quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Lotação esgotada no Dragão


03-10-2012, FC Porto x Paris SG: 36509 espectadores
07-10-2012, FC Porto x Sporting: 38909 espectadores
16-10-2012, Portugal x Irlanda Norte: lotação disponível esgotada

Num país em que a paixão dos adeptos pelos clubes é muito maior do que pela equipa das quinas, por que razão as recepções ao PSG (um jogo da Liga dos Campeões, contra uma equipa cheia de nomes sonantes) e ao SCP (um dos clássicos do futebol português) tiveram uma assistência inferior a 40 mil pessoas, enquanto o jogo da seleção esgotou na véspera?

Analisemos vários dos fatores que, normalmente, são referidos como influenciando as assistências dos jogos.

i) Hora do jogo – A recepção ao SCP foi à mesma hora (20:45) do Portugal x Irlanda Norte.

ii) Dia do mês – O jogo da seleção foi realizado mais perto do final do mês (numa altura que, em principio, as pessoas teriam menos dinheiro).

iii) Meteorologia – No jogo entre as seleções, o estado do tempo (vento e muita chuva) convidava a… ficar em casa.

iv) Televisão – Todos os jogos tiveram transmissão televisiva, com a diferença do Portugal x Irlanda Norte ter sido em canal aberto (RTP1), enquanto que os jogos dos dragões só puderam ser vistos num canal pago (a SportTv).

v) Antecedentes – Quatro dias antes de receber os irlandeses, Portugal tinha perdido na Rússia, com uma exibição tristonha; quatro dias antes de receber os leões, o FC Porto tinha ganho aos novos milionários de Paris, naquela que, possivelmente, foi a sua melhor exibição desta época.

vi) Bilhetes pré-comprados – Na seleção não existem sócios, nem bilhetes previamente comprados; já no caso dos jogos do FC Porto em casa, terão sido vendidos cerca de 20 a 25 mil dragon seats para a época 2012/13.

Se nenhum destes fatores serve de explicação para a enchente no jogo da seleção (bem pelo contrário), o que sobra?
O preço dos bilhetes!


Apesar do país estar a atravessar um período de crise económico-financeira generalizada, se os bilhetes forem mais baratos e houver promoções (ex: pague 2 e leve 3 bilhetes) ou parcerias (do tipo da que a FPF fez com o Continente), ficou provado que é possível ter lotações esgotadas no estádio do Dragão, mesmo que o oponente seja a pouco apelativa Irlanda do Norte.

Os responsáveis dos clubes, e no caso que me interessa os do FC Porto, têm de perceber a realidade atual e que o futebol ao vivo em Portugal não pode ser um espetáculo caro, destinado apenas aos “fiéis”. É importante atrair os sócios que não têm lugar anual, os adeptos que não são sócios e até compradores ocasionais.

Um estádio cheio é outra coisa.

38 comentários:

Anónimo disse...

Numa altura em que o "Feroz Centralismo" mostra bem o quanto "despreza" o Norte (reis da pobreza e desemprego ? ) é só estar atento ao processo do Aeroporto Sá Carneiro e do Porto de Leixões não será um modo de vassalagem aos "poderes" instalados na capital ???

Anónimo disse...

Concordando com a sua reflexão chamo a atenção para o facto dos preços bilhetes não deverem descer abaixo do preço dos Dragon Seat (total a dividir por xx jogos). Isto para que no próximo ano o nº de dragon seats vendidos descresça significativamente.

Paulo Marques disse...

Certamente que o preço do Dragon Seat vai ter que descer bruscamente ou não vender, como tudo o resto face ao empobrecimento brutal generalizado.

Miguel disse...

Outro aspeto a ter em conta é qual é o real peso da cotização e da bilheteira nas receitas do FCP. Ou muito me engano ou o numero de sócios do FCP esta em queda mais de 100 euros por ano é uma despesa difícil de justificar para quem não compra lugar anual. Deve olhar seriamente para o numero de sócios atual que moram num raio de 50km e com as cotas em dia. O Porto tem de decidir se quer manter a atual diferença de preços de bilhetes entre sócio e público ou se calhar repensar o valor da cotização. No fundo têm de decidir se quer mais gente no estádio com se calhar uma receita global inferior, e se essa diferença de receita têm algum impacto significativo nas contas do clube.

