EuroAntas), vale a pena recordar o que foi o sonho, a dedicação e o esforço, de sucessivas gerações de portistas, para que o Futebol Clube do Porto tivesse um estádio seu.

Hoje em dia pode parecer estranho mas, durante quase meio século, desde a refundação em 1906, até à inauguração do Estádio das Antas em 1952, o Futebol Clube do Porto não teve um estádio próprio e teve de andar com a “casa às costas”.

O Campo da Rainha, situado na rua do mesmo nome, atual Rua de Antero de Quental, foi um dos primeiros locais utilizados pelo Futebol Clube do Porto para disputar os seus jogos Foi lá que, a 15 de Dezembro de 1908, se realizou o primeiro jogo internacional conhecido da história do Futebol Clube do Porto, contra o Fortuna Football Club de Vigo.

Campo da Rainha

A construção de uma fábrica nestes terrenos, que pertenciam à Companhia Hortícola Portuense, obrigou, em 1912, o clube a mudar os seus jogos para a Constituição.

O primeiro grande evento no Campo da Constituição foi um torneio internacional, disputado entre 26 de Janeiro e 2 de Fevereiro de 1913, tendo contado com a presença do FC Porto, SL Benfica, Oporto Cricket Club e Real de Vigo.

Pela utilização do Campo da Constituição, o Futebol Clube do Porto tinha de pagar um aluguer (350 escudos por ano).

À medida que o Futebol Clube do Porto ganhava títulos e se foi afirmando como o clube Nº1 da cidade e um dos principais clubes nacionais, o número de adeptos foi crescendo e o Campo da Constituição revelava-se insuficiente para as necessidades. Assim sendo, entre a família portista foi germinando o sonho de construir um estádio que fosse seu.

Campo da Constituição

Em 14 de Setembro de 1933, realizou-se uma Assembleia Geral histórica do Futebol Clube do Porto, da qual viria a emergir uma Comissão Pró-Campo, com o objetivo de escolher um terreno que tivesse “capacidade para nele ser construído um verdadeiro Estádio que comporte, no futuro, 50 mil pessoas” e que nele se pudessem “construir amplas bancadas, campo relvado, uma ampla pista para atletismo, piscina, ginásio, etc.”.

Mas os tempos não eram fáceis. Sem ter um estádio próprio, e perante a impossibilidade de ampliação ou de realizar obras significativas no Campo da Constituição, a Direcção do Futebol Clube do Porto optou, durante vários anos, pelo aluguer de espaços pertencentes a outros clubes da cidade.

Uma das “soluções” encontradas foi o Campo do Ameal, para cuja utilização o Futebol Clube do Porto estabeleceu um acordo com o Sport Progresso.

Contudo, após desinteligências com o Sport Progresso, os principais jogos do Futebol Clube do Porto passaram a ser realizados no Estádio do Lima (por exemplo, foi lá que, em 1948, se jogou o célebre FC Porto x Arsenal) mas, para além de uma verba significativa pelo aluguer, a utilização do Estádio do Lima implicava ainda o pagamento ao proprietário – o Académico FC – de parte das receitas obtidas.

Estádio do Lima

Por tudo isto, o desígnio para que o Futebol Clube do Porto tivesse um estádio seu nunca foi abandonado. Assim, na procura de meios para dar seguimento à Assembleia Geral de 1933, em 1937 foram emitidas 15 mil obrigações de 30 escudos cada, com um juro anual de 5%.

Em 1942, o Futebol Clube do Porto adquiriu, por 240 contos (1 conto = 1000 escudos = 5 euros), um terreno de 65000 m2 na zona da Vilarinha, perto do local onde se situa agora o Parque da Cidade, destinados à construção do tão sonhado estádio.

Planta dos terrenos da Vilarinha

Contudo, algumas figuras de peso dentro do clube não viam com bons olhos a opção de construir a futura casa do Futebol Clube do Porto num local muito desviado do centro da cidade e, perante a forte polémica que se instalou, em 1946 a Comissão Pró-Campo demitiu-se.

Entretanto, com o final da II Guerra Mundial, os terrenos da Vilarinha sofreram uma grande valorização e a sua venda permitiu à Direção do Futebol Clube do Porto, presidida por Cesário Bonito, a aquisição de um outro terreno, com 48000 m2, integrado na Quinta de Salgueiros (zona das Antas), por 1440 contos.

