terça-feira, 24 de abril de 2012

De autocarro para Munique


Após o jogo da 1ª mão, escrevi: «Este aparente contra-senso dos números faz parte da magia do futebol e faz com que, contra todas as previsões, os blues de Londres estejam a um passo da final de Munique.»

Hoje os números voltaram a ser esmagadores e o Barça enviou mais duas bolas aos postes (quatro no total dos dois jogos) e até falhou um penalty, mas o que é certo é que quem vai estar na tribuna VIP do Allianz Arena, ao lado de Michel Platini, será Roman Arkadyevich Abramovich.

Estamos em Abril, mas já é certo que 2012 não será o ano de Pep, nem de Messi. Em contraponto, se amanhã o Real confirmar o seu favoritismo perante o Bayern, o dia 19 de Maio poderá ser o da consagração de dois portugueses - CR7 e Mou - como os melhores do ano, até porque, se em condições normais o Chelsea já sofre para ganhar, sem Ramires, Ivanovic, Raul Meireles e o capitão John Terry (todos ausentes da final da Liga dos Campeões devido a castigo), as hipóteses de sucesso do "autocarro londrino" reduzem-se a quase nada.

4 comentários:

rbn disse...

Sinceramente não sei se a pera será tão doce para Real ou Bayern.

O Chelsea perdeu a Champions em 2008 devido ao último penalty falhado e no jogo jogado, dominou por completo o United.

Este Chelsea é muito guerreiro e o Madrid não é lá essas coisas que andam dizendo depois da vitória em Camp Nou.Lá conseguiu uma vitória sobre o Barça após várias e várias humilhações seguidas, em casa e fora.

O Chelsea hoje fez o que o Madrid fez no sábado:autocarro e em 4 remates, fez 2 golos, para além do desperdício exagerado de ocasiões de golo por parte do Barça.

E, analisando o Bayern, com um ataque tão bom como o do Madrid, com Robben, Gomez e Ribery, não sei se o Madrid se lançará ao ataque tão desesperadamente, se descuidando dos mortais contrataques.

A ver vamos...

Pedro disse...

De facto, não encontro grandes diferenças na estratégia de jogo do Chelsea e do R.Madrid. A diferença está na qualidade dos jogadores.

E ontem o Chelsea joga desde o minuto 35 com menos um jogador, e faz ainda mais do que fez o Inter há 2 anos. Marca 2 golos em inferioridade e vira o jogo.

A verdade é que vai muito fragilizado para a final, mas numa final tudo é possivel, e esta será a última oportunidade para muitos jogadores do Chelsea.

O Barcelona paga por alguns erros na construção do plantel, e na teimosia de Guardiola em não ter um avançado centro no plantel para servir de plano B. Não deixa mesmo assim de ser a melhor equipa do mundo.

José Correia disse...

Pedro disse...
O Barcelona paga por alguns erros na construção do plantel, e na teimosia de Guardiola em não ter um avançado centro no plantel para servir de plano B.

E teve a enorme infelicidade da grave lesão do David Villa, em Dezembro passado, durante o Mundial de clubes.

José Correia disse...

«É estúpido escrever assim. Mas é o que me apetece. Os postes e a barra de Stamford Bridge. Os falhanços incríveis de Fàbregas e Alexis em Londres. O súbito apagão de Messi. O lamentável autocarro do Chelsea. Os 75% de posse de bola em três jogos consecutivos sem nunca conseguir ganhar. A triste ausência de Abidal. A longa ausência de Villa. A correria esgotante para recuperar os impossíveis 10 pontos para o Real Madrid na Liga. A pressão de ter de ganhar o Clássico. As dúvidas sobre a renovação, ou não, de Guardiola. Aquela bola que Xavi não podia falhar no Clássico. O erros próprios no Clássico. De Guardiola, de Valdés e de Puyol. O apagão de Messi, de novo. A excelente exibição coletiva do Real. A pressão insuportável para o tudo ou nada com o Chelsea, no Camp Nou. O autocarro ainda mais lamentável do Chelsea. A facilidade com o que o Barça chegou ao 2-0. O jogo "ganho" com a expulsão de Terry. O golo de Ramires tão improvável, naquela altura, quanto a transferência de Messi para o Sertanense. O penálti falhado. Na barra. E a bola no poste, uma vez mais. O Barça a jogar dentro da área do Chelsea, contra um amontoado de homens que não querem saber do jogo para nada. Estão apenas dispostos a ficar por ali o tempo que for preciso. A tapar. A fechar. A chutar para a frente. A rematar à baliza antes do meio-campo. Em 180 minutos, o Chelsea tem 3 oportunidades e faz 3 golos. Torres festeja em cima da hora. A satisfação dos miseráveis que não gostam de futebol. A tristeza dos que amam este jogo. 90 mil pessoas a cantar em apoio quando o árbitro apitou pela última vez (vídeo/áudio). As dúvidas de Guardiola. E o anúncio de que em breve irá conversar com o presidente e decidir o seu futuro. Na Barça TV, depois do jogo, Iniesta declara, de lágrimas nos olhos: "Voltaremos."»
Nuno Farinha
record.pt