segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Goleada de talento


Coletivamente, não foi das melhores exibições deste FC Porto de Lopetegui, longe disso.
Ainda assim, os primeiros 20-25 minutos da 1ª parte foram os melhores (do ponto de vista coletivo), mas sem que tal se traduzisse em golos.

Individualmente, com a excepção de Danilo (os 17 milhões de euros que a FC Porto SAD gastou na sua contratação já parecem menos exagerados), não houve grandes destaques.
O “extraterrestre” Brahimi fez o seu pior jogo com a camisola do FC Porto (devia estar a pensar nas declarações de Laurent Blanc) e Jackson, sempre muito lutador, esteve desastrado, mas marcou um golo de belo efeito (provavelmente haverá quem diga que deveria ter passado a bola a Tello…), que aniquilou o ânimo dos jogadores vilacondenses.

Seja como for, esta equipa tem carradas de talento - Jackson, Brahimi, Tello, Óliver, Quintero, Herrera, Danilo… - e, consequentemente, o(s) golo(s) na baliza adversária acabam por surgir com naturalidade.
O segredo está em não oferecer golos aos adversários e conseguir manter a baliza de Fabiano inviolada.

Em resumo, penso que estaremos todos de acordo que o resultado (5-0) é exagerado e bem melhor que o computo global da exibição, mas é de enaltecer a atitude e ambição goleadora que os jogadores revelaram até ao apito final (detesto quando, por vezes, a equipa desliga os motores após marcar o 2º golo). Neste aspecto, fez lembrar os tempos de Bobby Robson.

52 comentários:

Luís Vieira disse...

É verdade: o resultado foi melhor do que a exibição. Na primeira parte podíamos ter construído um resultado confortável, se tivéssemos concretizado as oportunidades de que dispusemos. Muito boa exibição do Danilo nesta fase, está no seu melhor momento de sempre. O Jackson, pelo contrário, esteve perdulário e pouco esclarecido com a bola nos pés, mas um jogador da sua qualidade pode sempre aparecer em grande nível e foi o que se viu no segundo golo. O Tello está mais consistente - muito bom golo - e foi o agitador de serviço (perante o apagamento do Brahimi - a propósito, caro José, a bicada parece-me desnecessária, acho que tal se deve mais a desgaste físico do que a deslumbramentos com transferências). O meio-campo continua sem explorar devidamente o espaço interior, o que não deixa de ser preocupante. Tudo bem que se procure desequilíbrios pelas alas, com jogadores de tamanha qualidade nesses sectores, mas jogar apenas por aí torna-se previsível e limitador. Neste jogo ainda dou uma abébia, por ser pós-Champions, mas a partir daqui espera-se evolução. Por isso, a entrada do Quintero foi uma lufada de ar fresco: é notável como um só jogador pode transfigurar dinâmicas - veja-se a assistência sublime para o Óliver, entre outros pormenores de grande qualidade. Anseio pelo dia em que o Juanfer dê o clique como o James (momento defensivo) e se estabeleça no 11 titular. Na defesa, o Marcano parece ter roubado o lugar ao Maicon (terá a ver com a saída de bola?) e o registo permanece muito positivo, embora tenhamos sofrido alguns calafrios até ao golo da tranquilidade. E assim prossegue a perseguição ao beneficiado crónico. Temos de lhes mostrar como se joga no nível Champions, dentro em breve.

miguel.ca disse...

Caro José Correia, o fabulástico Herrera voltou à normalidade com uma exibição a roçar o zero e a provocar um penalty vergonhoso que só o Olegário é que não viu.
Ser o maior contra o Bate Borisov nunca me conveceu assim muito.

miguel.ca disse...

De restore, foi um jogo (mais um)relativamente fraco em termos colectivos em que me parece que o Porto foi francamente beneficiado pela arbitragem. Não é que fique bem mas às vezes também merecemos.

Pedro ramos disse...

Tenho de começar por disser, que infelizmente nao pude ver o jogo todo, só a partir dos 30 min, por isso nao posso comentar o que aconteceu nesse periodo.

Pelo que vi, fiquei envergonhado por esta vitória e por esta arbitragem. O resultado é mentiroso construido quando o Rio Ave baixou os braços.
O talento individual está lá mas a falta organizaçao é por vezes assustadora. Foi impressionante ver tantas vezes a má qualidade na saida de bola nesta altura do campeonato.

José Correia disse...

Alguns comentadores habituais do ‘Reflexão Portista’, que eu não conheço mas presumo sejam portistas, só falam de arbitragens nas poucas vezes em que há decisões erradas que beneficiam o FC Porto.

Quando o FC Porto é prejudicado, algo que tem sido frequente esta época – Guimarães, Alvalade, Arouca, Estoril, Boavista – esse mesmos comentadores preferem falar do treinador, de tácticas, de modelos de jogo, do Quaresma, do Herrera, etc.

Eu imagino o que esses comentadores diriam se, por esta altura, o FC Porto já tivesse beneficiado de TRÊS GOLOS LIMPOS anulados a equipas adversárias.

DC disse...

Vi o jogo sem grande atenção e pareceu-me mais do mesmo. Qualidade individual que farta e qualidade colectiva pobre. Não vou entrar em individualidades desta vez para não acharem que ando a perseguir ninguém, vou apenas dizer que, ao contrário do que o José Correia disse num post recente, o tempo continua sem provar absolutamente nada sobre alguns jogadores.