O projecto do novo estádio foi concebido durante o ano de 1949, da responsabilidade do arquitecto Oldemiro Carneiro, estando a obra a cargo do engenheiro Miguel Resende.

Estudos do Estádio das Antas

Foi já com Miguel Pereira à frente dos destinos do clube que, a 16 de Janeiro de 1950, o Futebol Clube do Porto deu início às obras de aterragem e terraplanagem do futuro Estádio das Antas (o sócio número um, José Bacelar, pagou do seu bolso o primeiro dia de obras, no valor de 675 escudos).

Apesar do apoio de figuras proeminentes, como Afonso Pinto de Magalhães, o facto é que o dinheiro não abundava. Por isso, foram organizados vários Cortejos dos Materiais, em que a população (particularmente os portistas) contribuía com ofertas, que iam desde cal, pedra, cimento, areia, madeira, saibro, tijolos e paralelepípedos, a bens alimentares, como carne, vinho e pão.

O custo do estádio rondou os 7500 contos, conseguidos, em boa parte, à custa desses cortejos e também de vários sorteios e outras iniciativas.

A 28 de Maio de 1952, na presidência de Urgel Horta, o sonho concretizou-se.
A nova casa dos portistas, o majestoso Estádio das Antas, foi finalmente inaugurado, na presença de 50 mil pessoas (e muitas mais ficaram da parte de fora), as quais pagaram um bilhete de 20 escudos para terem esse privilégio.

Estádio das Antas, inauguração, vista aérea

Estádio das Antas, inauguração, relvado

62 anos depois, é bom que os sócios do Futebol Clube do Porto se recordem destes tempos e, em consciência, decidam, numa próxima Assembleia Geral (que, suponho, o Clube irá convocar), se concordam que o Futebol Clube do Porto aliene 50% do Estádio do Dragão a uma empresa (a FC Porto SAD) na qual o Clube é minoritário.


Fotos deste artigo: ‘Os Filhos do Dragão’

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(continua)

20 comentários:

meirelesportuense disse...

Sinceramente, não sei o que move a SAD em solicitar essa transferência de responsabilidades.Se é para garantir empréstimos já efectuados ou a contrair, claro que é uma coisa sensível para qualquer adepto Portista, porque o Estádio é equivalente em termos clubísticos ao da nossa própria habitação, e convém para que se possa decidir em consciência, que tudo o que possa estar em causa, seja bem esclarecido e esmiuçado até à data da deliberação.

Unknown disse...

Boa Noite Sr. José Correia.
Desde já os parabéns por este bocado de história que partilhou.
De facto este assunto tem me feito pensar mais do que nunca no futuro do nosso clube. Tenho 31 anos de idade e 19 de sócio, não vou ser hipócrita e dizer que já estive em AG, de facto nunca estive, mas a esta meus amigos, nem que caía um dilúvio nem que tenha 40 de febre vou estar lá.
Não sejamos cegos, o clube está num estado, eu não digo igual ao que JNPC encontrou em 82, mas penso que não faltará muito. Ganhamos muito quer interno quer externo mas cometemos demasiados erros administrativos. Não vou bater na mesma tecla, mas já o digo a cerca de 4/5 anos que não temos um Presidente como outrora, nem tão pouco estrutura, aliás estes últimos dias foram elucidativos disso. Já sei, muitos estarão a pensar que com 2 empates já estamos a dizer mal. Nada disso, acredito e estou convencido que este anos e nos próximos nem com os onze melhores jogadores do mundo vamos ganhar algo internamente. O sistema antes de 25 de Abril voltou em força, as celebre frase do Mestre acenta que nem uma luva atualmente " Roubo de Igreja" e " Quando passamos a ponte já estamos a perder 2-0" para além disso tem agora um poder enorme: a comunicação social e neste caso toda ela. São uns prostitutos,uns vendidos e nós nem sequer temos quem nos defenda. Dessa forma os anos que aí se aproximam vão ser penosos, vão ser complicados, onde bater no peito e gritar bem alto EU SOU PORTO será para muitos complicado. Os nossos pais viveram a atravessaram o deserto com o FCPORTO no coração. Lembro uma transcrição do livro de JNPC onde" ele dizia aos jogadores quando entravam dentro de campo que o verdadeiro FCPORTO eram os adeptos que estavam na bancada ", tenho saudades desse presidente. A minha geração só viu ganhar, será que os tempos magros vão fazer muitos adeptos desacreditarem? Não sei, eu vou lutar ainda mais, vou sempre que puder no Ginásio (nasci em Gaia, formei-me no Porto mas a minha vida pessoal e profissional levou-me a actualmente morar em Braga ) levar sempre as minhas camisolas do FCPORTO e andar sempre de cabeça erguida batendo no peito EU JÁ VI O MEU CLUBE GANHAR TUDO EU SOU BI CAMPEÃO DO MUNDO. Mas isso sou eu.
Depois destas palavras sentidas, voltemos a este assunto, importante e decisivo para o clube. Quer eu quer você quer julgo eu todos que formos a AG sabemos o desfecho, esta proposta vai passar sem espinhas. Se reprovar na votação, alguém da direcção irá ameaçar dizendo que se esta proposta não for aprovada o futuro do clube estará em perigo e isto vai passar. Não sei como funciona, mas penso que se fosse por votação, na1ª o NÃO ganhava com 95% mas após a ameaça teria na 2ª 5%.
Apesar disso estarei lá, mas deixo uma pergunta que foi deixada num encontro,
Como responderão os adeptos do FCPORTO daqui a 10 anos numa AG onde o clube será obrigado a ser vendido a alguém? Como tem acontecido a alguns clubes que não souberam ter uma gestão cuidada e onde os desvios foram poucos. Aí eu quero saber como os sócios vão reagir.
Bruno Miguel Guedes -28061.
Pedia o favor era de quando souberem da AG do clube que informassem.

