terça-feira, 16 de julho de 2013

Overbooking de médios, um problema?

Começa finalmente a fechar-se o plantel para a próxima época (e relativamente cedo aliás).
As vendas madrugadoras de Moutinho e James permitiram fechar o capitulo de saídas sonantes salvo novidade de última hora. Um preço desorbitado, uma necessidade estridente de cash, uma birra descomunal, no futebol nada é certo e até 31 de Agosto tudo é possível. Mas vamos considerar o plantel tal como está como 95% fechado. As únicas saídas - de nomes de peso - que podemos equacionar são de Mangala, Fernando e Jackson. Só o primeiro já tem substituto no plantel assegurado (Reyes) pelo que os outros dois forçariam a uma viagem ao mercado.

O grande problema este ano parece ser, não a escassez das épocas de VP, mas sim a abundância. De médios principalmente. Temos agora mesmo mais jogadores para as três posições medulares do que é possível de gerir num plantel com os minutos que vai ter este FC Porto 2013/14.
Vejamos. O clube tem assegurado 41 jogos esta época.
São 30 de liga, 1 de Supertaça, 3 de Taça da Liga, 1 de Taça de Portugal e 6 de Champions League.
É bastante previsível que se efectuem alguns mais, mas nunca mais do que (6 Taça, 2 Taça Liga, 2/7 Champions) doze em média (e já seria uma época brutal). São portanto, 53 jogos que nos esperam.
Agora ponhamos em campo a análise de quantos jogadores precisamos para afrontar essa quantidade de jogos. A experiência e os treinadores de elite habituaram-nos a um conceito de dois jogadores por posição com um joker por zona do terreno de jogo como número ideal para gerir o plantel. Isto não é Inglaterra, Espanha ou Itália (com os seus 50 jogos mínimos ao ano, até 70 de máximo) e a exigência física da maioria dos jogos em casa será bastante reduzida (temos a bola, temos o campo do adversário para nós e o desgaste, tantas vezes, é mais mental do que físico) pelo que é justo pensar que dois jogadores chegam e sobram. Cada um teria então entre 20 a 25 jogos completos por ano, algo perfeitamente lógico para um futebolista de elite. São 1800 a 2250 minutos nas pernas.

Coloquemos em campo a possibilidade de uma lesão grave ao ano por zona do terreno de jogo para justificar um joker extra e juntemos à receita a táctica base do FCP, o 4-3-3, e chegamos à conclusão que Paulo Fonseca precisa de oito defesas, sete médios e sete avançados. Com os três guarda-redes da praxe, aí temos os 25, o máximo que exige a UEFA para a Champions League (com a célebre regra dos 4+4, formados localmente e formados no país, que tantas dificuldades temos tido em cumprir nos últimos anos por motivos óbvios e que este ano parece não ser, finalmente, um problema)!
Ora, passeando zona por zona, é fácil ver que há um overbooking de centrais (Mangala, Otamendi, Maicon, Reyes e Ba) e um deficit de laterais (Danilo, Alex, Fucile? - pessoalmente duvido do seu valor para sobreviver ao balneário e aos adeptos, mas é uma opinião muito pessoal). É provável que tanto Mangala como Maicon façam um saltinho de vez em quando nas laterais mas isso não justifica o 5º central a mais. Sobra um.


Passamos para o ataque. Aí, o técnico vai poder finalmente poder presumir de começar o ano com dois pontas-de-lança, se Jackson não sair ou se, saindo, venha uma alternativa. Obrigado SAD por teres demorado tão poucas épocas a perceber o importante que é ter gente que faça golos. A isso devemos juntar 3 extremos e futebolista polivalente que tanto possa jogar na ala como no meio-campo ou no ataque. O 1º era o caso de James, o 2º o de Hulk. Não está nem um nem outro mas há variáveis.
Ghilas e Jackson são os avançados, Varela, Ricardo e Licá (opção polivalência com ataque) os extremos. Sobra uma quarta vaga que pode ser considerada para Quintero ou Ismailov (opção polivalência com o meio campo) ou Kelvin e Iturbe, jogadores que não têm maturidade para jogar no meio, não são extremos puros nem avançados. Sete nomes para quatro vagas. Sobram três. E vão quatro.

Portanto, é no meio que está a questão.
Voltamos ao raciocínio dos minutos nas pernas. Seis jogadores, três titulares e os seus respectivos suplentes, mais o tal joker (que podia/devia, ser alguém da formação que salte entre a A e a B para crescer, como Tozé, mas isso sou eu a sonhar alto). Partindo do onze da época passada, ficaríamos com Fernando+Lucho+Defour. Como alternativas lógicas, Castro (por já estar no plantel), Herrera (porque custou muito dinheiro) e Josué (porque o mister o conhece bem). São os seis que precisamos. Mais o joker que podia ser o Tozé mas que dificilmente o será. Esse é o posto que disputam actualmente o Carlos Eduardo e o Tiago Rodrigues. Mas também o Quintero, o Izmailov, o Kelvin e o Iturbe (lembrem-se que só um cabe nos quatro dos extremos).
Ou seja, há um overbooking de seis jogadores no meio-campo. É muito jogador. Demasiado.
Um problema para o treinador, que não terá tempo para dar minutos a todos de forma a manter o balneário contente. Um problema para os jogadores, que terão pouca margem de manobra e, no caso dos mais jovens, saberão que um erro lhes pode custar todo o ano. Um problema para a introdução de futebolistas da B como o Tozé porque nas suas demarcações há demasiada concorrência. E um problema para a SAD que se moveu no mercado para contratar a 5 desses médios e que agora não tem espaço para os por.