Tenho é que sublinhar um jogador, o Oliver, que fora um disparate na Ucrânia tem sido praticamente perfeito em todos os jogos. Se o passe do Quintero é fantástico, vejam aquela recepção com o pior pé a deixar a bola perfeita para a finalização. É essa qualidade técnica que quero ver no Porto. Oliver vai ser estrela mundial sem a menor dúvida, tem tudo, tudo mesmo!

Agora sem ligação com este jogo, viram o golo e têm visto as exibições do Kelvin pelos B? É preciso o quê para chegar aos A? Bater no peito e dizer que ama o Porto?

José Correia disse...

Já agora, recordo que aquando do Vitória Setúbal x SL Benfica, em que o clube de Lisboa foi a Setúbal ganhar por 0-5, foi anulado um golo limpo aos sadinos (na altura daria o empate 1-1) e, além disso, ficou por assinalar um penalty claro contra os encarnados.

O que disseram os comentadores na altura?

pancas disse...

Para nao ser hipocrita, nao vou comentar a arbitragem. Nao falo dela quando somos claramente prejudicados e nao falo quando somos claramente beneficiados. Claro que nem todos agem da mesma maneira.

Continuo a achar que ha muito a melhorar no verdadeiro futebol que vai muito para alem das arbitragens. Se as arbitragens fossem tao importantes como se le em alguma Bluegosfera, nao tinhamos ganho um unico campeonato nos ultimos dez anos porque por regra o SLB e sempre beneficiado e nos somos sempre prejudicados!

Quanto ao futebol...
Realmente, vamos criticar o Brahimi por uma exibicao abaixo do normal... valha-me deus... Mas nao se critica um treinador e um modelo de jogo que forca o mesmo Brahimi a estar esgotado porque jogo sim, jogo nao ele tem que resolver sozinho o que o treinador nao tem capacidade para criar em jogo colectivo.
Marcamos 5 golos e o unico que tem sequer um semblante de jogo colectivo e o de Oliver, porque Quintero (um suplente) estava envolvido e porque ao contrario das tipicas ordens do treinador ele decidiu fazer jogo pela faixa central em vez de passar para alguem encostado a faixa lateral e esperar que esse alguem faca uma jogada individual e resolva (tipo brahimi/tello) ou cruze para o Jackson fazer o trabalho todo...

Eu pergunto-me o que fazem os jogadores durante a semana com este treinador? treinam o fisico? fintam pinos? continua a nao haver zonas de pressao sobre a saida de bola do adversario, so se ganham bolas quando eles cometem erros. Os medios pegam na bola a meio do nosso meio campo, em vez dos centrais a trazerem ate ao circulo central... Jogadores constantemente a recorrer a falta porque nao ha colegas por tras deles em suporte.

Resolvam-se estes problemas e a arbitragem deixa de importar. Por cada penalti que nao seja marcado a nosso favor (e eu ate me rio quando muitos se queixam disso dado o nosso magnifico historial a marcar penalties!!!) nos marcavamos 3 golos so por jogar bom futebol com o melhor plantel da liga.

José Correia disse...

Para quem diz que não fala de arbitragens, o pancas “apenas” dedicou três parágrafos do seu comentário a falar de arbitragens.

Nada que me tenha surpreendido, bem pelo contrário (se fosse tão fácil acertar no Euromilhões como é facílimo adivinhar o que certos comentadores do RP vão escrever…).

Sim, porque pode-se falar (e muito!) de arbitragens, dizendo que não se está a falar.
Por exemplo, nos três parágrafos referidos (os dois primeiros e o último do seu comentário), o pancas, dizendo que não estava a falar de arbitragens, repetiu a palavra “arbitragem” 4 vezes, a palavra “beneficiados” 2 vezes, a palavra “prejudicados” 2 vezes e a palavra “penalti” 2 vezes.

Mas, claro, o pancas é um daqueles comentadores que nunca fala de arbitragens…

Anónimo disse...

Acho cómico que continue a insistência no "ordens do treinador". E que depois se questione sobre os treinos. É que você, não estando nos treinos, consegue adivinhar as ordens do treinador.

Mas o melhor, é que você quer que os centrais tragam a bola até ao círculo central, e depois fala dos jogadores que não tem suporte atrás. Ou seja, deduzo que queira que o Indi conduza até ao círculo central, e que o Marcano ocupe o corredor central... E depois que o Ukra em transição vá que nem louco pelo corredor lateral, porque, imagine-se, nem o Marcano é o Bolt, nem o Indi é o Messi ou o Otamendi. Mas pronto, isso não interessa claro. O que interessa é continuar na meia dúzia de banalidades e frases feitas:

1 - Ordens do treinador.
2 - Jogo interior.
3 - Zonas de pressão.
4 - Qualidade individual.

Aposto que quando o Vítor Pereira começar a falar em marcação mista, overlaps, etc., que o Pancas vai começar a queixar-se que também não existem no Porto do Lopetegui...

E depois vem com a do jogo colectivo, a mais brilhante de todas. Quer dizer que a recuperação do Jackson (ainda que em falta), no primeiro golo, é jogo individual? Foi uma ação individual? Foi ação colectiva?

O Jackson faz o trabalho todo, claro. Porque uma das funções de um ponta de lança (ou aliás de qualquer jogador, mas especificamente deste), não será finalizar.. Ou faz o trabalho todo no sentido de estar em 1x2, por exemplo? Mas então a função do ponta de lança nesse caso é só finalizar? Explique-se homem.

A das zonas de pressão também é gira. É obrigatório defender pressing zone na primeira fase do adversário. Quem não o fizer, não tem modelo de jogo, não tem jogo colectivo, não tem nada lol.

A arbitragem nunca importa claro... Para além do seu non sequitur no segundo parágrafo. Mas isso também não importa.

