sexta-feira, 25 de abril de 2008

Os campeões não se cansam de ganhar


Já tive oportunidade de contar que em 1957/8, como num VG/FCP fomos molestados pela turba vimaranense, a ponto do meu padrinho ter que usar o guarda-chuva, que nem d’Artagnan contra as forças de Richelieu, para nos defender.
A GNR deu um jeito na segurança e a fartura dos 6-0, com que presenteámos o VG, foi festejada sem mais contratempos.

Poucos anos depois, o campeonato foi decidido na última jornada: o SCP recebeu o SLB e o FCP foi jogar com o VG. O SCP ganhou e foi campeão. O FCP perdeu. Nem por isso a rapaziada de Guimarães se dispensou, no nosso triste regresso, de animar-nos com o arremesso de tudo o que tinha à mão contra o comboio em que viajávamos. Fomos apedrejados com fúria, de tal forma, que estivemos parados na linha por largos momentos, e só depois de reposta a ordem pudemos seguir.

O VG foi a única equipa da primeira divisão que não felicitou o FCP, após a vitória em Viena para a Taça dos Campeões Europeus.

A última vez que me desloquei a Guimarães para ver um jogo de futebol, foi para Super Taça e jogámos contra a União de Leiria. Ganhámos por 1-0. Depois do jogo, encaminhámo-nos para o carro, calmamente. Passou por nós um moço cheio de pressa que nos recomendou que tirássemos os adereços que nos identificavam como portistas. Poucos minutos passaram, quando ouvimos atrás de nós gritaria, corridas, mais gritaria, bandeiras do FCP a serem roubadas e outras já a arder ; de repente – mesmo junto a nós - um ”miúdo” em corrida muito acelerada entra no carro perseguido por um grupo de “miúdos” todos vestidos de negro – como nos filmes de Clint Estwood. O carro arrancou com a potência máximo, fez uma série de gincanas para não chocar com terceiros, mas não evitou que lhe quebrassem o vidro e o perseguíssem, continuando a apedrejá-lo. Só desistiram quando o carro se afastou o suficiente para o atingir. Felizmente, não foram capazes de o parar. Lá atrás, havia mais confrontações. Ao que parece eram de uma claque qualquer do VG em acto de represália contra “desconhecidos?” do FCP.

Esta é uma face do VG. A outra é de um clube regionalista que se tem imposto por mérito próprio e que promete ser o quarto grande no futebol, ao mesmo tempo que consolida uma representação desportiva, noutras modalidades, significativa e valiosa como atestam as recentes vitórias no Basquetebol e Voleibol.

O seu actual presidente parece ser um homem de paz. Mas, nem isso impediu que pudesse ter sido inaugurada a filial do FCP em Guimarães. E isto é grave porque não respeita o direito e a liberdade de associação. As autoridades políticas e as forças de segurança vimaranenses ao acontecimento disseram nada, como se nada tivessem a ver com isso. As forças vivas e os donos de opinião também não, porventura por acharem que qualquer maldade cometida ao FCP é “merecida” e, por isso, bem vinda. Pela minha parte mais que revoltado, sinto-me enojado. Como é possível, num país de direito?

Pelo passado, pelo presente, pelo futuro, pela ética, pelo orgulho portista, espero que o FCP tudo faça para vencer o VG. Estou pouco preocupado com as pressões do SLB e do SCP que podem contar sempre com recurso às polícias, ao MP, ao CJ da Liga, à UEFA, à FIFA, à Assembleia da República, ao Parlamento Europeu, ao Conselho de Segurança da ONU e, finalmente, à NATO se houver que retaliar contra o FCP. O desespero dos nossos adversários só prova como esse estado de alma revela a tremenda fragilidade das suas equipas, e como se contradita face à arrogância e à superioridade da raça que não se cansam de vender em (quase) todas as circunstâncias, mais o SLB que o SCP.