Anónimo disse...

Sobra o facto de benfiquistas também terem ido ao estádio. Quer queiramos quer não isso faz diferença. E eu que sou portista com lugar anual não fui à selecção, mas a maior parte dos meus amigos benfiquistas, gente que nunca vai ao futebol e só fui ao estádio da luz 2 ou 3 vezes, foi ver este jogo.
Temos que pensar que nós portistas do Norte temos o privilégio de ver bom futebol e vitórias muitas vezes por ano, eles benfiquistas do Norte têm muito mais dificuldade em escolher um jogo que lhes fique barato ir ver.

Pedro M. disse...

a questão que o anónimo refere é em relação aos dragon seats deste ano.

Imaginemos que quem tem dragon seat pagou 10€ por cada jogo (preço total a dividir pelo total de jogos). O Porto nao pode/deve agora pôr bilhetes à venda para a mesma bancada por um preço inferior. Caso contrário isso desincentivará os adeptos mais fieis a comprar o lugar antecipadamente.

Unknown disse...

Boa tarde,

o artigo, apesar de bem articulado, chega a uma conclusão demasiado simplista pois compara maçãs com pêras e assume que são quase a mesma coisa. De facto, é tudo fruta: são onze contra onze dentro do Dragão atrás de uma bola. Mas a realidade subjacente aos dois produtos é muito distinta.

Em primeiro lugar, a Selecção poucas vezes vem jogar à cidade do Porto.

Em segundo lugar, joga na Selecção o Cristiano Rolando, que era definitvamente um incentivo extra para que os consumidores adquirissem um bilhete para o jogo.

E por último, não se pode ignorar o facto de o Continente ter publicitado massivamente o evento na sua rede de distribuição.

E isto já para não falar que o público alvo deste evento tem uma população muito maior que a massa adepta do Fcporto.

Conjugando estes factores, concluímos rapidamente que maçãs são maçãs e que pêras são pêras.

No entanto, não posso deixar de concordar que a questão do marketing dos bilhetes tem sido descurada no Reino do Dragão. Havia uma fórmula que funcionava num determinado contexto. Os tempos mudaram e a fórmula mantém-se. Está bom de ver que vai ter que se fazer algo mais neste domínio para que a ocupação média do Dragão não caia a pique .....

The Blue Factory of Dreams disse...

A parceria com o Continente teve um fortíssimo impacto nas últimas assistências da selecção!!!

Atente-se nos jogos já apanhados por esta parceria e nas suas assistências:

Amigável Portugal - Turquia em lisboa: Estádio cheio

Amigável Portugal - Panamá no Allgarve: 24.191 espectadores

Portugal - Azerbeijão em Braga: Estádio cheio

Portugal - Irlanda do Norte no Porto: Estádio cheio


Nenhum adversário apelativo, muito pelo contrário, em 4 destes jogos 2 eram amigáveis.
A juntar à bem sucedida parceria com o Belmiro, a própria FPF tem desdobrado esforços para chamar as pessoas ao estádio, tudo tem corrido bem.
Mesmo sem a selecção deslumbrar, mesmo com adversários para lá de fracos, mesmo com os jogos com transmissão directa em canal aberto!


No que diz respeito ao FC Porto, faz-se pouco para ter o estádio cheio, há uma opção que foi tomada e para mim sempre foi ridícula.
A região está numa crise profundíssima e há uma imensidão de Portistas que não têm quaisquer possibilidades de serem sócios nem de se deslocarem de forma minimamente assídua ao estádio.
Há um desprezo nas políticas de preços pela realidade do adepto e da rua, que não se coaduna com as palavras públicas do Presidente Pinto da Costa, pois já o vi abordar a crise da região várias vezes nas suas últimas intervenções públicas.


Antes do PSG a equipa estava mal e era pouco apelativa, depois da exibição frente ao PSG o entusiasmo da mesma repercutiu-se num aumento de cerca de 2000 espectadores, elucidativo por si só.