Não sei porque alguém se lembrou este ano de apostar tão forte nos médio-centros a ponto de perder a conta às posições disponíveis. Nenhum deles é alternativa a Fernando, pelo que a sua venda não entra nessas contas. Lucho, é certo, já não tem pernas, mas tem estatuto e está dentro da equação do tal joker. E que fazemos então com o resto?

Ainda vimos poucos minutos de pré-época para fazer um raciocinio claro de quem está melhor ou pior. Gostei muito do que vi no Josué e no Tiago Rodrigues, mas oferecem coisas diferentes. O Carlos Eduardo não veio para ser já dispensado e o Herrero e o Quintero custaram demasiado dinheiro para sequer equacionar dar-lhes guia de marcha. O Kelvin capitalizou o apoio emocional com os golos nos minutos decisivos e há seguramente ainda os que pensam que Iturbe pode vir a ser um bom jogador. I(s)zmailov é uma incógnita mas quem o quer? O Defour já reclamou várias vezes a titularidade e muitos minutos e Castro faz falta, nem que seja por causa das limitações da UEFA. Estou a falar de um cenário sem Bruma e Bernard, para colocar mais achas na fogueira, apesar de reconhecer que as alas estão verdes (Ricardo, Licá, Quintero) ou gastas (Varela) e que um nome de certo fulgor e experiência ali não fazia nada mal.


Pessoalmente este overbooking é um problema sério mas que tem solução.
Pode passar por empréstimos, vendas, despromoções temporais à equipa B e até uma mudança de desenho táctico (o Guardiola nunca se queixou de ter médios a mais, mas ele tinha o Messi). Eu tenho as minhas escolhas pessoais, como qualquer outro, e seguramente vai ser dificil eleger. Vejo uma margem de progressão tremenda no Tiago Rodrigues mas mais know-how no Josué. O Herrera tem um potencial tremendo mas para o Defour, não jogar o que quer, pode ser um problema. O Lucho não tem pulmão, mas é um líder e gosta de estar em campo nos momentos importante. E há que pensar no potencial tremendo de Quintero, que tanto pode explodir na ala em diagonal como partir do centro, como organizador. E quem não gostaria de ver no plantel ao Castro e Tozé, miudos da casa (que dariam as vagas importantes na lista da UEFA para ter direito aos 25 jogadores formados em casa, com o Ba)?

A minha eleição, com estes nomes, e no dia de hoje seria esta:
Meio-campo
Fernando-Castro
Herrera-Defour
Lucho-Tiago R.
Joker: Tozé

Ataque
Quintero-Ricardo
Varela-Licá (ou um novo jogador)
Jackson-Ghilas
Joker: Kelvin

Izmailov, Iturbe, Maicon - venda
Carlos Eduardo - empréstimo
Josué - Incógnita

O Paulo Fonseca parece ter outra ideia.
O Josué tem sido dos jogadores mais utilizados (como seria de esperar) e o mesmo passa com o Izmailov e o Iturbe, o que não são boas notícias para o Ricardo e o Tiago Rodrigues (que considero como contratações excelentes que não deviam ser emprestados). O Carlos Eduardo tem sido relegado para um segundo plano, mais cinzento que os colegas. E a utilização pontual de um modelo mais próximo do 4-2-3-1, com Quintero atrás do ponta-de-lança, escudado por dois médios mais recuados, abre uma vaga na ala e reforça o conceito de overbooking no meio-campo.

46 comentários:

Anónimo disse...

Na defesa emprestaria o Ba, no meio campo tentava vender Fernando que já demonstrou esse interesse e corremos o risco de ficar sem ele a custo zero, emprestaria o Tiago Rodrigues e o Carlos Eduardo por uma época. No ataque emprestaria o Ricardo e Licá também por uma época apenas.

Joao Goncalves disse...

Olá Miguel, Estou muitissimo em desacordo ctg e não é por tema é por ver o que os jogadores tem dado nos jogos que nos foi possível ver...

O Ricardo é um menino que não tem maturidade para o Porto e mostrou o quão atrasado na sua evolução está, no Mundial Sub-20...

O Tiago parece mais evoluído e com boa visão, mas não parece aposta do técnico e nem parece ter atitude competitiva.

O Carlos Eduardo tem sido uma desilusão para mim... sempre escondido do jogo e com muito pouca velocidade e velocidade de processos

O Fucile tem mostrado fibra e muita vontade para além da qualidade e tem o apoio maioritário dos adeptos, portanto nem percebo a consideração que fazes.

E considerar Quintero um ala é perceber pouco daquilo que ele pode dar à equipa, pois como ala é lento e tem poucos processos defensivos assimilados assim como fica limitado na utilização de todo o seu potencial técnico e visão de jogo (não descurando contudo que possa ser lá que o Paulo o meta a jogar... também o Messi joga numa ala se a isso o obrigarem).

Os meus 24-25 para esta época seriam:

Helton - Fabiano - Kadu(B)

Alex Sandro - Danilo - Fucile

Otamendi(?) - Maicon - Reyes - Mangala(?) - Abdulaye (?) (um dos 3 deve ser vendido)

Defour(?) - Castro(?) - Lucho - Fernando (?*) - Josué - Herrera - Quintero (eu optaria sempre por vender um dos dois e ficar com um dos novos o Carlos ou o Tiago... o Fernando é o problema contratual que se sabe)

Izmaylov - Iturbe - Kelvin - Licá + 1 Extremo Titular

Jackson - Ghilas

24 Jogadores.

Empréstimo de Tiago e Carlos Eduardo ou venda de Castro ou Defour ficando 1 no plantel.

Empréstimo de Ricardo e venda de Varela que com 28 anos é a altura de dar algum retorno financeiro e não é um extremo tão importante como isso.

Opções múltiplas... Josué e Quintero a poderem jogarem numa ala quando se quiser fechar mais o miolo.

E venda de um dos Centrais... não empréstimo.

