terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A “espanholização” do FC Porto

Onze inicial do FC Porto, escolhido por Lopetegui, para o derby no Estádio do Bessa
De pé (da esquerda para a direita): Fabiano, Maicon, José Angel, Marcano, Hernâni, Jackson
Em baixo (da esquerda para a direita): Quaresma, Ricardo, Rúben Neves, Herrera, Quintero

Há quantos jogos (anos?) é que uma equipa do FC Porto não alinhava, de início, com quatro portugueses num jogo do campeonato?

P.S. Por onde andam os jornalistas e comentadores que, no início desta época, estavam muito “preocupados” com o risco de “descaracterização” e “espanholização” do FC Porto?

11 comentários:

Luís Vieira disse...

Veremos, no futuro (médio/longo prazo), se se trata de uma aposta consistente ou se foi apenas motivada, pontualmente, pela indisponibilidade dos titulares. O Ricardo teve muitas dificuldades, do ponto de vista defensivo, com a velocidade e a imprevisibilidade do Brito. O Rúben Neves também não conseguiu segurar muito bem o meio-campo (embora o Herrera e o Quintero tenham contribuído muito para isso; o 1º pelo desgaste acumulado, pareceu-me, o 2º porque continua a jogar mal sem bola - o Óliver faz tanta falta, porque não apostar no Evandro, entretanto?). O Hernâni teve boa vontade e podia ter conquistado um penálti, mas precisa de se ambientar à manobra da equipa. Para já mostrou velocidade e bom toque de bola.

Jorge Vassalo disse...

E para o ano vão ser ainda mais. É evidente que Lopetegui teria que construir o seu modelo de jogo com os jogadores que conhece, e daí ter indicado quem conhece.

Vamos por partes:

Marcano tem sido absolutamente fundamental na defesa. Há mais de 400 minutos que esta não encaixa um golo.

Tello tem um talento absolutamente indiscutível. Discuta-se a maior ou menor maturidade, maior ou menos discernimento, Tello é fundamental em muitos jogos - ontem foi um deles.

José Angel é uma alternativa viável a Alex Sandro. A única. Não desilude e muitas vezes é melhor até que o próprio Alex Sandro.

Campaña não tem sido opção para Lopetegui, mas não creio que tenha feito um jogo mau.

Adrían López ainda não se adaptou, ou estava a vir a adaptar-se, mas parece que Lopetegui crê muito em Adrián e eu creio que ainda nos vai surpreender. Como ponta de lança não serve mas como extremo de tendência interior parece-me muito competente.

Andrés Fernandez perdeu espaço com Helton - ainda bem! - mas não jogou nunca mal.

Seriam todos necessários? Talvez não os 3 últimos. Os 3 primeiros parecem-me que sim.

Abraço Azul e Branco,

Jorge Vassalo | Porto Universal

RFerreira disse...

Olá Jorge, penso que se esqueceu do mais preponderante, o nosso Oliver "Tsubasa" Torres!

Na minha opinião, Oliver é, neste momento, o 3º melhor jogador do Porto, apenas superado por Jackson e Danilo.

Um abraço,
Ricardo Ferreira

Jorge Vassalo disse...

RFerreira, tem toda a razão, mas sabe que eu acho esse tão indiscutível que, se alguém pusesse em questão Óliver, chamar-lhe-ia tolinho!

Muito obrigado pelo reparo!

Tiago stuve disse...

João Capela na Luz no fim de semana

Risota

DC disse...

A minha opinião sobre os espanhóis é praticamente coincidente. Apenas os últimos 3 podem ser questionados. Ontem gostei muito do Tello e do José Angel.

Filipe Sousa disse...

Curioso como antes do início do jogo, os jogadores já estavam todos enlameados - como é que é permitido ao Boavista, e outros que tais, apresentar um pardieiro daqueles como sendo um relvado (sintético ou nao)?

PortoMaravilha disse...

Viva!

Parece-me que, quando se vive num Porto, o mais importante não é saber de onde vens mas sim o que sabes fazer.

Toda a histo'ria da cidade do Porto e, logo, do FC Porto esta' em constante sintonia com o mundo e talvez não seja um acaso se todos os golos do Porto marcados nas vito'rias Europeias foram apontados por não portugueses (Deco ja' estava naturalizado?). E talvez não seja também um acaso se o Porto é a primeira equipa a ganhar uma competição europeia reunindo três continentes, a primeira a permitir a um jogador africano ganhar uma taça dos campeões, a primeira a permitir a um jogador africano (esta época) a marcar três golos nesta dita competição, a primeira a ganhar com um treinador doutorado ...

Assim, não me parece operacional - e penso não me enganar - saber quantos portugueses, ou espanho'is, ou marcianos... ou não têm o Porto no seu plantel. E' um discurso que pode prestar confusões.

Lopetegui deu uma entrevista a jornal de dimensão internacional (El Pais). Ja' ha' anos que não se via o Porto ser tão projetado internacionalmente e, sem du'vida, entre outros aspectos, por causa da juventude de va'rios jogadores do plantel.

E Viva o Porto!

João disse...

Completamente de acordo.

José Rodrigues disse...

O q é certo é q no fim da época teremos outra vez imensas alterações no plantel.

Vamos a ver em q sentido, sabendo-se q estamos muitíssimo apertados a nível financeiro.

Fu-Leng's Garage disse...

Não sei até que ponto estamos apertados a nivel financeiro. Se passarmos aos quartos da champions entram mais uns milhoes, e no final da época vende-se o Jackson. Com esses milhões dá para ir buscar 2 ou 3 jogadores necessários - devemos perder o Tello (não me tira o sono), o Casimiro (que não faz falta nenhuma), o Oliver (esse sim é uma pena) e o Quaresma não faço puto. André André falsa-se que vem, portanto é ir buscar outro matador para jogar na posição do Jackson (pode ser que o Gonçalo dê para isso). O Brahimi deve ficar pelo menos mais 1 época e depois sai por mais uns milhões. Mas acho que isto tudo depende se continuamos na champions e se ganharmos o campeonato.