Pipocas e elitismo ou estáchio cheio e Portismo?

José Correia disse...

Anónimo das 14:27 disse...
os preços bilhetes não deverem descer abaixo do preço dos Dragon Seat (total a dividir por xx jogos). Isto para que no próximo ano o nº de dragon seats vendidos decresça significativamente.

Quem compra um dragon seat não o faz apenas por causa do preço, mas também por comodidade e para ter um lugar garantido numa determinada zona do estádio.
Além disso, a compra/renovação de um dragon seat deveria incluir, para além do lugar garantido nos jogos do campeonato (+ jogos da UEFA), outro tipo de vantagens.
Exemplos de bónus com custos reduzidos para o FC Porto:
- anuidade grátis da revista Dragões;
- um DVD da época anterior com fotos, vídeos, infografias e estatísticas do FC Porto;
- desconto de 50% no Dragão Caixa Seat;
- sorteio de dois dragon seat para os respetivos donos viajarem com a comitiva oficial, em cada uma das deslocações para jogos das competições europeias;

Este tipo de complementos tornariam o dragon seat um produto mais interessante e, em termos de preço, mais competitivo, mesmo que houvesse promoções na venda de bilhetes jogo a jogo.

José Correia disse...

Anónimo das 15:24
Sobra o facto de benfiquistas também terem ido ao estádio. Quer queiramos quer não isso faz diferença.

Num jogo em casa do FC Porto para o campeonato, à partida estão garantidos 25 a 30 mil lugares (se levarmos em conta o número de dragon seats, bilhetes a que os parceiros comerciais do FC Porto têm direito, convites e bilhetes distribuídos às claques). Ou seja, na recepção ao SCP, terão sido vendidos cerca de 10 mil bilhetes e neste número já estou a incluir os que foram vendidos às claques leoninas.

No Portugal x Irlanda Norte não houve nada disto e a lotação do estádio disponível - mais de 48 mil lugares - esgotou.

Não me parece que esta enorme diferença seja explicável pelo facto de no jogo da seleção ter havido benfiquistas da zona do Porto (muitos ou poucos) que foram ver o jogo.

José Correia disse...

Unknown disse...
joga na Seleção o Cristiano Rolando, que era definitivamente um incentivo extra para que os consumidores adquirissem um bilhete para o jogo.

Ver o Cristiano Ronaldo jogar é alguma novidade?
Para além do jogo semanal que muitos podem ver na TV, eu acho que os portugueses já estão fartos (no bom sentido) de ver o Cristiano Rolando jogar na Seleção. Aliás, neste jogo, ele completou a sua centésima internacionalização.

José Correia disse...

Unknown disse...
não se pode ignorar o facto de o Continente ter publicitado massivamente o evento na sua rede de distribuição

E por que razão é que o FC Porto não pode fazer parcerias semelhantes, com o próprio Continente ou com outras empresas com uma rede de retalho significativa (Pingo Doce, Worten, Rádio Popular, Galp, BP, Repsol, etc.)?

Miguel Dias disse...

Anónimo disse "o facto de benfiquistas também terem ido ao estádio" Este facto não explica a lotação do estádio, até porque não deveria ser em elevado nº os benfiquistas que foram ao estádio do Dragão ver a selecção nacional.
Como o post refere a política de preços e as promoções explicam porque com a selecção nacional qualquer estádio enche, basta ver o último jogo em Braga da selecção.

eumargotdasilva disse...

Na mouche José Correia!
Nem mais nem menos.

Agora contrariamente ao que escreveu na caixa de comentários, por qualquer razão inexplicável a malta gosta de ver o CR, só para o ver... inclusive segundo li, creio que no JN, agora fazem-se excursões de Espanha só para ver a casa do CR no Gerês...

Mas, tenho a certeza que se os bilhetes fossem bem mais em conta que muita mais gente aparecia... é que o dragon seat não é nada barato!

José Rodrigues disse...

Bem, o Ze' coloca o dedo num ponto sensivel mas relevante. Sem entrar sequer em comparacoes com o jogo da seleccao, e' obvio q com precos mais baixos conseguiamos meter mais gente no estadio (e e' menos obvio e discutivel - mas plausivel - de q se podia fazer mais para apelar o pessoal ao estadio sem mexer no preco).

