sábado, 23 de outubro de 2010

Pelezinho

Nem sonhávamos com you tube, internet e coisas que tais. Havia de quando em quando umas imagens na TV, mas o que conhecíamos era aquilo que nos contavam, muitas vezes no estilo de quem conta um conto acrescenta um ponto, e o que nos contavam era que o Pelé foi o maior, tudo era magia.

Depois havia isto:


que ampliava o mito. O Pelé era mesmo o maior!

Os anos passaram, a informação foi complementada, Pelé já não é o mesmo mito, mas não tenho dúvidas que estas revistas, e aquilo que elas me faziam sonhar, contribuíram e muito por esta minha paixão pelo jogo, pela sua envolvência, pela sua magia.

Pena que as histórias do Pelezinho já não façam sonhar as crianças de hoje em dia.

E posto este momento revivalista, aqui ficam os parabéns ao Edison Arantes do Nascimento pelos seus 70 anos.

16 comentários:

Daniel Gonçalves disse...

Grato ao João Saraiva por recordar esta banda desenhada, a qual também me lembro de ler, assim como a do Recruta Zero. Relativamente ao Pelé concordo que terá sido o maior jogador do Mundo até ao aparecimento de Maradona, que passou a ser, sem sombras de dúvidas, até aos dias de hoje, o maior futebolista de sempre. Apenas faltou a "El Pibe" aquilo que outros tinham: cabeça, caso contrário, não se teria envolvido com a heroína e outras substâncias.

Remígio Manuel Silva da Costa disse...

Vi, ao vivo e na TV, muitos e bons jogadores de futebol.

Nenhum como Edison Arantes do Nascimento:

PELÉ!

Alexandre Burmester disse...

Não sabia que o Pelé estava de parabéns, aos quais me associo. Vi-o jogar algumas vezes na televisão, mas ao contrário do nosso estimado leitor r.m. silva da costa acho que houve quem se lhe comparasse: Diego A.Maradona, Johan Cruyff e George Best (este último sem dúvida prejudicado na sua reputação mundial pelo facto de representar uma selecção com pouca projeção, a Irlanda do Norte).

Mário Faria disse...

Garrincha em 1962 : um fenómeno. Era analfabeto, borrachão, mulherengo e muito mais.
O Brasil foi campeão do mundo, sem Pelé que apenas cumpriu o primeiro jogo.
Garrincha era extremo direito, tinha as pernas meio tortas, mas era desconcertante.
Corria, bailava, fintava, centrava e rematava como poucos. Nesse campeonato nunca lhe faltou a inspiração. Dos melhores que vi.
Durou pouco e morreu cedo, vítima de cirrose.
Pelé foi um óptimo jogador que muito apreciei, hoje continua a marca com enorme sucesso e proveito o que não valorizo da mesma forma.
Pelezinho era Fraco assim tratado quando jogador do Leixões. Um excelente jogador. Dos que me deixou saudades.

rbn disse...

Maradona foi melhor?em QUE???

