segunda-feira, 18 de maio de 2015

À espera dos deuses...

FCP SAD na Euronext Lisboa

Ontem, passei-me. Hoje, estou pior porque nem o palavrão que serviu de tubo de escape me chega, por agora.

Poderá haver culpas do treinador, mas a equipa está de rastos e não temos segundas linhas, tão boas quanto proclamam. O FCP (e o presidente) está numa situação particularmente complicada: se fica com Lopetegui vai ser um calvário, porque o homem anda perdido, como Paulo Fonseca, o mau da fita da época passada; todos pareceram ficar convencidos que, extirpado o eixo do mal (sempre o treinador), a coisa entrava nos eixos, mas não entrou; e há quem pense que basta mudar de novo e contratar um Bielsa qualquer e que lá vamos nós de vento em pompa, a coberto de algumas promessas e do encantamento que as novas épocas provocam pelo fluxo de muitas entradas e saídas de activos, como agora se gosta de dizer, a caminho dos amanhãs que cantam; pode ser, mas não creio.

Depois de Belém, não sei bem qual a melhor decisão. Em suma: não vejo que mudar de treinador vá produzir qualquer milagre, mas temo que a continuidade de Lopetegui tenha acirrado os detratores e esmorecido os apoiantes, porque uns e outros estarão pouco disponíveis para lhe conceder o benefício da dúvida. A coisa está pior que na época passada, porque naquela altura se acreditou “que este ano é que ia ser” sobre o comando do PdC e da lavagem levada a cabo, mas neste final de época a nossa moral chegou perto do zero. E caiu com estrondo.

Salvo o campeonato que AVB ganhou, o FCP passou a gastar muito dinheiro e a ter más decisões na construção do plantel, que foram esquecidas porque o SLB derrapou na sua tendência autofágica. Quando JJ foi capaz de perceber o caminho, encostou-nos à parede. E não é só pelos campeonatos que ganhou. O SLB melhorou a sua estrutura e superou a nossa, abanada por facções que se digladiam. Por isso, vi com bons olhos a vinda de Lopetegui, que não conseguiu resultados satisfatórios e dividiu toda a gente. Gostaria que ficasse porque é inteligente e não tem medo. Sem ele vai ser muito pior.

Mas, como não sei o que se passa no balneário e nos bastidores, na SAD, na Doyen e com Alexandre o Grande, pouco mais me resta que ficar preocupado à espera que os deuses decidam a nossa sorte.

22 comentários:

Ricardo Cabral disse...

Caro Mário, permita-me não ser tão pessimista, reconheço que o Colo-Colo se reforçou muito bem esta época no único espaço onde lhe interessava - nas decisões arbitrais. Recordo-lhe que, esta equipa é nova este ano no clube, compete desde Agosto, o Colo-Colo não, a equipa base é-o há anos mas, não durará eternamente.
por outro lado, calhou-nos um belíssimo treinador, sem intervenções arbitrais, a festa teria sido feita nos Aliados. Apesar de não termos vencido um troféu este anos, ganhamos uma equipa e sobretudo, voltamos a unir-nos num desígnio, personificado num treinador, que tal como outrora será o nosso centurião. Lembre-se de Pedroto, que a pouco e pouco construiu uma equipa, Lopetegui também, e para o ano seremos uma fénix renascida para vencer.
Cumprimentos portistas.

P.S. - para quem estava afastado da luta pelo título desde que perdemos com o Marítimo, a equipa até chegou razoavelmente longe.
Quanto ao JJ nos encostar, são ilusões, há 6 anos que o tenta e ainda não conseguiu, repito-me, do ano passado para este, que diferença, não fora os árbitros e a festa seria justa.

Pedro Mota disse...

A equipa está de rastos,mas de quem é a culpa disso?! ..No inico da epoca dizia-se que as rotações ,apesar de nos terem custado uns pontos e uma taça de Portugal, serviriam para a equipa estar fresca no final da época. As nossas 2ª linhas são qualidade. Na possibilidade de ter o plantel todo a disposição os suplentes do Porto são/foram: Fernandez/Helton ;Indi,Reyes,Angel,Ricardo,Evandro,R.Neves,Quaresma,Aboubakar,Hernani,Quintero, Adrian. Isto não é qualidade?!
Na 2 epoca de VP,gastamos muito pouco dinheiro em contratações(Jackson e Fabiano),e fomos campeões mesmo tendo perdido o nosso melhor jogador.
Se o treinador ficar a pressão vai ser tão grande que ao mínimo erro se tornará quase insuportável. É necessário haver mudanças para que se possa acreditar novamente e os adeptos se entusiasmem. A equipa muito provavelmente vai ficar mais fraca ,logo ou vem alguem capaz de aproveitar melhor o plantel disponível ou muito dificilmente reconquistaremos o campeonato. Gostava de ouvir o nosso presidente dar uma entrevista a esclarecer muitas das coisas desta epoca e da proxima.

