quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mialgias...

De acordo com o boletim clínico do FC Porto, Maicon e James ficaram de fora da convocatória para o último Estoril x FC Porto devido a mialgias (*) de esforço. E, no final desse jogo, Vítor Pereira disse que tirou o Jackson Martinez ao intervalo, porque o ponta-de-lança colombiano sentiu uma dorzinha no músculo...

Ora, enquanto em Portugal se disputaram dois joguitos para a Taça da Liga e, pelo meio, os jogadores gozaram um período de férias, em Inglaterra, em apenas 11 dias, disputaram-se quatro jornadas da Premier League:
18ª jornada: 22 Dezembro
19ª jornada: 26 Dezembro
20ª jornada: 29 e 30 Dezembro
21ª jornada: 1 e 2 Janeiro

Sim, eu sei que os jogos em Portugal são disputados a um ritmo alucinante e com uma intensidade muito superior aos do campeonato inglês (basta comparar o número de paragens/faltas por jogo...) mas, mesmo assim, fico admirado como é que os jogadores do Manchester United, Chelsea, Arsenal, Tottenham, ... aguentam as dores musculares (que devem ser terríveis).

E mais admirado fico, quando vejo jogadores que em Portugal precisavam de tantas férias (Cristiano Ronaldo, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Deco, Nani, Bosingwa, Raul Meireles, Ramirez, David Luiz, etc.) irem para Inglaterra e não terem um colapso físico...

(*) Mialgia é um termo utilizado para caracterizar dores musculares em qualquer parte do corpo.

37 comentários:

Joao Goncalves disse...

**** este comentário foi publicado no post da taça da liga mas faz muito sentido aqui daí o estar a colocara aqui ******

Completamente em desacordo com o alargamento... Seria a pior medida do futebol português.

Aliás... uma redução é urgente, pois a 1ª divisão já é patética e o numero de atletas com ordenados em atraso então tornam as coisas irracionais.

Deveríamos urgentemente rever o numero de equipas para 10 ou 12... e meter a 2 mãos subindo para 44 jogos por ano e acabava-se (ou reetruturava-se) a Taça da liga.

Os clubes precisam é de jogar, pois os jogadores no final do mes recebem os seus ordenados na mesma e se o clube não joga não tem receitas e é sempre a descer.

A melhor maneira de reduzir o passivo é haver mais jogos para gerar mais receitas seja pelo publico, seja por transmissões televisivas.

Em resumo, e para diminuir as dificuldades dos clubes portugueses, cada mês deveriam jogar 6 vezes, sendo que as equipas nas competições Europeias subiriam esse numero para 8 vezes.

Os jogadores são pagos para jogar e é nisso que se tem que concentrar.

Em relação à Taça da Liga, esta estrutura deveria ser banida de imediato.

Passando a uma 1ª Eliminatória a 2 mãos para as equipas da Segunda Liga e de seguida entrar a metade inferior da tabela da 1ª liga do ano anterior, seguindo-se as restantes equipas da 1ª Divisão.

Isto tudo sempre em eliminatórias de duas mãos para gerar mais receitas.

Está na hora de parar de se olhar para o futebol como se olhasse-mos para prima-donas.

Futebol é um negócio, onde os seus executantes são pagos a peso de ouro para jogarem e uma equipa ter 60 jogos por ano deveria ser normal... Para isso é que um plantel tem 23/26 jogadores + equipa B.

É preciso rentabilizar o dinheiro que se paga pelos jogadores e rentabiliza-se a mete-los a jogar e não a treinar.

Cavaleiro disse...

Qualquer Ronney é substituido em Inglaterra por um colega de equipa de valor semelhante. Qualquer jogador influente de uma equipa grande em Portugal,não é substituido por ninguem (ate que se compre outro). Daí entender os cuidados redobrados de uma industria que é das mais produtivas,mesmo fazendo parte de um País em banca rota.__Bom ano para todos__Viva o Futebol Clube do Porto.

Anónimo disse...

Caro José Correia, é bem verdade que se costuma dizer: não há coincidencias. Mas não será melhor colocar a possibilidade de estes jogadores estarem lesionados nesta época natalícia? afinal as mialgias como outra lesão qualquer pode acontecer em qualquer altura do ano. e o plantel ter 2 baixas e meia até nem é muito grave.
em jeito de piada até lhe digo o seguinte: o jackson teve de sair mais cedo para ir à Colômbia festejar o reveillon

Rui disse...