Curriculum do REI:
Partidas: 1375
Gols: 1284
Média de Gols por Partida: 0,93
Atleta do século
Recorde de gols em uma partida: oito gols, em 21 de novembro de 1964, na partida Santos 11 a 0 Botafogo de Ribeirão Preto Partidas pela seleção brasileira: 115 (92 oficiais)
Gols pela seleção brasileira: 95
Mais jovem artilheiro Campeonato Paulista: 1957 - Santos (fez 17 anos durante a competição)
Mais jovem Campeão Mundial: 1958 - Brasil (17 anos)
Mais jovem Bicampeão Mundial: 1962 - Brasil (21 anos)
Único Jogador tricampeão mundial: 1970 - Brasil
Maior artilheiro em uma temporada do Campeonato Paulista: 1958 - 58 gols
Maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista: 11
Maior artilheiro em uma temporada: 1959 - 127 gols
Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira: 95 gols
Maior artilheiro do futebol profissional: 1284 gols
Placa de bronze afixada no Maracanã: 1961 - Em virtude de um lindo gol marcado contra o Fluminense, no dia 12 de junho de 1961. Origem do termo "Gol de placa", cunhado por Joelmir Beting.
Artilharia
Campeonato Paulista
1957 - Santos (20 gols)
1958 - Santos (58 gols) - Recorde da Competição
1959 - Santos (45 gols)
1960 - Santos (34 gols)
1961 - Santos (47 gols)
1962 - Santos (37 gols)
1963 - Santos (22 gols)
1964 - Santos (34 gols)
1965 - Santos (49 gols)
1968 - Santos (26 gols)
1973 - Santos (11 gols)
Copa América
1959 - Brasil (9 gols)
Campeonato Brasileiro das Forças Armadas
1959 - Seleção da 6ª Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM)(11 gols)
Campeonato Sul Americano das Forças Armadas
1959 - Seleção Brasileira das Forças Armadas (11 gols)
Taça Brasil
1961 - Santos (9 gols)
1963 - Santos (12 gols)
Torneio Rio-São Paulo
1961 - Santos (7 gols)
1963 - Santos (15 gols)
1964 - Santos (3 gols)
1965 - Santos (7 gols)
Copa Intercontinental
1962 - Santos (3 gols)
1963 - Santos
Taça Libertadores da América
1963 - Santos (11 gols)
Títulos
Santos
Campeonato Paulista: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973
Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
Taça Brasil: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965
Taça Libertadores da América: 1962 e 1963
Copa Intercontinental: 1962 e 1963
Recopa Sul-Americana: 1968
Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968
Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1968
New York Cosmos
Liga Norte-Americana de Futebol: 1977
Seleção Brasileira
Copa do Mundo: 1958, 1962 e 1970
Prêmios
Melhor jogador jovem da Copa do Mundo: 1958
Bola de Prata Copa do Mundo: 1958
Chuteira de prata Copa do Mundo: 1958
Craque do time das estrelas da Copa do Mundo - World cup all-star team player: 1958
Bola de Ouro - Copa do Mundo: 1970
Craque do time das estrelas da Copa do Mundo - World cup all-star team player: 1970
BBC Personalidade Esportiva do Ano: 1970
Melhor jogador Sulamericano do ano: 1973
Atleta do Século, eleito por jornalistas do mundo todo, na pesquisa realizada pelo jornal francês L'Equipe: 1981
Atleta do Século, eleito pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999
Atleta do Século, eleito pelos jornalistas da Agência de Notícias Reuters: 1999
Jogador de Futebol do Século, escolhido pela UNICEF: 1999
Jogador de Futebol do Século, eleito pelos vencedores da Bola de Ouro da revista France Football: 1999
Maior jogador do Século XX pela IFFHS: 1999
Maior jogador Sulamericano do Século XX Pela IFFHS: 1999
Maior Jogador de Futebol do Século FIFA: 2000
Laureus World Sports Awards - Prêmio pelo conjunto da obra, entregue pelo Presidente Sul-Africano Nelson Mandela: 2000
BBC Personalidade Esportiva do Ano - Prêmio pelo conjunto da obra: 2005

Leceiro disse...

Um CV tão extenso cheio de conquistas no Brasil, faltam alguns detalhes tais como:

- Pegar numa equipa mediana e conseguir tornar essa equipa campeã de ITÁLIA.

- Destruir equipas adversárias com o seu génio e guiar uma selecção ao título praticamente sozinho, algo que o Pelé nunca fez ao invés do Garrincha.

- Ser recordado por algo mais do que golos falhados ou grandes defesas a remates seus.

Maradona é o número 1 e o Cruyff será o número 2, apenas e só porque falhou a conquista do Mundial de 74 caso contrário iria ombrear com o 10 na luta pelo melhor jogador de todos os tempos.

Sem nunca os ter visto, pelos factos e estatísticas e já agora opiniões de quem viveu essa época, parece-me que o di Stefano e o Puskas foram melhores jogadores que o Pelé.

Alexandre Burmester disse...

O futebol é um jogo colectivo, rbn. Vir para aqui com estatísticas das vitórias das equipas de que o Pelé frazia parte pouco ou nada acrescenta à discussão. Eu queria ver se ele tinha ganho isso tudo se jogasse no Salgueiros. É por isso que o George Best é subestimado nestas comparações.

Ah, se o Manchester United tivesse participado no Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968 (o que quer que isso seja), se calhar era o Best e não o Pelé que tinha esse torneio no currículo!;-)

Paulo Marques disse...

Se calhar se o Pelé tomasse cocaína regularmente...

Leceiro disse...

O torneio Roberto Gomes Pedrosa era o campeonato brasileiro não oficial da época.