Miguel Amador disse...

O problema é que não temos equipa para o ano. Veja-se as saídas do 11 titular: Helton (poderá sair, já que não tem renovação ainda em cima da mesa), Danilo (Vendido), Alex (senão renova, terá de ser vendido), Casemiro (o Real Madrid quer vender, pelo que ou pagamos 15M, ou eles vendem a outro fruto da nossa valorização), Oliver (ou fica no Atlético ou chega alguém e o compra, porque é craque), Jackson (vendido desde ao início da época, resta saber por quanto e a quem). A estes junta-se as dúvidas: Quaresma (Se esta época já mostrou que custa aguentar um jogo, será que dá confiança para continuar mais uma época, sabendo que é sempre um jogador para gerir com pinças e que poderá ser relegado para uma 4 alternativa nas alas), Brahimi (penso que neste momento, se houver que cometa loucuras por ele, sai). Com isto, podemos perder no fundo quando todos os jogadores que categoria do Porto, necessitando de ir ao mercado se quisermos recuperar um nível do plantel semelhante a esta época. Como substitutos potenciais temos: Aboubakar (com qualidade se mudarmos a forma de jogar a não depender do PL a jogar no meio campo), Rúben Neves (acho que devia jogar a MD, passando o Porto a ter um registra e vez de um destruidor de jogo apenas como o Casemiro). De resto, todas as outras opções não prometem manter o nível ainda que sejam excelentes segundas linhas: José Angél (gostei sempre quando jogou, mas não tem por sombras a qualidade do Alex para uma equipa que ataca com os DL - viu-se a falta que fizeram em Munique), Evandro (excelente jogador, mas não influência o futebol do Porto, não procurando rupturas ou passes arriscado), Hernâni (claras deficiências técnicas, que se nota na dificuldade que tem em fintar sem ser em velocidade, no controlo de bola, e finalização), Tello (o mesmo do Hernâni), Ricardo (ao mesmo nível do José Angel, porque apoia bem o ataque, mas não oferece a suficiente segurança defensiva).

Resta-nos que o Jorge Jesus saia no final da época (ficar será arriscar não dar o salto, porque para o ano terá de fazer melhor na champions e sabe que fora da Liga com um plantel deste nível não vai lá). A necessidade do Benfica refazer e reaprender processos de um novo treinador poderá equilibrar as coisas, sendo que teremos um plantel de muita pior qualidade do que o deste ano, já que mesmo com contratações estas terão de se adaptar e integrar.

jnporto disse...

Muito bem. subscrevo

Rui Pedro disse...

Não sei com o que hei-de ficar mais preocupado: com a desorientação absurda da SAD ou com o facto de ainda haver adeptos que acham que temos um "belissimo treinador". O que sempre nos fez ganhar e ser muito superiores aos outros foi o sabermos sempre ser mais exigentes do que os outros e este ano parece-me que a exigencia se perdeu. Até já se vai aplaudir a equipa depois de ser eliminada da CL com a pior derrota de sempre nas competições europeias.
Assim que li a tarja dos SD a pedir a recuperação do ADN PORTO fiquei contente, mas também nós, adeptos, temos de recuperar algum ADN perdido.

jnporto disse...