P.S.: Eu já tinha referido que a contratação de tanto médio fez-me confusão e foi uma contratação ao "molhe" sem qualquer critério... Ou talvez... o único critério que consiga ver no meio disto tudo, foi evitar que eles fossem parar a Lisboa...

Anónimo disse...

Viva, uma análise excelente e um bom ponto de partida para imensas discussões :)

Concordo com quase tudo mas há algo que me deixa sempre "intrigado": a questão do Lucho não ter pernas.

Se olhamos bem para as estatisticas quer da Liga quer da UEFA, o Lucho é o jogador que mais corre durante o jogo... acumula kms nas pernas como nenhum outro (proximo só o Moutinho). Para um jogador > 30 anos, fazer o lugar que ele faz, omnipresente e estando sempre perto da bola... penso que estamos a ser demasiado exigentes e a castigá-lo injustamente. Até houve um jogo em que ele saiu aos 75 minutos e ainda assim foi o jogador que mais correu nesse jogo. Ah, e apesar disso, pouco propenso a lesões.

Talvez noutro sistema de jogo (4-4-2)não se note tanto essa fadiga, pois um jogador com a classe e a liderança que ele tem, é para jogar sempre que possa.

É que na excelente análise do Miguel, falta uma alternativa para a posição mais importante em campo: a de Lider!!!!

Abraço
JP

João disse...

Fernando, Herrera, Lucho (Reyes, Defour, C. Eduardo) - Josué

Um extremo de jeito (Izmailov) - Tozé

Quintero (Kelvin) - Biturbo

Jackson (Ghilas) - ? (Gonçalo?)

Emprestar/B - Tiago Rodrigues, Ricardo
Vender: Varela, Ota
Encher listas da Champions: Licá

Azulantas disse...

Olá Miguel,

Ora vamos lá puxar dos nossos "sobretudos Mourinhescos" para esta quente tarde de verão:

Apesar de concordar com o facto de termos médios centos "demais", discordo dalgumas das tuas opções (cada cabeça e tal...) e penso que o mais natural é que o Tiago Rodrigues, o Tozé e possivelmente o Carlos Eduardo possam ser dispensados.

Por outro lado vender o Maicon agora está completamente fora de questão porque não faríamos grandes mais valias que podemos fazer depois de uma época dele sem lesões.

E o Iturbe vai confirmar a utilidade de ter um desequilibrador nato no plantel.

Para mim ficavam:

GR - Helton / Fabiano / Kadu

DD - Danilo / Fucile*

DE - Alex Sandro / Fucile* / Mangala*

DC - Otamendi / Maicon / Mangala* / Ba / Reyes*

Trinco - Fernando / Reyes*

MC - Lucho / Defour / Izmaylov / Castro / Josué / Quintero

Extremos - Varela / Iturbe / Ricardo / Licá*

Avançados - Jackson / Ghilas / Licá*

A rever/emprestar: Ba / Quiñones / Tozé / Tiago Rodrigues / Carlos Eduardo.

Nota que os numeros das camisolas no Braga já foram todos escolhidos e do "11" dois ficaram por atribuir, o 3 e o 6, que ppdem muito bem ser para o Quiño e para um dos médios a dispensar (talvez não para o Tiago por acordo com o Vitória Guimarães).

Penso mesmo que todo este puzzle só terá solução definitiva no próximo defeso (2014), e em ano de "Copa do Mundo" os jogadores que queremos valorizar para vender nessa altura são Mangala, Danilo/A.Sandro, Defour, Varela e Jackson (destes venderemos certamente 2).

Azulantas disse...

Bolas esqueci-me do Kelvin. A "Crista" passou-me ao lado...

Para o lote dos extremos, claro.

DC disse...

Acho o Ricardo verdíssimo, como se viu no Mundial de sub-20. Portanto esse era empréstimo certinho para mim.
Depois a dúvida seria entre Carlos Eduardo ou Tiago. Josué é craquíssimo, nem sequer considero a hipótese de não ficar.

Para mim o plantel seria:
Helton, Fabiano, Kadú

Danilo, Fucile
Nico, Mangala, Maicon, Reyes
Alex, Quiño

Fernando, Castro
Defour, Herrera
Lucho, Josué, Carlos ou Tiago (ficaria o que ganhasse o lugar na pré-época)

Varela, Izmailov
Quintero, Kelvin e Licá

Jackson, Ghilas


Caso chegasse o Bernard, um dos extremos teria que sair. Aliás nessa posição, Iturbe pode perfeitamente ganhar o lugar a Kelvin ou Licá pelo que é das mais incertas. Quanto a Varela ou Izmailov, só acredito que saiam por propostas interessantes, nunca por dispensa do treinador. São pesos demasiado pesados para isso (e no caso do Varela seria duma ingratidão enorme, na minha opinião).


De qualquer forma, prefiro ver o plantel assim do que como nos 2 últimos anos, com um único avançado e com o meio-campo por um fio.

Anónimo disse...

Em termos de defesas estamos bem( danilo alex e fucile) e não esquecer Quimones, assim como uma perninda de um dos centrais.
Em termos de centrais 5 é exagerado ainda por cima qualidade, se não sair ninguém o Adbolaye deveria ser emprestado de forma a permitir ao Reyes ser o 4º central e fazer a ponte A e B neste 1º ano.
No Meio campo o trio inicial penso que passará pela experiência..Fernando/Defour/Lucho...depois a qualidade dos novos poderá vir ao de cima, Herrera, Josué e carlos Eduardo aparecem como os principais candidatos, Tiago Rodrigues a não ser emprestado terá de jogar constantemente na equipa B.
No ataque 2 avançados são sempre convocados...em termos de extremos Varela será o titular e acompnhado por outro...aqui reina a dúvida..Ismailov pela experiência( mas nao acrescenta velocidade e desequilibrios) ou entre kelvin, iturbe, lica e Quintero...Ricardo neste 1º ano também será dificil ter espaço...ou B ou emprestimo..