Repito: estou-me nas tintas para os clubes da 2ª. Circular. Apesar disso, defendo a tolerância zero no jogo com o VG. A gestão do plantel deve ser feita segundo o interesse do FCP, mas o excesso de descanso convida à preguiça e multiplica os maus hábitos. Não nos poupámos com o SLB. O próximo jogo é, igualmente, para ganhar e mais nada!

Confio totalmente no JF, e tenho a certeza que se fizer alguma rotação, não vai deixar de apresentar uma equipa competitiva, capaz de se bater e ganhar ao VG. Não tenho medo de perder, se a equipa se bater à “campeão”, pelo melhor resultado. Não devemos nada a ninguém, a não ser a nós próprios. A honra não tem preço. Insisto: quero ganhar ao VG.

17 comentários:

José Correia disse...

«O seu actual presidente parece ser um homem de paz. Mas, nem isso impediu que pudesse ter sido inaugurada a filial do FCP em Guimarães. E isto é grave porque não respeita o direito e a liberdade de associação.»

34 anos depois do 25 de Abril, é intolerável que vimaranenses adeptos do FC Porto, ou de qualquer outro clube, não possam inaugurar um espaço que os identifique com os seus clubes do coração.

O fanatismo fundamentalista que está por trás destas atitudes de adeptos do V. Guimarães, só serve para os deixar ficar mal a eles e à sua cidade.

José Correia disse...

Não consigo torcer por uma derrota do FC Porto. É algo que é mais forte do que eu.

Não irei poder ver o jogo. No final, quando através de um SMS souber o resultado, irei ficar contente se o FC Porto ganhar. Contudo, fruto das circunstâncias em que este jogo vai ser disputado, se perder também não irei ficar muito triste.

Nicolau d'Almeida disse...

Caro Mário Faria, concordo plenamente. É para jogar «à Campeão» contra o Vitória. Tenho a certeza que o Porto tudo fará para ganhar ao Guimarães.

No entanto, fico chocado quando, na generalidade, ouço ou leio portistas torcendo pela vitória do Guimarães contra o Porto! Como o amigo Mário Faria bem lembrou, os vitorianos têm um ódio visceral ao Porto e aos seus adeptos! Só um portista que nunca viveu esses episódios de violência ou que nunca ouviu estas histórias é que pode simpatizar com o Guimarães.

Por mim, ganhamos e quanto maior for a vantagem melhor!

Cumprimentos.

Nuno Nunes disse...

Também já fui vítima da irascibilidade dos adeptos primários do VG, aquando de uma deslocação ao D. Afonso Henriques.
Foi num jogo em que vencemos por 1-0 com um golo do brasileiro Artur. À saída da bancada destinada aos visitantes, fomos brindados com uma chuvada de pedras e paralelos de granito com tal violência que parecia estarmos em plena Palestina. As autoridades, compreensivas perante o acto criminoso, aconselharam-nos a esconder todo e qualquer adereço que nos conotasse com o FC Porto.

Do FC Porto, para este jogo, espero apenas e só uma vitória.

Jorge Aragão disse...

Essas diatribes dos vitorianos são famosas, também tive dificuldades uma vez de sair de lá depois de um 0-0 com o inesquecível Cubillas fazer o impossível que foi falhar uma grande penalidade.à saída da cidade colocaram-se os vitorianos em fila a insultar e a bater nos carros...
De qualquer forma desejo e vitória do Porto amanhã e que o Guimaráes fique em segundo.
Assim ficamos todos satisfeitos.

Anónimo disse...

Como em qualquer circunstância só posso desejar a vitória do FCP, independentemente dos dissabores que, também eu, já sofri em visitas ao suposto "berço da nacionalidade". Como todos os portistas desejo que, pelo menos, um dos grandes de Lisboa nem para a pré-eliminatória da LC se qualifique, e nem olho para o nome do actual 2º classificado. Faço como o outro: "Façam um esforço, tapem-lhe a fotografia, mas votem nele!" : -)

Fernando disse...

