domingo, 17 de fevereiro de 2013

A estatística que conta

Na reflexão que fez sobre o Beira Mar x FC Porto, o meu companheiro de blogue, Nelson Carvalho, escreveu o seguinte:

"Entre o empate com o Olhanense e o triunfo desta noite diante do Beira-Mar a diferença não esteve no futebol jogado mas sim na eficácia nos momentos chave"

Não podia estar mais de acordo. Aliás, até diria mais. Contra o Olhanense, o FC Porto foi mais dominador e criou oportunidades bem mais flagrantes do que contra o Beira Mar.
Veja-se o caso do melhor ponta-de-lança do campeonato português - Jackson Martinez - que, ao contrário dos três golos, aparentemente fáceis, que desperdiçou frente à equipa de Olhão, desta vez precisou apenas de meia oportunidade para marcar (num lance em que ainda teve o mérito adicional de tirar um adversário da frente).

(estatísticas da LPFP, jornal O JOGO)

Em termos de indicadores estatísticos, o jogo de Aveiro foi nitidamente pior que a recepção ao Olhanense mas, na estatística que realmente conta – a dos golos marcados e sofridos –, desta vez os dois golos do desafio foram ambos na baliza certa (a baliza da equipa adversária) e isso faz toda a diferença.

A começar pelo modo como jornalistas e adeptos avaliam e comentam as incidências do jogo, cuja análise no final é sempre fortemente influenciada pelo resultado.

5 comentários:

Pedro Ramos disse...

Torna-se cada vez mais dificil comentar e discutir os jogos quando 99,9% dos adeptos, comentadores e jornalistas apenas têm em consideraçao o resultado final como medida de avaliaçao.
Cada vez mais compreendo que sendo nós um país de futebol, temos tao poucos adeptos a ver futebol.

O jogo contra o Beira-Mar foi muitíssimo mais fraco que o que realizamos contra o Olhanense, mas como ganhamos as criticas de semana passada pura e simplesmente desapareceram.

Nao vale a pena dramatizar demais, o jogo que realizamos contra o Beira-Mar tem sido a face comum da equipa durante o reinado de VP, os 3 jogos anteriores é que foram a excepçao.

Veremos agora se regressamos ao passado: jogamos mal antes dos jogos da liga dos campeoes com a desculpa de nao cansar os jogadores e jogamos mal após a liga dos campeoes porque esses mesmos jogadores estao cansados do jogo à semana.



Os próximos 2 jogos contra o Málaga vao tirar finalmente as minhas dúvidas sobre a competitividade deste futebol, se conseguirem, pelo menos, discutir a eliminatória até ao fim dos 180m.

Cumps

José Correia disse...

jogamos mal antes dos jogos da liga dos campeoes

Como?!
Por acaso, o FC Porto jogou mal contra o Beira Mar?

Num jogo fora de casa, que o FC Porto dominou do primeiro ao último minuto, em que venceu por 2-0 e a equipa adversária não teve uma única oportunidade de golo, se isso é jogar mal...

littbarski disse...

Ora aí está algo que merece ser realçado: as zero oportunidades de golo que o Beira-Mar teve. No entanto, o Beira-Mar rematou duas vezes mais do que o Olhanense. Este é um bom exemplo de que quantidade é diferente de qualidade.

É por isso que eu acho que, apesar de o Porto ter tido menos posse de bola, menos remates e, certamente, menos ataques, do que contra o Olhanense, fez uma exibição mais conseguida. Porquê? Porque defendeu e atacou melhor (e, sim, a eficácia da finalização é uma parte determinante para se avaliar a qualidade atacante).

Bastava que o Porto tivesse defendido tão bem contra o Olhanense como defendeu em Aveiro e tinha ganho o jogo. Nem era preciso atacar tão bem como fez contra o Gil Vicente e o V. Guimarães.

Comparem-se as prestações de Varela vs. Atsu, de Izmailov, de Danilo e de Fernando, nos últimos dois jogos, e talvez se perceba melhor de onde veio o acréscimo de qualidade, do último jogo para este jogo, apesar de os números sugerirem o contrário.

Anónimo disse...

Mais um anti-Vitor pereira que diz mal do treinador sempre esperando ter razão!! Pois o azar do senhor Pedro ramos é que Vitor Pereira e o FCP não vai deixar o senhor ter razão! Engula!!!!

Pedro Ramos disse...

Como se vê aqui pelos comentários, só confirma o que digo no inicio.