DC disse...

Acho que é evidente que quando o pancas diz que não vai falar de arbitragens de refere a lances específicos.
Ainda é daquelas coisas que me faz confusão, todo este problema que o José tem com quem prefere não andar a falar do árbitro e falar antes dos jogadores e treinadores.

Mas nada que seja novo em Portugal, onde 90% das conversas são sobre árbitros e só nos outros 10% se discute um bocadinho de futebol. É cultural mesmo, infelizmente.

pancas disse...

LOL
So o Jose para conseguir achar que no meu comentario eu estou a falar de arbitragens... Deixe-me experimentar essa visao:

Nao sabia que este era um espaco de poesia e literatura - o Jose utilisou as palavras "paragrafo", "palavra" e "escrever" por isso deve ser do que esta a falar.

Que eu saiba, "falar de arbitragens" quer dizer enumerar lances e dizer "aqui era falta" ou "aqui o arbitro errou", etc. O que eu nunca fiz e nao faco, pelas razoes que declarei.
Pelo contrario, eu falei sim sobre os comentarios, comentadores e blogueiros de meia tigela que, a falta de conhecimentos de futebol, se refugiam na facilidade de criticar os arbitros por tudo e por nada. Fazem lembrar certos treinadores...

E que facil se torna adivinhar o que o Jose vai responder a certos comentarios, ja que tem sempre a tendencia de pegar na coisa mais superflua e inocua para tentar ganhar razao, mas esquiva-se sempre a responder as questoes mais dificeis especialmente se se falar em tacticas por falta de capacidade para ter uma discussao nessa area.

José Lopes disse...

Desculpem a intromissao e fazer de Diacono Remedios, mas a vossa (Jose Correira/DC/pancas) pega ate era divertida no inicio, mas rapidamente tornou-se simplesmente macadora (nao tenho cedilhas). Andam ha nao sei quantos posts a tentar mostrar que tem razao uns aos outros e francamente nao percebo a acidez na escrita dos proprios posts, com citacoes para tentar rebaixar quem as produziu ou bocas foleiras que nada acrescentam. Tambem discordo completamente de quem desvaloriza sistematicamente o peso que a arbitragem tem numa competicao equilibrada e so comenta quando somos beneficiados, mas pronto, sao diferentes maneiras de ver a coisa...

José Correia disse...

DC disse:
“Acho que é evidente que quando o pancas diz que não vai falar de arbitragens de refere a lances específicos”

O DC até já sabe o que o pancas quer dizer, quando diz que não vai falar de arbitragens. Fantástico!

Num comentário noutro artigo, o DC ou pancas (não me lembro quem foi) já disseram que não são heterónimos da mesma pessoa, mas como é que o DC tem “acesso” ao que está dentro da cabeça do pancas?

Já agora, quando se escreve, a propósito e no contexto do jogo de ontem, “não falo quando somos claramente beneficiados”, isso é o quê?
Falar de arbitragens em abstracto?

DC disse...

José, essa conversa de novo? Não tem mais argumentos?
Eu e o pancas partilhamos muitas opiniões, discordamos noutras. Tem algum problema com isso?

E o que o pancas escreveu foi isto:
"Nao falo dela quando somos claramente prejudicados e nao falo quando somos claramente beneficiados."

Mas o José já adulterou o que ele escreveu, com alguma intenção subjacente. Eu não tiro nada além de que não fala nem numa situação nem noutra, o José provavelmente já terá mais alguma crítica a fazer a quem gosta de se centrar no jogo.

José Correia disse...

Eu não adulterei rigorosamente nada.

O que o pancas disse foi:
“nao vou comentar a arbitragem” [do jogo de ontem]

“Nao falo dela…” [da arbitragem]

“… quando somos claramente prejudicados…” [o que, subentende-se, é a opinião do pancas em relação ao que aconteceu noutros jogos]

“… e nao falo quando somos claramente beneficiados” [o que, subentende-se, é a opinião do pancas em relação ao que aconteceu no jogo de ontem]

DC disse...

"Tambem discordo completamente de quem desvaloriza sistematicamente o peso que a arbitragem tem numa competicao equilibrada"

Eu desvalorizo e digo que só está equilibrada porque temos dado vários tiros nos pés. Porque sem esses tiros, podíamos estar bem tranquilos na frente.

Mas até lhe digo que já falei de arbitragem duas vezes aqui esta época, salvo erro. E das duas foi para concordar com o árbitro e desvalorizar a sua influência.
Uma foi para concordar com a expulsão do Maicon (e tal como disse na altura, quem já partiu um tornozelo a jogar futebol entende bem porque é que eu acho que é vermelho) e outra foi para dizer que o Indi não faz penalty contra o Braga e aquilo foi um mergulho.
Ou seja, até já falei duas vezes, mas das duas vezes foi simplesmente para dizer que o árbitro esteve bem.

Quanto ás questões com o José, tenho que referir duas coisas:
- Se discuto com ele é porque entendo que vale a pena, porque há comentadores neste blog com quem evito discutir;
- Normalmente se discordo da opinião dele falo, como ele fala quando discorda da minha. Não havendo faltas de respeito não entendo o problema.

João Machado disse...

Realmente isto já cansa...

Noutro ponto, o Ruben Neves tem potencial para ser um jogador muito superior ao que o Casemiro alguma vez será. Ontem, impôs-se de forma incrível e matou o jogo quase mais do que o golo do Jackson.

Não valeria a pena dar-lhe mais minutos no lugar do Casemiro, que nem é nosso jogador? Gostava de ver...