Unknown disse...

Boa Noite Bruno Guedes.
Para já muito bem na sua visão para o futuro do FCP.
Acho que a partir de 2015 o FC Porto precisa de renovar na sua estrutura, precisamos de uma nova era de presidência (com energia paixão e dedicação como Pinto da Costa deixou nestes 32 anos) para que haja uma nova face do FC Porto mas com os velhos hábitos.
Cumps.

meirelesportuense disse...

É possivel que perante uma Assembleia -seja muito numerosa ou não- muitos dos que pensam de um determinado modo, mudem a sua orientação em função do "peso" e da "força" da própria Assembleia.
Essas coisas sentem-se. Falar em público nunca é fácil, muitos tremem só de pensar fazê-lo, muito mais quando "o peso" de uma Assembleia é notóriamente forte, tendencioso e aparentemente contrário a quem nela pretende intervir.
Mas quem ama a verdade deve tentar tudo o que for possível -dentro da legalidade claro, a maior força é a força da Lei Justa-, para que as coisas sejam discutidas até ficarem perfeitamente claras e assim permitirem que se possa decidir com plena consciência e conhecimento, daquilo que verdadeiramente está em causa.

Miguel Magalhães disse...

A questao é simples.
A SAD está em falencia técnica (capitais próprios negativos à alguns exercícios) decorrente dos prejuizos acumulados ao longo dos anos.
Esta situaçao obriga os accionistas a reforçarem os capitais. Decorre da lei e, segundo julgo saber, será um requisito para, no futuro, poder participar nas competicoes da UEFA.
Ora, para o FCPorto aumentar o capital da SAD precisa de dinheiro, que julgo que nao tenha.
Assim, a SAD compra metade da Euroantas ao Clube (com emprestimos pois dinheiro é coisa que nao ha muito por lá) e com o produto da venda, o Clube volta a meter o dinheiro na SAD via aumento de capital.
Estando este aumento vedado aos outros accionistas, o Clube aumentará a sua participaçao na SAD.
Tenho sido um critico da gestao financeira da SAD ha alguns anos e nao me agrada absolutamente nada esta engenharia financeira que envolvera a transferencia de metade do estádio para a SAD. Mas a questão neste momento será mais: chegados a esta inevitabilidade de ter que aumentar o capital da SAD, qual é a alternativa?

José Correia disse...

"Esta situaçao [falência técnica da FC Porto SAD] obriga os accionistas a reforçarem os capitais. Decorre da lei e, segundo julgo saber, será um requisito para, no futuro, poder participar nas competicoes da UEFA."

Obriga?
Tem a certeza que não existiriam outras alternativas?