Pedro Matias disse...

bom artigo.

do que vi do ricardo parece-me que ainda é muito verdinho.
o licá perdeu muito espaço de manobra com a contratação do ghilas (penso que a contratação dele seria numa de o adaptar a PL sempre que o jackson estivesse indisponível).
tiago rodrigues e carlos eduardo ainda conheço pouco deles mas uma época a rodar talvez não seja má.

entre iturbe e kelvin penso que só um deverá ficar.

Acho que o abdoulaye não tem qualidade nem potencial para o Porto, pelo que vender/emprestar/dar seriam boas opções. Em caso de emergência preferia apostar no tiago ferreira.

ou seja, na minha perspectiva temos aqui 6 que não vão ficar.

Em relação aos centrais, penso que só devemos vender entre maicon-mangala-otamendi se a proposta for mesmo mt boa, caso contrario acho que vai dar minutos para todos, incluindo o reyes com as adaptações do maicon e do mangala às laterais quando necessário.

Anónimo disse...

e o Herrera, também convém!

Anónimo disse...

O que farias com iturbe então? emprestado?

Luighi disse...

Meio campo:

fernado-defour
lucho-herrera
quintero-c.eduardo

Joker: josue

Ataque:

Varela-kelvin
iturbe-lica
J.Martinez-ghilas

Joker: bruma ou bernard

Vendas: otamendi(20m) rolando(5m) c.atsu(4m) kleber(4m) izmailov,sereno,djalma,bracali,castro

EmP: vion,toze,stefanovic,quinones,ricardo,t.rodrigues

QuinQUin disse...

Acho que por agora, este exercicio é complicado,duvido muito que o Fernando fique, e duvido ainda mais que venha um substituto, por 3 motivos, a ser vendido não vai por uma grande soma, vai haver um longo braço de ferro e so deve ficar resolvido mesmo em cima do fecho do mercado, e com a abundancia de medios que há no plantel vai haver a tentação de ver Defour e ou Castro nessa posição de trinco.

Nas alas, o Ricardo sempre demonstrou ser um jogador capaz de fazer o corredor direito todo, acho que tem tudo para ser um bom ala, mas tem a meu ver potencial para ser um defesa direito de TOP.

Anónimo disse...

E cadê do Rolando???

Pedro Ramos disse...

Aparentemente a minha visao é bastante diferente da maior parte dos adeptos. Lembro-me do inicio da época passada de falar com amigos e ninguém se queixou da falta de extremos, pois estavam lá Iturbe, Kelvin e Atsu prontos a explodirem, mas a meio da época já se queixavam da falta de alternativas no ataque, queixando-se até da falta de Djalma que eles tanto tinham aplaudido pois apenas estava a tapar uma vaga destinada aos miúdos maravilha.
Parece-me que o mesmo acontece este ano para muitos adeptos.

Confessando nao saber nada sobre formaçao de planteis, parece-me que este é um plantel para 26/27 jogadores.

Actualmente, já nao contando com Rolando, Atsu e Quinones que aparentemente nao contam, temos 28 jogadores. Desses parece-me que com alguma naturalidade Ba e Ricardo nao irao fazer parte dos escolhidos, ou seja restam 26.
Fernando a nao ser que algo surpreendente aconteça penso que pode tornar-se irrelevante quer pelo sistema que Paulo Fonseca quer implementar, quer pelo final de contrato.
Kelvin e Iturbe nao sao certezas de explosao, provavelmente serao para testar pelo novo treinador.
Ou seja temos um plantel de 23 jogadores e 3 joker (kelvin, Iturbe e Fernando), isto considerando que nao sai nem entra mais ninguém.

Azulantas disse...

Ooooops! Lote MC.

Miguel Lourenço Pereira disse...

João,

O Ricardo precisa de ser muito trabalhado, já no Vitória se podia perceber isso. Mas é o extremo mais parecido ao Atsu que temos actualmente no plantel, tem muito potencial de futuro e quero ver até que ponto o PF sabe trabalhar os seus jogadores táctica e mentalmente.

O Tiago já tem mais futebol nos pés que muitos dos médios do plantel, falta-lhe a exigência de outro ritmo, não é o empréstimo que vai resolver esse problema. Precisa de treinar com os adultos, sofrer na pele para crescer. Emprestado a uma equipa que jogue a defender vai crescer muito pouco.

O Quintero pode actuar na ala como o James, têm muitas caracteristicas similares. Não é um extremo, temos isso claro (o Bernard também não, já agora), é um jogador que gosta de se mover pelo meio mas partindo da ala ganha essa velocidade tão útil como demonstrou com a Colombia. Não o vejo a jogar parado no miolo, onde se exige muito mais dinamismo, a não ser que realmente se jogue num 4-2-3-1 (um erro a meu ver) e ele seja oficialmente o 10.

Quanto ao Fucile, deixei claro que é uma opinião minha. Jogadores na sua situação, com o seu passado para mim, não contam. Se o treinador conseguir recuperá-lo e ele responder, bem vindo seja à nau!

Miguel Lourenço Pereira disse...

JP,

O Lucho é um jogador fundamental no projecto, mas nos jogos de maior exigência, tem-se apagado sistematicamente a partir da hora de jogo. O que fica é a carcassa do grande jogador que é, alimentado pelo seu brilhante caracter. Mas não existe a mesma frieza mental e disponibilidade física. É natural. Por isso precisa de alguém que faça muitos dos minutos onde ele não é tão necessário, alguém que pode ser perfeitamente o Josué ou o Herrera.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Luchugo,

Acho que tanto o Tiago (mais) e o Tozé, precisam de crescer com os adultos. Jogam em posições onde se aprende pouco nos empréstimos porque habitualmente costumam ser enviados para equipas que jogam a outra coisa. O Carlos Eduardo parece-me, de momento, o elo mais fraco da equação e o Ricardo um extremo puro com potencial, algo que não abunda no plantel.