É verdade tudo o que o Mário Faria diz. Quem não se lembra, por exemplo, daquele célebre jogo em que empatamos 1-1, golo de JUAN HERÉDIA, emprestado pelo Barcelona, expulso juntamente com o central vimaranense, de seu nome, salvo erro, JOSÉ CARLOS, e se não for este o nome rectifiquem p.f.. O que se sofreu. Neste jogo, as bilheteiras vendiam bilhetes de sócio, para adeptos do F.C.PORTO. Eu, meu Pai e um irmão, vivemos absolutos e intermináveis minutos de grande pânico, no meio daqueles adeptos. E para a Taça de Portugal, ganhamos 2-1. À noite. Apedrejados selváticamente, apenas porque eramos do F.C.PORTO. Confesso que não me importava rigorosamente nada, que se tivessem mantido na 2ª divisão, no mínimo 25 anos.
Os piores inimigos do F.C.PORTO, foram, são e sempre serão, os seus vizinhos.

Alberto disse...

Li com atenção o texto em questão, bem como alguns dos comentários que o acompanha.

Antes de mais, deixem-me dizer-lhes, que o texto está adornado com excelentes fotografias, todavia, a primeira delas, ao contrario do que pode pensar, não retrata um Vitoria SC - FC Porto, mas antes, um Vitoria SC - FC Vizela a contar para a Taça de Portugal em finais da decada 60.

Relativamente ao tema, para que tirem as devidas ilações e ponderem da justeza dos vossos comentarios ou opiniões, queria apenas contar-lhes um episodio verdadeiro, ao qual assisti pessoalmente e que, naturalmente, não terão conhecimento ou já não se recordarão.

O Vitoria SC tinha o Estádio D. Afonso Henriques em remodelação para o Euro 2004, quando decidiu realizar o jogo com o Sporting CP a contar para o Campeonato Nacional no antigo Estadio das Antas.

Adeptos do Vitoria e do Sporting rumaram ao velho anfiteatro portista para assistir à partida. Contudo, mais alguém se interessou pelo jogo, concretamente a claque do FC Porto que marcou presença no Estadio, com faixas e outro adereços, insultando ambas as equipas ao longo de todo o jogo.

No final da partida, ainda perseguiram adeptos do Vitoria e do Sporting, talvez, pelas ruas adjacentes ao Estadio, agredindo, roubando e insultando toda a gente.

Este episodio, seguindo a vossa linha de reciocinio, deverá merecer, em meu enteder, uma reflexão portista...

Saudações Vitorianas e desportistas,

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www.gloriasdopassado.blogspot.com
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Alberto

Unknown disse...

Caro Alberto,

Antes de mais, parabéns pelo blog. Deve ser o único blog, não portista, que visito regularmente.

Histórias dessas há-as às carradas, energúmeros não são exclusivos de ninguém. E uma mão não lava a outra.

Nestas coisas da bola e da relação com outros clubes, há sempre uma relação amor-ódio que tem pouco de racional. Pela minha parte reconheço que me dará tanto gozo que este ano o Guimarães fique em 2º, como me deu há 2 anos quando foi para a 2ª.

Sempre foi assim e sempre será assim! O problema é não ter capacidade de encaixe e pensar que tudo é um rinque de wrestling.

Alberto disse...

Meu caro João Saraiva:

Nem mais, concordo na integra com o que afirma, porem, não pode pensar ser esse "flagelo" apenas um mal no Vitoria de Guimarães. Parece-me extensível a todos os clubes e adeptos e em maior ou menor numero gostam dos seus clubes.

Acontece infelizmente por todo o lado e, somente porque me pareceu atribuir esses comportamentos exlusivamente a adeptos do Vitoria, é que decidi intervir, pois situações de "wrestling" como referiu tambem existem, e não tão poucas vezes, com adeptos do FC Porto.

Nicolau d'Almeida disse...

Caro Alberto:

Pela minha parte também reconheço que não há santos em nenhum clube. A paixão clubística degenera por vezes em violência, que é sempre reprovável, sem dúvida.

