domingo, 27 de janeiro de 2013

O Herrera é que sabe...

«Primeiro quero dar-me bem no FC Porto para, depois, emigrar para Espanha ou Inglaterra e jogar numa equipa de maior estatuto. Sei que pelo FC Porto passaram futebolistas importantes e que depois foram vendidos e triunfaram em grandes clubes europeus. Espero que o mesmo possa acontecer comigo»
Hector Herrera em entrevista ao jornal mexicano Excelsio 

Há muitos anos este tipo de declarações deixaria os adeptos do "tribunal" das Antas com um "casus belli" eterno com o jogador. Eram os anos do amor à camisola, do espírito à Porto, do balneário com os jogadores da casa, da herança de Pedroto continuada por Artur Jorge e Oliveira, três filhos do dragão históricos, da de jogadores como Gomes, João Pinto ou Baía. Eram declarações de uma era onde o futebol era mais do que um negócio. Esses dias acabaram, pelo menos no FC Porto.

Hoje não só é normal ouvir uma promessa mexicana falar assim do FC Porto como não deixa de ser, curiosamente, um motivo de orgulho. Para os mais românticos e antiquados como sou eu e tantos outros, pode parecer um contra-senso. Mas não é.
Herrera, como Reyes seguramente, e como os Falcao, James, Jackson e companhia, não têm nenhuma ligação emocional nem com o FC Porto nem com o futebol português. Para eles somos um "clube-ponte" como há tantos por esse mundo fora. A diferença? Somos o melhor!

Eu não acredito que um jogador aceite vir para o FCP perder dinheiro.
Seguramente que a nossa massa salarial não é das mais baixas entre clubes do nível nivel financeiro, mas também sei que em Itália se paga bem (e a tempo e horas) e que lá em baixo andam num esforço danado para nos copiarem em tudo o que fazemos. E Herrera, como todos os que vieram antes dele, sabem que aqui ganham mais dinheiro do que ganhariam onde estavam antes e para onde podiam jogar depois. Mas também sabem o que o médio diz. Que por aqui, na última década, passaram "futebolistas importantes e que depois foram vendidos e triunfaram em grandes clubes europeus". Esse é o truque.
O modelo funcionou, não com as vendas subsequentes ao triunfo europeu, mas com os Anderson, os Pepe e os Falcao. Jogadores que foram sendo referências em clubes de elite e que deram ao mundo uma imagem do FC Porto impecável. Aqui qualquer jogador com potencial sabe que será cuidado, mimado, trabalhado e preparado para altos voos. Dará ao clube o que tenha de dar e depois ganhará o lucro de uma liga melhor e um clube mais rico. É esse o acordo. Foi esse o acordo com Falcao, foi esse o acordo com Lisandro, com Anderson e se-lo-á com James também. É inevitável.



Quando vejo que FC Porto e Benfica lutam pelos mesmos jogadores, não sei quanto se oferece financeiramente por um e por outro. E os negócios de Witsel e Javi Garcia até podem deixar alguns agentes curiosos. Mas o nosso historial não só é melhor como vem de há mais tempo. A nossa presença na elite europeia, os títulos que conquistamos, muito por encima de qualquer outro clube em qualquer outra liga nos últimos 20 anos, são o melhor cartão de visita para que estes jogadores escolham o Porto para crescer e triunfar.

É um core business arriscado mas que tem tido acertos importantes, o que permitiu criar uma imagem de sucesso a nível internacional. Eu pessoalmente tenho pena que todos os tiros nos pés pós-2004 tenham levado a uma situação financeira muito perigosa para o futuro do clube, de tal forma que as mais-valias que chegam de cada venda milionária se notem cada vez menos. Tenho também pena que a SAD tenha apenas uma ideia na cabeça, um só modelo de negócio, e se esqueça várias vezes de o complementar com jogadores nacionais ou jogadores de formação, para reduzir os riscos de gastar muito dinheiro em futebolistas que nunca serão tão rentáveis. Porque, se assim fosse, estaríamos numa situação invejável. O Mundo conhece o nosso perfil e admira-o profundamente, sem conhecer os podres da nossa casa, o que é fundamental para que continuem a fazer negócios que nos saiam vantajosos. E os Herrera e companhia continuarão a saber que no FC Porto talvez nunca ganhem uma Champions League, mas que vão ser observados pelos melhores e se fizerem as coisas bem, o clube será o caminho mais curto para a glória.