Por outro lado, Ruben e Quintero parece-me que jogam pouco porque priveligiem apoios frontais, ao contrário do Herrera e do Oliver que lateralizam 90% das vezes, mesmo quando têm espaço para progredir pelo centro, ou têm um apoio frontal.
O nosso jogo com bola melhora imenso com Ruben e Quintero, embora um perca para Casemiro a nível físico (choque) e o outro perca em termos de posicionamento sem bola.

José Correia disse...

José Lopes disse:
“Tambem discordo completamente de quem desvaloriza sistematicamente o peso que a arbitragem tem numa competicao equilibrada e so comenta quando somos beneficiados…”

Caro José Lopes, este é o meu ponto.

O resto são fait-divers, de discussões que, por vezes, se tornam um pouco mais acaloradas.

Espero, um dia destes, ter oportunidade de conhecer pessoalmente o DC e o pancas e, se tudo correr muito bem, ainda vamos assistir juntos aos quartos ou meias-finais da Liga dos Campeões desta época (com o Herrera a marcar o golo inaugural e o Quaresma a entrar a 15 minutos do fim e a ser decisivo no golo da vitória… ;-) )

José Correia disse...

DC disse:
“Tenho é que sublinhar um jogador, o Oliver, que fora um disparate na Ucrânia tem sido praticamente perfeito em todos os jogos. Se o passe do Quintero é fantástico, vejam aquela recepção com o pior pé a deixar a bola perfeita para a finalização. É essa qualidade técnica que quero ver no Porto. Oliver vai ser estrela mundial sem a menor dúvida, tem tudo, tudo mesmo!”

No início desta época, alguns adeptos portistas questionaram a contratação de Óliver (por empréstimo) em contraponto com a dispensa de Tozé.

O argumento é que ambos eram médios ofensivos (entre o 8 e o 10), fisicamente semelhantes, de valor aproximado (na opinião desses portistas), sendo que o passe do Tozé pertencia ao FC Porto.

Eu gosto do Tozé (que, talvez, um dia regressará ao FC Porto), mas penso que o Óliver já respondeu, dentro do campo, às objeções em relação à sua contratação (por empréstimo).

José Correia disse...

JON disse:
“… o Ruben Neves tem potencial para ser um jogador muito superior ao que o Casemiro alguma vez será. (…) Não valeria a pena dar-lhe mais minutos no lugar do Casemiro, que nem é nosso jogador?”

Ontem, ao intervalo, teria sido essa a substituição que eu faria se fosse treinador do FC Porto: Ruben Neves para o lugar de Casemiro (que já tinha um cartão amarelo).

DC disse...

Sim, estamos a falar naquele que para mim será futuro jogador de Real ou Barça para um que potencialmente poderá impôr-se no Porto mas com muita dificuldade ultrapassará esse nível.
Oliver é de topo mundial, não vejo nenhum puto espanhol da idade dele com tanta classe.

José Lopes disse...

O problema sera para quem assiste e nao para os envolvidos, naturalmente. Mas claro, acho normal que essas discussoes vos entretenham, caso contrario nao as tinham.

Quanto ao ponto que fazes sobre a arbitragem, tambem podes dizer que caso o Benfica nao andasse a ser sistematicamente beneficiado, nos estariamos a frente MESMO com os erros proprios. Os outros podem nao jogar nada que ganham na mesma porque em ultimo caso sao ajudados; nos, regra geral, nao o somos, portanto a margem de erro e' muito menor. Ja chega de tomarmos como certo que temos de ganhar apesar da arbitragem... Era bom que o peso dos arbitros fosse uma coisa de somenos, mas infelizmente nao e'. Nao e' por acaso que se assiste a lutas constantes pelo controlo da arbitragem desde tempos imemoriais. Quanto ao Maicon, sim, foi bem expulso. O problema e' que se equipasse de vermelho, provavelmente levaria so uma amarelo.

João Machado disse...

Eu também gosto muito do Oliver. Mas acho que ele se prende demasiado ao que o treinador lhe pede. Já o vi várias vezes com metros livres pela frente pelo centro do terreno e imediatamente lateralizar. Falo de situações em que claramente ele ganhava em progredir com bola, provocar a saída de um ou mais adversários que lhe saíssem e com um passe deixar esses adversários para trás.
Ele claramente tem potencial para fazer isso. Não o faz porque o treinador lhe pede que coloque nas bandas logo que possível.

DC disse...

Sim Jon, concordo. Mas isso já sabemos que são mesmo ordens do treinador. Uma sequência de treinadores destes até lhe poderia condicionar a carreira mas penso que no futuro terá melhores.

DC disse...

Honestamente, nem sequer vejo jogos do slb normalmente. Só mesmo em último caso se não tiver absolutamente mais nada para fazer.
Mas sei, e já disse isso aqui mais do que uma vez, que em anos em que éramos mais fortes ganhamos e em anos em que éramos mais fracos perdemos. Desde que vejo futebol, talvez o único título decidido pela arbitragem até tenha sido aquele do Jardel no Sporting com 17 penalties. No último ano de Jesualdo o slb foi muito melhor que nós, no ano de PF o slb foi muito melhor que nós, nos restantes fomos nós muito melhores.
Daí eu desvalorizar completamente a arbitragem. Nunca perdi, que me recorde, nenhuma competição de regularidade por árbitros. Não concorda?

José Lopes disse...