Basta ver imagens dos treinos dos 3 grandes, para frequentemente se verificar que muitas vezes que lidera as corridas e aquecimentos são pessoas com idade para ser pais dos jogadores, o caso mais paradigmático era no benfica do Trapattoni ver-lo a treinar ao ritmo dos jogadores.

tirando o porto do Mourinho e AVB nunca tivemos uma preparação física em condições.

Duarte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Duarte disse...

Não consigo, por mais que me tentem explicar, perceber a causa/efeito dos ordenados em atraso com o número de equipas em prova. O grande problema são os mecanismos de controle da Liga/Federação relativamente aos orçamentos - quase todos irrealistas - dos clubes, que não são mais do que uma fachada.

Nenhum com país com poucas equipas no seu escalão principal é verdadeiramente competitivo além-fronteiras e apresenta um campeonato atractivo. Para além disso, há o caso da Escócia, que até consegue ter menos equipas que nós e que nem por isso deixou de ver um dos seus históricos, o Rangers, abrir falência.

Ao invés, temos o exemplo da Holanda. Não é que as equipas lá também façam grandes brilharetes na Europa, mas existe um apertado controlo às finanças dos clubes. É um país mais pequeno do que o nosso, nem por isso deixa de ter 18 equipas no escalão principal e os estádios estão sempre muitíssimo bem compostos.

Fui a favor da redução para as 16 equipas, hoje arrependo-me tremendamente. Não se ganhou rigorosamente nada, apenas se perdeu. O calendário competitivo do futebol português é ridículo. Reduzir ainda mais o número de equipas seria gerar um interesse ainda maior por esta liga. Dez ou doze porque é mais rentável, qualquer dia ficamos confinados a quatro e mesmo assim, tendo em conta a catástrofe leonina, se calhar é melhor ficarmos só com três.

O artigo do José Correia é extremamente pertinente e remete-nos para a tal discussão sobre o calendário. Não é à toa que são vários os treinadores a dizer que, em Portugal, se treina de mais e se joga de menos.

DC disse...

Apesar de achar que em Portugal podíamos ter um calendário um pouco mais apertado, penso que o Cavaleiro toca num ponto importante.
O Utd tem Rooney, RVP, Chicharito, Welbeck e ainda andam por lá Macheda e outros que tal. Nós temos Jackson e Kléber.
Rooney está lesionado, aperceberam-se disso? Pois, RVP e Chicharito marcaram 2 golos cada um...

Duarte disse...

Errata: onde diz interesse, deve ler-se desinteresse.

Andre Correia disse...

Izmailov labyad e mais um PL e o porto ganha a champions campeonato etc ficavamos com muito mais solucoes ofencivas que no porto nao ha muito

José Correia disse...

Na Premier League há 20 clubes e a maior parte não tem um plantel tão rico e com tantas alternativas como o Manchester United.
Isso não impede o West Bromwich, o Swansea, o Stoke City, o West Ham, o Norwich, o Fulham, o Sunderland, etc, etc, de também terem feito 4 jogos em 11 dias.

José Correia disse...

Por outro lado, mesmo nas equipas com planteis mais fortes - Man Utd, Man City, Chelsea - houve vários jogadores que fizeram os 4 jogos deste período de Natal.

José Correia disse...

O problema não é o FC Porto, nem tão pouco as eventuais precauções/poupanças feitas pelo treinador do FC Porto.
O problema é a mentalidade que existe no futebol português.

Anónimo disse...

Este tipo de lesões aconteceu devido às longas viagens que os jogadores fizeram nestas mini-férias... nada tem a ver com os jogos, se são muitos ou poucos.

Veja-se o Kléber, pagou uma factura bem cara. Podemos dar-nos por contentes por o Jackson só ter tido uma dorzita.

Cumprimentos.

DC disse...

RVP por exemplo ficou no banco no jogo anterior ao desta jornada, jogou Welbeck.
City já rodou os avançados 20 vezes, Chelsea está a pagar a falta de soluções no ataque e acabou de se reforçar, Arsenal idem aspas embora até tenha avançados da categoria de Chamack encostados.