Nuno Nunes disse...

Afinal parece que não é assim tão simples... De facto, o Clube não aumentará a sua participação na SAD. As acções a serem emitidas serão "acções preferênciais sem direito de voto" para, entre outros motivos, "não alterarem a estrutura de capital".

Uma alternativa seria, por exemplo, um esquema semelhante mas com um aumento de capital via emissão de acções ordinárias, o que proporcionaria ao Clube o controlo quase total da SAD.

José Correia disse...

"...para o FCPorto aumentar o capital da SAD precisa de dinheiro, que julgo que nao tenha"

Analisarei este aspecto num dos próximos artigos desta série que irei publicar.

Mas deixo-lhe, desde já, uma pergunta:
Por que razão este "inevitável" aumento de capital da SAD é "especial" e dirigido apenas a um dos accionistas - o Clube - que, por sinal, é minoritário na SAD?

Se, na sua opinião, os accionistas da SAD têm de acorrer a um "inevitável" aumento de capital, por que razão essa "obrigação" é apenas do accionista que detém 40% (o Clube)?

Até parece que a Administração da SAD está mais preocupada em salvaguardar os interesses dos restantes accionistas, como a Imobiliária espanhola ou os irmãos Oliveira.

José Correia disse...

"...nao me agrada absolutamente nada esta engenharia financeira que envolvera a transferencia de metade do estádio para a SAD. Mas a questão neste momento será mais: chegados a esta inevitabilidade..."

Caro Miguel Magalhães, inevitável é a morte.

Mas, infelizmente, suspeito (tenho a certeza) que na AG extraordinária que o Clube irá convocar, muitos sócios do Futebol Clube do Porto irão trair as suas convicções.

José Rodrigues disse...

Atencao que nao e' liquido q o clube vai convocar uma AG extraordinaria para discutir isto...

José Rodrigues disse...

Nao e' transferencia de "responsabilidades", e' mesmo de "propriedade".

E o impacto vai muito para alem da questao algo esoterica de ser "a nossa casa". O estadio (com tudo o q dai vem, dos escritorios 'as lojas ao campo aos camarotes aos concertos) e' de longe a maior fonte potencial de receitas, quando o emprestimo para a sua construcao estiver liquidado (em 2018).

Repare-se ja' agora q ate' hoje o clube nao viu um tostao de receitas do estadio, ao contrario da SAD (q fica com o excedente da sua exploracao apos o servico da divida). A partir do momento q a SAD tiver 50% do estadio, o clube deixa de ficar com a faca e o queijo na mao para poder impor rendas 'a SAD ou outras formulas de partilha de receitas.

E repare-se ja' agora q o clube nao vai vender 49% do estadio, mas 50%. O q pode fazer uma grande diferenca.

Enfim, isto e' uma autentica GOLPADA, principalmente tendo em conta os valores irrisorios q o clube vai ver desta venda de 50% do estadio. Nao ha' q ter paninhos quentes para chamar os bois pelos nomes.

Unknown disse...

Bom dia.
A AG está marcada para as 20h30 no dia 2 de Outubro ( mesmo dia da AG da SAD).
Bruno Miguel Guedes- 28061.
Se em 82 nem a farmácia fiava ( pegando nas palavras séria de JNPC) e foi a partir daí que começamos a juntar belas páginas a nossa história, não me digam que só existe um caminho. Não me digam que para além de vendermos os anéis também vamos ficar sem dedos. Não há solução para a morte para o resto há.
Fomos um clube que com tostões fizemos milhões o problema foi não ter sabido gerir isso da melhor maneira. Existiram milhões de desvios, existiram milhões de comissões e dessa forma estamos assim. A propaganda feita pelo JNPC que dava aplausos sobre em vez de enaltecer as nossas vitórias só denegriamos um adversário, está a terminar.
Penso que a maioria dos sócios que realmente gostam e acompanham o clube sabe que o futuro do clube não pode ser este.

HULK ONZE MILHAS disse...

"Mas, infelizmente, suspeito (tenho a certeza) que na AG extraordinária que o Clube irá convocar, muitos sócios do Futebol Clube do Porto irão trair as suas convicções"

É complicado. E então se as claques organizadas comparecerem com a "missão" de aprovar a proposta da Direcção...
Mas existe uma forma de ganhar força: organizar-mo-nos e ficarmos juntos, tal como farão as claques.
Contém comigo

HULK ONZE MILHAS disse...

