sábado, 19 de janeiro de 2013

Alex, i Love it...



Não há, nem pode haver, qualquer tipo de contestação à vitória do FC Porto esta noite no estádio do Dragão. Esse é, aliás, o maior elogio que se pode fazer à equipa de Vítor Pereira que controlou por completo a partida, mesmo tendo ficado longe de fazer uma exibição engalanada. De resto, perante este Paços de Ferreira resguardado, o destaque do encontro vai para os golos que materializaram em pontos o triunfo azul e branco. A bela e inocente chapelada de Alex Sandro, bem como a estreia de Izmailov a marcar pelo nosso clube, foram um sublinhado bem consentâneo com o tranquilo triunfo portista.

A partida conseguiu ser entretida na 1ª parte, sem nunca deslumbrar. O primeiro quarto de hora do FC Porto foi bem dinâmico, com alguns momentos colectivos de elevado interesse. Destaque neste período para Defour que apareceu uma vez em posição fatal para finalizar, assim como o bom par de cruzamentos tensos e perigosos que gizou. O nível de aproveitamento, porém, nunca foi correspondente e goraram-se à catadupa bolas de golo aos pés de Otamendi, Jackson e Moutinho.

A receita da equipa da capital do móvel passava invariavelmente por povoar a dianteira da sua área, baixar o ritmo da partida (em que inusitada sensibilidade no apito de Jorge Sousa muito contribuiu) e, esporadicamente, tentar explorar o contra-ataque numa bola bombeada ou lançamento rápido. Cícero, só por uma vez assustou Helton. Nada mais. Naturalmente o Paços de Ferreira ia-se mostrando pouco confortável no rumo que o jogo tomava.

Apesar de acerco azul e branco, o primeiro tempo findou incólume para os afortunados canarinhos, contudo o reatamento do encontro fez transfigurar a boa onde visitante. Num lance aparentemente inofensivo, Alex Sandro bate uma espécie de cruzamento que acabaria por dar uma chapelada monumental a Cássio. A vantagem demorou, mas veio. Com um requinte de ironia e malvadez.

O conforto do golo de vantagem fez aligeirar um pouco o ritmo da equipa de Vítor Pereira, o que não serviu de razão para o adversário para se empertigar ao jogo. Bem pelo contrário. O Paços manteve-se sempre curto e pouco espevito. Marat Izmailov e Kelvin, que entretanto já corriam pelo campo a tentar trazer novo vigor às nossas cores, obtiveram merecido reconhecimento já a caminho do fim do encontro. O médio russo já marca de azul e branco, com os cumprimentos aos nossos confrades e viscondes de Alvalade.

Um campeonato é mesmo assim que se ganha. Com o esforço que é nosso, mas também com as abébias dos outros.

1 comentário:

Mário Faria disse...

O FCP, ontem, foi em alguns momentos um excelente porto e mostrou, igualmente, as dificuldades habituais para superar os problemas que as equipas muito fechadas nos colocam.
Não jogando directo e não partindo o jogo, é óbvio que demoramos mais tempo a chegar à frente e permitimos que mais facilmente o adversário se organize, ganhe confiança e se acomode nesse jogo de espera e nessa espécie de supremo saber de dispensar a bola para chegar a um bom resultado. Tudo isto acontece, também, porque não somos capazes de matar o jogo cedo e, contra o Paços, até tivemos duas excelentes oportunidades nos primeiros 10 minutos.
Em função dessa rigidez táctica, estes encontros tornam-se frequentemente entediantes e de sentido único. A incerteza mantem-nos despertos e no fim fica o gosto da vitória e algum amargura por não termos jogado tão bem quanto gostaríamos.
O meio campo continua forte, a defesa bem e no duo atacante+um é que esteve o busílis, e Martinez que demonstrou mais uma vez como é bom de bola foi pouco eficaz na finalização.
O que gostei mais : Alex Sandro e do golo de Izmailov que aparece bem na área e sabe aproveitar bem o espaço para rematar.
O que gostei menos : não me lembro de um passe de médio ou comprido que tivesse saído a preceito. O árbitro foi miudinho e favoreceu o anti-jogo : detestei !