O resto não luta por troféus portanto, ou o José acha que o Swansea tem ambições semelhantes às do Porto ou não sei porque os referiu. Além disso eles poupam-se nas competições europeias porque não estão nelas.

Quer melhor exemplo, veja os 11 do Utd na Champions, veja os resultados do City e do Chelsea na Champions... Veja os resultados do Real Madrid em jornadas do campeonato que se seguiram à Champions.

Eu sei que está na moda dizer que na Premier é que se joga e que são todos uns atletas exemplares mas se calhar se analisarmos os factos todos vemos plantéis de 500 milhões a serem eliminados da Europa à custa desses atletas tão fabulosos.

Snob S.D Couto disse...

Labyad? nem pensar..
Um avançado para fazer as 3 posiçoes da frente tipo derlei ou lisandro lopez...
preferia o ghilas ao kleber.

FCP pode fazer perfeitamente 15m de euros cm vendas rolando,kleber,souza,fucile...

E ai atacar o mercado...

izmailov parece certo..vamos ver se lhe passam as mialgias...e se realmente as facadas q recebeu naquele joelho o afectaram!!

José Rodrigues disse...

Tem piada, estou farto de fazer longas viagens e nunca me lesionei por causa disso... Mas quem sabe, se calhar eles viajaram na Ryanair para a America do Sul o q torna a teoria mais provavel ;-)

José Rodrigues disse...

Bem, nenhum jogador em lado nenhum consegue manter um rendimento maximo ao longo de toda a epoca - faca ele 30 ou 60 jogos.

Parece-me totalmente evidente que em outras paragens (Inglaterra sendo um bom exemplo) os jogadores acumulam individualmente e em media muitissimo mais minutos nas pernas do que em Portugal (facto: e' so' dar uma vista de olhos no zerozero) sem que se assista a uma quebra significativa no seu rendimento.

Alias e como o J. Correia bem assinalou, basta reparar no caso de jogadores do FCP q sairam para Inglaterra ou Espanha: por acaso o seu rendimento caiu claramente devido 'a maior carga de jogos?

Termino falando na falacia de considerar os jogos como o factor determinante da tal 'carga', quase unico (tal a forma como alguns opinam): ora em teoria um treino, em media, nao devia ser la' muito diferente de um jogo no q diz respeito ao nivel de exigencia fisica. Sendo assim devia fazer pouca diferenca se um jogador tem mais jogos, ou alternativamente mais treinos (devido a ter menos jogos), nomeadamente no q diz respeito 'a forma fisica.

José Correia disse...

o Swansea tem ambições semelhantes às do Porto ou não sei porque os referiu. Além disso eles poupam-se nas competições europeias porque não estão nelas

Se quer um exemplo de um clube que está nas competições europeias e cujo plantel (em termos de quantidade + qualidade) não é comparável ao do Man Utd ou Man City, tem o caso do Tottenham.
Quais são as alternativas aos dois habituais avançados (e quase sempre titulares) Emmanuel Adebayor e Jermain Defoe?

José Correia disse...

devia fazer pouca diferenca se um jogador tem mais jogos, ou alternativamente mais treinos (devido a ter menos jogos), nomeadamente no q diz respeito 'a forma fisica

Exactamente. Em Inglaterra treina-se menos e joga-se mais. Aliás, há até quem diga que o melhor treino são os jogos.

E, claro, em Inglaterra há um enorme respeito pelos adeptos e os jogadores não são vistos como peças de cristal, que podem partir com um pequeno sopro.

José Rodrigues disse...

Duarte disse: "Nenhum com país com poucas equipas no seu escalão principal é verdadeiramente competitivo além-fronteiras e apresenta um campeonato atractivo."

Mas e' pouco competitivo alem-fronteiras POR CAUSA de ter poucas equipas, ou APESAR disso?

Diga-me Duarte, com toda a sinceridade (e quem mais pensar de igual forma): acha mesmo q se o campeonato escoces, suico ou sueco passasse a ter 20 equipas, as equipas desses paises iam ter muito mais sucesso na Europa??

Acho q e' obvio q a falta de competitividade externa dos clubes desses paises nao tem nada a ver com o nr de equipas no campeonato.