Equilibrar tudo isto num projecto ganhador é sem dúvida um mérito indiscutivelmente nosso e que mais nenhum clube no Mundo, actualmente, pode aspirar a emular.

24 comentários:

Anónimo disse...

"O Mundo conhece o nosso perfil e admira-o profundamente, sem conhecer os podres da nossa casa, o que é fundamental para que continuem a fazer negócios que nos saiam vantajosos"

Esta frase resume e bem o que eu penso em relação a este assunto. O problema é quando (e já começa acontecer) o Mundo começar a conhecer também os nossos podres.

A mim sinceramente não me agrada este tipo de discurso do Herrera

"Primeiro quero dar-me bem no FC Porto para, depois, emigrar para Espanha ou Inglaterra e jogar numa equipa de maior estatuto. Sei que pelo FC Porto passaram futebolistas importantes e que depois foram vendidos e triunfaram em grandes clubes europeus. Espero que o mesmo possa acontecer comigo"

Não porque seja negativo utilizarem o FCP como ponte para encontrarem outra estabilidade económica e finaçeira nas suas carreira; mas sim porque no seu discurso diz de forma indirecta que o Porto não é um grande europeu.

Anónimo disse...

Quanto ao modelo utilizado ter sido um sucesso; estou de acordo com o Miguel quanto ao desportivo (mesmo tendo em conta que durante uma decada o nosso principal rival passou por um periodo de falencia e de reconstrução após esse periodo e que na minha opinião só agora e após esse conturbado periodo vai começar a estabilizar e dar frutos). O que na minha opinião vai começar afectar num futuro próximo o nosso próprio sucesso (espero estar redondamente enganado)

Já quanto ao económico foi um falhanço total e isso está bem expresso nas contas da FCP SAD que nos coloca por 300 mil euros apróximadamente acima da falência tecnica.

Anónimo disse...

É preciso que em tempo oportuno alguem do FCP ensine a este menino a grandeza e a alma do nosso clube.

Mas vivemos tempos diferentes a nivel economico e financeiro.

É só ver que ao que parece os meninos das camadas jovens com 16 anos por vezes já têm empresário!!!

Abel Pereira disse...

Para mim o Paços Ferreira é o clube que faz a melhor gestão, o sucesso desportivo que alcança é bastante significativo, tendo em conta que não tem passivo e as suas contas estão em dia(pelo menos é o que consta). Os elevados orçamentos do FCP, grande parte, se não a maior parte, das receitas dos quais são eventuais, preocupam-me muito. Será que com tal tipo de gestão, actualmente, não correrá o FCP um grande risco de lhe acontecer algo parecido com o que aconteceu ao Málaga: afastamento das competições da UEFA? Nunca concordei com a contratação de tantos jogadores, muitos dos quais são emprestados levando a que o clube fique a pagar entre 50 a 60 salários. Tenho muitas dúvidas de que não sejam as malditas comissões, que as contratações de jogadores estrangeiros envolvem, as responsáveis pelo não aproveitamento de jogadores formados no clube. Apesar do Fairplay Financeiro imposto pela UEFA, O FCP, impávido e sereno, continua a contratar jogadores estrangeiros diria quase que a granel, e isso assusta-me. Se o FCP ficar fora da Liga dos Campeões 3 épocas, será praticamente impossível continuar a manter a actual hegemonia no futebol português e a posição de destaque no futebol europeu!

Luís Carvalho disse...

O pior de tudo, e a acreditar na tradução, é que ele se nos dirigiu, várias vezes, como "esse clube".

Começou mal, de facto, este rapaz.

Carlos Santos disse...

Isto que o Miguel diz é tudo muito bonito e este rapaz na verdade só está a dizer o que toda a gente sabe, MAS: um puto que, até ver, é um "Zé-ninguém" e ainda tem tudo para provar, ao contrário do nosso FCP, pura e simplesmente não pode falar assim do seu futuro patrão.

Eu sou novo e na verdade ainda tenho esperança de encontrar um trabalho melhor do que o que tenho agora, mas imaginem lá se o meu chefe me ouvisse a dizer uma coisa destas...

