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Voltou a aquecer o ambiente. A rivalidade entre o FCP e o SLB passou as fronteiras dos adeptos e chegou às instâncias do poder. Até o Vital Moreira não teve qualquer rebuço em prestar um serviço a um (ou dois) dos contendores. Dizem cobras e lagartos, alguns adeptos e dirigentes do SLB, de Andreia Couto e Rui Sá. Os portistas não ficam atrás e desancam em Ricardo Costa e João Leal. Não escapa ninguém e o PG e a vice procuradora não ficaram muito bem na fotografia. Serviram-se do futebol e hão-de sair chamuscados. Merecem!
Por isso, considero que o Estado quanto mais se intrometer no futebol mais sai machucado. De facto a “futebolização” – a “tribalização” da vida desportiva – não permite que sobre a vida e as relações do desporto dominem outros valores que não o da lealdade clubista. E num país em que cabe um clube com claras tendências hegemónicas, sendo força dominante dos poderes públicos e publicados, a situação tende a tornar-se kafkiana quando se fala de direito e de justiça.
Lamento muito que os responsáveis não sejam capazes de despir a camisola. Gostava de viver num país em que os detentores de cargos públicos fossem capazes de funcionar de forma independente e autónoma dos vários poderes que os tentam influenciar. Este vale tudo descredibiliza e não serve ninguém.
Bem sei que os benfiquistas e outros acham que fazemos parte do eixo do mal e como tal devemos ser condenados. E, por isso, aceitam que os responsáveis do clube tenham um comportamento activo no libelo acusatório. Foram parte integrante de toda a trama. Essa insustentável leveza pela denúncia, está ligada aos tradicionais costumes bem portugueses, no tempo da ditadura. A delação era uso e comprava-se barato. Por isso, somos desconfiados quando se assiste a tamanha sanha persecutória.
O FCP não se livra de ter tido relações eticamente reprováveis. Mas, relações eticamente reprováveis não são actos de corrupção.
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A luta só termina aí e a "verdade" será a que os tribunais ditarem. Não me chega a verdade de Ricardo Costa, nem do SLB que parecem ser dois em um. Nem do FCP.
Incomoda-me a justiça popular, quase tanto como estar num país em que PdC parece satisfazer toda a ambição de justiça de muitos portugueses.
Incomoda-me, igualmente, que o FCP se mantivesse demasiado calado relativamente às acusações que impendem sobre si.
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Mas o “inimigo” empurra-nos: em tempo de guerra a unidade interna é muito importante e não permite a separação das águas. Por isso, a “guerra” segue dentro de momento. Para já fora do campo. Esperemos que não passe daí.
Quando o Marselha foi castigado e retirado da Liga dos Campeões, o PSG – segundo classificado – não aceitou o lugar a que tinha direito. Para evitar a guerra. O castigo do Marselha não poderia ser o benefício de um clube com honra. O SLB ficou a mais de 20 pontos do FCP, mas acha que foi o FCP que perdeu o direito de estar na CL. É um direito que lhes assiste. É a glória dos fracos.
A guerra vai continuar seja qual for a decisão da UEFA. Precisa-se de homens nos postos chave da JUSTIÇA que saibam merecer a confiança de uns e de outros. Mas, não estamos dispensados de ajudar, uns e outros.
3 comentários:
A guerra vai continuar e nós precisamos apenas que os responsáveis do clube saibam defender o bom-nome e a honra do FC Porto, sem silêncios cúmplices, com objectividade e determinação.
Uma análise exaustiva dos erros do passado seria importante, para marcar definitivamente uma viragem na forma de defender o clube dos inimigos (slb, Liga, FPF, comunicação social).
Força Campeões...
Estou optimista, vamos a champions
Concordo com isto: "Quando o Marselha foi castigado e retirado da Liga dos Campeões, o PSG – segundo classificado – não aceitou o lugar a que tinha direito. Para evitar a guerra. O castigo do Marselha não poderia ser o benefício de um clube com honra" - o resto são folhetins publicitários com o objectivo de atirar areaia aos olhos.
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