No entanto, reforço os motivos por que nunca torceria pelo Vitória: desportivamente considero-o um rival do Porto e penso não estar a cometer nenhum sacrilégio ao referir que essa rivalidade é recíproca, ou seja, nenhum vitoriano há-de simpatizar muito com o Porto. Certo?

Que eu me lembre os grandes episódios de violência entre os dois clubes aconteceram sempre em... Guimarães. O mais recente, por sinal, com a casa do Porto em Guimarães que, pelo que sei, não pretendia ser propriamente um núcleo de uma das claques do Porto, mas que pretendia ser sim um espaço onde simples portistas pretendiam reunir-se para partilhar a sua paixão pelo Porto. O resultado está à vista.

Eu assisti a esse Vitória-Sporting e observei bem que muitos vitorianos agiram provocatoriamente quando se aperceberam da presença de adeptos portistas. E pior, agiram porque estavam em superioridade númerica. Depois da aglomeração de mais alguns portistas o óbvio foi fazerem-se de vítimas, na chegada da polícia ao local! Conto um caso específico a que realmente assisti.

Não faço parte de nenhuma claque do Porto, nunca fiz, mas fui assistir a esse jogo porque se realizava simplesmente no estádio do meu clube. Portanto, não foi só a claque do Porto que se interessou por esse jogo. Mas como já referi não há santos em nenhum clube do mundo. Vitimização é que não. Sejamos honestos.

E não houve problemas absolutamente nenhuns com os adeptos do Sporting e os do Porto, nesse VSC-SCP, porque imperou o respeito de ambos os lados. Já com alguns que vieram de Guimarães não se pode dizer o mesmo. Esta é a verdade.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

A verdade, doa a quem doer, é esta: aparentemente em Guimarães não vigora o "Estado de Direito", pois os adeptos locais do FC Porto foram impedidos de abrirem a sua Casa, perante aquilo que apenas pode classificar-se de "complacência" das autoridades.

E ainda há quem fale do A.J. Jardim!:-)

Alberto de Castro Abreu disse...

Meu caro Nicolau D´Almeida:

Quanto às rivalidades clubistas partilho inteiramente da sua opinião. Tambem sou assim, vitoriano puro em que os adversários, são isso mesmo, adversarios, não inimigos. Alias, prezo muitas amizades e mesmo ligações familiares com adeptos de outros clubes, mas por mim, podem perder todos. Não me importa minimamente.

Quanto aos factos desse celebre Vitoria SC - Sporting CP disputado no Estadio das Antas, deixe-me que lhe diga, que está redondamente equivocado. No final desse jogo foi um corridinho, uma limpeza a adeptos do Vitoria, como certamente terá acontecido com os do Sporting, mas relativamente a esses como não assisti, apenas disse "talvez".

Relativamente aos do Vitoria SC não tenho duvidas do que aconteceu. Alias, foram mesmo, a maior parte deles surpreendidos com a atitude violenta dos adeptos do FC Porto. Mas enfim...

Quanto aos grandes episódios de violencia, posso dizer-lhe que já os assisti quer em Guimarães, como no Porto. E em Guimarães, como se deve lembrar, muitos foram provocados pelo comportamento dos adeptos do FC Porto.

Eu falo por experiencia propria, pois vejo ao vivo os jogos FC Porto - Vitoria SC ha muitos e muitos anos e bem sei, por exemplo, o suplicio que era comprar um bilhete nas antigas bilheiras do Estadio das Antas, na fila do publico em geral.

"Santos" é obvio que não existe. Eu nenhum lado, nem em Guimarães, nem no Porto. Porém a ideia que parece querer passar não é bem essa, mas sim, que do Vitoria é só arruaças, violentos e que do FC Porto, são todos uns anjinhos e que so respondem a provocações.

Mas, se quer acreditar nisso, acredite. Eu sei bem qual é a realidade de muitos e muitos anos a ver futebol, ao vivo, em muitos estadios. Por exemplo, posso contar-lhe que a primeira grande cena de violencia atroz, de pancadaria de "criar bicho" a que assisti, foi no final de um FC Porto - SL Benfica, dos golos do Cesar Brito. Recorda-se?

