sexta-feira, 6 de julho de 2012

Com um nó na garganta...

Este clima, não estando "cinco estrelas", puxa ainda assim mais para comédias do que que para charopadas melodramáticas mais típicas de dias invernais, mas não posso deixar de partilhar estes relatos pungentes, sentidos, que partem o coração ao mais empedernido portis... monstro. Isto faz chorar as pedras da calçada.

Benfiquistas falam de como é viver o seu clube no Porto

p.s.: A título de curiosidade, sugiro editar o texto e substituir "Porto" por "ghetto de Varsóvia", "portista" por "nazi", "benfiquista" por "judeu"... Ficam a parecer relatos de prisioneiros de Auschwitz.

p.s.2: Sou particularmente fã de histórias do género "o meu vizinho" (ou o filho da prima de uma cunhada do irmão de uma moça que é amiga de um tipo que eu conheço) foi espancado (o que infelizmente, até pode ser verdade); faz lembrar o famoso caso daquele rapaz desgraçado (que até acabou por se suicidar), agredido num jogo de hóquei pelo Paulo Alves, quando este saltou para a bancada e desatou a bater em tudo o que mexia.

16 comentários:

Anónimo disse...

Essa reacção do PALVES deu-se no recinto de jogo após no final de jogo ter havido invasão do mesmo o que era de todo desaconselhavel face ao facto de pouco tempo antes se ter dado a "emboscada" aos nossos hoquistas...

Anónimo disse...

Eu gostava de ver um BOM post neste excelente blogue abordando a "transferencia" do Goberninho do Zona Mista para o triodaataque...

João disse...

Cambada de meninos... Haviam de ser Portista como eu em Lisboa desde criança para ver como é que era. Era o ÚNICO na escola inteira e mesmo sendo massacrado nunca deixei de amar o meu FCP.

Bacalhau_com_belgas disse...

Caro João, no artigo também ninguém diz que deixou de amar o SLB. Só disseram (como você) que são massacrados, o que lhes valeu aqui a rábula do Filipe Sousa. Não havia grande necessidade, até porque essas queixas (e a forma como estão formuladas) são um fenómeno comum em adeptos que vivem em cidades/regiões dominadas por outros clubes, principalmente quando são clubes rivais como é o caso. Foi mais uma alfinetadazita no alvo favorito, para animar as hostes enquanto não comeca o bailarico a doer.

Filipe Sousa disse...

Eu não acho que seja só uma alfinetadazita - há uma clara diferença entre os portistas que vivem em Lisboa, e os benfiquistas que vivem no Porto. Os primeiros vivem com maior ou menor dificuldade uma situação "difícil", os outros vivem acossados e perseguidos, quais refugiados. Se são sentimentos genuínos, ou apenas escolhas "certeiras" do editor do site, fica a dúvida. Certo é que nos últimos anos, assisti às derrota do Porto, em casa, frente ao SLB, e vi adeptos deste último clube a festejar naturalmente e zero incidentes. E esses factos não se coadunam (pelo menos, nos últimos anos) com o clima de terror, retratado na peça. E havendo-os, porque é que a culpa cai sempre para o mesmo lado? Eu já assisti na televisão a alguém a classificar os adeptos do Porto como, ipsis verbis, "selvagens". Ok, mas quem é que tem sangue nas mãos?

Ricardo Melo disse...

Caro Filipe, não sei se reparou, mas o mesmo site fez um artigo "vice-versa" em relação a este que está a ser alvo deste post.

"Portistas falam de como é viver o seu clube em Lisboa"
http://relvado.sapo.pt/1-liga/portistas-falam-como-viver-seu-clube-lisboa-411351

Mais uma vez, também podíamos fazer o exercício ao contrário: substituir "portista" por "judeu" e "benfiquista" por "nazi", and so on...

Ando há muito tempo a bater nesta tecla mas com pouca eficácia: isto é igual em todo o lado, e ninguém me venha dizer que é mais difícil ser portista em Lisboa do que benfiquista no Porto. É igual em ambos os casos, da mesma forma que não é fácil ser católico no Irão ou muçulmano em Arruda dos Vinhos. Ninguém é melhor (nem pior) que ninguém (generalizado, é claro).

Ricardo Melo disse...

Caro Filipe, não sei se reparou, mas o mesmo site fez um artigo "vice-versa" em relação a este que está a ser alvo deste post.

"Portistas falam de como é viver o seu clube em Lisboa"
http://relvado.sapo.pt/1-liga/portistas-falam-como-viver-seu-clube-lisboa-411351

Mais uma vez, também podíamos fazer o exercício ao contrário: substituir "portista" por "judeu" e "benfiquista" por "nazi", and so on...

Ando há muito tempo a bater nesta tecla mas com pouca eficácia: isto é igual em todo o lado, e ninguém me venha dizer que é mais difícil ser portista em Lisboa do que benfiquista no Porto. É igual em ambos os casos, da mesma forma que não é fácil ser católico no Irão ou muçulmano em Arruda dos Vinhos. Ninguém é melhor (nem pior) que ninguém (generalizado, é claro).