Concordo e tambem nao vejo jogos do Benfica. Falta de interesse e pouca vontade para ver arbitragens que me ponham mal-disposto. Acho e' que se ha tantos jogos com influencia da arbitragem logo no inicio da competicao, isso dimunui automaticamente a margem de erro para quem e' empurrado para tras. Somando isso a jogos que se perca/empate por erros proprios ate pela pressao acrescida, fica o caldo entornado. Se conseguirmos ser muito melhores que o Benfica, ganhamos na mesma. Se a valia for equilibrada, ja pode nao ser bem assim. Basta tomar como exemplo o proximo Porto-Benfica. Estamos atras e por isso ganhar e' mais importante para nos. Se nao o fizermos por erros proprios, isso acaba por legimitar a lideranca do Benfica, mesmo que tenha nascido de "campos inclinados".

Tiago stuve disse...

O benfica o ano passado era mt melhor que o porto e mereceu ser campeao. O benfica no primeiro ano do jesus era melhor (nao muito melhor) e mereceu ser campeao, apesar do escandalo do tunel. O benfica de trapatoni era mau, o porto desse ano era igualmente mau, o sporting e boavista eram tambem maus. Ganhou o benfica, ok.

Dito isto, o benfica deste ano é fraco e só está em primeiro por causa dos arbitros. E se continuar a ser ajudado como até agora, nem um porto muito bom será campeao.

João disse...

Essa desculpa para o Bahimi não assenta a mais ninguém. Nope, rigorosamente mais ninguém. Só ao Brahimi. Garantidamente.

pancas disse...

Antonio Teixeira,
E de louvar que tenha respondido a falar de futebol. Mas julgo que, na ansia de querer contradizer todas as ideias que eu apresentei, voce baralhou-se muito nas suas ideias... Acalme-se que nao precisa contradizer tudo de maneira tao rebaixadora, basta ter uma conversa normal sobre os pontos que eu levantei...

1. Voce acha que eu preciso estar nos treinos para saber o que o treinador manda. Pois eu nao. E o mundo do futebol tambem nao senao nao haveria a posicao de observador. Depois de observar a equipa do Porto em todos os jogos da era Lopetegui, e facil perceber os movimentos e comportamentos padrao dos jogadores que sao "ordenados" pelo modelo de jogo (treinador) vs os que sao feitos pelo proprio jogador - os primeiros repetem-se sistematicamente por todos os jogadores de uma forma similar e os segundos sao mais raros e manifestam-se de formas diferentes de jogador para jogador.

2. Quando eu falo em jogador por tras para suporte, voce baralhou isso com a nossa saida de bola. Eu estava a falar de situacoes em que a bola esta com o adversario - deve-se ter um jogador em cobertura e outro por tras em suporte, para o caso em que o adversario consiga driblar o primeiro. Como esse suporte nao esta a aparecer, o nosso jogador ve-se na posicao de ter de fazer muitas faltas para nao deixar haver desiquilibrios.

3. A nossa saida de bola (centrais). Quando a equipa adversaria esta toda no seu meio-campo ou perto disso (quase todos os jogos) durante a nossa saida de bola, os nossos centrais deveriam avancar ate perto dos primeiros adversarios antes de passarem a bola aos medios, para que, quando a bola avance, deixem adversarios atras da linha da bola. O que esta a acontecer e que os nossos centrais nao passam do primeiro terco com a bola, os medios recebem antes do meio campo e portanto TODA a equipa adversaria ainda esta atras da linha da bola e vai ser mais dificil para nos ganhar superioridades numericas em alguma zona.

4. Pressing. Eu defendo fazer pressing. Mas tambem aceito que nao se faca pressing. O que nao pode acontecer e o que se passa nesta equipa em que um jogador sozinho se decide a correr atras da bola enquanto os defesas adversarios a trocam... parece um meiinho e so serve para cansar os nossos jogadores... (e ainda perguntam porque e que o numero de Kms de um jogador e uma estatistica irrelevante)

5. Jogo colectivo. A grande maioria dos nossos golos tem sido atraves de jogadas individuais, como ontem em que apenas o golo de Oliver teve algo de colectivo. De resto, arrancadas individuais e remates. Quer um grande exemplo de um golo colectivo? O golo do Herrera contra o Bilbao - 3 jogadores envolvidos, tabela, apoios frontais, passe de rutura, sem dribles, sem malabarismos de circo. (viram, viram, no meio disto tudo, o unico jogador que menciono e o Herrera e para um elogio!!!)

Pronto, 5 chega para nao dizer que sao meia duzia de "banalidades e frases feitas" ;)

PortoMaravilha disse...

Viva!

O resultado não me parece exagerado, ja' que o Porto jogou até ao fim respeitando, quer o adversa'rio quer o pu'blico.

Os primeiros vinte minutos foram muito bons. Quase um futebol que lembra a "laranja meca'nica" so' que - como frente ao Estoril (aqui na 2° parte salvo erro) - não existiu finalização. Escrevia ou dizia, ja' não me lembro bem, um selecionador, aquando da u'ltima copa do mundo, que para se ser campeão do mundo são necessa'rias duas condições: um grande porteiro e um grande avançado centro. Se entre os postes o Porto parece estar bem, em contrapartida creio que existem problemas de finalização para atingir o golo libertador, mas ja' o escrevi aqui.

O Porto fez um excelente jogo e, sobretudo, tendo em conta que jogou fora, poucos dias antes, para o primeiro lugar do seu grupo da Liga dos Campeões.

No mesmo domingo em que a Liga Indiana de Futebol tenta ganhar dimensão internacional, um Porto jovem mostrou futebol. Se a nova "fo'rmula" do campeonato Indiano souber conquistar o seu mercado interno dar-se-a' , sem du'vida, uma transformação, a curto prazo, do futebol a ni'vel mundial. Imagine-se que um esta'dio com 120 000 espectadores é um esta'dio vazio lol.

