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Ao ler o oportuno post do José Correia sobre as lamentações do director do Correio da Manhã perante a boa educação e hospitalidade dos dirigentes sportinguistas reparei em mais um exemplo do revisionismo da história que vai fazendo carreira no caso Apito Dourado.
Efectivamente, já não é a primeira vez que o antigo presidente do Sporting, Dr. Dias da Cunha, aparece mencionado na comunicação social como o verdadeiro herói daquele "escândalo". Os media parecem assim confundir as quixotescas atitudes daquela figura - aliás, apenas o mais esbracejante da interminável galeria de chorões nas bandas de Alvalade - com o verdadeiro despoletar do caso. Ou, se não confundem, reescrevem a história, à semelhança das famosas fotografias dos chefes bolcheviques nos anos anos 20 e 30 às quais foi posteriormente subtraída a imagem de Lev Bronstein, mais conhecido por Trotsky, entretanto caído em desgraça.
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Neste caso da génese ou paternidade do Apito Dourado quem faz de Trotsky é, nada mais, nada menos, que a garbosa colectividade do concelho de Vila Nova de Gaia que dá pelo nome de Sport Clube Dragões Sandinenses. Sim, convém não esquecer que, se querem à força arranjar um "herói" para o tenebroso Apito Dourado, foram os Dragões Sandinenses que, ao apresentarem queixa contra o Gondomar, deram origem à investigação que tanta tinta faria (e ainda decerto fará) correr.
Ora vá lá, ponham de novo os Sandinenses na fotografia.
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