Também não sei o que se passa no balneário e nos bastidores mas não me agrada saber da [suposta] presença de Alexandre Pinto da Costa nas decisões do Clube. Espero que o Porto não esteja a descambar para uma monarquia mas confio que Pinto da Costa o impeça. Sobre a equipa, vejo que temos um modelo de jogo interessante que o treinador conseguiu implantar com êxito, com grande mérito e que estamos bem melhor este ano do que há um ano. O problema é a qualidade dos jogadores ou a sua adaptação ao sistema de jogo de posse que não admite perdas de bola e permissividade a meio campo como por vezes acontece no Porto. O golo de ontem, como quase todos os sofridos durante a época, aparece quando o jogo estava totalmente controlado, devido uma falha infantil de jogadores em superioridade numérica. Como os dois marcados pelo Benfica no Dragão, um deles com a Barriga, com tudo a ver, não por falhas de posicionamento ou de sistema de jogo. O jogo do Porto não admite perdas, por exemplo, como as que Herrera cometeu ontem e que repetidamente vem cometendo. Herrera é um grande jogador mas não sei se alguma vez se adaptará a este sistema. Inadmissíveis são, por exemplo, as atitudes passivas de Maicon, como no golo do Belenenses, ou as perdas de bola de Brahimi que dão sempre a posse ao adversário. O Porto de Lopetegui, dominou praticamente todos os jogos, com excepção do do Sporting para a Taça e o de Munique. Se não ganhou foi ou porque surgiu um brinde, uma perda de bola estúpida ou por alguma manigância da arbitragem como no jogo em Guimarães. Depois, há que ter em conta o futebol em Portugal em que se marcam faltas por tudo e por nada o que limita a capacidade de posse de bola, de circulação e de construção de jogadas. No jogo contra o Benfica na Luz não houve uma jogada que durasse mais de trinta segundos sem que alguém se atirasse para o chão e se marcassem faltas e na dúvida sempre contra o Porto. Jogadores como Oliver, Herrera, Casimiro e Brahimi tiveram de se habituar a este "cinema" o que não é fácil, pelos amarelos e pela dualidade dos critérios de avaliação. Não tiveram as mesmas dificuldades na Liga dos Campeões. Mantendo este sistema de posse o Porto terá de encontrar jogadores que não percam a bola ou que, perdendo-a, a recuperem depressa e bem como no Bayern ou no Barcelona, também em posse, em que ninguém perde bolas pois se isso acontecesse seria fatal. A questão é saber se será possível o Porto encontrar jogadores que se adaptem simultâneamente ao cinema do futebol português e ao sistema de posse de Lopetegui o que não será fácil porque, além de questões orçamentais, existem colos e sistemas musculados [Jorge Jesus e M Silva] nos quais a gente como Samaris, Adrien ou Maxi tudo lhes é permitido. Em suma: Será o sistema de posse adequado à Liga Portuguesa, tendo em conta o custo e a qualidade dos jogadores e as facilidades que goza a concorrência?...


Paulo Marques disse...

Bom bom era se, invés de termos ganho à segunda melhor equipa da Europa, era termos ganho a taça da treta e o campeonato do colinho. Isso é que eram objectivos a sério!

ped.ribeiro disse...

Caro Ricardo Cabral, é precisamente esse o raciocínio que eu, enquanto Benfiquista, desejo que perdure para os vossos lados. Que continuem durante largos anos a atribuir os vossos insucessos à "influência arbitral" e aos "colo-colos" desta vida, sem antes olharem para o vosso umbigo, para as vossas "influências arbitrais" e para os vossos "colo-colos".
Já agora, curioso como na mesma frase atribui o sucesso do Benfica esta época exclusivamente às "decisões arbitrais" e de seguida refere que a vossa equipa é nova e que a nossa se mantém há anos. Em que é que ficamos?

Pedro disse...

Caro ped.ribeiro,
Não procure inconsistência onde ela não existe. Não tenha dúvidas que o Benfica este ano, ao contrário do ano passado, nada teria ganho não fosse o colinho. As contas são tão escandalosas e claras que é preciso alguma falta de decência e inteligência para o negar.

Comparar isto com anos em que vocês benfiquistas contestaram tudo por causa de 2 jogos... é quase brincadeira.

Tudo isto não impede que se reconheçam méritos alheios e fraquezas internas. Sim a nossa equipa é nova, sim falhou nos momentos em que a experiência e pragmatismo deveriam sair por cima.

O que o Ricardo diz, a menos que saiba ler muito mal, é que a festa teria sido nos Aliados se as arbitragens tivessem sido normais. É um facto. Consegue desmentir? Por muito mérito que se dê a JJ, e aos jogadores, este ano o SLB seria 3º, de forma bem clara.

Pedro disse...

E ai esteve uma das grandes diferenças. Apesar do colinho do benfas, o Porto pensou sempre mais na Champions do que no campeonato. Basta olhar para o Porto-Boavista, e tentar perceber que poupanças foram aquelas num jogo de campeonato...

