domingo, 2 de setembro de 2012

Respirar fundo antes de voltar a sofrer...



Uma verdadeira montanha russa de emoções. Depois de se ver nos primórdios do encontro em desvantagem no marcador o campeão nacional foi capaz de fazer uma reviravolta assertiva sob a batuta de um “bandido” colombiano. Num ocaso que parecia tranquilo, Targino pôs a equipa azul e branca em estado de alerta quando o seu meio-campo perecia como uma manta de retalhos incapaz de suster o equilíbrio de um jogo que num ápice se tornou incómodo. Vitória justa, mas desnecessariamente tremida, num batateiro inqualificável.

Aos 72 minutos, quando Hulk fuzilou as redes de Ricardo no terceiro tento portista da noite, a história do jogo ficou definitivamente sentenciada. O que Vítor Pereira não previu foi a perda de Defour na sua zona intermediária, isto depois de já ter retirado para os aposentos Lucho Gonzalez. O miolo portista perdeu preponderância e controlo sobre o jogo, tornando os 7 minutos finais num calvário para o qual já ninguém estava preparado. Foi azar perder o médio belga por lesão. Mas foi pouco ajuizado retirar “El Comandante” mais cedo quando o estanque Fernando por lá não morava.

Enfim, sofrimentos de última hora à parte, que ficam sempre mais retina, houve felizmente muita matéria que nos faça merecer um sorrir. Inevitavelmente com James Rodriguez logo à cabeça. Transcreveu em prática um agitar de encontro que parecia querer nos fugir. Futebol prático, circulado e de passe bem medido, tudo o que a equipa não tinha e que felizmente Vítor Pereira descortinou necessário impregnar sem ter de aguardar pelo intervalo da praxe. Uma proatividade que só lhe fica bem.

Era certo que o FC Porto dominava - fê-lo desde cedo – mesmo que enrolado naquele jeito repelão e pouco corrido, tantas vezes já revisto noutras batalhas. As finalizações saíam de forma esporádica e bolas paradas sempre na miséria que se lhe reconhece. A compor o ramalhete Alex Sandro faz um erro de palmatória com um passe transviado a meio terreno oferecendo a vantagem aos homens de Olhão. Assustado o dragão só se recompôs quando o miúdo James veio a jogo. Catapultou para frente os seus companheiros e fez o empate. E que chapelada!

Mais animados com a ponta final da 1ª parte o campeão nacional aproveitou o embalo para arrumar a contenda. Numa bola metida a régua e esquadro pelo “dínamo” de serviço, Jackson Martinez sentou Ricardo para a reviravolta já merecida. Era o período onde domínio se sentia por inteiro e onde o dilatar do resultado chegaria não muito depois. Tudo aparentemente sob controlo… Não recalquemos, pois, a tremedeira final. Meritoriamente induzida pelos comandados de Sérgio Conceição. Mas não a ponto de merecer roubar os 3 pontos à nossa equipa.

13 comentários:

José Rodrigues disse...

Nao sei porquê, aquela chapelada do James ao Labrecas deu-me um gostinho especial...:-)

José Rodrigues disse...

Nao sei porquê, aquela chapelada do James ao Labrecas deu-me um gostinho especial...:-)

Anónimo disse...

Vitória importante diante dum adversário difícil, superando o Olhanense e somando mais pontos, relacionado aos jogo da época passada (relativamente a uma derrota e um empate antes, desta feita foi empate em Barcelos e vitória de agora).
Uma resposta afirmativa ao momento presente, superando as dificuldades derivadas no tardio fecho do mercado e preparação a conta-gotas da maioria dos internacionais. Com o que se passou neste jogo já conta a permanência de Hulk, Moutinho e demais. Tal qual, apesar de tudo, o treinador mostrou que não é o que se pinta por muito lado, pois soube mexer na equipa, para melhor. Aliás, no que se tem lido entre gente Portista, anda muito comentário na internet que mais parece de adversários, a meter veneno, ou pelo menos a parecer, porque assim dão ideia de não terem gostado da vitória do F C Porto. Ora,pese os momentos menos bons do início e fim do jogo, cujos erros e receios deverão ser bem atacados, gostei na generalidade do empenho e da exibição, bem como especialmente do resultado, que nos dá um domingo com boa disposição e um futuro auspicioso.

Memória Portista
http://memoriaporto.blogspot.pt/

DJ Louro disse...

Gostei muito da exibição e que diferença daquela realizada na passada época no mesmo cenário.
Outra atitude, maior empenho de todos e o treinador a fazer a substituição acertada (James).
Este Porto com 2 laterais de categoria e com um ponta de lança a serio, iniciou a epoca com outra pujança, mas os ultimos 10 mns da partida não se podem repetir.
Uma palavra para o arbitro que, não quis admoestar Luis Filipe, Rui Duarte e Mauricio que, se fartaram de dar porrada durante todo o jogo, mas quando teve oportunidade mostrou amarelo ao Alex Sandro, provávelmente na unica falta que fez!!
Mais uma arbitragem á semelhança das anteriores , daí estar muito satisfeito com esta vitória depois de todas estas adversidades!

Mário Faria disse...