Sendo assim pessoalmente nao sou contra um campeonato com 12 equipas e a 4 voltas (acabando-se com a taca da Liga), embora tb nao seja grande entusiasta desse modelo (o modelo actual nao me parece mal): teria como vantagem maiores receitas (mais jogos contra grandes e na TV) e mais jogos competitivos para os 12 clubes, e como desvantagem menores receitas para outros clubes e futebol mais concentrado em algumas cidades.

"Ao invés, temos o exemplo da Holanda [...] É um país mais pequeno do que o nosso, nem por isso deixa de ter 18 equipas no escalão principal e os estádios estão sempre muitíssimo bem compostos."

Bem, o exemplo e' infeliz porque apesar de ser um pais mais pequeno em tamanho a Holanda tem 16 milhoes de habitantes...

Dito isto, o Duarte tem TODA a razao ao dizer q os salarios em atraso nao tem nada a ver com o nr de equipas no campeonato, mas sim com os regulamentos e fiscalizacao. Isso tanto pode acontecer com 10 equipas como com 20.

Mais: os salarios em atraso nao tem qualquer correlacao com o orcamento (pela mesma razao). Isso tanto pode acontecer num Malaga (ou ate' mesmo num Real Madrid) como num Santa Clara ou Leiria.

José Rodrigues disse...

"Aliás, há até quem diga que o melhor treino são os jogos."

Depende. Para umas coisas sim, para outras nao.

Os treinos dao muito jeito para um trabalho de seguimento/apuramento individual (um jogador q precise de trabalhar melhor o remate por exemplo) ou aspectos tacticos especificos (movimentacoes, bolas paradas, ...).

Por outro lado os jogos sao o "teste do algodao" e nada como ter algo concreto em jogo para testar & melhorar muita coisa a serio (para alem do vulgo "ritmo competitivo" q so' os jogos fornecem).

Como em quase tudo, nem 8 nem 80, e' uma questao de equilibrio...mas parece-me claro q em Portugal os jogadores sao poupados em demasia e havera' de facto um certo problema de mentalidade (claramente entre os adeptos; bem possivelmente tabem entre dirigentes, treinadores e os proprios jogadores).

O q e' certo e' q pela capacidade fisica humana nao ha' qualquer limitacao em geral em forcar os jogadores a serio fisicamente pelo menos 2x / semana. Nao estamos a falar de maratonas.

Joao Goncalves disse...

Eu explico de uma maneira muito simples... temos que olhar para o pais que temos e saber que temos apenas 3 clubes nacionais e 2 clubes regionais (Braga e Guimarães). Tudo o resto estão a fazer numero e as assistências que apresentam nem para pagar o salário de meia equipa (5 jogadores) dá.

Portanto e tirando os jogos em que os grandes vão visitar essas equipas, elas não conseguem lucros suficientes e se acrescentarmos a isso, que muitos dos jogos nem são adquiridos pela TV, então temos uma catástrofe de financeira para os pequenos clubes.

Nós não temos um pais grande suficiente e com uma cultura futebolística suficientemente diversificada para suster tantas equipas numa 1ª divisão.

Como disse anteriormente, com menos equipas e 4 voltas em vez de duas, reduzia-se os jogos "sem-interesse" e aumentava o numero de jogos "grandes" todas as semanas, aumentando interesse comercial dos mesmos e do próprio publico.

A questão do Rangers é uma falsa questão, pois em PT temos uma equipa em pior situação financeira, com 500M€ de passivo e que dizem que são os maiores das finanças e afins.

José Rodrigues disse...

Certo, Joao Goncalves, mas repare que se esses 12 clubes ficariam a ganhar, os 4 que passariam a estar na 2a liga em vez da 1a liga ficariam a perder imenso (tal como em menor medida os 4 da 2a liga que passariam para a 2a B, e por ai abaixo).

Ora essa e´ a razao porque tal lei nunca sera´ aprovada na liga de clubes, ja´ q os clubes da 1a liga potencialmente em risco de descer (pelo menos metade deles...) mais os da 2a liga em peso iriam votar contra.

Joao Goncalves disse...

Nisso da lei não ser aprovada concordo consigo, mas não estou a falar no que os clubes querem mas sim no que poderia salvar o Futebol Nacional.