A aposta do Porto num treinador cuja especialidade é a formação e organização de jovens parece estar a ser uma boa escolha. A imagem que se tinha degradado internacionalmente do Porto foi não so' recuperada como também valorizada. Talvez este aspecto - entre outros - não seja perdoado...

E Viva o Porto!

Bruno Pinto disse...

Resultado melhor que a exibição.

Primeiros 20-25 minutos muito fortes, em que se criaram boas oportunidades, mas faltou eficácia. Últimos 10 minutos em que se marcaram golos, beneficiando do desequilíbrio do Rio Ave. Pelo meio, um jogo fraquinho do ponto de vista colectivo. Nesta altura da época, esperava mais futebol da nossa equipa. Alguns pontos que acho importantes:

- a saída de bola pelos centrais continua fraca. Jogue Indi, Maicon ou Marcano, são todos fraquinhos neste aspecto. Marcano consegue ser elegante, mas denota as mesmas limitações dos colegas de posição. Numa equipa que quer ser dominadora, isto é um problema. Se pudesse escolher um reforço, seria um central que saiba sair a jogar com qualidade e serenidade.

- Danilo está exuberante. Um dos melhores laterais do mundo. Parece-me que no golo a melhor decisão seria endossar a bola ao cigano. Um remate dali de pé direito nunca teria muitas probabilidades de sucesso. Felizmente o futebol não é ciência e Danilo optou pelo improvável - Jackson idem no segundo golo -, assinando o melhor golo da noite. Golão.

- Casemiro está muito melhor no posicionamento, já não faz passes longos a toda a hora e não comete tantas faltas absurdas. Mas não me convence a pivot-defensivo. Falta-lhe cultura de posição, tudo aquilo que poderíamos ter com Rúben Neves.

- Óliver é fantástico. Controlo de bola soberbo, perde pouquíssimas bolas e mostra quase sempre o melhor caminho à equipa. O melhor médio da nossa equipa, sem dúvida. E o melhor no jogo de ontem. O meu trio de meio-campo seria, repito: Rúben-Óliver-quintero.

- Brahimi e Jackson estiveram abaixo do normal, também têm direito.

- Tello parece querer começar a justificar a sua contratação e o estatuto com que aqui chegou. Embora faça sempre a mesma finta e denote falta de criatividade, gosto da velocidade com bola e capacidade nas jogadas de 1x1. Se continuar assim, vai ser muito importante.

- Gostava que Aboubakar tivesse mais minutos de jogo.

Luís Vieira disse...

Envergonhado? Um termo um bocado forte para quem venceu por 5-0, não obstante as dificuldades. O Porto não joga sozinho e um penálti-benefício não faz a Primavera.

Luís Vieira disse...

O Óliver finalizou bem, mas o mérito do lance vai interinho para o Quintero que com um passe de ruptura tirou a linha defensiva toda da jogada e deixou o espanhol na cara do golo.

Luís Vieira disse...

De acordo Tiago, mas, apesar de o Benfica ter mostrado mais futebol do que o Porto no 1º ano do Jesus, não é ao acaso que esse campeonato ficará para sempre conhecido como o campeonato dos túneis. A intervenção da Liga foi decisiva para nos afastar da corrida ao título: só nos tiraram o nosso melhor jogador.

Luís Vieira disse...

JON, acho que a sua última frase explica melhor porque o Rúben e o Quintero não jogam tanto. Parece-me que está mais em causa o que fazem sem bola, do que propriamente com ela (o que não é despiciendo).

Luís Vieira disse...

DC, será só pelas "ordens do treinador"? E o Quintero é indisciplinado? Faz o que lhe dá na veneta? Ou o treinador dá-lhe ordens diferentes? Como bem refere o JON, o Óliver pode melhorar esse aspecto do seu jogo.

DC disse...

Luís, se estiver com atenção reparará que todos os jogadores do Porto usam e abusam da lateralização desde o início da época. Portanto, sim, não é coincidência que todos o façam, são ordens do treinador.

DC disse...

O gesto técnico que demonstrou classe não foi a finalização, foi a recepção orientada.

Anónimo disse...

Antes de mais estou sem acentos e desde ja desculpe.

E irrelevante se eu respondi bruscamente, de levezinho, whatever, isso em nada afecta os argumentos. Nem sequer se relaciona.

1 Claro que ha observadores. Que procuram mostrar em relatorios etc fraquezas e forcas do adversario e jogadores do adversario. Agora faca o exercicio, suponha que o Bilbau, Shaktar, Rio Ave, etc., ate tem observadores. Suponha agora que esses observadores sao competentes. Suponha ainda que fizeram o trabalho deles. Entao ate poderiamos dizer que, das duas uma, ou o Pancas e outros sao mais competentes que esses observadores, porque identificam com maior facilidade as lacunas daquilo a que voce teima em chamar modelo de jogo, quando e so parte do modelo de jogo, e dai eu falar do treino. Por outro lado, podemos concluir que os treinadores adversarios sao fracos, porque nao conseguem explorar as fraquezas que os observadores mostraram. Nesse caso, e como sei que o Pancas et al. conhecem a estrategia certa contra essas fraquezas, admito que o Pancas e colegas sao mais competentes que o treinador do Bilbau, Shaktar, etc. Ou, entao, que os treinadores adversarios nao tem os mesmos recursos que tem o treinador do Porto. Uma destas tres conclusoes sera certamente verdadeira.