A questao e' q acho q a gestao disto e' feita de forma demasiado contabilista contando os tostoes, e mesmo assim com limitacoes.

Por "contabilista" quero dizer q se tenta apenas e so' maximizar o encaixe total. Por essa logica, mais vale por exemplo e hipoteticamente ter 40mil a um preco medio de 15 euros (=600mil) do q 50mil a um preco medio de 10 euros (=500mil).

Ora ca' eu acho q nestas coisas nao se devem contar os tostoes cegamente: "perder" por exemplo 1 milhao de euros/ano q fosse e' "peanuts" na "big picture" (i.e. receitas totais da SAD) sendo preferivel ter um estadio cheio ou perto disso, com o impacto consequente em termos de ambiente (apoio, intimidacao de arbitro e adversario, ...) e fomento da ligacao do adepto ao clube.

As "limitacoes" passam pelo facto de q nao me acredito q na SAD tenham dados muito fiaveis sobre a elasticidade da procura vs. preco dos bilhetes, nao ha' dados suficientes "ceteris paribus" para poder fazer essa analise correctamente.

De qq forma estou convicto q se podia aumentar a lotacao sem ser preciso perder receitas, podendo mesmo ate' aumenta-las. Uma medida por exemplo seria oferecer sistematicamente uns poucos milhares de bilhetes de borla pelas escolas (em jogos longe de esgotar, q sabemos bem com antecendia quais sao) na condicao de q os miudos fossem acompanhados por uma pessoa com bilhete pago (nao contando para isso lugares anuais).

JOSE LIMA disse...

Caros amigos
Ninguém acertou!
No dia de jogo da selecção o estádio está arrendado à FPF que gere a questão da bilheteira.
Os patrocinadores (Sagres, BES, TMN, Galp, etc.) têm direito a um determinado número de bilhetes para distribuir pelos seus convidados. Depois temos que lhes juntar as habituais borlas para as entidades, Associações e Liga.
Acresce que a maior parte das pessoas que foi ver o jogo não era da malta habitual do futebol. Estavam lá pessoas que nunca tinham sequer visitado o Dragão. Eu tenho uma amiga que foi só para ver o Ronaldo! Famílias inteiras esgotaram o stock de bilhetes disponíveis no Continente.
Diz quem viu, que parecia o dia em que o homem do Pingo Doce ficou com as prateleiras vazias.
O “merceeiro” fez um truque parecido. Uma venda massiva de bilhetes aos seus clientes, por metade do preço. Assim, por exemplo, num lugar de 15 euros, 50% “ficava em cartão”. Ou seja, se uma família (Pai, Mãe, Filho) comprasse 3 entradas, custavam-lhe 45 euros, mas, 22,5 euros iam para o saldo do cartão Continente.
Elementar meu caro Watson… mas percebi a sua ideia.
Abraço

Andre Correia disse...

O relatorio de contas do porto SAD e de cerca de 220 milhoes e do clube alguem sabe !????? Gostava que me respondessem...

Anónimo disse...

Não foi o Dragão que encheu! Foi o Continente que adquiriu mais vendas a 50% o desconto cartão!
O português por um miseravel brinde rebaixa-se sem olhar a meios!
Porque por muito que um bilhete custe p.ex. 15 euros, 7,5 euros vão para o desconto, mas em compras! Ou seja o Belmiro sabe que 7,5 euros estão garantidos na sua mercearia!

Ozzy Bluesky

Silva Pereira disse...

Boa noite,
Questão pertinente.
Penso que os motivos são conhecidos de todos nós:
1º Desde logo a crise que o país passa é mais evidente no Norte, desemprego mais elevado do país. Associado ao custo do espetáculo o aumento dos transportes.
2º Quanto á possibilidade de parcerias como a do Continente seleção. É muito difícil obter em Portugal pois as grandes empresas têm budget para isso, mas face à idiossincrasia existente em Portugal, qualquer campanha teria que ser extensiva aos 3 grandes (FCP, SCP e SLB), exemplos MEO, TMN, etc.
Existe uma parceria com Porto Canal só que é residual (10 a 40 bilhetes)
3º E por último embora pense que com pouca expressão a equipa do FCP não tem sido empolgante.
4º Last but not least, a seleção está ou estava em situação de graça com os média macrocéfalos, e isso faz toda a diferença, veremos se a situação será para continuar.
Cumprimentos

Carlos Santos disse...