Como já disse e muito bem abaixo, não é por isso que os salários andam em atraso e os compromissos deixam de ser respeitados, mas como sabe tão bem como eu, é muito mais dificil entrar em incumprimento quando existe dinheiro (por má gestão obviamente) do que quando não existe dinheiro, que mesmo com o melhor gestor do mundo, não se fazem milagres.

Portugal precisa de uma revisão estrutural das competições urgentemente.

E mais...sou completamente contra duas divisões nacionais... o acrescento de gastos para as equipas da 2ª liga é ridiculo, tendo em conta a falta de receitas.

A 2ª liga deveria estar partida em duas, podendo no final se realizar 2 legilhas entre os 2/3 1ºs de cada zona (norte/sul ou norte/centro/sul) para apurar as subidas e descidas de divisão.

Temos que urgentemente adaptar todas as competições ao tamanho do pais que temos sob o risco de muita gente começar a fechar portas ainda mais frequentemente do que já fecha.

Miguel Lourenço Pereira disse...

@Andre,

FC Porto ganha a Champions...

Sinceramente, isso é na realidade ou no FM?

José Rodrigues disse...

«é muito mais dificil entrar em incumprimento quando existe dinheiro (por má gestão obviamente) do que quando não existe dinheiro»

Nao concordo. Nesta questao entram 2 factores: as receitas, claro, mas tb as despesas. O q interessa e´ o balanco das duas coisas, independentemente de serem ambas grandes ou pequenas.

Dou so´ um exemplo comparativo: o FCP tem muito mais receitas q um Braga, mas esta´ neste momento muitissimo mais em risco de entrar em incumprimento ja´q tem despesas muitissimo mais elevadas.

A questao fundamental e´ os regulamentos e fiscalizacao. O grande problema de um clube pequeno da 1a liga hoje nao e´ q tenham receitas curtas, mas sim q se cortarem nas despesas de forma a equilibrar as contas vao ser vitimas de concorrencia desleal de outros clubes pequenos q nao o fazem (nao e´ problema nenhum para um Estoril que aumente o fosso para com um FCP, mas ja´ e´ um problema se perder competitividade para com um Moreirense, por exemplo).

Se houvesse mao de ferro da Liga o campeonato até podia perder alguma qualidade principalmente na 2a metade da tabela aumentando o fosso para os grandes (fruto de maior contencao nos jogadores), mas nao haveria ordenados em atraso e a competividade relativa entre rivais (um Estoril com uma Academica, um Guimaraes com um Maritimo) manter-se-ia.

Joao Goncalves disse...

José entendeu-me mal... o que quis dizer é relativo ao "cash-flow" que por exemplo um Estoril ganharia de jogar 4x contra o FCP numa época, em relação a jogar 2x com o FCP e 2x Com o Moreirense.

Foi nesse termo simples, de dinheiro disponivel directo, que me referi acima.

Eu não insinuei que a redução para 12 aumentaria a competitividade, pois aì acredito que Portugal não tem estrutura para ter mais do que os clubes grandes que tem e dificilmente alguém conseguirá singrar (só por obra de algum árabe maluco), mas se houver mais dinheiro fresco em "teoria" e considerando as equipas pequenas, haveria mais dinheiro para pagar salários e afins.

Aliás, com 4 voltas a 12, até os clubes grandes aumentariam e bastante as receitas, pois muito mais jogos grandes e muito mais interesse mediático sob os mesmos.

Anónimo disse...

Estas lesões ocorrem precisamente pelas férias e diminuição do ritmo competitivo. Se à partida isto vos pode parecer paradoxal é porque nunca praticaram nenhum desporto de alta competição. É normalmente após uma pausa para férias que ao voltar ao ritmo competitivo se não houver uma preparação física cuidada as lesões de esforço aparecem porque se exige ao músculo destreinado o mesmo nível elevado a que se estava. A pergunta é...porque é que estes meninos não fazem umas férias mais curtinhas, com ginásio e preparação física? Porque é que o departamento físico do clube já habituado a estas merdas continua a cair nos mesmos erros? Suponho que deve existir algum compromisso com os jogadores de "durante as férias trabalhem um pouco, ginásio, corrida não parem completamente." Mas os jogadores não cumprem... é a diferença. Em Inglaterra praticamente não param, as pausas que têm são o mínimo para apreciar o Natal, logo esta possível fragilidade na preparação muscular não aparece.