Ribeiro DeepBlue disse...

Ped-Ponto-Ribeiro, caríssimo.
Estranho o seu comentário.
Não por ter eventualmente coisas sobre as quais, como adeptos do FCP, não devamos reflectir, mas por vir de um adepto de um clube que, perante a superioridade de um adversário ao longo de duas dezenas de décadas (para ser simpático), mesmo em anos em que ficavam em 6º lugar, em anos em que ficavam a 20 pontos, em anos em que perdiam "7 contra Celta" e outros Halmstads, em anos em que contratavam Freddys Adus, de forma arrogante, infra-desportiva, vergonhosa, procuraram sempre apoupar as nossas vitórias indo ao cúmulo de ir lá fora fazer queixinhas e andar com DVD's de ministério em ministério.

E tudo assume proporções épica quando Manuel Vilarinho, há dias, enquanto afagava em directo um copo (o Pavlov seria capaz de explicar isso), admitia que o SLB chegou a comprar jogadores mirolhos, jogadores ceguetas, jogadores com uma perna mais curta do que outra!!!!.
Já para não falar do pormenor delicioso de terem comprar o Jardel...mas o irmão, não o Mário.

Em bom Português, e à moda da Ribeira, é preciso ter uma lata do c.......

c. silva disse...

Faz-se contrato com um treinador por 3 epocas.
Ao fim da primeira acabamos segundos a tres pontos e com zazões de queixa..
Mas querem mudar de treinador! Devem ser os mesmos que assobiavam o Vitor Pereira, bicampeão..

Está tudo maluco.

Pedro Moreira disse...

Os últimos anos do meu Porto não podiam ter outro desfecho. Não altero a minha retorica e só lamento que os resultados me deem toda a razão. E como sempre disse tudo começou com o estrondoso êxito de 2011. Quem dirige o clube limitou-se nos anos seguintes a retirar dividendos de uma equipa que deslumbrou a europa do futebol. Foi vender a quem deu mais, foi fazer negócios chorudos que apenas serviram para reduzir a escombros um plantel de luxo. Ninguém discute a impossibilidade de manter as estrelas mas sim o destino do dinheiro e a estranha visão que com juniores e jogadores menores os milagres se sucederiam. Em dois anos, com o que restava de qualidade e com a péssima gestão de Jesus conquistamos o campeonato mas todos percebíamos que milagres como os de Kelvin acontecem muito pouco. O ano passado foi humilhante, o plantel o pior deste que me conheço e passamos o ano a questionar o pobre e desamparado Paulo Fonseca e alguns (muitos que por aqui passam). a destacar as virtudes de estrelas como Josué, Lica, Quintero, Ghilas, Carlos Eduardo, Kelvin…Páginas de estratégias e de esquemas incapazes de perceber que a qualidade não existia nos jogadores, como muito bem se foi confirmando este ano. No início desta época, pressionada por um ano trágico tentou-se investir. Penso aliás que esta foi a grande diferença. A direção transmitiu a ideia que voltava a querer ganhar, tentou gerar uma ilusão desaparecida. Mas foi só isso. Novamente jogadores de segunda. Mais uma vez por aqui se discutiu se A ou B, se C ou D. Mais uma vez ninguém percebeu que Herrera não presta, que os laterias são incompetentes, que Casemiro é um flop (vou-me rir com o futuro deste craque), que vieram espanhois de segunda, e mesmo o de primeira (Oliver) não vai ser um jogador de primeira linha. Ao péssimo plantel juntou-se a perda total de poder nos bastidores do futebol. Fomos roubados e assistimos às ofertas sistemáticas aos nossos rivais. Na poltrona fomos assistindo impávidos as corruptas nomeações de árbitros mas parecia que nada era connosco. Ninguém se manifestou, ninguém se importou. E no fim com tudo perdido veio Lopetegui sozinho dizer o que durante todo o ano todos vimos de forma descarada. Necessitávamos de um José Correia como porta-voz do clube. O resultado da época só surpreende quem não percebe nada disto. Quando algum deslize (do rival e do sistema) nos criou alguma ilusão fomos inofensivos contra o Nacional e incapazes na luz. Tenho que fazer outro desabafo porque assim não vamos lá. Fizemos em Braga, na taça da liga, um jogo épico, à Porto. Todos festejamos e até alguns pensaram que podia ser o ponto de inflexão. Depois, para mim num dos jogos mais importantes da época, fomos eliminados pelo Marítimo. De imediato os adeptos do clube desvalorizaram a “taça da cerveja e do Lucilio”. Mas esta gente não percebe que o clube só é grande porque ganha TITULOS, que a taça da liga era IMPORTANTISSIMA no contexto do ano desportivo. Alguém acha que enterrar a cabeça na areia vai resolver alguma coisa. Estou desanimado, começo a não ver nesta direção capacidade de reação e nestes adeptos e visão critica e o inconformismo necessário. Ponhamos uma estátua à frente do estádio que com justiça se chamará Pinto da Costa mas por favor, ou a direção recupera poder, recupera a liberdade de se expressar e de lutar, volta a investir a sério ou então só tem uma saída: dar lugar a outros. E que agora não surjam os habituais iluminados que por aqui escrevem a defender a renovação da equipa com os jogadores da equipa B. É a receita para a desgraça, eu durante anos ri-me com essa solução mas então sugerida pelos adeptos dos rivais lisboetas. Hoje infelizmente o Benfica percebeu que para ganhar tem que ter Julio Cesares e Jonas e que ter um meio campo maduro e consistente é fundamental..