O Pelé foi óptimo no Santos, onde apanhava ilustres equipas as quais o Santos cilindrava sem problemas mas fico na minha: os vídeos do Pelé por norma têm o Gordon Banks ou Ladislao Mazurkiewicz e não jogadas assombrosas e afins. Aliás, um dos mitos é que o Pelé foi o rei dos goleadores e o melhor jogador desse mundial: nada mais incorrecto.

Daniel Gonçalves disse...

Nightwish disse: "Se calhar se o Pelé tomasse cocaína regularmente..." Comparação totalmente errada, Maradona já era um jogador genial antes de se envolver na heroína, e foi essa droga que acabou com a genialidade e com a sua capacidade fisíca, a heroína prejudicou-o e não o inverso, a heroína definha o fisíco humano e não serve como estimulação ao contrário de outras substâncias psicotrópicas.
Rbn: a genialidade de um jogador não se mede só pelo nº de golos marcados, Maradona era capaz de pegar na bola na sua baliza e leva-la pelo campo fora até a outra baliza passando por vários adversários, como aquele golo num Mundial de 86 contra a Inglaterra em que fintou 6 ou 7 jogadores. Penso que Pelé não era capaz de tal, era um excelente finalizador, mas não um "criador" de jogo.

rbn disse...

Caro Leceiro, as ilustres equipas que o Santos apanhava e às vezes cilindrava, eram o Corinthians, o São Paulo, o Flamengo de , o Vasco da Gama, o Fluminense, o Botafogo de Garrincha, o Palmeiras, o cruzeiro de Tostão, o Internacional e o Grêmio de Porto Alegre, e muitos outros médios e pequenos, que não eram bem um rio ave ou um passarinhos da ribeira.

Ora bem...em QUE exatamente Maradona, ou Cruyff, ou outro qualquer foi MELHOR que Pelé?

Meus argumentos:
Como jogador, Pelé foi completo.
Tinha habilidade acima da média, faro de golo (1284 golos), tinha visão de jogo, tinha velocidade, tinha força, tinha impulsão, cabeceava melhor que Jardel e rematava bem com os 2 pés(até hoje ninguém sabe se ele era destro ou canhoto), e se preciso fosse, jogava como guarda-redes.

Já agora, o "modesto" Nápoles contava com Careca e Alemão(titulares da seleção brasileira), mais 3 ou italianos da seleção...

Os seus argumentos...

Caro Daniel Gonçalves, vi Pelé fazer o golo de Maradona muitas vezes no Maracanã, mas apenas vi Maradona fazer este golo 1 vez...

Leceiro disse...

Claro, por isso é que o Santos tinha "tantos problemas" em vencer campeonatos Paulistas, a qualidade era tanta nos clubezecos que andavam a fazer número para as séries que até levavam 11 de cada vez...e como o senhor sabe, só em 1970 é que foi criado o campeonato brasileiro, até lá eram disputadas taças entre zonas e o RG Pedrosa, que competitividade extraordinária.

O modesto Nápoles, sim, quando comparado com o Milan, Juventus, Inter, etc. uma equipa sem historial de conquistas e que de repente vence dois títulos num campeonato como se veio a saber mais tarde, marcado pelo falseamento e compra de resultados.

O Cruyff foi o expoente máximo do futebol total, capaz de jogar onde fosse preciso com a mesma precisão e categoria de sempre, um jogador capaz de guiar uma equipa a três TCE seguidas (o Pelé ganhou duas libertadores e depois a fonte estancou) e capaz de chegar a Barcelona, com a equipa no último lugar e guiar a mesma ao título.

E mais a mais, o Pelé sempre foi demasiado fanfarrão, sempre à procura de mais um ou dois golos nos amigáveis contra o XV dos quintos do inferno e vangloriar-se disso.

rbn disse...

Caro Burmeister, o Roberto Gomes Pedrosa foi antecessor do Brasileirão, e sucessor do Rio-São Paulo e da Taça Brasil, todos torneios nacionais.

A Taça Brasil o o torneio Rio-São Paulo eram disputados pelos 5 grandes do Rio (Flu, Fla, Vasco, Botafogo e na época, o América, que tinha grande equipa)e São Paulo(Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Portuguesa de Desportos, na época, grande equipa).

Depois, vieram os clubes de Minas gerais(cruzeiro e atlético), bahia(Bahia e Vitória), Rio Grande do Sul(Inter e grêmio)e formou-se o RGPedrosa, conhecido como Robertão.