Começa muito muito mal este miúdo e vê-se bem que está muito mal habituado, para mim vai ter muito que trabalhar até eu deixar de o odiar por falar assim do meu clube.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Anónimo,

O FC Porto não é um grande europeu!
Não o é financeiramente, não o é em assistência média ao seu estádio, não o é em plantel. É o maior clube de Portugal mas isso não o transforma automaticamente em elite europeia.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Sem dúvida, uma década com tão bons negócios nunca podia levar a uma falência técnica!

Silva Pereira disse...

Boa tarde,
Continuo a achar que estes tipo de considerações são no mínimo imprudentes e desnecessárias.
Como diz e concordo se assinou pelo o FCP foi porque viu o seus proveitos melhorados mas também deveria saber que o FCP é um dos melhores clubes do mundo e como tal tem que provar e vencer no FCP, que como sabemos não é fácil.
Estou farto de mini Messi com um ego maior que a Torre dos Clérigos e que depois se prova que não passam de jogadores banais.
Quando se assiste a tantas promessas que conseguem o seu minuto de fama e desatam logo a ter tiques de vedetas sem provarem a sua consistência, dá para perceber que este tipo de afirmações não é timbre do FCP.
Hoje quem assistiu ao jogo do FCPB confirmou um exemplo desses, estou a falar de Rabiola que demonstrou mais uma vez que tem mais jeito para piscineiro que goleador. Já agora temos aí um bom substituto para o João Ferreira, Vasco Santos marcou um dos penaltis (contra o FCP) mais anedóticos que já assisti, não aja dúvida que tem tudo para singrar nos jagunços do nomeador Vítor Pereira.
Um o bom jogo, de raça e entrega de luta e espirito de grupo. O FCPB perdeu 2 pontos pela ajuda do árbitro e também pelas más substituições do Rui Gomes. Num batatal onde era preciso pontapé para frente e grande poder de choque Rui Gomes faz as substituições após os 75 minutos e faz entrar meias lecas Fábio Martins e Edu e tira o Tozé e Delatorre que valem mais desgastados do que esse "brinca na areia FM”. Enfim esteve bem a lançar o jogo, péssimo nas substituições e assim se perderam 2 pontos.
Este exemplo da equipa B seve para dizer que os jogadores jovens têm que provar a sua raça, espirito de grupo. Não chega ter alguma habilidade é preciso provarem serem dignos do FCP.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Anónimo,

Os meninos de quase todos os clubes do Mundo aos 16 já têm empresário, no Olival, em Valencia, em Roma e no Rio de Janeiro. É consequência deste mundo globalizado e desta visão financeira aplicada ao extremo ao mundo do futebol.

A grandeza e a alma do clube ficam profundamente marcados aos jogadores que cá chegam e não é por acaso que os Lucho, Lisandro, Pepe, Falcao, Hulk, Deco e companhia deixam em entrevistas que vão dando à posteriori de sair do Porto a sua admiração, carinho e paixão pelo FCP!

Duarte disse...

Lá estão os benfiquistas por aqui de novo. Oh anónimo, a seguir ao jogo na Luz, em que fomos com um banco formado por jogadores da equipa B e outro que só tinha três dias de treino no clube, não o vi a comentar.

Duarte disse...

""O que na minha opinião vai começar afectar num futuro próximo o nosso próprio sucesso "

Os senhores (benfiquistas) dizem isso há quantos anos? Diga lá anónimo, há quantos anos é que andam a prever a nossa debacle? Eu respondo por si: há sensivelmente 30.

" (espero estar redondamente enganado)"

O meu caro disfarça tão mal, tão mal.