Quanto à famosa Casa do Porto em Guimarães. É sem duvida um bom tema de debate. Eu particularmente nunca faria algo que impedisse a sua abertura, como acredito que a esmagadora maioria dos adeptos do Vitoria não o faria.

Todavia, eu, como quase todos os adeptos do Vitoria, sou contra a abertura dessa casa. Sinceramente não gostava que ela abrisse em Guimarães. Gostava que Guimarães continuasse a ser uma cidade sem qualquer casa ligada aos 3 denominados grandes.

Saudações Vitorianas,

Alberto

José Correia disse...

Caro Alberto,

Não vou entrar na "guerra" dos "teus adeptos são piores que os meus" ou "quem começou foram os vossos". As agressões, vindas de onde vierem, são sempre lamentáveis e merecerão sempre a minha crítica.

Agora, o que é que isso tem a ver com a abertura de uma Casa do Porto em Guimarães?

Por acaso o FC Porto não tem uma casa em Lisboa e, por sua vez, Sporting e SLB não têm casas no Porto?

Porque carga de água é que os portistas de Guimarães terão de se reunir às escondidas e festejar as vitórias do seu clube em silêncio, não vá isso incomodar as susceptibilidades dos adeptos vimaranenses?

O FC Porto já tem mais de 120 casas/delegações espalhadas pelos 4 cantos do Mundo e o único local onde teve (tem) problemas que impediram a abertura de uma casa foi em Guimarães. Ora, isto é muito triste e, repito, só deixa mal, muito mal, a cidade de Guimarães e, particularmente, quem nada fez (autarcas, polícia, dirigentes do V. Guimarães) para contrariar as atitudes desses vândalos.

Saudações desportistas.

P.S. Alberto, quero enaltecer a forma educada e civilizada como tem pautado os seus comentários neste blog. Continue assim e será sempre bem vindo.

Nicolau d'Almeida disse...

Caro Alberto de Castro Abreu:

Quanto ao clubismo, estamos entendidos. Tenho familiares em Guimarães que são do Vitória e sei perfeitamente o que sentem pelo seu clube e pelo clube dos outros, neste caso o Porto.

Quanto ao VSC-SCP, redondamente equivocado garanto-lhe que não estarei! Mantenho a minha posição relativamente ao episódio que vi. Porém, se refere que noutras zonas envolventes ao estádio atacaram adeptos vitorianos eu acredito, embora sobre isso não tenha observado nada.

Relativamente a adeptos do Sporting com toda a franqueza não soube de nenhum relato de violência entre eles e portistas. Quanto às claques leoninas, como certamente se lembrará de ver no estádio, estavam muito bem vigiadas pela polícia pois existia um grande clima de tensão entre os próprios grupos de apoio do Sporting. Tudo se devia à então recente formação de um novo grupo de apoio ao Sporting, com dissidentes da mais antiga claque do Sporting e de Portugal. Ocorreram algumas escaramuças no interior do próprio estádio entre eles, mas cá fora o controlo policial era muito e não tive nenhum conhecimento de factos ocorridos entre simples adeptos leoninos ou claques com portistas.

Todavia, surpreende-me que afirme que a maior parte dos adeptos vitorianos tenha sofrido atitudes violentas por parte dos portistas, quando era claro para toda a gente que os vitorianos estavam nesse jogo em incontestável maioria no estádio! E havia muito policiamento.

Afirma que já assistiu a muitos incidentes tanto em Guimarães como no Porto. Porém, não me lembro de ter visto o Vitória e seus adeptos serem recebidos à pedrada no Porto. Em Guimarães é o que acontece sempre ao Porto e adeptos: pedradas! E já agora, o Braga, o Boavista, o Benfica, o Sporting, a Académica, o Leixões e todos os simpatizantes destes clubes também têm razões de queixa a esse respeito. Como não podia deixar de ser, ainda este Domingo os vitorianos aguardaram pela saída dos adeptos portistas para os apedrejar, com alguns a terem que deslocar-se ao hospital! Não há como negar isto: Guimarães tem um modo muito próprio de receber os adversários!