miguel.ca disse...

Penso que já de algum tempo para cá o problema é mais profundo do que a simples imagem do treinador. O problema situa-se mais acima numa administração que está a perder o lanço. Nada nem ninguém dura para sempre e a era Pinto da Costa está manifestamente terminada.
Precisa-se de renovar as ideias, as estratégias, o rumo e acima de tudo a paixão de guiar o FCP ao sucesso sustentado e parece-me que esta administração já não possui o ADN necessário para tal caderno de encargos.
Obviamente que o pós Pinto da Costa é assunto que arrepia muito boa gente mas é algo que é inevitável... Mais cedo ou mais tarde vai ter de acontecer e era preferível que acontecesse de uma forma planeada do que resultado de um evento tragico que atire a SAD para um nevoeiro sem fim à vista. Pinto da Costa está velhote, tem historial de problemas de coração e se nos morre de repente (toc toc toc madeira) podemos ter pela frente alguns anos bem complicados.

Ricardo Cabral disse...

Ped.Ribeiro

Não veja inconsistência no que escrevi, limitei-me a constatar um facto, o que permitiu ao seu clube manter-se no topo da tabela foi a experiência de uma equipa-base, isso não significa que deveria estar ou terminar em primeiro lugar, longe disso, penso que o meu raciocínio foi claro, e repito, são factos.
Não se preocupe connosco, o nosso ADN é o mesmo, não mudamos treinadores nem quando ganham, muito menos quando lhes são retirados títulos como este ano se viu, aliás, se se interessa tanto pelo nosso clube, compare as assistências este ano, em estádio (bilhetes pagos, não oferecidos), com os do ano passado, perceberá o que é uma massa adepta e uma equipa estarem unidas, e repito, não ganhámos um único troféu.
Se o nosso treinador vos incomoda tanto, então tem ainda mais virtudes que as que lhe vejo eu.
Veja bem, em seis épocas do seu treinador, nós é que batemos recordes, nós é que vencemos competições internacionais, nós é que fomos tricampeões, nós é que chegámos aos quartos da champions league... quem diria, não é? E com treinadores diferentes, e nem sempre com os mesmos orçamentos.
Repare numa coisa, falhámos nos momentos cruciais este ano? ainda bem, digo-lhe eu, assista à entrevista do nosso querido António André (se lhe interessa tanto o nosso clube) e prepare-se para o que aí vem, e o que aí vem só pode ser parado como este ano foi, de forma indecente e imoral.
Este ano a SAD precisava de fazer valorizar lá fora os nossos jogadores transaccionáveis, esta próxima época não precisará de o fazer...

Ricardo Cabral disse...