Nem percebo como é que estamos a discutir isto sinceramente...
Tal como já foi dito, é óbvio que com a seleccao o Estádio enche muito mais facilmente pois o Universo de potenciais interessados no jogo é muito maior.
Um jogo do FC Porto só interessa a um adepto do clube, um jogo da seleccao interessa a um adepto de qualquer clube. Alias, tenho varios amigos que vivendo no Porto e nao sendo portistas, as únicas vezes que entraram no Estádio do Dragao foi para assistir a jogos da seleccao.

O que nao invalida que o preco dos bilhetes para os jogos do FCP seja obviamente demasiado elevado.

c. silva disse...

nem interessa o preço, ... desde que dê 50% em cartão continente!

José Correia disse...

O “merceeiro” fez um truque parecido. Uma venda massiva de bilhetes aos seus clientes, por metade do preço. Assim, por exemplo, num lugar de 15 euros, 50% “ficava em cartão”.

Certo, eu já tinha referido isso no artigo.
Mas por que razão é que o FC Porto não pode fazer uma parceria semelhante a esta que a FPF fez com o Continente?

José Correia disse...

é óbvio que com a seleccao o Estádio enche muito mais facilmente

Ai sim?
O histórico dos jogos da Seleção no Dragão provam exactamente o contrário.
Graças à politica de preços e a esta parceria entre a FPF e o Continente, foi a primeira vez que um jogo da Seleção esgotou a lotação do estádio do Dragão.

José Correia disse...

E por que razão é que o FC Porto não pode fazer parcerias semelhantes?

Pedro disse...

Sinceramente nao me interessa muito o porquê do estádio ter enchido para ver a selecçao, penso que passará muito pela parceria com o continente. O que deve ser objecto de reflexão é a diminuiçao das assistencias nos jogos do Porto, e para mim existem duas causas concretas e claras:
1- As expectativas que o clube é capaz de criar nos adeptos. Existem muitos que desistiram de ir ao estádio porque nao gostam da forma como o Porto joga, nao gostam deste futebol e mais do que isso, nao têm expectativas que a situaçao vá melhorar nos próximos tempos. Penso que se desvaloriza demasiado este aspecto, que tem muita relevo nos adeptos que ainda podem pagar para ir ao estádio.
2- O clube muitas vezes vive demasiado para os sócios e para o adepto fiel, e separado do adepto mais casual que nao está no estádio todas as semanas. Deveria haver um tipo de diferenciaçao entre eles que nao se resuma ao preço, como refere o José Correia, podendo dessa forma descer o preço dos bilhetes de venda ao público, sem defraudar quem comprou bilhete anual.

Duarte disse...

"E por que razão é que o FC Porto não pode fazer parcerias semelhantes?"

Nem mais José Correia. O problema é que os próprios adeptos do Porto são pouco sensíveis a estas questões de marketing. A ideia que está criada, e que é partilhada por uma boa parte do portismo, é a de que tudo o que envolva questões promocionais, associadas ao marketing e que envolvam clube e jogadores, nos enfraquece desportivamente por que nos expomos e perdemos capacidade de blindagem. Obviamente que isto é um disparate de todo o tamanho e não faltam exemplos do quão absurda é esta ideia, mas ela está ainda muito enraizada no nosso clube.

Silva Pereira disse...

Boa noite,

Caro José Correia uma empresa quando investe em promoção (marketing, publicidade...) tem sempre em consideração o retorno que terá face ao investimento. Ora num país em que este produto futebol está dividido nos 3 grandes, quando se pensa (eu trabalho numa grande empresa que até o seu presidente é do SLB) quando investiu (e continua) tem que investir nos 3 clubes. A única situação em que não ofende os parte dos adeptos é a adesão à seleção, por isso o retorno é mais fácil e barato.

