terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A maçã podre e o desprezível



O Izmailov tinha terminado o seu ciclo no Sporting, como tem sido falado por pessoas do seu clube e viu-se a sua utilização esta época. (...) As expectativas que temos são de esperança que ele seja uma mais valia para o FC Porto. (...) Ele enquadra-se na nossa forma de jogador.
Pinto da Costa, em declarações ao Porto Canal


Se Izmailov jogar com regularidade no FC Porto, é sinal de que se trata de um tipo desprezível, um péssimo profissional que se recusa a jogar dizendo que tem ‘dói-dói’...
Se [a troca] fosse pelo Kléber, aceitava.
Eduardo Barroso, presidente da Assembleia Geral do Sporting


Quero trabalhar muito e ganhar títulos. O FC Porto tem uma grande estrutura e os resultados provam que é melhor que os outros. Quero progredir, como jogador e como pessoa. Quero ganhar títulos e só posso prometer que vou dar o meu máximo.
Marat Izmailov, em declarações ao Porto Canal


Primeiro foi a "maçã podre"; agora é o desprezível...
Quem será o próximo?
O que irão chamar ao próximo?
Ainda não perceberam por que razão os melhores (e não só) querem fugir do covil?
Quantos mais leões esfomeados terão de sair de Alvalade, em busca de futuro e títulos noutro lado, para que eles percebam?

Agora imaginem estes dois ex-jogadores do clube do patético doutor Barroso, a brilharem juntos no meio campo dos dragões. É que poderá ser já no próximo domingo, num estádio próximo de si...

13 comentários:

Miguel Lourenço Pereira disse...

Deste leque de declarações retiro duas coisas:

- O Izmailov não é burro.
- O Eduardo Barroso queria o Kleber. É mais burro do que parece!

Snob S.D Couto disse...

Nova música para o izmailov:

Domingo esta a chegar...
Domingos esta chegar..
e o izmailov vai marcar..

Alexandre Burmester disse...

Fosse eu sportinguista - Deus me acuda! - e saberia bem a quem apodar de "maçã podre" e de "desprezível".

Jorge Ricardo Pinto disse...

é aproveitar esta onda pró-kleber e propor já a troca dele pelo Ricky Van Wolfswinkel. :)

Anónimo disse...

Estes dirigentes Sportinguistas são do mais patético que há; ninguém lhes apontou uma pistola á cabeça e os obrigou a negociar a venda do Moutinho e do Izmaylov ao FCP. Agora era idiota o FCP contratar um jogador se este não estivesse em condições de jogar; esse barrete já o enfiámos uma vez e serviu de lição e dava pelo nome de Sokota.

Anónimo disse...

Espero bem que esta troca de jogadores entre o Porto e os Lagartos seja bem diferente das anteriores que nada de bom trouxeram. Só mesmo JM foi bom, mas custou 11M e não por troca.

Anónimo disse...

Já que estamos em maré de trocas, será que o Godinho dos paquetes não estará na disposição de trocar o Jesualdo pelo V. Pereira e ainda oferecemos o Kleber. É que com esta troca fazíamos o 3 em 1: teríamos outra vez um treinador de verdade, mesmo que não fosse o mais desejado; despachávamos as antas VP e Kleber e assim era desta que os lagartos desciam de divisão.

Dany disse...

Concordo com a troca (caso esteja em condições), mas nunca jogar no Domingo... Para além de não ter ritmo, davamos a ideia de que estamos uma lástima, e de que quem treina desde o início do ano não está lá a fazer nada. Ainda por cima este jogo não é decisivo para nós, mas sim para o slb...

DC disse...

Não querendo esquecer o que Jesualdo fez pelo clube, até agora está:
Jesualdo 0-1 JJ
VP 1-0 JJ

Jesualdo tinha muito mais plantel do que temos este ano e perdeu, acredita mesmo que vinha ganhar o campeonato?

Já agora, depois do Porto, despedido do Málaga (Pellegrini pegou na mesma equipa e levou-a á Champions), despedido do Panathinaikos e no Sporting veremos...

Pyrokokus disse...

Não concordo com a troca de treinador...
O Jesualdo nunca me cativou a nivel exibicional. Se bem que o VP na epoca passada também não, mas esta época a coisa até melhorou.
Também não sei se o Izmailov é o médio que o FCP precisava, mas vamos ver.
Que o Czar vingue no reino do Dragão.

Pedro M. disse...

Porquê que diz que o jogo é mais decisivo para eles do que para nós? só se for por eles jogarem em casa porque de resto a importância relativa do jogo parece-me idêntica para os dois lados.

em relação ao izmaylov jogar, se ele estiver em condiçoes não teria dúvidas em convocá-lo para Domingo. Ainda mais depois da lesão do James, visto que estamos um bocado limitados em termos de opções. Não para ser titular (se bem que não me parece que o Kelvin tenha estofo para este jogo) mas para ser a primeira alternativa de ataque caso as coisas nao estejam a correr bem.

Se passa a ideia de estarmos uma lástima para mim é irrelevante desde que maximizemos as hipóteses de ganhar o jogo.

Além disso, não estou a ver possíveis "azias" tendo em conta o nosso leque de jogadores disponíveis (so se for o kleber que não sei se está em condições de jogar)

Bluesky disse...

Mação podre: Gordinho Escalopes
Desprezível: Dr. Eduardo Cutty Sark Ranhoso

José Correia disse...

Izmailov, "um tipo desprezível"
Publicado em 09 jan 2013 às 16:20
por José Manuel Ribeiro

Ao contrário do que julga Eduardo Barroso, no futebol sobrevivem legiões de "tipos desprezíveis". E poucas equipas que não saibam lidar com eles
Desta vez, não houve alusões à putrefação da fruta nem quaisquer referências que exijam intervenção da ASAE, mas do Sporting lá acabou por sair o julgamento prévio: se alguma coisa suceder a Izmailov, no FC Porto, que não seja sentar-se todos os dias na marquesa para pedir mais uma dose de anti-inflamatórios, "é um tipo desprezível". Disse-o Eduardo Barroso, que acumula a presidência da Assembleia Geral com o cargo de líder da oposição.

Tal como no episódio da maçã podre, cuja extirpação teve os estupendos resultados que conhecemos, o erro está no raciocínio. Caso alinhe minutos que se vejam no FC Porto, Izmailov será, antes de qualquer outra coisa, alguém que uma equipa não punha a jogar e outra põe.

Ou seja, na melhor das hipóteses, ficará oficializado que há clubes capazes de motivar "tipos desprezíveis" a mexer-se e outros que não conseguem fazer nada deles. Porque o futebol faz-se com todos: desprezíveis, prezáveis, simpáticos, façanhudos, desleais, hipocondríacos, deprimidos e por aí adiante. Um clube que só se sentir (ou declarar) apto a lidar com personalidades de ferro, impermeáveis às fraquezas, maus instintos e deslealdades, ou se resigna a ter sempre metade do plantel de trombas e indisponível ou joga só futsal. Sempre são menos santos para encontrar.