Rui Pedro, se você não acha que nos calhou um belíssimo treinador, então evite perceber os sinais, já reparou no pavor que causa aos vermelhos?
sempre que o nosso fala, vêm a correr hordas de comentadores dizer que não pode ser e tal... reconheça-lhe essa virtude.
Outro sinal: veja as estatísticas pulverizadas, quando foi que tivemos uma defesa assim? tão pouco batida?
Veja a maneira como ele ontem reagiu à equipa (esgotada e desanimada), diga lá que não o sentiu como um dragão?
Queria um treinador que vencesse instantaneamente? também eu, imagine que o nosso golo em Guimarães era validado, já o acharia melhor?
perceba que ele foi um verdadeiro dragão, enfrentou o poder instalado sem ninguém d sad lhe dar a devida cobertura (com esta energia e portismo penso que apenas Pedroto - e este está cá pelo primeiro ano).
Que outro treinador se atreveria a colocar Quaresma no sítio? a dar o benefício da dúvida a Ruben Neves (e mais portismo que há-de entrar na equipa).
Quem melhor poderia ter exponenciado os jogadores que estavam desalentados desde o ano anterior?
Gosto muito deste treinador, falhou com a equipa em certos momentos? claro que sim. Aprendeu com os erros? O sporting que o diga...
Vá lá, dê-lhe o benefício da dúvida, prepare a garganta para gritar o nome dele no próximo ano, que esse é nosso.
saudações portistas (para o ano não há necessidade de rentabilizar activos como houve este ano).

Miguel Magalhães disse...

Eu estou é à espera de ver a reaccao da estrutura do Porto aos insultos de que foi alvo por parte de um vice-presidente do Benfica.
Por muito estúpido que o personagem seja, a quantidade e o tom dos insultos dirigidos ao treinador do Porto nao justificam apenas um comentario no Dragoes Diario.
Cada vez mais acho que nao podemos exigir uma atitude aos jogadores do Porto ou ao seu treinador que nao vemos na estrutura que dirige o clube.

Portista Sec XXI disse...

Parece-me que está na altura de enfrentar o touro pelos cornos e deixar de tentar desviar atenções do que realmente é mais do que evidente há um par de anos para cá; o prazo de validade de Pinto da Costa, caducou e com a sua continuidade o FC Porto começou igualmente apodrecer.

Reconheço e estou grato a Pinto da Costa por tudo o que ele fez pelo o Porto, se não fosse ele e a sua sagacidade o Porto nunca teria chegado onde chegou; mas passado é passado, o presente é o que é; está na altura de começar a preparar o futuro e não hipotecar o mesmo.

Após estar dois anos sem comentar e opinar sobre tudo o que está acontecer, hoje e sem desenvolver, vou só deixar alguns pontos para dar que pensar.

O FCP nos últimos seis anos no que ao futebol diz respeito, só na época de Villas Boas, é que realmente a maioria dos adeptos esteve com a equipa e reconheceu o total mérito do que foi conquistado; já que nas outras duas em que fomos campeões a maioria reconhece que houve mais demérito do adversário do que mérito nosso.
Villas Boas saiu como saiu e acabou por receber um Dragão de Ouro, o mesmo que foi dado a Rui Soares Dias, presidente do clube do Restelo.

Só que o FC Porto não é só futebol; é bom então analisar o que era a realidade há uns anos atrás de modalidades como o Basquetebol ou Hoquei por exemplo e a de hoje.

Para concluir é bom não esquecer que não é só a nível desportivo que o Porto está a definhar, pois em termos económico-financeiros o panorama também não é famoso.

Logo continuar a tentar lançar culpas no treinador ou nos jogadores por tudo o que de mau que tem acontecido é uma forma muito redutora de tentar ver o real problema.



Mefistófeles disse...

«Todos os grandes vencedores caíram em algum momento da sua vida. A forma como te levantas e continuas na luta é o que determina a tua personalidade. Continuamos juntos para os bons e os maus momentos, sempre juntos. Resta-nos continuar em frente, ir à luta e treinar para que sejamos melhores. Hoje e sempre somos Porto!»

Jackson Martinez

miguel.ca disse...

Muito bonito, vindo de um gajo que daqui a dois meses está a treinar com outra camisola.
Mas fica-lhe bem.

Mefistófeles disse...

É pena que seja um colombiano a sentir o que muitos portugueses não sentem. Poderá estar de partida mas personifica como poucos o espírito guerreiro com o qual me identifico. Deixar-me-á saudades, este "gajo".

miguel.ca disse...

Estou de acordo mefistofeles e adoro o gajo também mas a realidade é que fica muito mais fácil transmitir mensagens de perseverança e de esperança quando o nosso futuro não está incluido no problema.