Vítor Hugo disse...

Realmente, os muitos benfiquistas que conheço cá na Invicta, nativos e/ou residentes, nem podem sair à rua, coitadinhos...

A propaganda da vitimização não tem limites. Haja paciência...

Penta disse...

é pá, poupem-me!
tenham lá paciência com este tipo de "não-assuntos"
(para utilizar as novas terminologias da moda)!

até parece que, cá na cidade InBicta há milícias armadas há "cata" de lampiões.
já não bastou o outro energúmeno nos ter apelidado de «nova Palermo»?! é preciso "dar voz" a cenas ridículas como as do post?

é que, em plena Alfândega da Fé, há dois anos, fui o único portista, num cafézito, a ver a conquista do título no nosso salão de festas preferido.
penso que mais comentários serão desnecessários - ao contrário dos meus sorrisos, que se renovam de cada vez que me recordo do momento.

parvalhões e coitadinhos há-os em todos os clubes, sem excepção, independentemente de localizações geográficas.

nunca mais chega Agosto...

somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II

Nuno Vaz disse...

Ora, eu sou um Portista Alfacinha e é exactamente a mesma coisa, nem mais nem menos. Quando o FCP ganha também não vou para o meio de Lisboa ou para o Colombo festejar, no máximo vou para a casa do FCP de Lisboa que é lá onde estão os meus. A única vez que buzinei numa vitória do FCP, foi na vitória em Corunha nas meias finais da Champions e fui multado por um PSP. Tanto no Porto como em Lisboa, não se metam a jeito que ninguém lhes toca, de certeza. Quanto ás histórias do Dragão, infelizmente já vi coisas na Luz que nem gosto de contar, por isso não façam dessas histórias um exclusivo do Dragão, cá é igual.

Anónimo disse...

O que achei mais piada foi o facto do vizinho (que era de uma claque) se ter envolvido em confrontos, e ainda por cima se aleijou.... que chatice!

Snob disse...

Ja se sabe q os adeptos d 5lb conhecidos por bebados, assassinos(jamor), tentativa de assassinio(hoquei) traficantes(orelhas o cocas) e afins sao trafulhas vao querer ganhar com tuneis..querer agredir pessoas..

Ñ se esqueçam das 3 grandes figuras desse clube:

1 Salazar\m.caetano(sem eles eram o atletico)

2 Sr.Calabote(unico arbitro em portugal a ser irradiado do futebol, logo corrompido pelo 5lb)

3 o grande Vale e azevedo Lucky me roubar otarios.

Anónimo disse...

È muito, mas muito mais facil ser benfiquista no Grande Porto do que Portista na Grande Lisboa.

O resto não tem adesão à realidade ou seja é mais ou menos TRETA, aliás basta lembrarmo-nos que estamos infelizmente num país FEROZMENTE CENTRALISTA e conhecer as "tendencias" da maioria esmagadora da "intoxicação social".

Unknown disse...

Ricardo Melo, eu li ambos os textos, e se de facto fossem assim tão semelhantes, não estaríamos aqui a falar. Os portistas de Lisboa também têm medo de ir ao Estádio da Luz - compreendo ambos os lados; aceito que não seja fácil. Mas só num dos textos encontra expressões como "inimigo" e "ódio". Será caso para tanto?

Ricardo Melo disse...

Filipe Sousa, gosto mais de "adversário" e de "rivalidade", mas isso sou eu que sou um pacifista... :-)
Acima de tudo acho que o que mancha mais as relações entre adeptos dos dois clubes é a porcaria das claques, que em grande parte não passam de antros de criminalidade, que pouco ou nada tem de facto a ver com a rivalidade desportiva. Não acha que, sem esses "agentes", as coisas muito provavelmente nunca chegariam aos pontos que já chegaram?
Olhe, eu sou benfiquista, no Porto, e não me esquecerei jamais de um célebre Porto-Académica que por motivos não-futebolísticos tive que ir assistir ao Dragão. Felizmente, numa bancada de gente "normal" (a bancada TMN). Ao mesmo tempo, jogou-se um Boavista-Benfica. Apesar de ter tentado não o demonstrar, o que é certo é que acabou por passar a quem lá estava a imagem de qual era o meu clube e do quanto estava ansioso pelo desfecho dessa última jornada. E a parte que não esquecerei foi a boa dúzia de portistas que estavam ali perto de mim e que me parabenizaram no final. Tudo com muito respeito e fair-play de parte a parte, porque estamos a falar do adepto "normal", e não do arruaceiro da vossa bancada Super Bock.
O ponto onde quero chegar é que, entre adeptos "normais", acredito piamente que o mesmo se passaria na Luz.
Infelizmente, nem eu, nem você, e provavelmente ninguém, pode dar termo aos inúmeros energúmenos que existem de ambos os lados...

Antonio Silva disse...

Os lampiões não se decidem, ora dizem que o Porto está cheio de benfiquistas (e caso fosse verdade estariam relativamente à vontade na cidade) como depois dizem que são uma minoria discriminada e que só lhes falta andarem pela rua com uma águia amarela na lapela do casaco.

Decidam-se.