Por isso é que o SLB e os seus apaniguados insistem tanto em que são a maior marca de Portugal e cada vez mais vão granjeando acólitos, basta olhar para a grelha da MEO, agora pelos vistos até vão ter uma emissora de rádio.
Vamos ver que consequência terá a venda dos jornais da Controlinveste (Jogo, JN e DN) a um grupo angolano e se associarmos a ida do Eduardo Moniz para o SLB. Prevejo que a macrocefalia se intensifique. Por isso há muito tempo que venho pregando que os portistas deveriam sempre que possível remarem contra este sufoco, por isso é que não compreendo o papel de Rui Moreira e MST em alinharem nesta cabala.
Por isso É IMPORTANTÍSSIMO QUE O FCP CONTINUE A GANHAR, POIS SÓ ASSIM A MÉDIO PRAZO PODERÁ CONTINUAR ESTA LUTA DESIGUAL.
O FCP só em gerações futuras poderá minar esta ideia, tenho 58 anos e sei bem o que era o portismo antes e o que é agora. Para exemplo lembro-me que há 20 anos ia a Setúbal um colega contava quando o FCP ganhava o filho colocava uma bandeira do FCP á janela e que era a única na zona. Passaram 20 e as coisas mudaram, mesmo com exemplos da propaganda nazi que se passaram naquele infantário.
Cumprimentos

JOSE LIMA disse...

Caro André
Pode ver em http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR41833.pdf
Abraço

JOSE LIMA disse...

Caro José Correia
O seu post é muito oportuno. Estamos um pouco parados no tempo, teremos que "inventar novas formas".
Quanto ás continhas, provavelmente algum dos excelentes autores do blogue, irá analisar mais detalhadamente o Relatório. Sei que agora é fácil dizer isto, mas eu tinha projectado uns números semelhantes, muito por força das (fracas) vendas que conseguimos fazer até 31 de Agosto.
A propósito: foi encetada alguma acção resultante do I Encontro da Bluegosfera, nomeadamente a entrega das conclusões ao Clube? É que temos a Assembleia-geral na 5ª feira… onde não poderei estar presente.
De resto neste blogue em “A caminho do abismo”
http://www.reflexaoportista.pt/search/label/contas
e em “Olhar o presente recuando”
http://www.reflexaoportista.pt/2012/08/olhar-o-presente-recuando-19992000.html#comment-form
já se previa um fraco exercício...
.
Voltando à SAD
O Relatório Consolidado da SAD já está disponível em
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC41836.pdf
e já há data (8 de Novembro) e propostas de discussão e aprovação das contas.
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/CONV41835.pdf
Abraço

Andre Correia disse...

Ja vi o k enviou mas la so vejo o passivo e ativo do porto sad e nao do porto clube...

Anónimo disse...

Porque não escolher 10 empresas de 1 freguesia (a rodar por sorteio) dos concelhos do distrito do porto, e oferecer 33 bilhetes (a troco de uma pequena retibuição) -3 convites para o pessoal da empresa e -30 convites para distribuir por 10 empresas clientes e/ou fornecedoras dela.
Todos ficavam felizes. O FCP via 10*pequenas retribuições, e 10*33=330 convites iam parar ás mãos maioritariamente de portistas.

E fazer o mesmo com escolas, oferecer convites ás professoras, e elas por sua vez oferecerem aos alunos com maior mérito ou mais necessitados. Fomentar o mérito, a excelência, a honestidade, os melhores, ...nós portistas.

Os melhores que se unem.

Portugal sempre!

JOSE LIMA disse...

Caro André Correia
É só esperar até 5ª feira na Assembleia-geral do Clube. Ficamos a conhecer as Contas actualizadas.
Abraço

Pedro M. disse...

Concordo que a diferenciação do dragon seat para o bilhete ocasional se deva fazer por outras vias que não o preço, o que permitiria baixar o preço dos bilhetes para adeptos ocasionais sem que quem tem lugar anual se sinta lesado.

neste aspecto, além das ideias já mencionadas, acho que devia haver um meio de comunicação privilegiado (mail ou telefone) para que tem dragon seat (isto é especeialmente importante para os que não moram perto do estadio). Na época passada acontecia-me varias vezes de receber mensagens relativas a promoçoes mas se quisesse mais informações sobre essa promoção era o cabo dos trabalhos para a conseguir.