Vender o Otamendi ou o Maicon parece-me mais lógico que voltar a emprestar o Ba, mas quando leio em alguns jornais o discurso de que o Reyes vai ser o 4º central (com o que custou) nada me surpreende.

Entre o Izmailov, o Castro, o Defour, o Lucho, o Josué e o Herrera (para já não incluir tanto o Carlos como o Tiago) o que há é sobretudo perfis demasiado similares. É bom ter jogadores diferentes no plantel mas quando o overbooking é de jogadores na mesma linha, o problema é escolher quem fica!

Joao Goncalves disse...

Fucile foi alvo de uma das muitas implicâncias de VP e por isso o quis ver fora do FCP o mais rápido possível... é inadmissível o numero de jogadores que aquele treinador estragou/desvalorizou e pior é ser um ser humano ranhoso e do mais baixo nível, quando recebe um jogador de volta de Janeiro e a SAD não o consegue(?) vender e nem sequer o inscreve para poder jogar na B de vez em quando.

O Quintero não é um James nem pouco mais ou menos... tem muito menos explosão vertical e pior sentido posicional... Quintero é um jogador para jogar claramente no meio a 10, pois precisa de espaço para aplicar a sua visão de jogo e por isso temos que resolver essa situação, mas parece-me claramente que o PF quer jogar com um jogador naquela posição a atacar em rotatividade e depois regressar para o triângulo mais tradicional a defender.

O Tiago até me parece ter mais futebol que o Carlos Eduardo mas não é um ano no Banco que vai evoluir não é? Portanto tem de ser emprestado e sim, para o Guimarães pois se foi nessa casa que explodiu é nessa casa que deve continuar a sua explosão.

O Ricardo é um jogador que ainda tem de comer muita sopa para chegar a extremo do Porto, ou ao nível sequer a que o Kelvin já se apresenta por exemplo, por isso não tem lugar no plantel... tem Talento? Pode ter mas não o sabe usar por isso empréstimo de volta a casa para continuar a evoluir... mais 1 vez, não é no banco de suplente sendo o ultimo dos extremos que vai evoluir seja lá o que for.

Joao Goncalves disse...

Lucho está perto dos 33 anos o que significa que num meio campo a 3 com a exigência de pernas e de intensidade, fica fora de jogo muito rapidamente.

Para a liga interna, onde o Porto está sempre em ataque continuado, vai dando, agora para a Europa, a porca torce o rabo.

Contudo e se o ano passado o VP tinha o estigma do medo de apostar mais claramente em Defour e Castro, este ano até devemos ter entre 4 opções pelo menos para escolher quando o Lucho "rebentar", portanto não existem desculpas

Joao Goncalves disse...

Está num Barco para a cochichina ou perto disso?

Luighi disse...

Estou a ver que muitos esquecem.se que jogadores como Doria, bernard ou bruma por diversas razoes ainda podem reforçar o FCP.

As dispensas devem ser feitas com base na contratação de pelo menos mais 1 extremo(bernard ou bruma) penso eu de que...

Quintero é 10 e quer a camisa 10 diz o proprio, logo falta 1 ala.

Luighi disse...

O meio campo inicial dever ser composto por fernando josue e lucho para mais tarde entrar quintero.

Luighi disse...

Deveria.se vender otamedi entre os 15\20m e a luta seria entre maicon e reyes na direita, sendo que mangala estava certo na esquerda e talvez doria ou abdoulaye cm concorrentes.

É necessario entrar mais 1 extremo, e as minhas preferencias seriam bruma ou bernard.

Unknown disse...

Bom dia,
De facto parece-me que o meio campo tem 1/2 jogadores a mais. no entanto, e respeitando a opinião de todos, não vejo como emprestar ou abdicar do Josué. Portista, com raça, ao nivel do Castro, mas futebolisticamente mais evoluido. Vejo antes, com o sistema dos dois médios mais defensivos, abdicar e encaixar dinheiro com a venda do Fernando (parece-me muita bola para as qualidades do Fernando).
E deixar sair um dos dois (Tiago ou Carlos Eduardo para rodar).
Na defesa, e não vindo mais nenhum lateral (e sabendo que o Quino poderá sair emp., parece-me bem os 5 centrais (havendo a possibilidade do Reyes jogar a trinco. Nas alas, mas como uma opinião muito pessoasl, penso que o Quintero será o James ou o Hulk, isto é o falso extremo. Na outra ala, espero que venha o Bernard. A juntar ao Licá, e a 2 dos seguintes (Ricardo, Iturbe e Kelvin). Deixava sairo o Varela e o Ismaylov, mas isto como opção muito pessoal.
Cumpts portistas

DC disse...

Caso fizesse uma pré-época que o fizesse perder o lugar para Kelvin ou Licá emprestava-o a um clube português, de preferência um com algumas ambições como Braga ou Paços de Ferreira.

DC disse...

o "estigma do medo" lol? como se o Castro fosse 10% do jogador que é Lucho.
O Castro tem muita vontade sim senho, e no ano passado até se notou uma boa evolução, mas entrar para o lugar do Lucho só mesmo se Lucho já não for preciso.

Quanto a Defour entrou para todos os lugares possíveis, até defesa direito ou extremo esquerdo. Um treinador que o coloca nessas posições não deve ser muito medroso, pois não?

DC disse...

Qual é o problema de ser o 4º central quando se tem apenas 20 anos? Reyes tem muito que aprender, algum "caparro" para ganhar, não será certamente por passar uma época mais de aprendizagem que perderá uma carreira ou regredirá.
E também não será certamente por isso que deixará de no futuro valer muito mais. O Mangala passou a 1ª época no banco e agora vale 6 ou 7 vezes o que custou.