"passou por um periodo de falencia e de reconstrução após esse periodo e que na minha opinião só agora e após esse conturbado periodo vai começar a estabilizar e dar frutos)"

O período de reconstrução vai já em quantos anos senhor lampião anónimo? Lá está, vai em 30. Então e o "mandato desportivo" do traficante de "pneus", que tinha dado início me 2009 e se prolongou até 2012? Sabe no que é que deu? Num campeonato, o dos túneis por sinal, e numas poucas taças da liga. Paralelamente, o meu clube (que felizmente não é o seu) ganhou 3 campeonatos, 4 supertaças, 3 Taças e 1 Taça UEFA. Fraco, não é? Mas é verdade, já me tinha esquecido que este é o mandato em que vão ganhar 3 campeonatos em 4 anos. O outro, que era o mandato desportivo, afinal, não passou de uma grande e verdadeira aldrabice, mesmo com a máfia (visível nos árbitros e nalguma comunicação social) no seu expoente máximo.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Carlos,

Chama-se honestidade. Que prefere, um jogador honesto e claro, ou o tipico jogador que passa a vida a saltar de um lado para o outro com o habitual "sou xxx desde pequenino, estar aqui é o sonho da minha vida"?

Deixe-mo-nos de hipocrisias, somos para alguns jogadores um clube-ponte, para outros o ponto máximo da sua carreira e para todos uma experiência que nunca irão esquecer e que marcará profundamente a sua carreira.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Silva Pereira,

Onde é que o Herrera demonstra ter mais ego que a Torre dos Clérigos? Ele não disse que era um grande jogador, mais, disse que queria ser um grande jogador e que o FCP o ia ajudar a sê-lo, com fez com outros jogadores sul-americanos. É um elogio à nossa estrutura, à forma de potencializar jogadores, não vejo onde esteja a critica!

Carlos Santos disse...

Mas onde é que não dizer o que disse seria hipocrisia? Hipocrisia seria dizer qualquer coisa como "estou no meu clube de sonho, será muito difícil tirar-me daqui" (não sei se está a reconhecer o pararelo...).

Messi certamente que sabe perfeitamente que é o melhor jogador do Mundo no entanto nunca o ouviu afirmar isso publicamente, é por isso hipócrita na sua opinião?

Este jovem só tinha que dizer que está muito contente por poder representar um clube tão importante como o FCP. O resto tem todo o direito e legitimidade em pensar, mas NUNCA o deveria ter dito.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Carlos,

Claro que é um hipócrita, um falso modesto. Vivemos numa cultura da mais absoluta mediocridade moral, onde alguém que se levante um pouco da crua mediania tem de pedir desculpa por ser melhor numa área, seja ela qual for, e piar fininho para que o grande público não se sinta ofendido.

O Herrera, se fosse do Porto cidade, ou cidadão português, seguramente teria motivos para ter outro discurso, mas é um miudo mexicano que do Porto conhece o mesmo que conhece de Khartoum ou Bali, é absolutamente normal o discurso que tem.

Era o que faltava agora os adeptos terem a palavra sobre o que um profissional estrangeiro diz ou deixa de dizer sobre um clube pelo o qual assina. O que eu não suporto é precisamente esse pensamento de pensar alto, falar em voz baixa, esse politicamente correcto que faz com que todos acordem cada dia um pouco mais falsos e cada vez menos genuínos.

Quando sair do FCP, depois de o ter provado na pele, tenho a certeza que o Herrera dirá e pensará que o FCP é uma das maiores experiências da sua vida. E aí, o Carlos Santos já se vai incomodar se o pensar e disser, ou terá de ficar caladinho também?

Miguel Lourenço Pereira disse...

Alex,

Sem dúvida, o PF é tudo aquilo que os clubes portugueses deviam pensar ser e são incapazes. Se a liga estivesse cheia de PF, seria um campeonato mais agradável, mais competitivo e a médio prazo mais beneficioso para os clubes do topo!

littbarski disse...

O Porto não um colosso europeu, mas é um clube de primeira divisão europeia que, nos últimos 10 anos, venceu a Taça UEFA, a Liga dos Campeões, a Taça Intercontinental e a Liga Europa. Não há muitos clubes por essa Europa fora que se possam gabar do mesmo. Podem ter mais adeptos, mais dinheiro, jogadores mais caros (e, porventura, melhores), mas a grande maioria deles tem menos sucesso desportivo. E isto é algo que deve ser explorado pelo Porto, quando contrata um jogador. Porque aquilo que um jogador recebe, quando escolhe o Porto, não é apenas a possibilidade de uma transferência milionária para uma liga de primeiro plano (que, de facto, a nossa não é); recebe também a hipótese de obter um currículo profissional que a grande maioria dos clubes, mesmo os das principais ligas europeias, não lhes consegue dar, por mais que lhes pague.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Littbarski,

Ninguém tem dúvidas que dentro de todas as suas limitações, o FC Porto é um clube com uma projecção brutal. Não é um grande europeu em muitos sentidos mas é talvez o clube que melhor sabe potenciar os seus recursos e os agentes e os jogadores são conscientes dessa realidade.