Sobre o resto do ponto 1, o que e um comportamento repetido sistematicamente? Por exemplo, movimentos interiores do Danilo em conducao, sao ordem do treinador ou do jogador? Paragens cerebrais do Alex Sandro sao comportamentos certo (alias, sao acoes, mas prontos)? Sao ordem do treinador? Sao culpa do jogador? E ja agora, reveja bem as acoes do Quintero na zona frontal, e veja quais sao sistematicas e quais sao ocasionais. Depois, pode tambem pensar se, de facto, nao podera ser verdade que o Quintero faz aquilo porque o treinador lhe pede, e porque existem jogadores com caracteristicas diferentes. Ou agora o treinador da a mesma funcao a cada jogador? Por fim, quando o Brahimi tabela, dribla, toma boa decisao, e acao individual, colectiva, fruto do treinador, do Brahimi?

2

Perfeitamente natural, dadas as situacoes onde se perde a posse. Nao digo que seja uma coisa boa, mas tambem nao e necessariamente mau. A falta existe precisamente para isso. De qualquer dos modos, nao e obrigatorio que exista cobertura. Mas sim, em transicao defensiva ha alguns problemas.

3
O ponto 3 e muito bonito realmente, mas la esta, eu tambem gostava que o Jackson fosse o Ronaldo e o Brahimi o Messi, mas nao sao. Se os centrais por n razoes nao o fazem, especialmente porque nao sao dotados tecnicamente, nao percebo onde esta aqui a culpa do treinador. Qual a diferenca entre isso e a saida curta nos pontapes de baliza? Ate e capaz de ter superioridade nos pontapes em caso de perda, e certo que e mais perigoso, mas ainda assim nao serao situacoes tao diferentes quanto isso.

4
Nao e verdade que ande um jogador sozinho a correr atras da bola. Que saia o Jackson nos centrais e que os outros quatro elementos se mantenham numa linha anterior, e uma coisa, que ande o Jackson feito maluquinho, e outra. Mas acho que voce parte do pressuposto que existem zonas pressing a primeira fase de construcao do adversario. Nao sei se sera bem assim, so vendo, mas nao me parece que seja sempre assim at least.

5
Isso tambem nao e verdade. Ja respondi a isso no ponto 1, nem vale muito a pena alongar sem responder antes ao que lhe perguntei.

Desculpe, mas continuam a ser frases feitas. Mas aprofunde, pode ser que surpreenda

Joao Goncalves disse...

Caro José Correia,

Porque é que ninguem refere o perdão da expulsão do Esmael pouco tempo depois de ter visto o cartão amarelo, por uma carga por trás sobre o Jackson (penso eu), numa jogada de perigo?

Isso é que eu gostava de saber... pois com 10 elementos será que o Rio Ave chegava sequer à área para ter cantos?

meirelesportuense disse...

Miguel.CA: O emblema é para disfarçar?...
-O Herrera esteve mal, fez falta para marcação de penaltie mas foi sem intenção, foi por burrice...Quiz cortar com o pé ou com a cabeça e cortou com os braços! Mas parece-me que o Dragão faz mal a muita gente.Para mim o lance do Danilo -embora também não seja penaltie já que o Avense saltou para a piscina- é mais merecedor da marcação de falta que o do Herrera. Aliás não se percebe bem se o Herrera toca com a mão, o braço ou a cabeça...

João Machado disse...

Luís, não acho que o Rúben seja pior sem bola que o Casemiro. Isto é, acho que o Casemiro tem problemas na leitura de muitos lances no que ao seu posicionamento diz respeito. O Rúben também terá, mas talvez até menos. Onde o Casemiro ganha é na corpulência e em bater em tudo o que mexe e também tem algum peso... Nisso não há dúvida. No entanto, estou convencido que o Rúben a curto prazo, haja quem lhe ensine, estará pronto para colmatar isso com a sua classe.

Quanto ao Quintero já concordo mais. Tem dificuldade em perceber e aceitar que tem de correr para trás da linha da bola e posicionar-se sobretudo entre esta e a nossa baliza. Mas não é o único e outros até jogam mais.

João Machado disse...

Eu não percebo como vocês podem dizer que não vêem jogos do Benfica. Não se apanha nenhuma doença e a isso eu chamo comportamento egocêntrico, típico de um lampião. O Benfica é o nosso maior rival. Acho que faz todo o sentido ver os jogos deles para perceber coisas como a sua competência, a influência dos árbitros por que tanto clamam, e sobretudo para torcer para que percam em casa, fora e pelo caminho.

Se não vêem como podem criticar? Pelo que dizem os jornais e os blogues? E pensar pela nossa cabeça?

DC disse...

JON eu não vejo porque não tenho prazer em ver e só vejo futebol para me divertir e não para me chatear. Por isso mesmo deixei de ir ao estádio com o Paulo Fonseca, porque não me dava qualquer prazer assistir aquilo.
E não me dá qualquer prazer ver um slb-académica, por exemplo. Prefiro ver um jogo espanhol, alemão ou inglês. Vejo o slb bastantes vezes na Champions e vejo os jogos com Sporting e Porto e pouco mais.
Eu não consigo actualmente ficar a ver um jogo de futebol, só por ser um jogo de futebol. Escolho selectivamente as equipas que vejo porque não gosto de tudo. E no campeonato português então, é o Porto e quase nada mais.

José Lopes disse...

