Pinto da Costa
Salvaguardando as devidas diferenças e proporções, esta parte da entrevista de Pinto da Costa a O Jogo (publicada em 25/12/2010) fez-me lembrar um célebre discurso de Winston Churchill, em 4 de Junho de 1940, numa altura em que a Alemanha nazi ameaçava estender o seu jugo sobre toda a Europa:
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É este o espírito que me habituei a ver nas equipas do FC Porto, o espírito do dragão, que desde os anos 80 tão bem foi simbolizado por jogadores como João Pinto, André, Paulinho Santos, Baía, Jorge Costa, entre outros. "Jogadores-guerreiros", que tinham a mentalidade do antes quebrar que torcer.
E enquanto for este o espírito, por mais que nos ataquem, dentro e fora dos relvados, por mais que o centralismo nos cerque e seja cada vez mais sufocante, nós nunca baixaremos os braços, nós nunca nos renderemos!
8 comentários:
É claro que o amigo não é do tempo de Monteiro da Costa, Virgílio, Carvalho, Barrigana, Vieira, Hernâni, de, de, de...
e, do tempo que menciona, Rodolfo. Estes, merecem ser lembrados como os que acenderam a chama do "portismo tripeiro".
@r.m.silva da costa
Seguramente que ao longo da história do FC Porto houve muitos jogadores que tinham a mentalidade do antes quebrar que torcer e não foi minha intenção menosprezá-los.
Ao fazer uma referência temporal (desde os anos 80), isso deve-se a três factos que quase coincidiram:
- o fim do complexo da ponte (ainda com Pedroto);
- a eleição de Pinto da Costa em 1982;
- o passarmos a ser conhecidos por "dragões" em vez de "andrades".
O discurso de Churchill que citas, José Correia, deu-se num contexto muito específico, o da Batalha de França, em que as coisas estavam bastante negras para os Aliados (à altura apenas França e Inglaterra). De facto, a França assinaria o armistício com a Alemanha a 22 de Junho, apenas 18 dias depois desse discurso. Ou seja, mesmo podendo achar-se paralelismos entre as duas situações, elas encontram-se apenas na retórica, pois o FC Porto não está em nenhuma situação desesperada, antes pelo contrário, enquanto que, na altura do discurso de Churchill, a Inglaterra sabia que lutava pela sobrevivência, e dentro em pouco, com a rendição francesa, ficaria só nesse combate.
Correcção: "eles encontram-se apenas na retórica" e não "elas"
Isto fez-me lembrar aquele episódio, não há assim tanto tempo, em que um submarino francês e outro inglês em manobras no atlântico rasparam levemente. - Como diziam depois em Inglaterra: os franceses renderam-se logo! -
E, isto, para atestar que nós, apesar de portistas-portuenses, como bons portugueses nos rendemos, pode ter a certeza!
Haja um bafo saído de um arsenal e entregámos tudo!...
E, talvez o Churchill tivessem-lhe dado a hipótese tivesse sido um péssimo dirigente desportivo;
o nosso presidente, com certeza, seria um péssimo primeiro ministro!...
Tenham todos um bom ano, com muito azul e branco em festejos!
Uma boa passagem de ano e um Feliz Ano Novo, é o que desejo à gerência do blogue, como a todos os amigos que neste blogue se têm ganho.
Abraço.
Ainda hoje na SIC sobre o Mourinho falaram de muita coisa, da sua iniciação no Benfica, do seu êxito no Chelsea e no Inter, mas sobre o período no FCdoPorto apenas um silêncio ensurdecedor...Porém, mesmo calando as referências faladas, as imagens só por si dizem tudo!...
Alexandre Burmester disse...
"mesmo podendo achar-se paralelismos entre as duas situações, elas encontram-se apenas na retórica, pois o FC Porto não está em nenhuma situação desesperada, antes pelo contrário"
De acordo, caro Alexandre.
Eu aproveitei a ocasião para recordar um dos mais célebres discursos de Churchill (na minha opinião o mais empolgante), fazendo um certo paralelismo retórico e recordando o espírito guerreiro de algumas das nossas equipas e jogadores.
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