Creio que o Herrera - ou pelo menos quem lhe gere a cabeça - o sabe, tanto é que ele diz isso mesmo na entrevista, quer seguir o exemplo de jogadores que cresceram, não só ao nível da conta bancária, mas também com títulos e prestigio, coisa que dificilmente conseguiria escolhendo o Sevilla, o Schalke 04, o Spartak Moscovo ou o Udinese, por exemplo.

Creio que, nesse sentido, o projecto do FCP há muito que é único no mundo e só tenho pena que não tenha utilizado precisamente esse modelo para crescer ainda mais, em vez de se afundar financeiramente como sucedeu.

Anónimo disse...

Caríssimos, vivo em Coimbra. Não posso afirmar-me PORTISTA. Falta-me aquilo que genuinamente voces têm, não só geográficamente. Vivem o clube no Estádio, no pavilhão, usam os vossos direitos como sócios.
Sou adepto? Absolutamente!
Visto a camisola no “confronto” com os adversários.
Mas, não tenho a minha voz nos sítios certos…
Por isso vos peço: Acreditem na força do clube Futebol Clube do Porto.
Uma força de união, carácter e vontade.
Não qualquer força bruta e esmagadora sobre todos os que dignamente partilham uma qualquer actividade desportiva.
Existe orgulho mas não preconceito.
Onde se deseja e proclama a vitória, reconhece-se que alguém foi derrotado.
Nunca porque os derrotados são “gente” inferior, mas porque no confronto o FCPorto conseguiu ser melhor. Dentro do espaço - das quatro linhas!
E no fim respeita os adversários vencidos.
Todos?? Tem sido assim, mas TEM DE ACABAR !
Cada vez aumenta mais em mim o sentimento que tanto desprezo: REVOLTA
Não admito violência, nem suportaria qualquer adepto do clube FUTEBOL CLUBE DO PORTO muito menos alguns evidentemente identificados como responsáveis fazê-lo.
Não esqueço os maus exemplos do nosso adversário SLB. E por isso são maus exemplos que felizmente não colhem frutos nestas bandas.
Mas porque razão esses exemplos vêm na sua quase totalidade só de um adversário?
A minha resposta simples: Muito raramente têm conseguido ser melhores, sobretudo têm dentro tamanha basófia e preconceito.

Ontem, perdi (ganhei porque (re)conheci a maldade) muitos minutos a ver e gravar os programas de comentadores do futebol.
Senti-me mal, como verdadeiro adepto do Futebol Clube do Porto, em ver e ouvir esse gordo João Gobern destilar tanta perfídia e mentira. Mais ainda porque o Miguel Guedes não conseguiu estar á altura de vestir a NOSSA camisola. À muito que não lhes ligava. Acerca do Miguel e quando ele substituiu o Rui Moreira via nele pessoa capaz de retorquir com esclarecimento e objectividade. Para mim poderia estar ali alguém capaz de desmascarar as mentiras e enaltecer as verdades.

Mas não era só nesse.
Num tempo que é Extra (pudera, uma estação reservar um monólogo durante tantos minutos a esse Rui Santos, tem de ser mesmo EXTRA longo…) foi mais do mesmo.

E o tema até à exaustão era a despromoção da Taça da Liga. Pedro Proença e o jogo em Setubal!!!
Que enorme chorrilho de pouca vergonha!

Isto não é mais do aquilo que o caro Vila Pouca (nunca soube se este é o seu nome, mas também não importa) tem vindo a dar espaço e destaque aqui nesta página. E muitos outros PORTISTAS o fazem.
Mas tem que ser feito ainda mais!