"Falar em público nunca é fácil, muitos tremem só de pensar fazê-lo, muito mais quando "o peso" de uma Assembleia é notóriamente forte, tendencioso e aparentemente contrário a quem nela pretende intervir."
Existe uma forma de ultrapassar esta situação: os sócios contrários à passagem do Estádio para a SAD devem ficar todos juntos na AG e designar 2 ou 3 "consócios-voluntantários" que ficarão com a responsabilidade de usar a palavra.

José Correia disse...

"É complicado. E então se as claques organizadas comparecerem com a "missão" de aprovar a proposta da Direcção..."

Não aceito que haja sócios do Futebol Clube do Porto, que decidam não ir a uma AG do Clube, por terem receio de se manifestar de forma contrária a uma qualquer proposta da Direção (desta Direção ou de outra qualquer).

Eu, como adepto e sócio do Futebol Clube do Porto, quero o melhor para o presente e futuro do meu Clube e, ao manifestar a minha opinião, num blogue ou numa AG, faço-o sempre na defesa daquilo que considero ser os superiores interesses do Futebol Clube do Porto.

Era só o que faltava, que sócios que pretendem manifestar-se, naquilo que consideram ser o interesse do Futebol Clube do Porto, fossem impedidos ou sequer condicionados por outros sócios.

José Correia disse...

Caro Bruno Miguel Guedes (e restantes portistas interessados nesta discussão),
Este assunto, apesar de polémico, por haver opiniões diferentes, não deve servir para colocar portistas contra portistas.
Nesse sentido, se pretendem que os comentários sejam publicados, agradecia que se abstivessem de utilizar expressões insultuosas.
Obrigado.

Unknown disse...

Sr. José Correia.
Eu posso ter exagerado mas existem coisas que eu não admito. Respeito todo o sócio/ adepto do FCPORTO, mas tenho nojo de sócios/adeptos que sejam parasitas do FCPORTO. Pessoas que vão ao futebol a custa dos outros, que não sabem o que é ser sócio do FCPORTO.
Sabe Sr. José Correia, aquilo que mais me enoja no meu clube é ir a bilheteira e ter lá sempre pessoas a vender bilhetes inclusive com a complacencia do FCPORTO pois eles vendem descaradamente com os seguranças a ver. Isso deixa me doente. São uma corja sem escrupulos. Gabam-se de ir atodo o lado, mas sabe Deus como arranjam o dinheiro. Se o dinheiro não me custa-se a ganhar também eu acompanhava o meu clube para todo o lado.
Peço desculpa pelo comentário.
Bruno Miguel Guedes- 28061.
Não tenha a mínima dúvida que no dia 2 essa corja estará lá em peso para meter medo. A chamada guarda pessoal do JNPC.
Eu respeito toda a opinião mas respeito se ela o merecer.

meirelesportuense disse...

Sim, é um caminho possível, embora prenunciador de uma atitude receosa, que não é nada saudável e desejável, mas que admito.

meirelesportuense disse...

Não tenho nesta matéria elementos que me elucidem de forma indubitável, por isso não vou tecer considerações desagradáveis seja para quem fôr e muito menos para com os elementos que compõem esta Administração. Dúvidas tenho. Mas faltam-me dados concretos.

José Correia disse...

"... em grande parte graças ao ministro das Obras Públicas, o sr. Engenheiro Frederico Ulrich que deu 3000 contos para que a obra se tornasse realidade..."

Se os terrenos custaram cerca de 1500 contos (não foram dados!) e o estádio 7500 contos, isso perfaz um total de 9000 contos.

Se é verdade que o Governo da altura deu um subsidio de 3000 contos, então isso não é mais do que 33% do custo total da obra.

Mais. Parece-me absolutamente normal que o Estado apoie clubes desportivos, que são instituições de utilidade pública (como é o caso do Futebol Clube do Porto), quando estas se dispõem a investir na construção ou melhoramento de infraestruturas desportivas.

O que eu lamento é que o Norte e mais especificamente a área metropolitana do Porto, nunca tenham beneficiado de vultuosos investimentos do Estado Central em instalações e equipamentos desportivos, como foi e é o caso do dito "Estádio Nacional".