«Sou um adepto incondicional da Selecção Nacional. Sou dos que ainda acreditam numa presença honrosa neste Mundial de futebol. Sou, contudo, dos que lamentam que, face à irresponsabilidade da maioria dos dirigentes do nosso futebol, estejamos na iminência de já não ter Selecção digna desse nome para jogar o próximo Europeu - veja-se a panóplia ridícula de dezenas de jovens estrangeiros com que Benfica, F. C. Porto e Sporting entram em campo no campeonato nacional de juniores que agora está a terminar!
Como é que este tipo de opções é compreensível num país que com as suas gentes gerou nos últimos 25 anos atletas que nos conduziram a dois quartos-de-final de Europeus - 1996 e 2008, quatro meias-finais de campeonatos da Europa e do Mundo - 1984, 2000, 2004, 2006, a uma final do Campeonato Europeu - 2004, à final de três taças UEFA, à final e à vitória em duas Ligas dos Campeões Europeus. Um país que na última década gerou dois jogadores considerados os melhores do Mundo pela FIFA - Luís Figo e Cristiano Ronaldo, que conduziu um treinador ao patamar de ser considerado o melhor do continente africano - Manuel José, e outro, José Mourinho, ao estrelato de ser reconhecido como o "Especial" e único à escala planetária. O que se pode dizer de uma geração de dirigentes que está a delapidar na maior das impunidades este legado?»
Luís Filipe Meneses, JN, 20/06/2010
O artigo de opinião completo pode ser lido aqui.
Não sei se é possível impor alguma limitação ao número de estrangeiros que integram os planteis das equipas juniores mas, sem qualquer tipo de xenofobia, penso que é algo que deveria ser pensado.
Foto: Campeões nacionais de juniores 2006/07 (fonte: blogue 'Jorge Nuno Pinto da Costa')
5 comentários:
Sr. Luis Filipe Meneses, 2010-25 não chega a 1984! Vamos lá a voltar para a instrução primária e rever essas contas de mais e de menos (somas e subtracções para os meninos crescidos).
Quanto ao resto do conteúdo, tenho de estar de acordo. O número de estrangeiros nas equipas descaracteriza completamente as equipas e tira o interesse especialmente às competições de equipas de formação.
Nesses êxitos de "clubes" a que se referiu, o conhecido médico esqueceu-se de que os Madjers, Derleis e Alenitchevs também não eram portugueses.
Quanto aos estrangeiros na formação, ainda se ao menos se vise lá algum de jeito, estou como o outro. Enfim, eu imagino que o lobby dos agentes FIFA seja em boa parte responsável por esta situação.
"se visse", claro.
Ora, José Correia, trazer o depoimento deste barra em futebol não sei se vem reforçar a sua tese!...
(Na boca dos políticos a opinião sincera do adepto, transforma-se em nacionalismo demagógico, sempre muito perigoso!)
Como já foi falado no post anterior "A Política de formação azul e branca" a questão é saber se vamos tirar proveito desses jovens estrangeiros no futuro (para a equipa sénior) que estamos a formar nos escalões. Lembro que clubes como o Barça e o Arsenal usam este política, casos como o Mesi que foi muito jovem para as escolas do Barça e vejam o jogador que ele é nos dias de hoje.
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