DC disse...

Fernando irrelevante? A sério!!!!???
O melhor trinco dos últimos 10 anos do Porto só porque o treinador pode optar (porque ainda não optou e quem fizer uma análise coerente aos jogos verá que com ele em campo jogamos apenas com 1 médio em frente à defesa no processo defensivo) por um modelo diferente passa a irrelevante?

Miguel Lourenço Pereira disse...

João,

Não estamos de acordo em nenhum ponto.
Não creio que o VP tenha implicado com quem quer que seja, vi o Quintero jogar várias vezes na ala no Pescara e bastante bem (apesar de não ser um extremo puro, da mesma forma que muitas vezes o Iniesta joga a extremo, salvando as comparações), o Tiago despontou no Vitória mas precisa de uma equipa que tenha um modelo de jogo parecido ao que vai encontrar no futuro do FCP e esse não é o Vitória (e não, não acho que um empréstimo seja a solução) e vejo no Ricardo um potencial suficientemente interessante para o fazer evoluir até porque, como já disse aqui, muitas vezes crescer num empréstimo não significa o mesmo que crescer trabalhando todos os dias com o plantel e procurar agarrar uma oportunidade quando se lhe apareça!

Pedro ramos disse...

Aconselho a voltar a ler o que escrevi. A nao ser que algo surpreendente aconteca, como a renovacao de contrato, nao vejo como vai continuar a ser uma peca fundamental na equipa.
Sobre o facto de ele ser para si o melhor trinco dos ultimos 10 anos respeito a sua opiniao e fiquemos assim.

Miguel Lourenço Pereira disse...

DC,

A mim, o lógico, é que o 4º central (que se estima que será o que vai ter menos minutos) seja da formação, ou seja, o Ba. O Reyes, pelo que custou, tem de estar preparado para ser opção já. Quer isso dizer que vai ser titular?
Se o merecer nos treinos, porque não? A dupla Mangala-Otamendi esteve bem na maioria dos jogos do ano passado e o Reyes é claramente o relevo do Mangala, não do Otamendi, mas isso não significa que não possam alinhar juntos.

Agora se entendemos que o Reyes pode ser o 4º central e ficar praticamente sem jogar todo o ano com o investimento realizado no seu passe (algo que acho excelente) também temos de abrir a mesma linha de raciocinio a jogadores como o Tiago, o Ricardo e o Tozé, a quem alguns já deram guia de marcha por aqui precisamente reivindicando minutos e caparro para crescer.

Na minha opinião são os 4 para ficar, crescer nos treinos com quem tem mais experiência, com o staff técnico, assimilando processos e lutando por uma oportunidade!

Anónimo disse...

Para extremos, porque não o vieirinha ou o pizzi? Parecem mais acessiveis que o bernard e igualmente capazes...

Por mim largava-se o izmaylov num qq clube russo. E o atsu e o varela tb.

DC disse...

Claro, e ter apenas mais um ano de contrato implica que fique encostado?
Ele já afirmou que se ficar cumprirá o ano com profissionalismo, vamos abdicar de um jogador desta valia?

É das poucas posições em que podemos dizer que é ele e mais 10. Ficando, o lugar é dele, ponto!

DC disse...

Falando por mim, a guia de marcha a esses três não seria por não jogarem, mas sim por ainda não terem nível para o Porto (pelo menos no caso do Ricardo tenho poucas dúvidas disso, os outros 2 só mesmo com uma enorme pré-época), coisa que não acredito ser o caso do Reyes.

Eu acho importante que sejam titulares e, mais do que isso, peças-chave em clubes de 1ª liga. Tiago Rodrigues, Ricardo ou Tozé seriam "aquecedores de banco" no Porto, mas num Olhanense, Guimarães, etc, seriam os jogadores a pegar na equipa, seriam os jogadores que a equipa procuraria para resolver os jogos e considero isso importante para o crescimento deles.

Duarte disse...

Vieirinha? Não acrescenta muito ao que já cá temos. Quanto ao Pizzi é interessante e um bom jogador que pessoalmente aprecio. Agora, qualquer um dos dois está longe de apresentar as credenciais e qualidades do Bernard. Não fossem portugueses e ninguém se lembraria deles.

Anónimo disse...

Excelente análise. Sem dúvida este ano temos jogadores a mais ao contrário dos ultimos anos onde tinhamos sempre um sector coxo. não sei o que é pior.
A mim custa-me ver Josué , Tiago Rodrigues ou Castro com fortes possibilidades de abandonar o plantel este ano.
O iturbe já me pareceu carta fora do baralho, mas não sei porquê ganhei a esperança que se torne o bom jogador que todos esperamos. O kelvin é um talismã. tem de ficar. Dos centrais vendia Otamendi se houver essa oportunidade por ser o jogador mais antigo dos centrais. E ficava o mangala ou maicon a cobrir as alas quando fosse preciso. se se vender fernando, temos muitos médios para compor mas não temos um trinco puro e essa cultura já está muito instalada no porto. não dá como fugir dela.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Também seriam jogadores que teriam de passar um ano a mover-se em clubes com conceitos tácticos radicalmente diferentes aos nossos, jogadores que, ao minimo erro, seriam substituidos por futebolistas mais veteranos, que são os que dão garantias a 100%. Enfim, jogadores que nesse tipo de empréstimos, com as suas caracteristicas pouco mais crescem no sentido técnico e táctico, apenas habituando-se a uma maior exigência física!

DC disse...

Sim e ao mínimo erro no Porto o que lhes acontecia?
Acho que nem há comparação possível entre a pressão existente no Porto e nos restantes.