Não estou a dizer que não existam portistas que se desloquem a Guimarães com o intuito de criar confusão. Sim, há portistas que procuram chegar a vias de facto com os rivais. Não será por acaso que alguns são conhecidos por “índios”. No entanto, se se está a referir aos incidentes ocorridos em 96 mais uma vez teria que reportar-me aos episódios das.... pedradas.

E não seria também um suplício para os portistas comprarem bilhetes no D. Afonso Henriques? Os portistas nem podem exibir as suas cores com medo de represálias, nem uma Casa podem abrir, nem podem deslocar-se a Guimarães sem que sejam apedrejados...

Adeptos violentos há em todos os clubes. Não quero passar uma imagem de “santinhos” dos adeptos do Porto mas também não admito a vitimização que faz em relação aos do Vitória. Já disse atrás que o Vitória recebe mal vários clubes da Liga, não só o Porto. ALGUNS desses clubes e adeptos que os vitorianos recebem mal, quando se deslocam ao Porto não sofrem o mesmo que aí, garantidamente!

Pancadaria atroz já acontece há muitos anos e em muitos lados e não teve início com o Porto-Benfica, em que César Brito brilhou.

Quanto à questão das Casas dos clubes, eu também penso que nenhum portista queria cá uma Casa do Benfica ou do Sporting. No entanto, se é legítimo que exista uma Casa do Porto em Lisboa, onde há cada vez mais portistas, é igualmente legítimo que exista uma Casa desses clubes no Porto. Por que razão portuenses que são do Benfica ou do Sporting não haveriam de ter o seu espaço na Invicta quando o Porto também tem o seu em Lisboa? Não fazia sentido. Assim como é completamente escandaloso e absurdo que a Casa do Porto não abra em Guimarães. Supostamente, vivemos num país democrático, caramba! Pois, supostamente... Em alguns sítios ainda impera a lei da pedrada.

Cumprimentos.

Alberto de Castro Abreu disse...

Nicolau D´Almeida:

Bom, parece-me, sinceramente, que padece daquilo que costumo apelidar de "memória selectiva".

Mas vejo que não me adianta seguir o seu caminho pois, só agora reparei que é o autor do blogue "Guardião da Invicta" e pelo conteúdo do seu post "Embalando o berço..." já dá para perceber a sua visão sobre o futebol e o fenomeno desportivo. Enfim... Não somos todos iguais.

Meu caro José Correia:

Acredite que a minha toada neste ou em qualquer outro espaço será sempre a mesma: respeito e educação mesmo para aqueles que não partilham das mesmas ideias ou opiniões que eu.

Quanto à casa do FC Porto, insisto no conteúdo do meu anterior comentário, nomeadamente, de que eu não faria nada que impedisse a sua abertura, mas se me perguntarem se gostava, a resposta é não. Nada mais.

Em jeito de conclusão, desafio-o a visitar o meu blogue "Glórias do Passado" no dia de amanhã. Com certeza irá gostar da dedicação e postagem que ali será colocada.

Saudações Vitorianas,

Alberto

Nicolau d'Almeida disse...

Caro Alberto de Castro Abreu:

Acho que o texto a que se refere ("Embalando o Berço...") não tem nada de ofensivo. A não ser que a verdade ofenda... Isso já é outra história.

Penso também que não deve tomar a parte pelo todo, quando se refere a visões sobre futebol e o fenómeno desportivo.

Mas ainda bem que não somos todos iguais!...

Observei que alguns vitorianos têm andado atarefados a difundir o seu amor pelo Vitória. Depois de há duas jornadas terem "mimado" alguns portistas, coube este Domingo aos leixonenses, mais uma vez, receberem aquele "abraço" vitoriano. Mas se calhar isto é só a minha "memória selectiva" a funcionar...

Cumprimentos.