Duarte disse...

"Dito isto, o Duarte tem TODA a razao ao dizer q os salarios em atraso nao tem nada a ver com o nr de equipas no campeonato, mas sim com os regulamentos e fiscalizacao. Isso tanto pode acontecer com 10 equipas como com 20."

Exactamente, José Rodrigues. A razão principal é esta mesmo e já que uma coisa não tem a ver com a outra, não entendo em que é que o alargamento poderia piorar fosse o que fosse.

Poderá não haver uma relação directa entre o número de equipas dos campeonatos e o sucesso dos clubes destes países lá por fora, admito. O que é facto é que eu não conheço um único campeonato com menos de 18 clubes que seja estimulante e não é possível estarmo-nos a queixar de falta de competição e, ao mesmo tempo, defender a manutenção das 16 equipas. A única solução para isto seria o alargamento até aos 18 clubes ou a drástica redução até aos 10. Com 12, implicaria quatro voltas (um campeonato a três voltas seria aberrante), o que daria 44 jogos. Um número excessivo que nem na Premier League se vê. Mesmo com 10, teríamos 40 jornadas (em Inglaterra são 38).

Aceito o argumento de haver equipas de cidades que até apresentam uma densidade populacional interessante, mas que não têm praticamente adeptos. A solução para isto poderia estar nesses clubes seguirem o exemplo do Braga e de António Salvador e cortarem raízes, sobretudo, com os lampiões. É um caminho mais difícil, mas seria o único que poderia ajudar à rentabilidade desses clubes e ao seu crescimento desportivo.

Andre Correia disse...

É uma versao identica ao FM de 1987 e de 2004 ...

Miguel Lourenço Pereira disse...

@Andre,

Sem dúvida, não me posso esquecer de a comprar!

José Rodrigues disse...

"O que é facto é que eu não conheço um único campeonato com menos de 18 clubes que seja estimulante"

Isso nao sera' devido ao mero facto de q isso so' acontece em pequenos paises? Mais uma vez, o problema e' do pais EM SI (Suica, Suecia, Escocia, etc); nao e' por terem 12, 14 ou 16 equipas.

"Com 12, implicaria quatro voltas (um campeonato a três voltas seria aberrante), o que daria 44 jogos. Um número excessivo que nem na Premier League se vê. Mesmo com 10, teríamos 40 jornadas (em Inglaterra são 38)."

Com 10 dava 38 jornadas, nao 40 ;-)

E penso q ate' mesmo 44 jogos nao seria excessivo se se acabasse com a taca da Liga.

De qq forma isto e' puramente teorico porque tal proposta nunca seria aprovada, como ja' expliquei.

David Duarte disse...

Eu estou em completo desacordo com o reduzir o numero de equipas na Ia Liga para uma logica de 4 voltas. Não é isso que vai tornar o campeonato mais interessante (antes pelo contrario, banalizaria o pouco de interessante que existe na nossa Liga), não é isso que vai levar mais gente aos estàdios (aqui entra a questão dos horàrios dos jogos) e não é isso que vai equilibrar as contas dos clubes (pois o aumento das receitas seria insignificante).

Diria mesmo que uma das melhores décadas do futebol português no que toca a resultados internacionais foi realizada quando estavamos numa logica de 20 equipas na 1a divisão (mais precisamente entre 87 e 90).

Contudo esta paragem de Inverno no campeonato português é absurda. Se querem mesmo fazer uma paragem de Inverno, não parem a competição. Por outras palavras, façam da Taça da Liga não uma competição sem interesse que se arrasta durante não sei quantos meses, mas uma competição que se decide em 20 dias. Seria bastante simples.

a) 1 semana para a fase de grupos. Existiriam 8 grupos de 4 equipas (totalizando as 32 equipas profissionais, equipas B excluidas). Jogos ao Domingo, Quarta, Domingo. Qualificariam-se para os quartos de final os primeiros classificados.

b) Quartos de Final na quarta-feira e quinta-feira seguintes. Seriam escolhidos dois Estadios que acolheriam dois jogos cada um (neutros ou não pouco importa).

c) Nos mesmos estadios jogar-se-iam as meias-finais no fim de semana seginte.

d) A final, três dias depois.