Foi um jogo entretido que vencemos bem. Uma primeira parte em que perdemos algumas oportunidades e algumas bolas que permitiram os contragolpes do adversário, e quem não marca sofre. A entrada de James mexeu com o jogo, e marcar a fechar a primeira parte catapultou o FCP para uma segunda parte ao nível de um campeão. Depois do segundo golo dos homens da casa, sofremos e o Olhanense acreditou. A nossa equipa pareceu fatigada nesse período e os reforços que entraram (Varela e Castro ) não estiveram bem, tal como Danilo que continua a surpreender-me pela negativa.
Moutinho, James, Hulk e Martinez foram os melhores. Logo a seguir, Alex Sandro que é muito bom de bola, sobe bem, mas temos que saber compensar as suas subidas pois arrisca demasiado na fase ofensiva. O banco do FCP parece não ter soluções credíveis para o meio campo e, sendo assim, talvez tivesse sido melhor, com a saída de Lucho e Defour, ter metido dois laterais, Miguel Lopes e Mangala e ter avançado com Alex e Danilo para o meio campo. De qualquer forma gostei do comportamento da equipa. Uma palavra final para Defour que acho se exibiu bastante bem. Não tem muito boa imprensa, é um jogador de equipa e que tenta jogar fácil. Gosto dele.
Tivemos momentos bons, um relvado que constituiu um sério adversário e um Olhanense com as pilhas todas, pois apesar de ter tido 39% de posse de bola, correu mais que o FCP. É preciso muita garra para correr tanto e a maioria das vezes a bola não ser o alvo. É o treinador que sabe motivar, os fisioterapeutas são bons e têm muita experiência. A arbitragem não esteve tão mal quanto esperava, embora tenha passado mais uma placagem na grande área adversária e ter permitido demasiado jogo sujo de alguns jogadores do Olhanense.
Por último, uma palavra para a realização. Fiquei com muitas dúvidas em muito lances que me pareceram em fora de jogo, mas que nunca mereceram repetição. E por isso ainda fiquei com mais dúvidas.

Nelson Carvalho disse...

A propósito do pertinente comentário do Mário Faria e voltando o enfoque aos nossos 2 laterais brasileiros, também concordo e parece-me que deve ser avisado a equipa tomar em atenção as compensações que têm de ser feitas. Para além de as coberturas nem sempre terem funcionado da melhor maneira, reparei em alguns momentos os 2 laterais a subirem no terreno simultaneamente, o que é bastante perigoso para o equilíbrio da equipa.

Subscrevo também a boa prestação do Defour e de não ser por acaso que fase mais aflitiva que atravessamos na partida estar relacionada com a sua saída forçada. Claro que também a substituição do Lucho não ajudou, deixando o meio-campo "apenas" entregue à contemporização de Moutinho, já que James ainda não sabe assumir comportamentos defensivos neste sector e o Castro entrou distraído para o jogo (deixou-se antecipar no 2º golo do olhanense).

Por último, se no decorrer do encontro fiquei deveras irritado com o péssimo estado do relvado, ponderando agora ainda pior fico porque tenho quase a certeza que não foi por um acaso ou uma mera infelicidade ver aquele terreno todo empapado, mole e a levantar bocados enormes de relva por todo lado. recordo que à cerca de 15 dias a selecção jogou nestes estádio onde o campo se apresentava impecável. Seria bom que a Liga de Clubes começasse a ter mão dura para estas manobras de vão de escada, tão vezeiras nas equipas mais pequenas para tentar condicionar o maior virtuosismo dos seus adversários, em especial os mais dotados tecnicamente.

Filipe Sousa disse...

É impressão minha ou nos últimos jogos fora, já fizemos mais 3 pontos que na época passada?

João disse...

O nível exibicional melhorou um pouco, mercê das inclusões do Alex Sandro e Danilo no onze. Continuo a dizer que o Defour não serve para ali e o Varela não serve para jogar futebol. O João Ferreira teve o seu dedinho no jogo, mas lá esteve melhor que a escandaleira que se esperava.

Anónimo disse...

O Anzhi, clube russo, desmentiu este domingo, no site oficial, qualquer proposta por jogadores do Benfica.

O jornal «A Bola» faz manchete, na edição deste domingo, com a recusa de Luís Filipe Vieira a uma alegada proposta do Anzhi. O presidente do Benfica teria dito não a 90 milhões de euros, pelos passes de Witsel, Rodrigo e Gaitán.

Na curta mensagem colocada no site, os responsáveis do Anzhi afirmam ter tido conhecimento da notícia e fazem questão de desmentir qualquer interesse nos referidos jogadores.

Resta agora ao jornal, e/ou ao Benfica, apresentar mais dados sobre a história.
maisfutebol

José Correia disse...

Mário Faria disse...
os reforços que entraram (Varela e Castro ) não estiveram bem

Pois não e, no caso do Varela, começa a ser recorrente.
Por onde anda o Varela de há duas e três épocas atrás?

José Correia disse...

Mário Faria disse...
tal como Danilo que continua a surpreender-me pela negativa

Também esperava mais do Danilo mas, de acordo com as estatísticas mostradas pela SportTv, foi o terceiro jogador do FCP que mais correu (a seguir ao Alex Sandro e ao Moutinho).

José Correia disse...

Mário Faria disse...
Alex Sandro que é muito bom de bola, sobe bem, mas temos que saber compensar as suas subidas pois arrisca demasiado na fase ofensiva

Faltou o Fernando, para fazer essas compensações.
O Defour desenrasca na posição 6, mas não é o Fernando.

José Correia disse...

Mário Faria disse...
com a saída de Lucho e Defour, ter metido dois laterais, Miguel Lopes e Mangala e ter avançado com Alex e Danilo para o meio campo

Bem visto, principalmente a entrada do Miguel Lopes e a deslocação de Danilo para médio interior direito, a qual teria dado ao FC Porto uma consistência que não teve nos últimos 10-15 minutos.