Renovo o meu pedido.
Usem tudo aquilo que está ao vosso alcance para desmascarar estes abutres indignos.
Apoiem o CLUBE e ajudem-no a conseguir mais esta vitória.
Chamem-me a escrever a minha REVOLTA, gritem no Estádio, exibam mensagens no Estádio, exigam a quem está próximo do Clube que responda.
Não um comentário on-line na página oficial ou no facebook.
Apelem à nossa SAD.
Declarações sustentadas na comunicação social.
E depois que se sacrifiquem com sentido e rigor na busca das condições ideais para a equipa de futebol conseguir a vitória NESTE campeonato!

Repito alumas palavras do NOSSO treinador:

“Às vezes leio críticas em que baixamos de qualidade, de ritmo, mas é preciso analisar correctamente as situações…”
“Satisfeitíssimo, vejo a equipa a vir de um período em que teve de lidar com muitas condicionantes e foi ganhando jogos com personalidade, com qualidade, com carácter e aqui estamos na frente do campeonato e à espera de elevarmos a qualidade, de continuarmos agressivos, de continuarmos concentrados e de chegarmos no fim em primeiro lugar, que é esse o grande objectivo da época.”

Luis Manuel (Coimbra)

Deixei este comentário no Vila Pouca, na porta 19, e tentarei noutros PORTISTAS.
Estou imensamente REVOLTADO.
Acho que definitivamente perdi o respeito desportivo, embora o(s) clube(s) adversários enquanto instituição mo exigem. Mas esta gente!!! Pouca vergonha !!!

Hoje será o primeiro dia do resto do NOSSO campeonato.

Joao Goncalves disse...

Sobre este assunto vou só dizer uma coisa muito simples...

Alguém duvida que foi assim que lhe venderam o Produto?
Alguém duvida que esta é uma das grandes frases que o staff do FC Porto usa para atrair os grandes talentos para cá?

É claro que o FC Porto se faz valer dos variadissiomos jovens que para cá vieram e foram parar nos grandes europeus para atrair os novos talentos... chama-se marketing!

Portanto não podemos nem devemos dar maior ou menos importância a isto pois o que o Herrera disse foi provavelmente a ideia que lhe venderam...

Estou mesmo a ver a conversa:

"Herrera... vens para o Porto e depois, como o Anderson, Falcão, Lisandro, Lucho, etc... podes crescer e mostrar-te aos gigantes europeus ganhando um contrato de uma vida".

Miguel Lourenço Pereira disse...

João,

Precisamente. Ninguém acredita que lhe tenham falado do Broas, da Torre dos Clérigos, das francesinhas ou do "tribunal", ele reproduz o que o clube lhe diz, a ele e a todos por esse mundo fora. E muito bem!

littbarski disse...

O problema dessa mensagem é que pode criar a ilusão de que é fácil chegar cá e ter êxito. Eu não digo que o Porto não deva explorar o facto de conseguir colocar jogadores nos melhores clubes da Europa. Claro que deve. O que acho é que a essa mensagem das grandes transferências deve estar associada a noção de que o jogador vem para um grande clube, com um sucesso desportivo invejável, com uma concorrência interna (entre jogadores) forte, e que, portanto, só com grande esforço e dedicação será possível, primeiro, ter êxito no Porto e, depois, alcançar o clube ou campeonato sonhado.

A ideia com que eu fico é que os jogadores vêem cada vez mais a coisa ao contrário: primeiro o Real Madrid, o Manchester United ou qualquer outro clube com que todos os jogadores sonham e depois o clube que lhes pode permitir lá chegar, quase como se fosse uma mera formalidade. Mas posso estar enganado.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Littbarsi,

Os jogadores chegam, acima de tudo, com aquilo que os agentes lhes metem na cabeça. E os agentes pensam já nas transferências milionárias, desde o primeiro dia que aterram na Europa, seja aqui ou em outro lugar. Lembro-me do agente do Cavani dizer, quando chegou ao Palermo, que era o primeiro passo para jogar no Real Madrid. Ou do Alexis, na Udinese, que já falava do Barça no primeiro ano que se afirmou. É o preço dos jogadores terem consciência de que esta é uma etapa que pode ser muito curta.

Depois, quando chegam fisicamente, está o trabalho do clube, da direcção técnica, direcção desportiva e dos colegas de lhes fazer ver que é preciso comer muita broa para ser alguém na Europa e no FCP. Os casos de sucesso aprenderam bem a lição!