O facto de se encher o estádio tb atribuirá mais valor ao bilhete anual pelo facto de não não correr o risco dos bilhetes esgotarem antes de conseguir comprar.

além disso, também é preciso tomar medidas para desmistificar o facto de que é perigoso ir ao futebol com crianças/mulheres.
E isto deve ser feito tanto junto daqueles que se possam sentir inseguros para ir ao futebol como junto daqueles que frequentam constantemente o estádio de modo a receberem bem (ou pelo menos respeitarem) os adeptos ocasionais.

José Correia disse...

tem que investir nos 3 clubes. A única situação em que não ofende os parte dos adeptos é a adesão à seleção

Eu quando sugeri a possibilidade do FC Porto tentar fazer parcerias semelhantes à que a FPF fez com o Continente, não disse que essa parceria tinha de ser em exclusividade, nem disse que tinha que ser para a lotação completa do estádio.
Por exemplo, por que razão é que não poderá haver um parceiro (Continente, Pingo Doce, Galp, Repsol, BP, etc.) cuja parceria abranja 10 a 15 mil lugares dos jogos em casa dos três grandes?
15000 x 3 = 45 mil lugares, ou seja, um pouco menos da lotação disponível do estádio do Dragão no Portugal x Irlanda Norte.

Anónimo disse...

Toda a gente nesta discussão se esqueceu do mais importante:

a FPF não paga salários!!!
a materia é de borla!!!

Silva Pereira disse...

Boa tarde,

Caro José Correia depreendo que não suficiente claro. A ideia que queria exprimir era que as empresas (mesmo as grandes) baixaram o seu investimento em promoção. Fica mais barato investir numa parceria com a FPF (com o ícone do markrting CR7) do que com os clubes .
Tomando o seu exemplo DRAGON SEAT RENOVAÇÃO para a liga 100€ daria 4,5 milhões de euros, admitindo Tomando o seu exemplo DRAGON SEAT RENOVAÇÃO para a liga 100€ daria 4,5 milhões de euros, admitindo que os 6 jogos da seleção em casa esgotam teríamos um universo máximo de 250000 esperadores (sem borlas) e fazendo um preço médio do jogo do dragão 15€ sem ponderação de lugares o Continente tem como investimento máximo 187500€ que é significativamente menos, mais ou menos 40% dos gastos.
Eu não discordo da sua ideia, que tenho a convicção que nesta conjuntura não é possivel.
No ano passado investiu-se 600M em toda os meios:TV,Rádio;Internet,brindes, outdoors,papel...e preve-se uma quebra de 205 para 2012 (480M), tendo em consideração toda a promoção estado,empresas, produtos...
Por isso é que manifestei a minha opinião (vale o que vale)

Cumprimentos

José Correia disse...

Precisamente por os clubes/SADs pagarem salários é que têm interesse em ter os seus estádios cheios e não com 15 a 20 mil lugares vazios por jogo.

É para isso - para encher o estádio! - que é preciso uma politica diferenciada de preços, que são necessárias promoções, que devia ser feito um esforço para estabelecer parcerias (do tipo da que a FPF fez com o Continente).

José Correia disse...

Caro Silva Pereira, a Administração da SAD deveria ter como objectivo encher o estádio do Dragão em todos os jogos e, para atingir essa meta, recorrer a uma estratégia diversificada.

1º) Tornar o Dragon Seat um "produto" mais apelativo (já expliquei como isso poderia ser feito).

2º) "Vender" 10 a 15 mil lugares por jogo a diferentes parceiros (Continente, Pingo Doce, Jumbo, Galp, BP, Repsol, Worten, Rádio Popular, etc.), os quais poderiam promover iniciativas semelhantes às que o Continente fez com os jogos da Seleção.

3º) Fazer promoções do tipo Pack Familiar, Pague 2 leve 3, etc.

O problema é que as pessoas acomodaram-se ao facto de, em média, o estádio do Dragão ter 15 mil lugares vazios.