JON, eu via regularmente jogos dos rivais enquanto tive Sporttv (ate ha uns bons anos). Depois deixei de ter e a basear-me no streaming ou no cafe enquanto vivia em Portugal e agora apenas no streaming (estou na America do Norte ha mais de 3 anos). Uma vez que na TV nunca passa o campeonato portugues, nem sequer me apetece passar muito tempo a frente do computador. Vejo o Porto (nem sempre) e isso basta. O resto do futebol e' para ver coisas soltas da Liga dos Campeoes, ou um ou outro jogo do campeonato ingles. Os jogos em Portugal sao ca ao inicio da tarde e condicionar o que faco e perder tempo no fim-de-semana a ver coisas cuja probabilidade de me por mal-disposto sao elevadas nao vale a pena.

Manuel Lopes Rocha disse...

Confesso que fico surpreendido quando leio algumas das críticas - aliás muito frequentes desde o início da temporada, embora motivadas por acontecimentos tão diversos como o caso Quaresma ou a "rotatividade" - de certos blogues e de alguns adeptos que lá comentam. Devo ser dos poucos, mas sinceramente considero que Lopetegui está a fazer um excelente trabalho, como aliás a realidade comprova: primeiro classificados do grupo na Champions (ainda com um jogo pela frente), melhor ataque da prova, melhor defesa do campeonato, melhor diferença de golos da mesma competição e, tirando um ou outro jogo, boas exibições. E note-se que a equipa, para além de muito jovem, foi totalmente renovada.

Ainda assim, noto que muitos portistas continuam a procurar todo o tipo de argumentos para criticar o treinador, incluindo os delirantes "este só joga porque é espanhol" ou a célebre perseguição a Ricardo Quaresma. Mas nunca pensei chegar ao ponto de ver adeptos a argumentar que a equipa só ganha por causa das individualidades. Creio que qualquer pessoa que tenha jogado futebol amador e que tenha o mínimo bom senso não pode, de forma alguma, acreditar seriamente que uma equipa com o percurso do Futebol Clube do Porto até agora ganhe jogos por causa deste ou daquele jogador.

Por outro lado, também não percebo a forma acalorada como se defendem alguns jogadores: quando não joga Maicon, chovem críticas ao Marcano; quando joga o Maicon, dizem que não é jogador para o Porto. O Casemiro pode fazer as melhores exibições mas o Rúben Neves é que é extraordinário, mas ninguém se parece lembrar que sem Lopetegui o mesmo jogador estaria a penar na equipa B, parecendo esquecer-se que tem apenas 17 anos e as suas exibições vinham a decrescer em qualidade.

Enfim, porventura será um problema meu. Como vivo fora de Portugal, habituei-me a ver os jogos do FCP pela ESPN ou pela FOX Deportes, nos quais os jornalistas e comentadores imparciais e isentos costumam elogiar o modelo de jogo do FCP e a sua forma de jogar. Mas certamente que é muito mais fácil dizer que é o treinador Julen Lopetegui que está a fazer tudo mal e não percebe nada disto, não é?

Luís Vieira disse...

Ambas (recepção e finalização) denotaram muito boa capacidade de execução, mas, para mim, neste lance, o brilhantismo é maior do lado do Quintero.

Luís Vieira disse...

Também não acho que o Rúben seja pior, do ponto de vista do posicionamento defensivo. Para quem tem 17 anos, sabe pisar os terrenos certos e denota grande maturidade. Falta-lhe a tal capacidade física e assertividade no desarme que referiu (embora o Casemiro esteja a distribuir pau de criar bicho), características que o Lopetegui tem privilegiado para aquela posição. Para além disso, os factores Real Madrid e selecção brasileira também devem pesar. Quanto ao Quintero, os "outros" a que indiscretamente se refere recuperam bolas e ajudam no processo defensivo, compensando algumas deficiências de posicionamento. O colombiano é pouco mais do que nulo nesse aspecto. O Óliver, por exemplo, é um "Fernando" à beira dele, passe o exagero. É a diferença entre a aprendizagem na formação sul-americana e na formação europeia (particularmente espanhola).

Luís Vieira disse...

Certo DC, a bola só vai ao centro para a finalização, é rara a jogada construída pelo meio. No entanto, o Quintero quando joga tem protagonizado vários lances pelo meio (vi "com atenção" em Arouca, Bilbao no Dragão e agora com o Rio Ave), inclusive criando golos. Apoios frontais, proximidade do Jackson, tabelas curtas. Há um certo padrão que justifica a minha dúvida e questiona a sua certeza. Por isso, torno a perguntar: isto acontece porque o Quintero é um indisciplinado que manda às malvas o treinador? O Óliver é um robot que lateraliza sem autonomia? Ou o Lopetegui pede coisas diferentes a jogadores diferentes?

DC disse...

Luís, salvo erro numa conversa com o autor do Tactical Porto há uns meses, ele mostrou-me imagens dos sub-21 do Lopetegui. E sabe o que mostrou? Lateralizações, muitas e muitas lateralizações-
Acredite, não tenho a menor dúvida que é o treinador que manda fazer aquilo. E se Quintero joga menos ou Evandro não joga, não sei se não tem a ver com fazerem menos isso que os outros.

Luís Vieira disse...

Se o futebol do Lopetegui no futuro mantiver esse padrão, sem explorar o espaço interior e apenas com aparições esporádicas pelo meio de jogadores "indisciplinados" como o Quintero, dar-lhe-ei (ao DC) toda a razão. Se, pelo contrário, estivermos meramente a assistir a uma fase do progresso do jogo da equipa (que nos garanta retorno, enquanto cresce) para depois haver maior variação nas soluções, então as diabruras do Quintero não serão assim tão imprevisíveis/indisciplinadas, mas programadas pelo Lopetegui. E, nesse caso, ao Óliver exigir-se-ia o mesmo (a não ser que o Lopetegui o castrasse apenas a ele, o que não me parece muito plausível).