Além disso, se no ano passado Tiago e Ricardo eram titulares no Guimarães, se fossem para lá com o mesmo treinador, conhecendo a casa, o que perderiam?
Não ficou provado no ano passado em Guimarães que não são precisos veteranos para ganhar títulos?

Isto para não falar de outras cláusulas como por exemplo aquela em que quanto mais jogarem menor é a percentagem do salário paga pelo clube que os recebe.

Quanto a sistemas tácticos, prefiro vê-los num sistema táctico diferente em Portugal do que vê-los emprestados na Argentina ou no Brasil onde de táctica aprendem zero. E sinceramente não me recordo de muitos exemplos de jogadores do Porto que tenham sido emprestados a clubes portugueses e não tenham jogado regularmente.

Miguel Lourenço Pereira disse...

DC,

Eu nem equaciono o futebol sul-americano, mas seria curioso estabelecer uma parceria com um clube de perfil alto de uma liga europeia média para este tipo de casos. Quantos jogadores em posições criativas, quando emprestados, realmente evoluem dentro do que se espera para as suas capacidades?

Entendo o empréstimo de centrais, médios defensivos e até avançados, são posições que em equipas de perfil médio e baixo terão um ritmo de trabalho constante, um treino táctico que os irá forçar a evoluir. Agora tanto os extremos (forçados ao contra-ataque) como os criativos (forçados a serem mais um da engrenagem defensiva na maior parte dos jogos) crescem muito pouco nessas posições salvo que a equipa para onde vão jogar tenho um estilo marcadamente ofensivo.

O Vitória do Rui Vitória do ano passado foi, ao contrário do que muitos dizem, um projecto com muita sorte à mistura em momentos chave, não propriamente uma equipa de ataque e posse. Os jogadores lá deram nota do talento que têm - que é muito no caso do Tiago, relativamente alto no do Ricardo - mas quem me garante que um ano mais não significa uma estagnação?

Eu prefiro jogadores a treinar todas as semanas com a equipa, todas as semanas com o treinador, a enganarem-se nos treinos ou em jogos como os da Taça da Liga, a fazer um que outro jogo pela B, mas disponíveis para dar o salto em qualquer momento, que um ano fora do baralho, entregues a uma equipa que vai por uma direcção diferente e a correr o mesmo risco do Bruno, do Hélder, do Paulo e do Vieirinha. Porque, salvo o Atsu e o Kelvin - e como se viu, de forma pouco extraordinária - quantos jogadores ofensivos do FC Porto foram emprestados e voltaram?

DC disse...

A verdade é que o Porto já tentou uma parceria dessas com o VVV da Holanda e os jogadores tiveram enormes dificuldades de adaptação. O Josué, por exemplo, quase que se perdia por causa disso.
E estamos a falar dum campeonato que teoricamente seria o ideal para jogadores de ataque como ele, Chula e Diogo Viana.

Sinceramente, prefiro sempre tê-los cá por Portugal. Estão mais perto, mais acompanhados para questões disciplinares, não sofrem aquele estigma sempre habitual de quando as coisas correm mal a culpa ser dos estrangeiros e habituam-se à nossa liga.
Depois há ainda outra questão: o Miguel fala de jogarem sempre em contra-ataque. Ora, um jogador emprestado a um Braga ou Paços vai jogar constantemente com bola e em ataque continuado, com a excepção de 2 adversários (já nem considero o Sporting). Indo para o Braga ou para o Paços jogarão para ganhar em todos os jogos, logo a questão que coloca de passarem muito tempo em tarefas defensivas não é habitual. É natural que vendo preferencialmente os jogos do Porto e os autocarros estacionados fique com essa ideia, mas isso são 2 jogos por ano. Nos restantes estes jogadores terão bola e jogarão futebol ofensivo.

Quanto ao Bruno, Hélder e Vieirinha, tanto o Hélder como o Vieirinha fizeram boas épocas na Académica e no Leixões e depois foi no Porto que estagnaram porque os colocaram no banco. O Hélder era a estrela máxima da Académica quando voltou em Janeiro chamado pelo Jesualdo para fazer 1 único jogo e acabar completamente encostado e emprestado ao Trofense da 2ª Liga na época seguinte. Foi o tempo que esteve no Porto que lhe arruinou a carreira e não o que esteve na Académica.
Também o Vieirinha fez mais de 20 jogos no Leixões, mais de 20 no Paok e no Porto esteve uma época completamente parado e estagnado.
Ao Bruno nunca sequer foi dada a hipótese de fazer parte do plantel do Porto apesar de ter sido durante 3 épocas o melhor jogador do Setúbal.

Portanto eu coloco-lhe também a questão: quantos jovens que ficaram no plantel do Porto a "secar" é que deram alguma coisa? Hélder, Vieirinha, Leandro Lima, Djalma, Ukra, etc, todos eles ficaram no mínimo meia época com o plantel e o que ganharam com isso senão um empréstimo na época seguinte?

Anónimo disse...

Boa análise . Mas na equipa que escolheu discordo um pouco ,
Para mim o plantel deve ser :
GR - Helton / Fabiano / Kadu (B)
DD - Danilo / Fucile
DC - Otamendi / Mangala / Maicon / Reyes
DE - Alex Sandro /Fucile
MD - Fernando / Castro
MC - Lucho / Herrera / Defour / Josue / Quintero
EE - Varela / Lica /izmaylov
ED - Quintero / Iturbe / kelvin
PL - Jackson / Ghilas
Plantel se não houver mais compras , mas acho que precisamos de um bom extremo Bruma ou bernard ou então os dois caso esse dois chegassem viria a saída de izmaylov e talvez se não explodir iturbe por empréstimo !
Emprestava - Tiago,Ricardo,Carlos Eduardo.
Toze e ba na B mas com vindas a A com necessidade .