Apenas em 1971, passou a ser Brasileirão, com 30 ou mais clubes(em 1976 com 60(???)clubes)

A partir de 1995, é que ficaram apenas 20 clubes, salvo erro.

Dentre estes 20, pelo menos 10 tem chances de serem campeões, porque os do rio, são paulo, minas e rio grande do sul são grandes clubes com milhões de adeptos, e jogos entre estes clubes são clássicos, daí faça as contas:
-cada clube joga pelo menos 22 clássicos por brasileirão(em casa e fora).
-ainda existem aqueles clubes chatos de ganhar em casa, tipo braga ou guimarães, que no Brasil são Goiás, Atletico do paraná, Ceará e etc, também estes com pelo menos 2 milhões de adeptos e estádios com 30 mil lugares.
-jogos de 3 em dias em um país do tamanho da Europa(imagine a Liga dos campeões em pontos corridos.

Consegue imaginar o FCP jogando de 3 em 3 dias Europa fora?

meirelesportuense disse...

Pelé foi mágico, não é por acaso que o Brasil -terra de enormes futebolistas- o elegeu Rei...Dele recordo um lance, creio que no Mundial de 70 no México, a um pontapé de baliza contrário -não recordo a outra equipa-, respondeu com um remate imediato sem que o esférico tivesse tocado a relva, que ia fazendo-o entrar na baliza adversária...Para mim foi o suficiente.

rbn disse...

Caro Leceiro, chamar Corinthians, São Paulo, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Palmeiras, Cruzeiro, Internacional e Grêmio clubezecos realmente demonstra cultura futebolística "muito rica"...

Quanto à qualidade do campeonato paulista, garanto que sempre foi muito melhor que o campeonato portugues, por exemplo...pelo menos, no paulistão sempre houveram 5 ou 6 clubes capazes de concorrer ao título, enquanto que cá, apenas os 3 do costume, embora pareça que são apenas 2, já que o siportim caminha a passos largos para a belenensização.

Quanto a não ter ganho mais Libertadores, a escolha do Santos FC foi excursionar pelo planeta, ganhando dinheiro em amigáveis em estádios como o Bernabéu, San Siro ou nos confins de África, sempre abarrotados para ver Pelé, e não disputar a Libertadores, onde não se ganhava dinheiro algum(e ainda hoje paga mal).Não tenho dúvidas que se o Santos optasse pela Libertadores, certamente tinha ganho a década de 60 toda.Ou quase toda.

Já Cruyff foi excelente, não nego, ganhar 3 TCE seguidas é difícil, é para poucos.

Mas ganhar 3 mundiais FIFA, sendo o 1º aos 17 anos, o 2º aos 21 e o último aos 29, deve ser mais difícil, penso eu.

Mas se o fanfarrão do Pelé que cilindrou o ben7a na luz em 1962, com um hat-trick e 2 assistencias na 2ª mão da final do interclubes, e no ano seguinte o AC Milan no Maracanã por 4-2, foi eleito pela FIFA, pelo COI, pela imprensa internacional, pelos vencedores da Bola de Ouro do france football, pela Unicef, pelo L'Equipe, pelo IFFHS como o melhor de sempre, talvez seja pelos seus lindos olhos.Ou marketing.

Já agora, o que Cruyff, Messi, Ronaldo, Ronaldinho, Zidane, Platini, ou outro qualquer fizeram ou fazem, Pelé já fazia.A diferença é que não havia TV para registar tudo.

E nunca se ouviu falar que Pelé esteve em baixo de forma. Já os citados Cruyff e etc estiveram em grande fase algum tempo, depois decaíram e voltaram, ou decaíram de vez.

Pelé esteve(e continua) em grande o tempo todo no subconsciente das pessoas.Assim como Amália, Beatles, Sinatra, Maria Callas, Pavarotti...a síntese e a essencia.

Leceiro disse...

Ao menos diga as coisas como elas são, quantos jogos fez o Pelé em 62? Pois, 1. E se o Brasil venceu esse mundial, foi sim pelo melhor jogador que veio ao mundo no Brasil, Mané Garrincha.

Para que conste: chamei clubezecos às equipas que faziam número nos campeonatos Brasileiros, nada mais. Tanto mais que cada equipa "grande" tinha o seu craque fora de série.