Em duas semanas e meia ficava o assunto resolvido. E com este modelo, que é finalmente o modelo de qualquer fase final das competições internacionais, as pessoas interessar-se-iam muito mais, com a ajuda preciosa dos emigrantes que desejam, quando vão a Portugal, ver futebol ao vivo (aqui falo da minha experiência pessoal... é frustrante chegar a Portugal e saber que o unico jogo "a sério" ocorre no dia seguinte... à minha partida para o estrangeiro).

José Rodrigues disse...

"Eu estou em completo desacordo com o reduzir o numero de equipas na Ia Liga para uma logica de 4 voltas. Não é isso que vai tornar o campeonato mais interessante (antes pelo contrario, banalizaria o pouco de interessante que existe na nossa Liga), não é isso que vai levar mais gente aos estàdios (aqui entra a questão dos horàrios dos jogos) e não é isso que vai equilibrar as contas dos clubes (pois o aumento das receitas seria insignificante)."

Ja' disse q nao tenho grande entusiasmo por essa esquema, mas as razoes acima apontadas estao todas erradas:

1) Interesse: bem, acho q se passassem a haver mais jogos entre os grandes em vez de jogos tipo FCP - Estoris ia haver mais interesse... claro q se exagerasse nos jogos entre grandes ia ser molestia, mas nao e' por haver 2 FCP - slb (e 2 slb - FCP) numa epoca q o interesse ia diminuir.

2) Assistencias: como um jogo no Dragao, Luz, Alvalade, Braga ou Guimaraes tem muito maior assistencia do q um jogo em Moreira de Conegos ou no Estoril (e passariamos a ter mais jogos nos estadios dos primeiros e menos dos segundos), e' obvio q as assistencias medias (e totais do campeonato) iam aumentar.

3) receitas: passando a haver 2x mais jogos contra os grandes, claro q as receitas de bilheteira (e em certa medida de TV) iam aumentar. Nao ia ser imenso no total, concordo, mas para os clubes medios/pequenos podia fazer uma diferenca enorme (6 jogos em casa contra os grandes em vez de 3).

Ja' para um grande estimo q aumentasse as receitas totais da epoca em para ai' uns 2 ou 3 milhoes, o q nao e' imenso mas ja' e' dinheiro razoavel.

"Diria mesmo que uma das melhores décadas do futebol português no que toca a resultados internacionais foi realizada quando estavamos numa logica de 20 equipas na 1a divisão"

Peco desculpa mas nao vejo a minima correlacao entre o nr de equipas no campeonato e a competitividade na Europa. Sera' q o David Duarte acredita mesmo q foi por fazer mais uns 4 jogos contra os Penafieis deste mundo q o FCP foi campeao europeu em 87 e o slb foi 'a final em 88 ???

Duarte disse...

Sim, tem razão. Com 10 eram 38 e não 40. My fault.

Pedro disse...

Sou, talvez de forma romantica, contra um campeonato reduzido a 10 ou 12 equipas, mas, sou-o, sobretudo pelo facto de ainda nao ter visto comprovado em lado nenhum os beneficios teóricos de tal medida. Nao tenho visto melhorias significativas em nenhum dos campeonatos em que esta medida foi aplicada, a nao ser de forma marginal, e parece-me que quando se fala disto por cá apenas se faz contas de somar, um bocado como o governo quando pensa que basta subir os impostos em 5% para que se vá refletir num aumento de receita também de 5%.
Lembrem-se dos argumentos que se defendiam para o alargamento e inclusao das equipas b na 2º liga. Que esta iria ter mais visibilidade, mais jogos e com Porto, Benfica, Sporting o que faria aumentar as receitas e as assistencias. O problema é que aparentemente nada disso se verificou. Por vezes as coisas nao sao tao simples como parecem e para mim nao basta dizer que vai haver mais jogos entre grandes para pensar automaticamente que as assintencias ou as receitas iam automaticamente subir.
Cumps

DC disse...

Eu referi que o calendário em Portugal podia ser um pouco mais puxado, mas dou-vos um exemplo de um jogador que era um dos melhores do mundo na sua posição e se transformou num jogador banal devido a questões físicas: José Bosingwa.

Outra questão que penso ter muita a ver com as lesões e questões musculares em Portugal ou Inglaterra é que na Premier todos os relvados sem excepção são fabulosos, aqui há uma série de batatais.