Miguel Lourenço Pereira disse...

DC,

Lembro-me perfeitamente da parceria com o VVV, não esse o perfil de clube que estava a pensar, até porque o Venlo luta para não descer, mesmo que o faça numa liga mais ofensiva por natureza. E de onde vem essa ideia que o Paços vai jogar sempre ao ataque?
Porquê? Porque o Costinha é o treinador? Porque o tem feito nos últimos 4 anos de forma sucessiva? Ou é um reflexo do que sucedeu no ano passado, onde jogou a maioria dos jogos, bastante bem, ao ataque? Mesmo o Braga, com o Jesualdo (o tal que fez estagnar muita da boa formação que tivemos) vai jogar ao ataque ou em transições rápidas como sucedeu na sua 1º etapa aí e no FCP?

Em Portugal, actualmente, há duas equipas que jogam ao ataque, quatro ou cinco num modelo mixto e o resto declaradamente à defesa, mesmo entre si. Não vejo futuro para nenhum jogador que eu queira ver desenvolvido como futuro do clube nesse espaço competitivo.

É verdade que muitos jogadores foram desaproveitados, no plantel, e isso sucedeu porque a maioria dos treinadores davam sempre preferência à mercadoria que vinha de fora, aos Marianos, Bolattis, Cebollas e afins. Eram planteis bem mais fracos que o actual, o da época dos Mareques e companhia, onde houve um claro erro de gestão. Que não se deveria repetir.

Tiago, Ricardo, Ba e Tozé podem perfeitamente ir fazendo a ponte entre a A e a B, acumulando minutos mas sempre disponíveis para o Paulo Fonseca. Foi assim que jogou este ano o Oliver Torres no Atlético, o Morata no Real, o Bartra no Barcelona, e esse tipo de aposta beneficia o jogador porque não deixa de estar sob o comando directo de quem manda, treinando com quem mais sabe (staff e jogadores) e sempre disponível. Emprestá-los é cortá-los da equação durante um ano inteiro. E tem dado muito mau resultado no clube. Exceptuando o Fernando e o Bruno Alves, posições defensivas, não há na última década um só caso de sucesso desse modelo.

DC disse...

Concordo com a questão da equipa B, mas também tenho que sublinhar que, como se viu no ano passado com Kelvin ou Iturbe, por exemplo, esta não é levada a sério pelos jogadores.

As equipas B em Espanha têm maior estatuto que as nossas. No ano passado a equipa B do Porto jogava bem os jogos contra as equipas grandes (venceu por exemplo o Arouca e esteve a vencer o Belenenses até aos 85 minutos perdendo muito injustamente o jogo) e depois contra equipas do fundo da tabela como o Freamunde ou o Covilhã perdia. E perdia porque os jogadores estavam-se completamente a borrifar para os jogos, jogando "a sério" só os jogos contra as equipas do topo da tabela.
Portanto, receio que caso essa questão se mantenha, jogadores que já foram titulares na 1a divisão não evoluam nada na equipa B.

Quanto aos casos de sucesso, se não temos um único caso de sucesso da formação no plantel (falar em Castro seria forçadíssimo), é natural que não tenhamos nenhum caso de sucesso de jovens que foram emprestados. Falhamos em todos os jovens da formação, tanto os emprestados como os que ficaram no plantel. não foi pelo empréstimo que falharam e alguns como Vieirinha, Paulo Machado ou Bruno Gama foi graças ao empréstimo que conseguiram relançar as carreiras a um nível médio-alto.

Miguel Lourenço Pereira disse...

DC,

É um problema sem solução porque, como bem dizes, os exemplos de sucesso são rarissimos em ambos os níveis. Mas há dois elementos para mim fundamentais, no caso de ficarem, mesmo fazendo a ponte: o treino com o plantel principal, fundamental na aprendizagem de qualquer jogador (aprende-se muito mais nos treinos do que nos jogos) e a disponibilidade que significa estar inscrito. Por um lado estão a treinar com os melhores do país, com o staff técnico escolhido para liderar o projecto, a empapar-se de clube. Por outro estão aí, disponíveis.

As equipas B começaram agora, é normal que não tenham o prestigio do modelo espanhol que funciona de forma ininterrupta à 40 anos. Aliás, o Real Madrid quando o Mourinho chegou estava na 3º. O Guardiola começou na 3º divisão (onde o Pedro e o Busquets eram suplentes e dispensáveis). Precisamente porque alguns jogadores tinham essa atitude. Mesmo os melhores jogadores da B do Barça este ano baixaram muito o nível emocional. Mas estar aí tem de servir de motivação se houver resposta da 1º equipa.
Claro que se passam aí um ano, como o Tozé, e jogam 15 minutos, vão estar desmotivados. Mas se estiverem aí e foram convocados de vez em quando, tenham minutos na Taça da Liga, treinam várias vezes à semana com o plantel principal, a motivação terá de ser outra.

Isso e, claro, a cabeça do Kelvin e Iturbe, jogadores que vêm de fora, não está, ou não devia estar, no mesmo plano do Tozé, Ricardo e Tiago. Eu entendo que o empréstimo seja uma ideia popular, até porque nos anos noventa foi muito habitual o jogador emprestado voltar como melhor jogador. Mas essa época era pautada por diferenças de qualidade muito menores das que há hoje em dia, a favor dos grandes clubes. E isso não é só um caso do FCP. Os jogadores que o Sporting ou o Benfica emprestam, raramente voltam com bom nível porque nem aprendem muito e quando chegam o lugar está ocupado por um novo negócio.

Creio que se o Ricardo, o Tiago e o Tozé saiam, para o ano haverá jogadores novos para as suas posições (o tal core do negócio), mais os que ficam desta época que não são descartados pelo motivo a, b ou c e o espaço volta a fechar-se sobre eles.